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IFE
18/11/2025

Data Center 09

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Cristina Rosa e Piero Carlo Sclaverano
Pesquisadores: Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
18/11/2025

IFE nº 09

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Cristina Rosa e Piero Carlo Sclaverano
Pesquisadores: Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Data Center 09

Tendências de Mercado

Brasil: protagonismo digital reforçado no DCD>Connect 2025

O DCD>Connect Brasil 2025, realizado em 4 e 5 de novembro no WTC São Paulo, reuniu mais de 2.500 profissionais, 160 patrocinadores e 140 palestrantes, consolidando o país como protagonista na nova geração de infraestrutura digital da região. O evento destacou a transformação dos data centers em ativos estratégicos para inteligência artificial, inovação e competitividade empresarial, impulsionando debates sobre eficiência energética, automação, modelos de financiamento e expansão regional. A convergência entre tecnologia, energia e capital foi apontada como chave para um crescimento sustentável, com investidores e operadores alinhando estratégias para atender à alta demanda por escalabilidade e densidade. Segundo a DataCenterDynamics, o encontro mostrou que o Brasil deixou de ser espectador e assumiu papel central no cenário global, fortalecendo sua posição como hub de inovação e investimentos digitais na América Latina. (Data Center Dynamics – 12.11.2025)


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Global: Demanda elétrica de data centers e IA acelera riscos energéticos e pressiona redes globais

O novo World Energy Outlook da Agência Internacional de Energia (AIE) destaca que a rápida expansão de data centers e Inteligência Artificial (IA) está impulsionando um crescimento da demanda por eletricidade superior ao do consumo energético total, inclusive em economias avançadas. Os investimentos em data centers devem chegar a US$ 580 bilhões em 2025, ultrapassando o gasto global com petróleo, exigindo redes mais robustas, armazenamento e novas fontes de flexibilidade. Apesar de sua matriz majoritariamente renovável, o mundo ainda falha em atingir metas de acesso universal à energia e de mitigação climática. O relatório alerta para riscos adicionais ligados à alta concentração no refino de minerais críticos, essenciais para chips de IA, baterias e infraestrutura elétrica. A AIE afirma que as tensões de segurança energética são hoje mais amplas do que em qualquer outro momento recente. (Agência CanalEnergia – 12.11.2025)


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Brasil: Ceará fortalece estratégia global para atrair data centers e expansão digital

O presidente da Etice, Hugo Figueirêdo, participou do Data Centers Workshop na Cidade do Cabo para dialogar com líderes do setor e promover o Ceará como destino estratégico para data centers. Fortaleza se destaca como um dos maiores hubs de conectividade do hemisfério sul, reunindo 16 cabos submarinos internacionais e oferecendo posição geográfica privilegiada entre Europa, África e Estados Unidos. A Etice opera o Cinturão Digital, rede pública de fibra óptica com 5.921 km que cobre 72% do estado e apoia planos de atração de novos empreendimentos tecnológicos. Com forte geração de energia renovável e apoio do Banco Mundial, o Ceará prepara parcerias para ampliar tecnoparques, centros de inteligência artificial, capacitação digital e infraestrutura de data centers, consolidando-se como polo nacional e internacional de inovação. (Data Center Dynamics – 12.11.2025)


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Brasil: Matriz elétrica renovável torna o país competitivo para data centers de IA, mas desafios relevantes persistem

O boom global de Inteligência Artificial (IA) deve elevar os investimentos em data centers a US$ 252,3 bilhões em 2025 e até US$ 456 bilhões em 2026, porém o Brasil ainda abriga apenas 189 dessas instalações entre 10 mil no mundo. Com uma matriz elétrica 88% renovável, muito menos poluente que a dos Estados Unidos e da média global, o país desponta como candidato natural para hospedar infraestrutura sustentável, especialmente diante da projeção de que data centers passem de 2% para 3% do consumo mundial de energia nos próximos cinco anos. No entanto, desafios relevantes persistem: alto consumo de água, como visto na Virgínia; necessidade de proteger mananciais; e aprimoramento regulatório, incluindo o Regime Especial de Tributação para Serviçoes de Data Center (Redata) e possíveis exigências de transferência tecnológica. Ao mesmo tempo, data centers poderiam ajudar a estabilizar o sistema elétrico, absorvendo excedentes de eólica e solar com apoio de baterias. A oportunidade existe, mas requer políticas equilibradas e atenção ao impacto ambiental. (O Globo – 10.11.2025)


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Estados Unidos: Em meio ao boom da IA, financiamento de data centers adota estruturas cada vez mais arriscadas

A corrida bilionária por data centers levou empresas como a QTS, da Blackstone, a recorrerem a instrumentos financeiros complexos para sustentar a expansão. A Blackstone prepara um C.M.B.S. de US$ 3,46 bilhões lastreado em 10 data centers, parte de uma onda que cresce com a previsão de US$ 7 trilhões em investimentos até 2030. Big techs, antes financiando capital próprio com caixa próprio, agora recorrem a dívidas repactuadas como A.B.S., S.A.S.B. e veículos off-balance-sheet (S.P.V.s), como o usado pela Meta em sua emissão recorde de US$ 30 bilhões. A emissão de A.B.S. lastreados em data centers já soma US$ 13,3 bilhões no ano, +55% sobre 2024. Analistas alertam que a concentração de risco, especialmente em S.A.S.B. e S.P.V.s, lembra dinâmicas pré-crise de 2008: se chips e modelos forem rapidamente substituídos, perdas podem se amplificar. Com apenas 3% dos consumidores pagando por serviços de inteligência artificial, há temor de que a crescente alavancagem dos hyperscalers gere risco sistêmico. (NYTimes– 08.11.2025)


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Brasil: Expansão global dos data centers atrai investidores no Brasil

O mercado global de data centers vive um ciclo histórico de investimentos, impulsionado por nuvem e Inteligência Artificial (IA), com previsão de US$ 6,7 trilhões até 2030, a maior parte voltada à infraestrutura de IA nos Estados Unidos. O Brasil tenta participar desse movimento, mas enfrenta um déficit estrutural: entre 50% e 60% da computação em nuvem utilizada por empresas nacionais roda no exterior, gerando latência, riscos regulatórios e limites para IA e 5G. Com apenas 700 MW instalados, o país precisa chegar a 2.500 MW para a autossuficiência. Isso abre espaço para empresas locais como Timenow, Tivio e Alianza, que buscam participação via desenvolvimento imobiliário e parcerias internacionais. Entretanto, desafios como alto custo de energia, burocracia, falta de terrenos com capacidade elétrica e escassez de financiamento limitam o avanço, enquanto grandes operadores globais priorizam mercados centrais. (NeoFeed – 07.11.2025)


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Global: Criptomineradoras reciclam seus data centers para atender boom de IA

A antiga indústria de criptomineradoras está se tornando peça-chave na corrida por capacidade computacional para Inteligência Artificial (IA), após anos acumulando grandes estoques de terra e energia antes usados para mineração de Bitcoin. Com a explosão da demanda por GPUs e a dificuldade de hyperscalers em encontrar espaço e potência, empresas como Microsoft, Google, Amazon e Oracle passaram a firmar acordos bilionários para alugar ou assumir campi antes dedicados a rigs de Bitcoin. Firmas como CoreWeave, Iren, Nscale, TeraWulf, Cipher Mining e Lancium transformaram-se de mineradores em fornecedores de infraestrutura para IA, garantindo contratos de longo prazo e trazendo legitimidade ao setor. O movimento inverte a lógica do “HODL (hold on for dear life)”: quem realmente segurou grandes terrenos energizados está colhendo os frutos, enquanto muitos sites passam por upgrades para atender padrões de resiliência exigidos pelos hyperscalers, marcando a transição das criptomoedas para o mainstream da computação de IA. (Data Center Dynamics – 07.11.2025)


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Global: Explosão de investimentos em data centers cria dilema climático para investidores imobiliários

O mercado global de data centers vive crescimento exponencial, com mais de USD 550 bilhões em propriedades em construção, cinco vezes o total adquirido desde 2007, impulsionado pela demanda de inteligência artificial e computação em nuvem. Embora grandes operadores adotem metas climáticas e ampliem o uso de energia renovável, a expansão eleva significativamente as emissões, já que muitas instalações dependem de redes elétricas ainda dominadas por combustíveis fósseis. Países como Irlanda e Estados Unidos devem registrar os maiores aumentos relativos, com novas capacidades podendo adicionar até 2,9% e 2,6% às suas emissões nacionais. Para investidores institucionais comprometidos com metas de net zero, a incorporação massiva de data centers, ativos até 100 vezes mais intensivos em carbono do que edifícios de escritórios, cria tensão entre retornos financeiros e responsabilidades climáticas, agravada por limitações de energia limpa e maior rigor em padrões de divulgação. (MSCI – 05.11.2025)


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EUA: Crescente resistência comunitária freia boom de data centers impulsionado por IA

Nos Estados Unidos (EUA), a rápida expansão de data centers voltados para Inteligência Artificial (IA) enfrenta forte oposição local, como evidenciado em Franklin, Indiana, onde moradores bloquearam um projeto do Google por temores de alto consumo de água, energia e poucos benefícios econômicos. O país vive um boom impulsionado por investimentos bilionários em infraestrutura digital, mas essas instalações, algumas consumindo eletricidade equivalente a até 2 milhões de residências, elevam preocupações ambientais, impactos nas contas de luz e pressão sobre recursos hídricos, especialmente em regiões como Grandes Lagos, Geórgia e Arizona. Apesar de as empresas prometerem soluções mais eficientes, a falta de transparência agrava tensões, junto ao crescimento acelerado da demanda energética e às políticas federais que restringem renováveis. (NPR– 14.10.2025)


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Expansão e Investimentos

Estados Unidos: Microsoft retoma megainvestimentos em data centers de IA

A Microsoft liderou a corrida de Inteligência Artificial (IA) entre 2023 e 2024, com o maior boom de construção de data centers já visto, incluindo os megaclusters Fairwater, com centenas de MW dedicados ao treinamento da OpenAI. Em 2024, porém, a empresa promoveu uma “Big Pause”: congelou mais de 3,5 GW de capacidade planejada, reduziu a autoconstrução, saiu de Letters of Intent (LOIs) em vários mercados e acabou perdendo contratos gigantes, como o projeto Stargate, que migrou para a Oracle. Isso abriu espaço para neoclouds e outros hyperscalers capturarem grande parte da infraestrutura de IA. Em 2025, com a demanda por computação acelerada explodindo e a OpenAI diversificada em múltiplos provedores, a Microsoft inverteu o curso: voltou a acelerar investimentos, busca capacidade em qualquer modelo (self-build, leasing, neoclouds, regiões remotas) e tenta recompor sua posição, apostando em integração vertical de chips, modelos e data centers para recuperar margem e liderança no stack de IA. (SemiAnalysis – 12.11.2025)

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Brasil: Nova Complex anuncia investimento de US$ 3 bi em complexo de data centers de IA

A desenvolvedora singapurense Nova Complex planeja investir US$ 3 bilhões no Brasil para criar um megacomplexo integrado de 1 GW de energia renovável e 800 MW de capacidade de tecnologia da informação em data centers de computação inteligente, seguindo seu modelo global PowerDataCampus. O projeto, ainda em fase de discussões com autoridades brasileiras, deve combinar energia solar, eólica e hidrelétrica com data centers de alta densidade, resfriamento líquido e sistemas inteligentes de gestão energética. A empresa destaca o potencial do Brasil tanto para energia verde quanto para infraestrutura digital, prevendo impacto tecnológico, econômico e climático. Fundada em 2023, a Nova Complex reúne mais de 20 anos de experiência global e já soma 2.000 MW em projetos hyperscale e 10.000 P em data centers para Inteligência Artificial (IA), com presença na Ásia, Oriente Médio e Europa. (Tiinside– 11.11.2025)


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Portugal: Microsoft investe US$ 10 bilhões em megaparque de data centers de IA em Sines

A Microsoft confirmou um investimento de US$ 10 bilhões para desenvolver um megaparque de data centers de inteligência artificial em Sines, litoral português, em parceria com a Start Campus e a britânica Nscale. O projeto, apresentado durante o Web Summit por Brad Smith, inclui seis prédios, o primeiro inaugurado em março, e busca ampliar a capacidade computacional diante da explosão global da demanda por Inteligência Artificial (IA). A região de Sines se consolida como hub estratégico por sua conectividade internacional, abrigando cabos submarinos que ligam a Europa ao Brasil, África e, futuramente, à Carolina do Sul. O investimento reforça o papel de Portugal no mapa global de infraestrutura digital, ao lado de projetos como a futura gigafábrica de IA da União Europeia e a fábrica de baterias do grupo chinês CALB. (O Globo– 11.11.2025)


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Reino Unido e EUA: Microsoft avança em novos campi de data centers em Leeds e Wisconsin

A Microsoft apresentou planos para construir um campus de data centers em Skelton Grange, Leeds (Reino Unido), onde funcionava uma antiga usina a carvão. O projeto prevê três edifícios de três andares, com cerca de 424 mil pés² cada, além de uma subestação, com obras a partir de 2027. O terreno de 48 acres foi adquirido em 2024 e se soma a outro campus planejado em Eggborough, também em ex-área de usina. Nos EUA, a empresa expandiu sua presença em Mount Pleasant, Wisconsin, comprando mais 135 acres por US$ 38,4 milhões, elevando suas posses para mais de 2 mil acres. O primeiro data center local está na fase final de construção, parte da estratégia que fará de Wisconsin um dos maiores polos globais da companhia. (Data Center Dynamics – 11.11.2025)


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Coreia do Sul: país planeja primeiro data center de US$ 35 bi totalmente projetado e operado por IA

Na Coreia do Sul, investidores da Stock Farm Road se uniram à desenvolvedora de IA Voltai, apoiada por Stanford, para criar o primeiro data center do mundo projetado, construído e gerenciado integralmente por inteligência artificial. Chamado de Projeto Concord, o modelo prevê que a IA tome decisões sobre arquitetura, consumo de energia e água, operação contínua e adaptação a cargas de trabalho de IA, enquanto humanos atuam apenas como supervisores. A instalação, em construção na província de Jeolla do Sul, deve custar até US$ 35 bilhões, atingir 3 GW de energia disponível e ser concluída em 2028, um patamar inédito, já que centros globais raramente superam 1 GW por campus. O projeto avança em sintonia com a estratégia governamental sul-coreana de ampliar massivamente sua infraestrutura computacional, em um momento em que os gastos públicos com IA devem triplicar no país. (Valor Econômico – 11.11.2025)


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Global: Rumble adquire a Northern Data para expandir infraestrutura de inteligência artificial

O Rumble adquiriu a alemã Northern Data em um acordo de até US$ 970 milhões, unindo duas empresas apoiadas pela Tether e reforçando sua estratégia global de infraestrutura de inteligência artificial e data centers. A compra, feita por meio de troca de ações que avalia a Northern Data em US$ 767 milhões, concede ao Rumble acesso a mais de 40 mil Graphics Processing Units (GPUs) Nvidia, além de negócios de data center, enquanto os acionistas da empresa alemã podem receber até US$ 200 milhões adicionais se a venda de um data center no Texas for concluída. Após o fechamento, previsto para o 2º trimestre de 2026, os acionistas da Northern Data deterão 30,4% do grupo ampliado, e suas ações serão deslistadas. (Valor Econômico – 10.11.2025)


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Brasil: Pecém lança “Green Digital Hub” com cinco data centers e investimentos renováveis

A Zona de Processamento de Exportação do Ceará receberá cinco mega data centers, quatro da Exportdata e um da Bytedance, formando o “Green Digital Hub”, complexo voltado exclusivamente à exportação de serviços digitais. Os projetos somam R$ 571 bilhões, incluindo R$ 81 bilhões destinados à geração própria de energia limpa. As unidades da Exportdata, que juntas superam o investimento do TikTok, serão apoiadas por quatro empresas do Grupo Casa dos Ventos (CDV DC I–IV), responsáveis pela infraestrutura física, elétrica e de tecnologia da informação. O campus de hiperescala deve iniciar operações entre 2027 e 2032 e agora entra em fase de pré-obra, aguardando licenças ambientais e urbanísticas. A estimativa é gerar cerca de 95 mil empregos diretos e indiretos, sobretudo na construção, enquanto a operação criará vagas altamente qualificadas. O hub também inclui uma planta de amônia verde de R$ 12 bilhões para garantir energia estável e renovável ao complexo, consolidando Pecém como polo digital e energético de classe mundial. (Diário do Nordeste– 09.11.2025)


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Brasil: São Paulo firma parceria com BlackRock para ampliar investimentos em data centers e infraestrutura digital

O governo de São Paulo assinou acordo com a Financial Markets Advisory, unidade da BlackRock, para impulsionar a atração de investimentos internacionais em infraestrutura digital, especialmente data centers, setor que já soma R$ 110 bilhões em aportes no estado. A iniciativa, conduzida pela InvestSP, envolve mapeamento de oportunidades, aproximação com investidores globais e remoção de barreiras regulatórias. O governo destaca que a parceria reforça São Paulo como destino estratégico para tecnologia, apoiado por ecossistema de startups, centros de pesquisa e grandes players globais. O movimento acompanha a expansão da BlackRock no setor, após a compra da Aligned Data Centers por US$ 40 bilhões e sua participação na AI Infrastructure Partnership, criada com Microsoft, Nvidia e MGX para financiar até US$ 100 bilhões em projetos de IA e energia. (O Antagonista – 07.11.2025)


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Brasil: Axia Energia planeja data center ligado à hidrelétrica de Xingó

A Axia Energia (ex-Eletrobras) avança em sua estratégia de integrar data centers à geração elétrica e prepara o DC Xingó, em Canindé de São Francisco (SE), com conexão direta à hidrelétrica de Xingó. O projeto ainda depende de autorizações do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica e Operador Nacional do Sistema Elétrico, mas fortalece a entrada de Sergipe, até então fora do mapa dos grandes data centers, na disputa por investimentos digitais. O estado já atrai oito empresas interessadas, com memorandos e cartas de intenção firmadas, apoiado por energia barata no mercado livre, ampla oferta renovável e incentivos do PSDI e da futura Zona de Processamento de Exportação. Apesar das vantagens, o uso potencial do aquífero Marituba e do reservatório de Xingó para resfriamento gera preocupação de entidades sobre segurança hídrica. O movimento soma-se ao Smart Datacenter (operacional desde 2024) e ao projeto de US$ 1 bilhão do grupo Optimus, consolidando Sergipe como nova fronteira de infraestrutura digital. (Data Center Dynamics – 04.11.2025)


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Brasil: Scala expande mega data center em Fortaleza e reforça polo de tecnologia no Ceará

A Scala Data Centers anunciou R$ 1,2 bilhão na segunda fase de seu projeto de data center na Praia do Futuro, em Fortaleza, consolidando o Ceará como novo polo de tecnologia e inovação. Somado ao aporte inicial de R$ 250 milhões, que inclui um data center, subestação e linha de transmissão, o complexo já tem a primeira fase 90% concluída, com entrega prevista para o início de 2026 e potencial de dobrar de tamanho. O governo estadual destaca o forte impacto econômico, com geração de empregos diretos e indiretos em obras, energia, logística, importação de equipamentos e serviços técnicos. A Scala também busca se posicionar como referência em infraestrutura sustentável, após três emissões de debêntures verdes que somam US$ 803 milhões (cerca de R$ 4,4 bilhões). A empresa afirma ainda que o sistema de resfriamento do data center tem consumo mínimo de água, comparável ao arrefecimento de um automóvel. (O Povo– 03.11.2025)


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Políticas Públicas e Regulatórias

Brasil: Acordo na COP30 reforça cooperação em IA, governo digital e sustentabilidade

O Brasil e o Estado da Califórnia firmaram uma declaração de intenções durante a COP30, em Belém, para ampliar a cooperação em Inteligência Artificial (IA), tecnologias digitais e sustentabilidade ambiental. O documento, assinado pela ministra Esther Dweck e pelo governador Gavin Newsom, prevê intercâmbio técnico em governo digital, interoperabilidade de dados, plataformas cidadãs, uso responsável de IA e modernização da gestão pública. A parceria também abrange inovação estatal, políticas climáticas, contratações sustentáveis e capacitação de servidores. As ações incluem missões técnicas, seminários e desenvolvimento de protótipos, sem transferência de recursos. Segundo Dweck, Brasil e Califórnia compartilham agendas voltadas à eficiência, inclusão e sustentabilidade; já Newsom destacou que tecnologia e ação climática podem impulsionar empregos e reduzir a poluição, fortalecendo a governança pública. (Telesintese – 12.11.2025)


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Brasil: Governança de IA avança em meio à expansão de data centers e disputa global por regras

O artigo discute como a inteligência artificial se tornou infraestrutura crítica e exige governança capaz de equilibrar inovação e responsabilidade. Diante de um cenário global fragmentado, com a União Europeia adotando o AI Act, os EUA apostando em regulações setoriais e países asiáticos priorizando flexibilidade, o Brasil busca seu próprio modelo por meio do Marco Legal da Inteligência Artificial (IA), baseado na classificação de riscos e na transparência. O país vive rápida expansão na adoção de IA e no mercado de data centers, que deve crescer de US$ 0,56 bilhão em 2025 para US$ 1,24 bilhão em 2030. O Brasil tem vantagens competitivas, como a Lei Geral de Proteção de Dados e sua diversidade social, que impulsionam debates mais profundos sobre viés e inclusão, mas ainda enfrenta desafios de infraestrutura, talentos e padronização. A construção de um marco robusto pode posicionar o país como referência internacional e atrair investimentos, desde que haja capacidade de implementação e coordenação entre governo, empresas e sociedade. (Telesintese – 11.11.2025)


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Brasil: Programa do CGI.br e NIC.br impulsiona pesquisa sobre IA na web

O CGI.br e o NIC.br lançaram um programa inédito para fortalecer a pesquisa brasileira sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) na web e ampliar a presença técnica do país nos grupos de padronização do W3C. A iniciativa, com inscrições até fevereiro de 2026, selecionará três equipes de até quatro pesquisadores, oferecendo bolsas mensais (de R$ 2,1 mil a R$ 5,2 mil), filiação institucional ao W3C e custeio de participação em conferências internacionais, incluindo o TPAC. Com duração de até 36 meses, o programa busca posicionar o Brasil como protagonista na construção da Agentic Web, uma web moldada por sistemas de IA autônomos, e foca temas como protocolos de agentes, controle de bots, segurança e interoperabilidade. A seleção priorizará diversidade e aderência a temas estratégicos definidos por especialistas. Segundo Percival Henriques e Vagner Diniz, o objetivo é garantir que o país influencie os padrões técnicos globais e prepare pesquisadores para atuar na fronteira da evolução da web. (Telesintese– 11.11.2025)


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Brasil: COP30 expõe contradições ambientais da IA e pressiona por regulação de data centers

A abertura da COP30 coloca o Brasil diante do paradoxo da IA: enquanto tecnologias avançadas monitoram o desmatamento e protegem a Amazônia, sua infraestrutura, data centers, chips e sistemas de inferência, consome enormes quantidades de água, energia e minerais raros. Modelos como o Llama 3.1 405B emitiram quase 9.000 toneladas de CO₂ apenas no treinamento, e a inferência diária de milhões de usuários pode gerar emissões ainda maiores, consumindo até meio litro de água a cada 20 a 50 consultas. O país opera 180 data centers sem marco regulatório ambiental específico, apesar de impactos comparáveis ao de pequenas cidades. O artigo defende que o Brasil, anfitrião da COP30 e detentor de biodiversidade única e infraestrutura crescente de data centers, lidere a criação de normas internacionais: incluir data centers como atividades potencialmente poluidoras sujeitas a licenciamento, exigir transparência ambiental de modelos de IA, aplicar incentivos a tecnologias com impactos positivos e instituir um Estatuto da IA Ambiental. (Folha de São Paulo – 08.11.2025)


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Índia: Estados lideram corrida por data centers com subsídios, energia verde e rapidez para atrair hyperscalers

A Índia vive um boom inédito de data centers enquanto sua economia digital ruma a US$ 1 trilhão até 2030. O crescimento, antes concentrado em grandes metrópoles e em cabos submarinos, agora é moldado por políticas estaduais agressivas que redefinem a escolha de sites. Maharashtra, Tamil Nadu, Telangana, Karnataka, Uttar Pradesh e Gujarat criaram normas específicas para, oferecendo subsídios de capex, isenções tarifárias, incentivos para energia renovável e processos de licenciamento acelerados. O objetivo é atrair hyperscalers sensíveis a custo, sustentabilidade e velocidade de implantação, fatores que determinam bilhões em investimentos. Nos últimos dois anos, compromissos multibilionários de Microsoft, AWS e outros players reforçaram essa disputa estadual. Apesar dos avanços, persistem desafios como gargalos de transmissão, dificuldades de aquisição de terras e lacunas entre anúncio e execução. Na nova geografia digital indiana, os estados capazes de combinar incentivos robustos com entrega rápida tendem a liderar a expansão de infraestrutura para inteligência artificial, HPC e nuvem. (Data Center Dynamics – 08.11.2025)

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Oferta de Energia Elétrica

Brasil: NextStream fecha parceria para abastecer data centers com energia eólica da Bahia

A NextStream firmou parceria com a empresa global Serena para fornecer energia 100% renovável aos seus data centers a partir de 2026, usando exclusivamente a geração eólica do Complexo Assuruá, na Bahia. A iniciativa integra o programa Power-to-Tech e começa pelo campus de Tamboré (SP), ampliando a oferta de energia limpa para clientes corporativos e reduzindo a pegada de carbono das operações. Atuando em cinco países latino-americanos e preparada para cargas intensivas de inteligência artificial, machine learning e internet das coisas, a NextStream reforça sua estratégia Environmental, Social, and Governance (ESG) ao alinhar expansão digital com descarbonização. Já a Serena, com mais de 20 anos de experiência em energia eólica e solar, aporta capacidade instalada capaz de atender 4,2 milhões de residências, fortalecendo a infraestrutura digital de baixo carbono no Brasil. (Data Center Dynamics – 13.11.2025)


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Brasil: Light prevê que chegada de data centers pode dobrar consumo de energia no RJ em cinco anos

A distribuidora Light estima que o avanço de projetos de data centers, impulsionados pelo regime especial Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData) e pela iniciativa municipal Rio AI City, pode elevar a demanda elétrica de sua área de concessão de 3 GW para até 6 GW nos próximos cinco anos. Segundo a superintendente Lais Tovar, a empresa tem sido altamente procurada por investidores desde a publicação da Medida Provisória, e só nas primeiras horas após sua edição o estado recebeu 5,8 GW em pedidos de conexão, segundo a Empresa de Pesquisa Energética. A perspectiva surge enquanto a Light aguarda a renovação de seu contrato de concessão por mais 30 anos, já recomendada pela Agência Nacional de Energia Elétrica e em análise no Ministério de Minas e Energia. A empresa, que passa por reestruturação após pedir recuperação judicial em 2024, promete ampliar investimentos na rede e busca modelos regulatórios como sandboxes tarifários para reduzir perdas, que hoje chegam a R$ 1,3 bilhão ao ano devido a furtos. (Agência Eixos – 12.11.2025)


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Brasil: RT-One firma parceria com Enermais para energia sustentável em data centers de IA

A RT-One anunciou uma parceria estratégica com a brasileira Enermais para garantir uma base energética sustentável aos seus futuros data centers de Inteligência Artificial (IA) no país. A Enermais, com mais de 20 anos de atuação em geração e transmissão, fornecerá energia de fontes renováveis como hídrica, solar e eólica, além de estruturas voltadas à exportação de hidrogênio verde, reforçando a transição energética e a descarbonização. A colaboração, consolidada durante visita institucional do vice-presidente global da RT-One, Ricardo Simões, busca posicionar o Brasil como protagonista na revolução digital, unindo escalabilidade, eficiência e compromisso ambiental. Segundo a empresa, a iniciativa prepara o país para liderar a nova fase da infraestrutura de IA com responsabilidade e visão estratégica. (Tiinside– 10.11.2025)


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Brasil: Odata obtém autorização da Aneel para conectar terceiro data center em São Paulo ao SIN

A Odata recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica para conectar o data center SP06 C, seu terceiro campus em Cabreúva (SP), à rede básica do Sistema Interligado Nacional. A aprovação permite a ligação da subestação Cabreúva (ISA Energia Brasil) à nova subestação da Odata em 230 kV, por meio de uma linha de transmissão em circuito duplo de cerca de 1 km, compartilhada pelos projetos SP06 A, B e C. Os ativos A e B já haviam sido autorizados, com entrada em 2025 e expansão até 2033. O novo SP06 C inicia operação em dezembro de 2028, com demanda de 18 MW, chegando a 72 MW em 2030. A empresa também avançou no projeto SP07, com alternativas de conexão aprovadas pelo Ministério de Minas Energia. Em paralelo, a Odata ampliou seu portfólio ao adquirir 100% da GP Participações em Energia Renovável, responsável por um futuro data center em Sumaré, em movimento que acompanha a venda da controladora Aligned Data Centers por US$ 40 bilhões ao consórcio liderado pela BlackRock. (MegaWhat Energy – 07.11.2025)


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EUA: Babcock & Wilcox fornecerá 1 GW a gás natural para data centers de IA da Applied Digital

A fornecedora de tecnologia de energia Babcock & Wilcox firmou acordo preliminar de US$ 1,5 bilhão com a Applied Digital para construir quatro usinas a gás natural de 300 MW cada, totalizando mais de 1 GW exclusivamente dedicado a um futuro data center de Inteligência Artificial (IA). O contrato definitivo deve ser concluído no primeiro trimestre de 2026, com início das operações previsto para 2028. A B&W afirma que suas usinas baseadas em vapor podem ser implantadas mais rapidamente do que plantas tradicionais de ciclo simples ou combinado, oferecendo solução acelerada para a crescente escassez de energia enfrentada por data centers de alta densidade. A Applied Digital, que já opera o campus Polaris Forge 1 em Ellendale (ND) e possui acordos de até 400 MW com a CoreWeave, vê o modelo como vantagem competitiva para expandir rapidamente sua capacidade de IA e HPC. (Data Center Dynamics – 05.11.2025)


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EUA: CyrusOne fecha contrato de 400 MW com Calpine para novo campus de data centers no Texas

A CyrusOne ampliou para 400 MW seu acordo de fornecimento energético com a Calpine Corporation para um novo campus de data center em Bosque County, próximo a Dallas-Fort Worth. O segundo contrato adiciona 210 MW aos 190 MW firmados em julho, garantindo energia, conexão à rede e terreno adjacente à usina a gás natural Thad Hill (250 MW). O data center DFW10, já em construção e previsto para operar no fim de 2026, seguirá um modelo em fases: a primeira etapa terá 190 mil pés² e 144 MW; a segunda ampliará o campus para mais de 700 mil pés² e 288 MW de capacidade de TI. Segundo a empresa, a parceria permite coordenação direta com a geração da Calpine para reforçar a confiabilidade do ERCOT em períodos de escassez. A iniciativa consolida o Texas como polo de hiperescala e fortalece a CyrusOne, controlada pela KKR e com mais de 50 data centers nos Estados Unidos (EUA) e Europa, em seu principal mercado americano. (Data Center Dynamics – 05.11.2025)


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Inovação e Tecnologia

Brasil: ALGcompany lança rack de TI de alta resistência e flexibilidade para data centers

A ALGcompany ampliou seu portfólio com o lançamento do Rack de TI ALGcom, projetado para ambientes críticos e data centers de alta densidade. O equipamento suporta até 1500 kg, graças à estrutura modular reforçada em aço laminado a frio, e prioriza eficiência térmica com portas frontal e traseira 85% ventiladas, além de chapas removíveis para melhor gestão de cabos e ventilação ativa. Compatível com o padrão 19” (42U), o rack oferece diversas opções de largura, profundidade e modelos de portas, permitindo integração com diferentes layouts. O acabamento anticorrosivo, o sistema de segurança 3524 E e o kit de aterramento garantem durabilidade e conformidade técnica. Entregue com acessórios completos para instalação imediata, o produto reforça a atuação da empresa no mercado de infraestrutura para data centers, telecom e ambientes corporativos. (Data Center Dynamics– 13.11.2025)


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Brasil: ZTE destaca portfólio modular e servidores G6 no DCD São Paulo 2025

A ZTE apresentou no DCD São Paulo 2025 um conjunto de soluções voltadas à nova geração de infraestrutura digital, com foco em data centers modulares, gestão inteligente e servidores de alto desempenho. Entre os destaques, a empresa exibiu seus Data Centers Modulares Inteligentes, projetados para implantação rápida, expansão flexível e eficiência operacional, um modelo pré-fabricado alinhado à crescente demanda por ambientes escaláveis para cloud e inteligência artificial. A companhia também demonstrou seu DCIM próprio, capaz de realizar monitoramento em tempo real, análise energética e manutenção preditiva, elevando a automação e a confiabilidade dos sites. Complementando o portfólio, a série de servidores ZTE G6, equipada com processadores Intel Xeon de 4ª e 5ª geração, chamou atenção pela alta densidade, design térmico otimizado e eficiência energética para cargas de trabalho intensivas. (Telesintese – 12.11.2025)


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Brasil: Scala testa fibra de núcleo oco para reduzir latência em data centers

A Scala Data Centers iniciou uma POC com fibra óptica de núcleo oco (HCF) no campus Tamboré (SP) para reduzir a latência em interconexões intra-site e intra-campus de seus data centers. A tecnologia AccuCore HCF, da OFS, guia a luz majoritariamente pelo ar e diminui a latência de propagação em cerca de 31,5% por km, de ~4,90 µs/km na fibra convencional para ~3,35 µs/km, além de ampliar o alcance em até 46% para o mesmo limite de latência. Os testes, realizados em um enlace de 1,1 km, avaliam spans HCF/SMF e integração com DCI Nokia 1830 PSI-M, priorizando transmissões IM-DD típicas de curtas distâncias. Apesar de limitações como menor eficiência espectral e necessidade de regeneração em rotas longas, a tecnologia é estratégica para cargas de IA e HPC, em que microssegundos afetam a sincronização entre GPUs, e pode beneficiar mercados como HFT. A Scala destaca ainda que a redução de ~32% de latência tornaria rotas em SP comparáveis a enlaces internacionais de alta performance. (Telesintese– 07.11.2025)


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