Data Center 07
Tendências de Mercado
Brasil: Crescimento acelerado de data centers pressiona modelo de conexão do setor elétrico
Durante o evento Brazil Windpower 2025, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Élbia Gannoum, destacou que o avanço dos data centers no Brasil ocorre “mais rápido do que o previsto”, com 14 GW em pedidos de conexão, volume que supera a capacidade imediata do sistema elétrico. Segundo ela, o modelo atual de conexão, pensado para projetos hidrelétricos e eólicos com prazos longos, precisa ser revisto para atender à nova dinâmica, em que empreendimentos digitais exigem energia em até 18 meses. A executiva defende adaptar a regulação para priorizar a demanda e evitar gargalos de rede. Já sobre hidrogênio verde, Gannoum e a diretora da PSR, Ângela Gomes, apontaram que o segmento segue promissor, mas ainda enfrenta desafios de escala, custos e transporte. Ambas concordam que o futuro do setor dependerá da integração entre infraestrutura energética e a rápida expansão digital liderada pelos data centers. (Agência CanalEnergia – 29.10.2025)
Global: Mercado global de data centers ultrapassará US$ 1 trilhão até 2035
Um relatório da DC Market Insights revela que o mercado global de data centers vive uma expansão histórica, crescendo de US$ 224,6 bilhões em 2020 para US$ 385,7 bilhões em 2025, com projeção de atingir US$ 1,05 trilhão até 2035, a uma taxa anual composta de 10,54%. O estudo destaca que o avanço é impulsionado pela transformação digital, pela expansão de provedores de nuvem, pelo advento do 5G e da computação de borda. Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios como escassez de energia, pressões ambientais, gargalos na cadeia de suprimentos e falta de profissionais qualificados. Tendências como o uso de refrigeração líquida, construção modular e automação com inteligência artificial moldam o futuro da infraestrutura digital. América do Norte lidera o mercado, enquanto Ásia-Pacífico e regiões emergentes despontam como novas fronteiras de investimento. (PR Newswire – 29.10.2025)
Brasil: Setor de cloud projeta crescimento de 39% em 2025
O relatório Panorama AbraCloud 2025, divulgado pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Serviços Cloud, indica otimismo entre as empresas do setor: 83% esperam crescer em média 39% em 2025 em relação ao faturamento do ano anterior. Em 2024, a receita média foi de R$ 108 milhões, caindo para R$ 21 milhões sem as grandes companhias. O estudo, conduzido pelo Instituto Insider com 29 representantes de 60% das associadas, revela que nuvem corporativa (86%), serviços gerenciados (83%) e colocation (62%) lideram a oferta. Entre as grandes, 67% já oferecem aceleração de GPU para inteligência artificial. O setor é fortemente concentrado em São Paulo, onde 83% mantêm data centers. A maioria das empresas (90%) opera com capital próprio e pretende manter-se independente, embora 69% já tenham realizado aquisições. O NPS da AbraCloud atingiu 69%, indicando alto grau de satisfação e confiança entre os associados. (TeleSíntese– 28.10.2025)
EUA: Possível bolha de inteligência artificial entre debates de especialistas
O debate sobre uma possível bolha de Inteligência Artificial (IA) divide especialistas, que questionam se o atual boom de investimentos representa especulação ou transformação estrutural. Embora o setor movimente mais de US$ 400 bilhões anuais em infraestrutura, a receita da IA generativa cobre apenas 15% desse montante, levantando dúvidas sobre sustentabilidade. O investimento já supera 1% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, concentrado em poucos fabricantes de chips, energia e data centers, o que gera riscos de interrupção e dependência. Ainda assim, o ecossistema começa a se descentralizar, buscando resiliência e eficiência. Diferente da bolha da internet, as líderes de IA são lucrativas e financeiramente sólidas, com forte crescimento e impacto real na economia. Mesmo que ajustes ocorram, a infraestrutura construída, centros de dados, chips e redes, permanecerá como legado duradouro, moldando a próxima fase da economia digital. A verdadeira revolução da IA, conclui o autor, está no que ela obriga o mundo a construir. (TeleSíntese– 27.10.2025)
Brasil: Mercado de data centers deve dobrar até 2028
Segundo estudo da consultoria Oliver Wyman, a capacidade dos data centers brasileiros deve mais que dobrar nos próximos três anos, chegando a 1,8 gigawatt até 2028, impulsionando o setor de telecom e criando novas oportunidades de negócios. Atualmente, o país soma cerca de 800 MW, metade da potência da América Latina, com São Paulo concentrando 80% da capacidade nacional. O mercado de colocation pode saltar de US$ 1,6 bilhão para US$ 3 bilhões em cinco anos, com forte avanço do segmento atacadista liderado por empresas de nuvem. Contudo, o alto custo da energia e a complexa carga tributária ameaçam o posicionamento global do Brasil. A eletricidade representa 50% dos custos operacionais dos data centers e, mesmo com incentivos, o preço nacional ainda supera o de países como Estados Unidos e Argentina. Especialistas alertam que, sem energia mais barata e renovável, o país pode perder espaço no mercado internacional de processamento de dados. (Teletime – 27.10.2025)
Global: Investimentos em TI atingirão R$ 32 trilhões em 2026 com alta impulsionada por data centers
Segundo a consultoria Gartner, os gastos mundiais em Tecnologia da Informação (TI) devem superar US$ 6 trilhões (R$ 32 trilhões) em 2026, representando um crescimento de 9,8% em relação a 2025. O principal destaque é o setor de data centers, que registrará uma expansão de 46,8% em 2025 e deverá crescer mais 19% no próximo ano, totalizando US$ 582,4 bilhões. Esse avanço reflete a corrida global por infraestrutura de inteligência artificial e pela modernização de sistemas de nuvem e computação distribuída. Outros segmentos também devem crescer, como software (15,2%) e serviços de TI (8,7%), enquanto dispositivos terão alta de 6,8%. De acordo com o vice-presidente da Gartner, John-David Lovelock, a incerteza do início de 2025 deu lugar a uma onda de investimentos motivada pela necessidade de suportar a transformação digital. A consultoria prevê que 2026 consolidará a era da infraestrutura inteligente, com data centers e redes interconectadas sustentando a economia digital global. (Convergência Digital– 24.10.2025)
Expansão e Investimentos
Brasil: Scala Data Centers firma acordo com Barueri e avança no plano diretor do Campus Tamboré
A Scala Data Centers assinou um Memorando de Entendimento com a Prefeitura de Barueri para a aprovação do plano diretor do Campus Tamboré, consolidando-o como o maior e mais avançado complexo de data centers da América Latina. O acordo inaugura uma nova fase de desenvolvimento urbano integrado, com investimentos em infraestrutura viária, mobilidade e segurança, beneficiando moradores e profissionais da região. Operando com energia 100% renovável e sistemas de resfriamento líquido eficientes (PUE de 1,35), o campus soma mais de R$ 10 bilhões em investimentos e 120 MW de capacidade ativa, podendo alcançar 600 MW e 17 data centers ao final da expansão. A parceria reforça o papel de Barueri como polo tecnológico e evidencia o compromisso da Scala com inovação sustentável, geração de empregos e crescimento econômico regional. (Data Center Dynamics– 30.10.2025)
Portugal: AtlasEdge obtém financiamento verde para expandir campus de data centers em Lisboa
A AtlasEdge, provedora europeia de data centers, anunciou um financiamento verde de 253 milhões de euros para impulsionar a construção e expansão de seu campus de próxima geração em Lisboa. O aporte será dividido entre o site LIS001, já em operação com clientes e previsão de conclusão até o fim de 2025, e o LIS002, previsto para 2028. A empresa também adquiriu um terreno de 10 mil m² para o futuro LIS003, elevando a capacidade total do campus para 30 MW e consolidando investimentos de mais de 500 milhões de euros em Portugal. Localizado próximo ao cabo submarino de Carcavelos, o complexo se beneficia da conectividade internacional e da matriz energética renovável do país. O financiamento, liderado por Santander e ING, reforça o compromisso da AtlasEdge em ampliar sua presença sustentável na Península Ibérica e atingir mais de 150 MW de capacidade na Europa. (Data Center Dynamics– 29.10.2025)
EUA: Parceria transforma base militar em polo de data centers verdes no Maine
A provedora de infraestrutura digital FirstLight uniu-se à Green 4 Maine para transformar o norte do estado do Maine em um centro estratégico de data centers sustentáveis. O projeto revitaliza a antiga Base Aérea de Loring, agora rebatizada de Green 4 Maine Campus and Innovation Hub at Loring, oferecendo 1,25 milhão de pés quadrados de espaço comercial com energia limpa e ampla conectividade óptica. A rede de fibra da FirstLight, de baixa latência e alta capacidade, conecta a região a pólos tecnológicos como Nova York, Boston e Montreal, garantindo escalabilidade e resiliência para operações críticas. A iniciativa promete impulsionar a economia local, gerar empregos em tecnologia e construção e consolidar o Maine como um novo polo de inovação digital voltado à inteligência artificial e computação em nuvem. (PR Newswire – 28.10.2025)
Taiwan: Zettabyte e Chief Telecom convertem data center legado em hub de IA
A Zettabyte, referência em software e inovação para data centers de Inteligência Artificial (IA), e a Chief Telecom, principal provedora de rede e infraestrutura de Taiwan, concluíram em apenas 45 dias a modernização de um data center tradicional em uma instalação compatível com GB300 e preparada para refrigeração líquida direta (DLC) com racks acima de 100 kW. O projeto, marco da iniciativa Zettabyte Titan, estabelece um novo padrão global de eficiência e sustentabilidade, permitindo que infraestruturas legadas se adaptem rapidamente às exigências de cargas de trabalho de IA. A transformação posiciona Taiwan como um centro regional de alta performance em computação, servindo de modelo para a modernização rápida e sustentável de data centers em escala global. (PR Newswire – 28.10.2025)
EUA: Crusoe triplica valor de mercado com boom da infraestrutura de IA
A startup Crusoe, especializada em infraestrutura para Inteligência Artificial (IA), levantou US$ 1,4 bilhão em nova rodada de captação liderada pela Mubadala Capital e Valor Equity Partners, elevando sua avaliação para mais de US$ 10 bilhões, mais que o triplo em um ano. Fundada em 2018, a empresa já arrecadou US$ 3,9 bilhões e está construindo o primeiro grande data center da OpenAI nos Estados Unidos (EUA), um campus de 1,2 GW em Abilene (Texas), avaliado em US$ 12 bilhões. O CEO Chase Lochmiller destacou a “demanda sem precedentes” por infraestrutura de computação, mas alertou para a escassez de energia e o risco de sobrecarga no sistema elétrico. A Crusoe planeja ainda um segundo campus de 1,8 GW em Wyoming, com expansão prevista para 10 GW. O avanço das chamadas startups “neonuvem”, como Crusoe e CoreWeave, reflete o frenesi de investimentos em IA, que deve ultrapassar US$ 500 bilhões anuais até 2026, segundo o UBS. (Valor Econômico – 24.10.2025)
Políticas Públicas e Regulatórias
Chile: avanço na regulação da IA desafia expansão bilionária de data centers
O Chile vive um momento decisivo ao tentar equilibrar regulação ética da inteligência artificial e expansão de data centers, essenciais para sustentar o crescimento digital e o investimento estrangeiro. O país já abriga mais de 40 data centers, com capacidade instalada que quase triplicou desde 2015, impulsionada por energia renovável abundante e conectividade de ponta. Gigantes como Amazon (AWS) e Google estão investindo bilhões em novas instalações e infraestrutura de cabos submarinos, atraídos pela estabilidade e matriz energética verde. No entanto, o projeto de lei de IA, que impõe regras baseadas em níveis de risco e multas pesadas, enfrenta resistência das big techs, que temem atrasos e custos excessivos. Especialistas alertam que o excesso de regulação pode afastar capital e retardar projetos, como o plano nacional de data centers do presidente Gabriel Boric, enquanto o governo defende que a medida garante inovação responsável e segurança jurídica, posicionando o Chile como futuro hub digital e ético do Cone Sul. (O Globo– 29.10.2025)
EUA: Receita da Meta sobe 26%, mas lucro despenca 83% com impacto de nova lei tributária
A Meta, empresa de Mark Zuckerberg, registrou US$ 51,24 bilhões em receita no terceiro trimestre de 2025, alta de 26% em relação a 2024, mas o lucro líquido caiu 83%, para US$ 2,7 bilhões, devido a uma despesa contábil de US$ 15,93 bilhões provocada pela nova lei tributária americana, a One Big Beautiful Bill Act, sancionada pelo governo Trump. Sem esse efeito não recorrente, o lucro por ação teria sido de US$ 7,25, contra os US$ 1,05 reportados. A divisão Family of Apps (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) gerou US$ 50,77 bilhões, enquanto o Reality Labs teve prejuízo de US$ 4,43 bilhões. A empresa encerrou o trimestre com US$ 44,45 bilhões em caixa e 78,450 funcionários, além de recomprar US$ 3,16 bilhões em ações. A Meta projeta receita entre US$ 56 e 59 bilhões no quarto trimestre e capex de até US$ 72 bilhões em 2025, priorizando infraestrutura de inteligência artificial e nuvem, mas alerta para riscos regulatórios na Europa e nos Estados Unidos (EUA). (TeleSíntese– 29.10.2025)
União Europeia: Comissão lança Scaleup Europe Fund para fortalecer soberania tecnológica e reter startups inovadoras
A Comissão Europeia anunciou a criação do Scaleup Europe Fund, fundo multibilionário destinado a impulsionar empresas de tecnologia em estágio de crescimento e reduzir a dependência europeia de capital estrangeiro. Lançado em Bruxelas com apoio do Banco Europeu de Investimentos (EIB) e grandes investidores privados, o fundo faz parte da estratégia de soberania tecnológica da União Europeia. Segundo a presidente Ursula von der Leyen, o objetivo é garantir que “as melhores empresas da Europa escolham a Europa” para expandir seus negócios. O fundo investirá em rodadas a partir de € 100 milhões em setores críticos como inteligência artificial, semicondutores, robótica, energia, biotecnologia e espaço. A gestão ficará a cargo de uma gestora privada internacional, a ser selecionada por edital até 2026. Inspirado nas recomendações do relatório Draghi, o fundo busca preencher a lacuna de capital de crescimento e evitar a fuga de talentos e de controle estratégico para fora do continente. (TeleSíntese– 28.10.2025)
EUA: Governo impõe prazo de 60 dias para análise de conexão de grandes data centers à rede elétrica
O secretário de Energia dos Estados Unidos (EUA), Chris Wright, enviou instruções à Comissão Federal de Regulamentação de Energia (FERC) para acelerar a conexão de grandes cargas elétricas, como data centers e projetos híbridos de geração acima de 20 MW, à rede de transmissão. A determinação estabelece que a FERC conclua cada solicitação em até 60 dias e apresente, até abril de 2026, propostas de reforma que garantam uma integração mais eficiente dessas cargas. Wright também definiu 13 princípios regulatórios, exigindo que empresas custem integralmente as modernizações da rede e incentivando instalações híbridas. Ele destacou que, embora a FERC tradicionalmente não regulasse conexões de grandes consumidores, a demanda crescente por energia impulsionada pela inteligência artificial torna o tema de interesse público nacional. O secretário ainda orientou a comissão a simplificar o processo de licenciamento de novas hidrelétricas, reduzindo entraves burocráticos. (MegaWhat– 27.10.2025)
Brasil: Uberaba negocia instalação de data center de IA, mas modelo na ZPE aguarda aval do governo federal
O município de Uberaba (MG) negocia a instalação de um data center voltado à inteligência artificial, projeto que pode transformar a cidade em um polo tecnológico nacional e gerar até 2 mil empregos diretos. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Celso Neto, as conversas com investidores estão avançadas, mas o impasse está na falta de entendimento do Governo Federal sobre o modelo de operação dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). O governo exige que a própria big tech construa e opere o centro, enquanto empresas locais e estrangeiras propõem construir a infraestrutura e alugar o espaço para gigantes como Oracle, Google ou Microsoft instalarem seus servidores. O investimento inicial, estimado em R$ 1,7 bilhão pela RT-One, depende da autorização federal para esse formato de negócio. Neto reforça que o projeto é estratégico para consolidar o Triângulo Mineiro como hub de inovação e tecnologia. (Jornal da Manhã – 26.10.2025)
EUA: Reforma federal acelera boom de data centers com incentivos e simplificação de licenças
Uma nova reforma federal coloca os data centers no centro da estratégia econômica dos Estados Unidos (EUA), combinando incentivos financeiros, simplificação de licenças ambientais e novos locais de desenvolvimento. O pacote, alinhado à meta de ampliar a infraestrutura digital, prevê apoio a projetos acima de US$ 500 milhões ou 500 MW, com subsídios, garantias de empréstimos e incentivos fiscais. A medida também busca reduzir prazos de revisão sob a Lei Nacional de Política Ambiental (NEPA) e liberar o uso de terrenos federais e áreas contaminadas (brownfields e Superfund), convertendo-os em polos tecnológicos. O objetivo é destravar gargalos que afetam o setor, cuja capacidade deve triplicar até 2030, mas enfrenta desafios de energia, água e interconexão de rede. Especialistas destacam que, além do crescimento econômico, a expansão exigirá gestão ambiental e social integrada, com foco em uso eficiente de recursos e revitalização de comunidades industriais. (Data Center Dynamics– 25.10.2025)
Brasil: Setor de energia defende inclusão do gás natural e nuclear no programa Redata
Durante o evento Diálogos da Transição 2025, o diretor institucional e regulatório da Energisa Distribuição de Gás, Paulo Homem, afirmou acreditar que o Congresso corrigirá a exclusão do gás natural do texto da MP 1318/2025, que criou o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata). O executivo defende que o gás seja reconhecido como “combustível da transição”, fundamental para garantir fornecimento firme e estável aos data centers, cuja demanda energética é contínua e de alta confiabilidade. Homem argumentou que, embora o programa exija o uso exclusivo de fontes limpas e renováveis para concessão dos benefícios fiscais, uma política realista deve contemplar também o gás e até a energia nuclear. Para ele, excluir fontes firmes pode afastar investidores internacionais, já que as renováveis sozinhas não asseguram estabilidade suficiente para a operação de grandes infraestruturas digitais. (Agência Eixos – 24.10.2025)
União Europeia: Comissão Europeia acusa Meta e TikTok de violarem regras de transparência do DSA
A Comissão Europeia concluiu preliminarmente que TikTok e Meta (controladora de Facebook e Instagram) violaram obrigações de transparência previstas na Lei de Serviços Digitais (DSA). Segundo o órgão, as plataformas impõem barreiras excessivas ao acesso de pesquisadores a dados públicos, comprometendo a confiabilidade de estudos sobre exposição de usuários – especialmente menores – a conteúdos ilegais ou nocivos. A Meta também é acusada de falhar em oferecer mecanismos simples de denúncia e contestação de decisões de moderação, além de empregar “padrões escuros” que desencorajam denúncias. A Comissão poderá aplicar multas de até 6% do faturamento global se as infrações forem confirmadas. A partir de 29 de outubro de 2025, novas regras ampliarão o acesso de pesquisadores a dados não públicos de grandes plataformas, reforçando a vigilância sobre seu impacto social. (TeleSíntese– 24.10.2025)
União Europeia: Comissão Europeia e EIB firmam acordo para financiar megacentros de dados de IA
A Comissão Europeia, o Banco Europeu de Investimento (EIB) e o Fundo Europeu de Investimento (EIF) assinaram um Memorando de Entendimento para apoiar a criação de “gigafábricas de Inteligência Artificial (IA)”, supercentros de dados dedicados ao treinamento de modelos avançados dessa tecnologia. O acordo estabelece um marco de cooperação para transformar a Europa em um “continente líder em IA”, segundo comunicado oficial. O projeto prevê a construção de três a cinco clusters de supercomputação, cada um com 100 mil chips de IA, financiados pelo programa InvestAI, que pretende mobilizar € 200 bilhões (US$ 209 bilhões), incluindo € 20 bilhões específicos para as gigafábricas. A Comissão recebeu 76 propostas de 16 países-membros, abrangendo 60 possíveis locais, e deve definir as localizações ainda em 2025, com início das operações previsto para 2028. Para a presidente do EIB, Nadia Calviño, a iniciativa reforça o papel da IA como motor de inovação e produtividade na Europa. (Data Center Dynamics– 24.10.2025)
Brasil: Programa Redata antecipa Reforma Tributária e atrai investimentos em data centers e IA
O governo brasileiro lançou o programa Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), iniciativa do Ministério da Fazenda que antecipa benefícios da Reforma Tributária para impulsionar investimentos em data centers e infraestrutura digital. Integrado à Política Nacional de Data Centers (PNDC) e à Nova Indústria Brasil, o programa busca consolidar o país como polo verde da inteligência artificial, estimulando setores como nuvem, IoT e Indústria 4.0. Segundo o assessor especial Igor Marchesini Ferreira, o Redata garante previsibilidade e segurança jurídica de longo prazo, desonerando integralmente ativos fixos e exportações. O foco é resolver o principal gargalo do setor, a importação de equipamentos e servidores, e criar um ambiente competitivo frente à escassez de energia e licenças em países como Estados Unidos e Europa. O governo estima que a medida gerará efeitos multiplicadores na cadeia produtiva e atrairá fabricantes de sistemas e componentes eletrônicos ao Brasil. (Agência CanalEnergia – 23.10.2025)
Oferta de Energia Elétrica
Brasil: Ex-diretor da Aneel critica custos e distorções das MPs dos data centers
Em artigo, Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel, alerta que as Medidas Provisórias 1307 e 1318, voltadas à regulamentação dos data centers, ignoram princípios da vantagem comparativa e podem elevar significativamente o custo da energia no Brasil. Segundo ele, o país não possui vantagem real em preços, a energia solar e eólica, exigidas nas MPs como fontes “limpas e novas”, custam R$ 320 a R$ 350/MWh, acima da faixa de R$ 120 a R$ 200/MWh considerada viável para centros de dados do tipo Hyperscale. Santana calcula que, para atender 20 GW em data centers, seriam necessários 60 GW de capacidade instalada e investimentos bilionários em transmissão, resultando em aumento de até 15% na conta de luz. Ele argumenta que o modelo de autoprodução favorece subsídios cruzados e riscos sistêmicos, transformando o que seria uma “vantagem comparativa” em novo “Custo Brasil” mascarado de virtude tecnológica. (Valor Econômico – 29.10.2025)
EUA: Governo investe US$ 80 bilhões na Westinghouse para expandir capacidade nuclear
O acordo de US$ 80 bilhões entre o governo dos Estados Unidos e os controladores da Westinghouse prevê a construção de um grande complexo de reatores nucleares, com potencial impacto no fornecimento de energia para data centers e outras infraestruturas de alta demanda elétrica. O investimento, parte de um pacote comercial maior com o Japão, será usado para erguer até oito usinas nucleares AP1000, tecnologia considerada essencial para sustentar o crescimento da capacidade computacional e de inteligência artificial, que exigem fontes estáveis e limpas de energia. O projeto, apoiado por Brookfield Asset Management e Cameco, integra a meta do governo Trump de quadruplicar a capacidade nuclear dos Estados Unidos até 2050, fortalecendo a segurança energética nacional e criando uma base sólida para a expansão de data centers de última geração e da infraestrutura digital do país. (Valor Econômico – 28.10.2025)
EUA: NextEra e Google reativarão usina nuclear para abastecer data centers de IA
A NextEra Energy anunciou que vai reativar a usina nuclear Duane Arnold, em Iowa, para atender à crescente demanda energética dos projetos de inteligência artificial (IA) do Google. Fechada desde 2020, após 45 anos de operação, a usina deverá voltar a funcionar em 2029, viabilizada por um contrato de 25 anos de compra de energia firmado com o Google. O projeto, que pode custar mais de US$ 1,6 bilhão, marca um movimento estratégico de empresas de tecnologia em busca de energia limpa, estável e de longo prazo. Segundo Ruth Porat, presidente da Alphabet, a parceria “serve como modelo para ampliar a capacidade energética dos Estados Unidos (EUA) sem comprometer a acessibilidade”. A iniciativa reforça o “renascimento nuclear” impulsionado pela IA, tendência também observada em acordos como o da Microsoft com a Constellation Energy para reabrir Three Mile Island. Especialistas, porém, alertam para a necessidade de rigorosos padrões de segurança e regulação. (G1 – 28.10.2025)
Global: Pequenos reatores nucleares ganham força com demanda energética e expansão de data centers
Um relatório da ABI Research aponta uma forte retomada global da energia nuclear, impulsionada pela transição energética e pela crescente demanda por eletricidade. Até 2040, devem ser implantados 262 pequenos reatores modulares (SMRs), somando 42 GW de capacidade. Esses reatores, considerados mais seguros, compactos e de rápida instalação, estão sendo vistos como solução para sustentar a eletrificação industrial, o avanço dos data centers e as limitações das redes de transmissão. A nova geração de SMRs traz mecanismos de segurança passiva e reciclagem de resíduos nucleares, buscando melhorar a percepção pública da tecnologia. Empresas como Rolls Royce SMR, GE Vernova Hitachi e startups como NuScale, Oklo e X-energy lideram o movimento, apoiadas por governos e investidores privados. Apesar de barreiras regulatórias, o estudo prevê que, diante da escassez de energia limpa, a adoção dos SMRs será inevitável para evitar gargalos econômicos e energéticos globais. (Agência CanalEnergia – 27.10.2025)
EUA: Google firma acordo para obter energia de usina a gás com captura de carbono em Illinois
O Google assinou um acordo de longo prazo com a Broadwing Energy para adquirir energia de uma usina a gás natural de 400 MW equipada com tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS), em Decatur, Illinois. O projeto, desenvolvido pela Low Carbon Infrastructure (LCI) com apoio do fundo I Squared Capital, capturará e armazenará cerca de 90% das emissões de CO₂ em poços Classe VI operados pela Archer Daniels Midland (ADM). Prevista para entrar em operação em 2030, a planta criará 750 empregos durante a construção e dezenas permanentes após a conclusão. O acordo amplia a estratégia do Google de energia limpa 24/7, somando-se a projetos em geotermia, armazenamento de longa duração e energia nuclear avançada. A iniciativa também introduz certificados de atributos energéticos específicos para CCS, reforçando a transparência ESG e posicionando o Google como pioneiro corporativo na descarbonização via captura de carbono. (ESG News – 24.10.2025)
Brasil: Âmbar Energia estuda integrar data centers às térmicas
A Âmbar Energia, subsidiária da J&F, conduz estudos para tornar suas usinas térmicas mais competitivas por meio da flexibilização operacional, uso de combustíveis alternativos e integração com data centers. O projeto mais avançado é o da usina de Uruguaiana (RS), que pode receber um centro de dados aproveitando a estrutura elétrica existente e evitando custos com tarifas e encargos. Segundo o CEO Marcelo Zanatta, a planta utiliza gás da formação argentina de Vaca Muerta, com preços altamente competitivos, embora ainda haja limitações de transporte no inverno. A empresa também aposta em biodiesel de sebo bovino, já aplicado em Uruguaiana em parceria com a Siemens, reduzindo emissões a quase zero. O objetivo é replicar o modelo em outras térmicas e até desenvolver usinas dedicadas exclusivamente a data centers, com geração contínua e contratos de longo prazo, unindo eficiência energética e inovação digital. (MegaWhat Energy – 23.10.2025)
EUA: Data center instala primeira bateria do país para acelerar conexão à rede elétrica
A Calibrant Energy e a Aligned Data Centers anunciaram a instalação de um sistema de armazenamento de energia por bateria (BESS) no campus da Aligned no Noroeste do Pacífico (PNW), o primeiro dos Estados Unidos (EUA) projetado especificamente para acelerar a interconexão de data centers. O sistema de íons de lítio de 31 MW / 62 MWh, totalmente fabricado nos Estados Unidos, entrará em operação em 2026 e permitirá que o centro funcione anos antes do previsto, contornando gargalos de capacidade da rede elétrica. A solução garante fornecimento contínuo de energia 24h, podendo operar como ativo dinâmico da rede, estabilizando o sistema e reduzindo o tempo de inatividade quase a zero. Segundo o CEO da Aligned, Andrew Schaap, o projeto transforma o data center de “consumidor passivo” em parceiro estratégico da concessionária. (Ess News – 23.10.2025)
Paraguai: Hive Digital ampliará data center hidrelétrico de Yguazú para 400MW com energia da usina de Itaipu
A Hive Digital anunciou planos para expandir em 100MW seu data center de Yguazú, no Paraguai, elevando a capacidade total para 400MW, totalmente alimentado pela energia hidrelétrica da usina de Itaipu, no rio Paraná. A obra, que deve começar no início de 2026 e ser concluída no terceiro trimestre do mesmo ano, marca a terceira fase do projeto iniciado em 2025, após as expansões de abril e setembro. O local, adquirido da Bitfarms, já produz 8,5 bitcoins por dia e, após a ampliação, será o maior centro de mineração e HPC do país. Segundo o presidente da Hive Paraguai, Gabriel Lamas, as fundações civis e subestações já estão prontas. O investimento é impulsionado pelas políticas pró-cripto do governo paraguaio, que isentam o uso de energia em mineração até 2027. Fundada em 2017, a Hive terá 540MW de infraestrutura renovável distribuídos entre Paraguai, Canadá e Suécia. (Data Center Dynamics – 23.10.2025)
Brasil: Google avaliará rede elétrica do Rio de Janeiro para futuro polo de lA
A Moonshot Factory, divisão do Google voltada a projetos tecnológicos de longo prazo, realizará uma revisão da rede elétrica do Rio de Janeiro em parceria com a Tapestry, sua unidade especializada em gestão energética. O estudo antecede possíveis investimentos em data centers que podem transformar a cidade em referência latino-americana em inteligência artificial, dentro do projeto Rio AI City, situado próximo ao Parque Olímpico. Embora o acordo não envolva aporte direto, ele visa comprovar a confiabilidade da infraestrutura elétrica, fator essencial para atrair grandes empresas globais. Desenvolvido pela Elea Data Centers, o projeto deve demandar até US$ 50 bilhões até 2029, incluindo expansões em geração e transmissão de energia, com capacidade inicial prevista de 1,5 gigawatt e potencial para alcançar 3,2 gigawatts. O Rio se beneficia de localização estratégica e incentivos fiscais, mas especialistas alertam que muitos projetos de data centers no Brasil enfrentam dificuldades para se concretizar devido à limitação de acesso à rede elétrica. (Bloomberg Línea – 21.10.2025)
EUA: Target Hospitality lança submarca Hyper/Scale para apoiar expansão de data centers
A Target Hospitality, uma das maiores fornecedoras norte-americanas de acomodações modulares e serviços de hospitalidade, anunciou a criação da Target Hyper/Scale, nova submarca voltada a soluções habitacionais completas para trabalhadores de projetos de data centers e infraestrutura em regiões remotas. A iniciativa, apresentada na conferência Advancing Data Center Construction em Atlanta, busca integrar hospedagem, logística e serviços de apoio em um modelo único, permitindo que construtoras e desenvolvedores mantenham equipes produtivas e estáveis. Segundo o CEO Brad Archer, a Hyper/Scale foi criada para enfrentar o desafio crescente de atrair e reter mão de obra qualificada no setor, oferecendo campos residenciais planejados, com alimentação, lazer, segurança e suporte operacional contínuo. A nova divisão reforça a posição da Target como líder em habitação corporativa integrada, combinando eficiência e hospitalidade para atender ao ritmo acelerado da construção de data centers na América do Norte. (PR Newswire– 27.10.2025)
Inovação e Tecnologia
EUA: CleanSpark e Submer firmam parceria para expandir infraestrutura de IA com eficiência energética
A CleanSpark, empresa americana de mineração de Bitcoin e desenvolvimento de data centers, anunciou uma colaboração com a Submer, líder global em soluções sustentáveis e modulares para infraestrutura de Inteligência Artificial (IA). O acordo busca integrar geração de energia, construção de data centers e oferta de serviços de inteligência artificial em larga escala. A CleanSpark ficará responsável pela seleção e operação dos campi de IA, enquanto a Submer fornecerá tecnologia de resfriamento líquido e design de alta densidade, reduzindo consumo energético e ampliando eficiência. Com mais de 1 GW em operação e um pipeline superior a 2 GW, a parceria visa acelerar o fornecimento de capacidade de computação limpa e escalável na América do Norte, consolidando as empresas como referências em infraestrutura para a chamada “Era da Inteligência”. (PR Newswire – 28.10.2025)
Finlândia: NVIDIA investe US$ 1 bilhão na Nokia para impulsionar redes 6G e IA
A Nokia anunciou que a NVIDIA investirá US$ 1 bilhão na empresa por meio da subscrição de 166,3 milhões de novas ações, adquirindo 2,9% do capital social. O acordo, aprovado pelo conselho da Nokia, marca o início de uma parceria estratégica focada em conectividade avançada e Inteligência Artificial (IA), com ênfase no desenvolvimento de soluções de redes 5G, 6G e infraestrutura de data centers. As companhias colaborarão em softwares RAN otimizados para a arquitetura da NVIDIA e em tecnologias ópticas e de comutação aplicáveis a redes de IA. Os recursos serão destinados à execução da estratégia de conectividade da Nokia para o “superciclo de IA” e a outros fins corporativos. As novas ações devem ser registradas em novembro e listadas nas bolsas de Helsinque, Paris e Nova York. O anúncio ocorre após a Nokia divulgar crescimento de 9% na receita trimestral, totalizando € 4,83 bilhões, apesar da queda de 9% no lucro líquido. (TeleSíntese– 28.10.2025)
Global: Mercado de RFID para data centers deve atingir US$ 2,75 bilhões até 2032 impulsionado por IA e nuvem
Segundo relatório da Credence Research, o mercado global de RFID para data centers, avaliado em US$ 1,6 bilhão em 2024, deve alcançar US$ 2,75 bilhões até 2032, com crescimento médio anual de 7%. O avanço é impulsionado pela expansão de hiperescala, pela adoção massiva de serviços em nuvem e pela necessidade de rastreamento preciso de ativos. A tecnologia RFID aumenta a eficiência operacional ao reduzir erros humanos, reforçar a segurança física e facilitar auditorias regulatórias. Parcerias entre empresas como Zebra Technologies e Schneider Electric estão integrando RFID, IoT e análise baseada em IA para gestão automatizada. Regiões emergentes, como Índia e América Latina, também aceleram a adoção por meio de programas públicos de digitalização. Apesar dos benefícios, desafios incluem custos iniciais elevados, integração com sistemas legados e questões de segurança. Tendências-chave envolvem uso combinado de RFID com inteligência artificial, sustentabilidade e modularização de data centers, consolidando a tecnologia como elemento essencial da infraestrutura digital global. (PR Newswire – 27.10.2025)
Brasil: Corning aposta em data centers como motor do mercado de fibra óptica
A Corning vê o segmento de data centers como principal impulsionador de seu mercado de fibra óptica no Brasil e na América Latina, ultrapassando as redes de telecomunicações. Segundo Juliano Covas Pereira, diretor de Vendas para Data Center, a demanda deve crescer com a política fiscal Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData), já que um data center de Inteligência Artificial (IA) consome até dez vezes mais fibra do que um de computação em nuvem. A adoção da IA aumenta significativamente as conexões ópticas entre racks e sites, exigindo cabos de alta contagem, como os de até 3.456 fibras. Pereira destacou que o ReData pode destravar investimentos locais e acelerar projetos, embora ainda dependa da conversão da medida provisória em lei. Sem fábricas no Brasil, a Corning aposta em soluções pré-conectorizadas para agilizar implantações e atender à esperada explosão de demanda. (Tele Síntese– 27.10.2025)
EUA: Reutilizar data centers é o caminho mais sustentável e rentável
O artigo destaca que milhares de data centers antigos na América do Norte estão subutilizados e que a prática de reutilizá-los, em vez de construir novos, é a ação mais eficaz para reduzir o impacto ambiental do setor. Diante do alto consumo energético e das emissões de carbono geradas por novas construções, a proposta de um mandato “Retrofit First”, priorizando reformas em vez de novos projetos, surge como solução sustentável e economicamente vantajosa. Reformas bem planejadas podem reduzir custos de capital em até 50% e acelerar o tempo de operação, além de fortalecer compromissos ESG. Com infraestrutura robusta e potencial estratégico para suportar cargas de inteligência artificial e edge computing, esses centros podem ser modernizados com tecnologias inteligentes de gestão energética e manutenção preditiva. Assim, reutilizar o que já existe une inovação, eficiência e responsabilidade ambiental, alinhando o crescimento digital a um futuro mais verde. (Data Center Dynamics – 21.10.2025)
EUA: AI inference redefine infraestrutura corporativa e impulsiona modelo híbrido de inteligência artificial
Wellington Lordelo, diretor global de Inteligência Artificial (IA) e Inovação da Digital Realty, explica que o processo de AI inference, fase em que modelos de IA aplicam padrões aprendidos para tomar decisões em tempo real, está transformando a infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) empresarial. Aplicações em setores como saúde, finanças e manufatura exigem baixa latência, segurança de dados e arquiteturas híbridas, combinando nuvem, edge computing e ambientes privados. A Private AI garante que inferências ocorram em ambientes seguros, evitando o envio de dados sensíveis à internet. Tecnologias como 5G, SDN e virtualização de redes otimizam o desempenho e a escalabilidade de sistemas de IA em tempo real, como detecção de fraudes e veículos autônomos. Lordelo destaca três pilares estratégicos para líderes de TI: infraestrutura preparada para IA, laboratórios de inovação e interconexão aberta entre dados e parceiros, essenciais para sustentar a nova economia digital impulsionada por IA. (Data Center Dynamics – 07.10.2025)