Data Center 04
Tendências de Mercado
Brasil: Data Center World estreia no país em 2026 em meio ao avanço do ReData
O Data Center World (DCW), principal evento global de infraestrutura digital, terá sua primeira edição no Brasil em 2026, conforme anunciado durante a Futurecom 2025. O congresso chega em um momento estratégico, marcado pelo lançamento do ReData, regime especial que cria incentivos fiscais para data centers, e pela consolidação do país como hub regional, responsável por mais de 40% da capacidade instalada da América Latina. A programação nacional incluirá painéis sobre orquestração híbrida, construção de mega data centers, eficiência energética e integração de fontes renováveis, com a presença de líderes da Ascenty, Equinix, Brasscom, Atlantic Data Center, ItlTech, Ciena e Nokia. Com projeções de que o mercado global de data centers movimente US$ 613 bilhões até 2033, o evento busca posicionar o Brasil como elo estratégico na transformação digital global. (InforChannel– 01.10.2025)
Brasil: Nordeste desponta como hub de data centers com cabos submarinos e energia limpa
O Nordeste brasileiro se consolida como estratégico para a infraestrutura digital do país e da América Latina, reunindo a maior concentração de cabos submarinos da região, com destaque para Fortaleza, que conecta o Brasil à Europa, África, Caribe e EUA e escoa 90% do tráfego internacional. A região já abriga 12 data centers no Ceará e recebe novos investimentos como o Mega Lobster da Tecto, a unidade edge da Um Telecom em Recife e o megaprojeto da Casa dos Ventos no Pecém, com 300 MW na fase inicial e foco em inteligência artificial. O potencial atrai big techs como Google, Meta e Amazon, impulsionado pela abundância de energia renovável e pela crescente demanda de baixa latência. Apesar disso, o desafio permanece na conectividade móvel, com apenas 70% de penetração de banda larga móvel contra 92% na fixa, cenário que reforça o papel dos provedores regionais e da Brisanet, que avança com 5G FWA em áreas rurais. (Valor Econômico– 30.09.2025)
Arábia Saudita: País quer se tornar polo global de inteligência artificial e data centers
A Arábia Saudita anunciou planos para transformar-se em um hub mundial de inteligência artificial e data centers, com investimentos apoiados por sua receita de petróleo e recursos renováveis. O fundo estatal de Inteligência Artificial (IA), Humain, criado em maio, já firmou parcerias com Nvidia e AWS e projeta 1,9 GW de capacidade de data center até 2030. Segundo o ministro do Investimento, Khalid Al-Falih, o país busca integrar toda a cadeia de valor da IA, incluindo fabricação de semicondutores, além de atrair empresas de jogos, software e finanças. Com energia de baixo custo e abundante, a Arábia Saudita pretende reforçar laços com países asiáticos como China, Índia, Coreia do Sul e Sudeste Asiático, sem depender apenas dos Estados Unidos. A estratégia visa posicionar o reino em setores de alta competitividade global, superando limitações em indústrias de mão de obra intensiva.(Valor Econômico– 26.09.2025)
Brasil: Inteligência artificial transforma setor elétrico e reforça potencial sustentável
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gláucia Fernandes (professora Adjunta de Finanças do COPPEAD/UFRJ) trata da transformação do setor elétrico impulsionada pela transição energética e destaca a Inteligência Artificial (IA) como elemento central desse processo, capaz de aumentar eficiência, reduzir custos e fortalecer a matriz energética sustentável. Ela aponta que a IA já é aplicada na previsão de demanda, operação de renováveis e automação de redes, ajudando na gestão da intermitência das fontes como solar e eólica, especialmente em setores que exigem alta confiabilidade. Fernandes detalha as principais frentes de atuação da IA, incluindo otimização, gestão de riscos e inclusão social, exemplificando com casos reais de aplicação e reconhecendo os desafios à adoção, como segurança cibernética e regulação. Por fim, ressalta que o Brasil, com sua matriz renovável robusta, tem potencial para se tornar um hub global de data centers, usando a IA para garantir segurança energética e competitividade sustentável. (Valor Econômico – 25.09.2025)
Brasil: Futurecom 2025 celebra 30 anos com foco em IA, conectividade e data centers
O Futurecom, maior evento de conectividade e inovação da América Latina, inicia sua 30ª edição em 30 de setembro no São Paulo Expo, reunindo até 2 de outubro cerca de 500 palestrantes, 300 marcas expositoras e mais de 200 horas de conteúdo em 25 mil m². A programação inclui debates sobre inteligência artificial, transformação digital, cibersegurança, políticas públicas e inovação em múltiplos setores, com nomes como Ronaldo Lemos, Paulo Rufino Henrique, Conrad Riedesel (Deutsche Telekom) e Manish Singh (Dell), além de executivos de Bayer, Bradesco, Natura e Siemens. Uma novidade é a parceria com o Data Center World, que traz pela primeira vez ao Brasil painéis sobre nuvem híbrida, edge computing e construção de data centers, com representantes de Ascenty, Equinix, Atlantic Data Center e Associação Brasileira de Data Center (ABDC). Para celebrar os 30 anos, parte da programação do dia 30 será aberta ao público, com palestras sobre telecomunicações, monitoramento climático e show de hipnose cômica. (Telesintese– 23.09.2025)
Brasil: Data centers em Uberlândia despertam oportunidades econômicas e alertas socioambientais
A instalação de grandes data centers em Uberlândia (MG) promete gerar empregos e impulsionar a economia local, mas especialistas alertam para os riscos relacionados ao alto consumo de água, energia e aos impactos ambientais e sociais. Dependendo da tecnologia de resfriamento, essas estruturas podem demandar água equivalente ao uso de dezenas de milhares de residências, além de energia comparável à de pequenas cidades. Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) destacam ainda efeitos como lixo eletrônico, poluição sonora e a baixa geração de empregos permanentes, já que data centers exigem, em média, um trabalhador por megawatt, muito abaixo das 2 mil vagas prometidas. A empresa responsável afirma adotar práticas sustentáveis, como refrigeração sem uso de água e energia 100% renovável, mas cientistas lembram que todo empreendimento gera impactos e deve seguir normas ambientais, apresentar indicadores de desempenho e oferecer contrapartidas locais. (Comunica UFU – 22.09.2025)
México: Data centers e o desafio energético da nuvem
A expansão da inteligência artificial e de serviços em nuvem no México ganhou força com o lançamento da região de data centers “México Central”, anunciado pela Microsoft em maio de 2024, com destaque para a instalação em Querétaro. A iniciativa busca reduzir latência, garantir residência de dados e oferecer localmente serviços como Azure, Microsoft 365 e Dynamics 365, mas enfrenta entraves estruturais: pelo menos um dos centros, em Colón, só terá acesso pleno à rede elétrica em 2027, operando temporariamente com geradores a gás, medida que contrasta com as metas ambientais da empresa de zerar emissões até 2030 e utilizar apenas energia renovável a partir de 2025. O México já concentra mais de 100 data centers, com investimentos superiores a 7 bilhões de dólares desde 2020, sendo Querétaro o principal polo, responsável por 80% da demanda energética do setor. Contudo, a rede elétrica do país apresenta fragilidades, com previsão de déficit de 48.000 MWh até 2030, enquanto mais de 70 novas instalações estão previstas para os próximos cinco anos. (Xataka– 21.09.2025)
EUA: Especialistas alertam para impacto ambiental da inteligência artificial
O avanço acelerado da inteligência artificial eleva custos ambientais ligados a consumo de energia, uso de água e pressão sobre redes elétricas, já que grandes modelos e data centers dependem majoritariamente de combustíveis fósseis. Em painel da Semana de Ação Climática de Harvard 2025, pesquisadores destacaram que data centers já respondem por cerca de 4% da eletricidade nos Estados Unidos (EUA), com intensidade de carbono 58% maior que outras formas de demanda, além de emitirem partículas tóxicas (PM2.5) associadas a graves riscos de saúde. O caso de um mega data center a gás na Virgínia, barrado após análise de impacto que previa custos de US$ 625 milhões em saúde, ilustra os riscos para comunidades vulneráveis. Os especialistas defendem repensar os incentivos que privilegiam escala e velocidade, sugerindo rotulagem de carbono, licenças para grandes modelos e metas de eficiência energética. (HarvardMagazine– 19.09.2025)
EUA: Data centers de IA aceleram demanda de energia e impulsionam armazenamento em bateria
O crescimento acelerado dos data centers de inteligência artificial nos Estados Unidos (EUA), já responsáveis por mais de 5.400 unidades e projetados para consumir até 12% da eletricidade nacional até 2028, está impondo forte pressão sobre a infraestrutura elétrica, agravada por longas filas de interconexão e atrasos em novos projetos de geração. Dentro desse contexto, especialistas e operadores destacam que os sistemas de armazenamento de energia em bateria (BESS) surgem como alternativa estratégica para equilibrar a rede, aliviar congestionamentos e oferecer flexibilidade frente à imprevisibilidade da demanda. Embora persista o debate sobre se podem substituir totalmente o gás natural, empresas como a Fluence apontam o BESS como solução competitiva e potencialmente superior no suporte aos picos de carga dos data centers de hiperescala. (Ess News – 16.09.2025)
Expansão e Investimentos
Brasil: Contrato de R$ 2,3 bi com Petrobras fortalece crédito da Elea
A Elea fechou um contrato de R$ 2,3 bilhões com a Petrobras para serviços de data center, válido por 17 anos, que deve gerar receita média anual de R$ 135 milhões. Segundo a Fitch Ratings, o acordo reforça a previsibilidade de caixa, a rentabilidade e a escala da empresa, com impactos positivos esperados no Ebitda a partir de 2027 e mais relevância a partir de 2029. A agência mantém a nota nacional da Elea em “BBB+(bra)” com perspectiva positiva, citando melhora contínua de desempenho, geração de caixa e redução da alavancagem após capitalização de US$ 60 milhões e refinanciamento da dívida. Já a Petrobras possui classificação de crédito “BB” em moedas local e estrangeira e “AAA(bra)” no mercado nacional, ambas com perspectiva estável. (Valor Econômico – 02.10.2025)
Estados Unidos: QuickLogic fecha contrato de eFPGA Hard IP para projeto de data center de alto desempenho
A QuickLogic Corporation anunciou a assinatura de seu primeiro contrato de fornecimento de eFPGA Hard IP para um projeto ASIC voltado a data centers de alto desempenho, que será fabricado em processo de 12 nm. A entrega está prevista para o quarto trimestre de 2025. Segundo a empresa, a solução permitirá reduzir riscos de projeto e oferecer reprogramação em sistema, vantagem típica da tecnologia FPGA. O contrato marca a entrada da QuickLogic no mercado comercial de data centers, reforçando sua estratégia de fornecer soluções personalizáveis em curto prazo com suporte de ferramentas abertas como Aurora e Aurora Pro. A companhia, especializada em semicondutores e inteligência artificial de endpoint, já aplica seu portfólio em setores industriais, aeroespaciais e de defesa. (PR Newswire– 02.10.2025)
Brasil: Exército inaugura data center modular de alto desempenho em São Paulo
Em maio, o Exército Brasileiro inaugurou um novo data center modular no 3º Centro de Telemática de Área (3º CTA), em São Paulo, resultado de parceria com as empresas Envolve e Planeje Tecnologia. O projeto modernizou uma infraestrutura com mais de 30 anos, obtendo certificação internacional Tier III do Uptime Institute e ampliando a capacidade de armazenamento e resiliência operacional. A sala segura de 112 m² instalada pela Envolve oferece proteção física avançada contra incêndios, impactos, arrombamentos, água e interferência eletromagnética, enquanto a Planeje integrou sistemas essenciais como subestações, climatização de alta eficiência, geradores com autonomia de até 12 horas e cabeamento óptico e metálico de última geração. O êxito do projeto já é visto como modelo para futuras modernizações em outras unidades militares do país.(Datacenter Dynamics – 30.09.2025)
Brasil: Tecto investe R$ 550 milhões em novo data center de hiperescala em Fortaleza
A Tecto Data Centers, subsidiária da V.tal, inaugura em 23 de outubro de 2025 seu segundo data center na Praia do Futuro, Fortaleza: o Mega Lobster, com investimento de R$ 550 milhões, 13 mil m² de área e potência de 20 MW (15 MW de TI). O novo empreendimento amplia a presença da empresa no Ceará após o sucesso do Big Lobster (2023) e já nasce com parte da capacidade comercializada, atraindo desde clientes médios até big techs. Segundo o diretor comercial André Busnardo, o foco é expandir para projetos de hiper escala, como aquele em desenvolvimento em Santana de Parnaíba (SP) e outro ao lado da CLS de Barranquilla (Colômbia). Fortaleza é vista como estratégico hub de conectividade pela interligação com cabos submarinos, e o CIPP/Pecém pode atuar de forma complementar, em linha com a meta de tornar o Ceará o segundo maior polo de data centers do Brasil. (Diário do Nordeste – 29.09.2025)
Estados Unidos: 123NET expande data center em Michigan para impulsionar a IA
A 123NET concluiu a expansão de seu data center Southfield DC1, em Michigan, adicionando 4 megawatts de energia e infraestrutura de colocation voltada para cargas de trabalho de alta densidade, como inteligência artificial e aprendizado de máquina em tempo real. O espaço é o único no estado que combina potência massiva de GPU com peering gratuito via Detroit Internet Exchange (DET-iX), reduzindo custos de rede em até 70% e garantindo baixa latência. O DET-iX conecta grandes empresas como Apple, Google e Microsoft, oferecendo tráfego acima de 2,5 Tbps e portas de até 400 Gbps. Segundo o CEO Dan Irvin, a demanda crescente por clusters de GPU torna a expansão essencial para empresas que buscam desempenho de rede e infraestrutura de Inteligência Artificial (IA) em larga escala. (PR Newswire– 29.09.2025)
Ares Management busca captar US$ 8 bi para data centers em Londres, Japão e Brasil
A Ares Management, gestora sediada em Los Angeles, anunciou planos para levantar mais de US$ 8 bilhões em capital próprio para financiar data centers em Londres, Japão e Brasil, aproveitando a alta demanda impulsionada pela inteligência artificial. A empresa já captou US$ 2,4 bilhões no primeiro semestre para o setor e reforça a estratégia em projetos pré-locados, com contratos de longo prazo, visando reduzir riscos e garantir rentabilidade estável. Além disso, elevou sua meta de captação para investidores de alta renda em US$ 25 bilhões, chegando a US$ 125 bilhões até 2028. O movimento acompanha previsões de que os data centers poderão consumir até 4,4% da eletricidade global até 2035, ao mesmo tempo em que o setor soma riscos crescentes, com dívida privada já em US$ 450 bilhões. A Ares aposta ainda no mercado secundário de fundos privados e no crédito alternativo, consolidando-se como uma das gestoras mais ativas na infraestrutura digital global. (Bloomberg Línea – 26.09.2025)
EUA: Oracle levanta US$ 18 bilhões em dívida para construir data centers de IA
A Oracle captou US$ 18 bilhões em financiamento de dívida por meio da venda de títulos com vencimentos até 2065, com o objetivo de investir em grandes projetos de infraestrutura, especialmente em data centers para cargas de inteligência artificial. A empresa, que se tornou peça-chave no ecossistema da OpenAI, está comprometida com o projeto Stargate no Texas e com mais três novos data centers nos Estados Unidos (EUA), que juntos podem somar 5,5 GW de capacidade. Recentemente, a OpenAI teria assinado um contrato de US$ 300 bilhões em nuvem com a Oracle, embora sua viabilidade financeira seja questionada. Além da parceria com a OpenAI, a Oracle fornece infraestrutura para Microsoft, Google e outras big techs, acumulando US$ 455 bilhões em contratos pendentes de execução, um volume que impulsionou fortemente o valor de mercado da empresa. (Datacenter Dynamics– 26.09.2025)
Brasil: Eletronet anuncia parceria com Ascenty para expandir serviços de data centers
A Eletronet vai anunciar no Futurecom 2025, em São Paulo, uma parceria estratégica com a Ascenty, empresa de data centers do grupo Digital Realty. Pelo acordo, a operadora passará a revender serviços de colocation e a plataforma de interconexão Service Fabric, integrados à sua rede nacional de fibras ópticas baseada em OPGW, permitindo que clientes contratem em um único ponto de contato racks, conexões diretas entre provedores e acesso a nuvem pública. A Ascenty conta com mais de 30 unidades no Brasil, Colômbia, Argentina e México, além de integração com 300 localidades em 25 países. Para garantir baixa latência e redundância, a Eletronet instalou pontos de presença em sites da parceira em Osasco, Vinhedo e Fortaleza. Com rede de 17 mil km de fibras e 170 pontos de presença, a Eletronet atua como operadora de atacado e rede neutra, conectando data centers, operadoras e provedores de conteúdo, reforçando a resiliência da infraestrutura digital no país. (Telesintese– 24.09.2025)
China: Alibaba anuncia expansão global de data centers
O Alibaba anunciou planos para ampliar sua rede de 91 data centers em 29 regiões, com novas unidades no Brasil, França e Holanda, além de futuros projetos no México, Japão, Coreia do Sul, Malásia e Dubai. A expansão acompanha a parceria estratégica firmada com a americana Nvidia para desenvolvimento de infraestrutura física de inteligência artificial voltada a síntese de dados, treinamento de modelos e simulações. Paralelamente, a empresa apresentou o Qwen3-Max, seu maior modelo de linguagem, com mais de 1 trilhão de parâmetros e capacidade de operar como agente autônomo, superando rivais como Claude e DeepSeek em alguns testes. Também lançou o multimodal Qwen3-Omni, voltado a aplicações em realidade virtual e aumentada. (Valor Econômico – 24.09.2025)
Brasil: RT-One erguerirá maior data center de IA da América Latina
A norte-americana RT-One confirmou a compra de terreno em Uberlândia (MG) para construir um data center voltado ao processamento de inteligência artificial, com investimento superior a R$ 6 bilhões e capacidade de até 400 MW, o que pode torná-lo o maior da América Latina no segmento. O campus terá mais de 1 milhão de m², dos quais 630 mil serão destinados à infraestrutura operacional e 300 mil a uma Área de Preservação Permanente integrada ao projeto. A primeira fase prevê 100 MW, com uso exclusivo de energia renovável e sistemas avançados de refrigeração. O anúncio reuniu autoridades locais e executivos da empresa, que destacaram a importância estratégica da infraestrutura para a soberania digital, geração de empregos qualificados e desenvolvimento regional. Parceiros como Hitachi, WEG, Siemens e Schneider Electric apoiam a iniciativa, que busca operar com índice Power Usage Effectiveness (PUE) de até 1,1. Paralelamente, a RT-One conduz projeto semelhante em Maringá (PR), também estimado em R$ 6 bilhões e 400 MW. (DataCenterDynamics– 24.09.2025)
Estados Unidos: Projeto Stargate expande com cinco novos data centers de IA
A OpenAI, a Oracle e a SoftBank anunciaram a construção de cinco novos data centers nos EUA dentro do projeto Stargate, apoiado pelo governo Trump, que prevê US$ 500 bilhões em investimentos para 10 GW de capacidade em quatro anos. Três unidades, em Shackelford (Texas), Doña Ana (Novo México) e no Meio-Oeste, serão erguidas pela OpenAI com a Oracle, enquanto outros dois centros, em Lordstown (Ohio) e Milam (Texas), serão feitos com a SoftBank. Somados, os novos locais elevam a capacidade instalada para quase 7 GW e representam mais de US$ 400 bilhões já comprometidos em três anos. O CEO da OpenAI, Sam Altman, destacou que a expansão da infraestrutura é decisiva para sustentar avanços tecnológicos e novos produtos de IA. Apenas os projetos da Oracle e da OpenAI, incluindo Abilene e possíveis ampliações, devem gerar mais de 25 mil empregos e 5,5 GW de capacidade. A primeira entrega está prevista para 2026, com parte da infraestrutura já operando na Oracle Cloud Infrastructure. (Valor Econômico – 23.09.2025)
Brasil: Fundo britânico Actis planeja campus de data centers em São Paulo
O fundo de investimento britânico Actis planeja instalar um campus de data centers em Praia Grande (SP), em projeto que deve ser o primeiro da Terra Nova, nova empresa criada pelo grupo para atuar em instalações de hiperescala no Brasil. A escolha da cidade é estratégica por sua proximidade com cabos submarinos que conectam o país à América do Norte e à Europa, infraestrutura crucial para atender à crescente demanda por Inteligência Artificial (IA), computação em nuvem e big data. A Actis afirma que a América Latina possui cerca de 15 vezes menos capacidade de data centers per capita que os Estados Unidos, o que abre espaço para novos investimentos. O fundo já opera 11 unidades em seis países da região por meio da NextStream, adquirida da Asterion em 2023. Embora valores e capacidade do projeto paulista não tenham sido detalhados, a iniciativa reforça a estratégia da Actis de ampliar sua presença no mercado latino-americano de infraestrutura digital. (DataCenterDynamics– 23.09.2025)
Brasil: TikTok avalia instalar data center no Ceará após encontro com Lula
Em reunião paralela à Assembleia Geral da ONU, representantes do TikTok manifestaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva interesse em ampliar investimentos no Brasil, incluindo a instalação de data centers, com destaque para iniciativas no Ceará. O encontro contou com a presença do governador Elmano de Freitas, do ministro da Educação Camilo Santana e de executivos liderados por Shou Zi Chew, CEO global da empresa. A sinalização ocorre dias após a publicação da MP do ReData, que concede isenção de tributos federais para empresas que instalem ou ampliem data centers no país, em troca do cumprimento de critérios técnicos e ambientais. Embora valores não tenham sido confirmados na reunião, o governo já havia estimado aporte de até R$ 50 bilhões. O encontro também abordou diretrizes para o uso seguro de plataformas digitais por crianças, tema em que o TikTok declarou apoio a normas específicas. (DataCenterDynamics– 23.09.2025)
Brasil: RTM inaugura terceiro data center para expandir cloud voltada ao mercado financeiro
A RTM, hub integrador do mercado financeiro, anunciou a expansão de sua nuvem para um terceiro data center em Santana de Parnaíba (SP), localizado próximo ao da B3 para oferecer mínima latência em negociações de alta frequência, onde microssegundos podem definir resultados. O investimento previsto é de R$ 70 milhões em três anos e responde ao crescimento de cerca de 100% da demanda por cloud entre 2024 e agosto de 2025. A nova infraestrutura, certificada como TIER 3, garante alta disponibilidade, redundância e eficiência operacional. Segundo o CEO Márcio Castro, a RTM é a única a oferecer uma nuvem projetada especificamente para o setor financeiro, agora com três regiões de disponibilidade para maior resiliência. (Tiinside– 22.09.2025)
EUA: Nvidia anuncia investimento na OpenAI para expandir infraestrutura de IA
A Nvidia vai investir até US$ 100 bilhões na OpenAI para apoiar a construção de data centers com 10 gigawatts de capacidade e fornecer chips avançados usados no treinamento e implementação de modelos de Inteligência Artificial (IA). O acordo prevê que a Nvidia receba participação acionária na OpenAI, com aportes em etapas: os primeiros US$ 10 bilhões serão liberados quando 1 GW de capacidade estiver operacional. As empresas assinaram carta de intenções e devem concluir os detalhes nas próximas semanas. Para a OpenAI, o investimento é crucial diante da demanda crescente, o ChatGPT é usado por cerca de 700 milhões de pessoas semanalmente, e das limitações de computação enfrentadas no passado. Já para a Nvidia, o acordo reforça sua liderança no mercado de chips de IA, mantendo a OpenAI como cliente estratégico. O anúncio fez as ações da Nvidia subirem quase 4% em Nova York, acumulando alta de 36% em 2025. (O Globo– 22.09.2025)
Brasil: WDC Networks aposta no ReData para expandir data centers regionais
A WDC Networks, listada na B3 como Livetech, avalia que o programa ReData permitirá acelerar investimentos em data centers regionais, ampliando suas atuais 20 unidades e explorando 122 localidades mapeadas com demanda. A estratégia mira empresas pequenas e médias que ficam à margem dos grandes provedores: estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que companhias médias, com receita acima de R$ 4,8 milhões, destinam cerca de 10% do faturamento à TI e já têm 52% de seu processamento na nuvem. Os centros regionais de menor porte oferecem alternativa de proximidade e custo, fortalecendo a digitalização empresarial. Fundada em 2003 e sediada em Ilhéus (BA), a WDC atua em telecomunicações, energia, áudio e vídeo profissional e cibersegurança, industrializando no país mais da metade de seus itens de maior volume. (BrodcastEnergia– 18.09.2025)
Brasil: Brasscom apoia aprovação do ReData e defende avanços regulatórios complementares
A Brasscom, entidade que representa empresas de tecnologia e comunicação no Brasil, avaliou positivamente a tramitação da Medida Provisória que cria o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData), regime especial para o desenvolvimento do mercado nacional de processamento de dados. Segundo o presidente da entidade, Affonso Nina, a proposta é fruto de mais de dois anos de articulação entre governo e setor privado e pode colocar o Brasil em posição de destaque global. Ele ressaltou, contudo, que os efeitos concretos dependerão da regulamentação infralegal, como decretos e portarias, atualmente em elaboração paralela ao debate no Congresso. Em Brasília, a entidade já articula apoio parlamentar, defendendo que o ReData seja blindado de disputas ideológicas para garantir estabilidade e atrair investimentos. (Convergência Digital – 01.10.2025)
Políticas Públicas e Regulatórias
GESEL contribui à tomada de subsídios pelo MCOM, para o eixo Conectividade e Infraestrutura da Política Nacional de Data Centers
O GESEL participou da Tomada de Subsídios do Ministério das Comunicações (MCOM) para o eixo Conectividade e Infraestrutura da futura Política Nacional de Data Centers, defendendo diretrizes que integrem o planejamento do setor elétrico e a expansão da conectividade: priorização de eficiência energética, maior participação de fontes renováveis e rejeição a subsídios ao consumo elétrico; criação de zonas de interesse alinhadas às margens disponíveis na rede de transmissão e à qualidade da infraestrutura de telecomunicações; adoção de mecanismos de monitoramento e reporte de indicadores de sustentabilidade inspirados em boas práticas europeias; e uso de instrumentos como a Garantia de Manifestação de Interesse para orientar a expansão de redes em áreas com déficit de infraestrutura. A contribuição também ressalta a necessidade de clareza nos arranjos comerciais de suprimento renovável e de articulação com políticas como inteligência artificial, cibersegurança e governo digital. (GESEL - 07.10.2025)
Brasil: Consulta pública do ReData abre debate sobre critérios de energia limpa para data centers
O governo federal abriu consulta pública, até 26 de outubro, para definir critérios de energia e sustentabilidade do Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData), regime especial que concede incentivos fiscais a data centers. A medida provisória que criou o programa em setembro prevê uso de energia renovável , mas não especifica as fontes, deixando a definição para regulamentação. O Ministério do Meio Ambiente defende o Brasil como candidato a liderar a descarbonização digital, enquanto setores como o eólico veem a oportunidade de impulsionar a demanda já a partir de 2027. O debate ganhou força com a possibilidade de incluir o gás natural, embora o Executivo sinalize restrição a fósseis, aceitando nuclear e biogás. A consulta também aborda eficiência energética (PUE), neutralidade de carbono, eficiência hídrica (WUE) e economia circular. O tema é alvo de emendas no Congresso, que tentam garantir espaço para o gás, refletindo a disputa entre segurança energética e sustentabilidade na regulação do setor. (Agência Eixos– 01.10.2025)
Brasil: Congresso debate fontes de energia para data centers e alerta sobre limites do sistema elétrico
No 3° Brasília Summit, o deputado Júlio Lopes (PP-RJ) afirmou que é inviável depender apenas de energia solar e eólica para suprir a operação contínua dos data centers, defendendo a inclusão de fontes despacháveis como gás, biogás, térmicas e até nuclear na MP 1304. O senador Eduardo Gomes (PL-SE) reforçou a necessidade de uma legislação integrada que una energia, inteligência artificial e data centers, apontando que o modelo atual é fragmentado e pouco atrativo a grandes investimentos. Hoje, o Brasil conta com 192 data centers, sendo 90% em São Paulo, liderando na América Latina, mas ainda representando apenas 2% da infraestrutura global. Para Marcos Ferrari, da Conexis, o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) é um avanço inicial, mas o país precisa de segurança jurídica, energia firme e incentivos para se consolidar como hub digital regional e ampliar seu papel na economia mundial. (MegaWhatEnergy– 30.09.2025)
Brasil: Edge data centers entram na pauta da política nacional e MCom anuncia workshop sobre cabos submarinos
Durante a abertura da Futurecom 2025, o secretário de telecomunicações do MCom, Hermano Tercius, destacou a necessidade de incluir os edge data centers na Política Nacional de Data Centers, iniciada com o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), ressaltando que essas estruturas serão fundamentais para reduzir a latência. Tercius anunciou ainda a realização de um workshop em 9 de outubro, em Brasília, para debater edge data centers e cabos submarinos, com participação de ministérios e especialistas internacionais. Ele negou disputas entre pastas sobre a condução da política e disse que o MCom está alinhado à Fazenda e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Sobre a fase 2 de conectividade, Tercius adiantou que o governo estuda criar mecanismos de contribuição setorial para financiar investimentos, sem novos impostos, de forma a preservar empresas menores e garantir que os recursos sejam reinvestidos no setor. (Convergência Digital– 30.09.2025)
Brasil: Futurecom debate ReData e desafios de descentralização e energia para data centers
Durante a Futurecom 2025, executivos e autoridades discutiram os impactos da Medida Provisória dos Data Centers (ReData), que cria incentivos fiscais para modernizar a regulação e aumentar a competitividade do Brasil no setor. Affonso Nina, da Brasscom, destacou a articulação de mais de dois anos com o governo e defendeu que a medida seja tratada sem viés político, mencionando como benefício a redução do ICMS. Representantes da Ascenty e da InvestSP ressaltaram oportunidades e desafios ligados ao regime fiscal e à competição por energia em ZPEs. Rodolfo Fücher, da ABES, comparou a importância da infraestrutura de data centers à expansão da eletrificação nacional, defendendo a descentralização. Já Juliano Stanzani, do Ministério das Comunicações, afirmou que a política nacional deve ir além da questão fiscal, considerando aspectos estratégicos de localização, e anunciou a prorrogação da tomada de subsídios até 15 de outubro para ampliar a participação no debate. (Tiinside– 30.09.2025)
Coreia do Sul: Incêndio em data center causado por bateria da LG expõe fragilidade digital do país
Um incêndio iniciado pela explosão de uma bateria de íons de lítio da LG Energy Solution em um data center governamental em Daejeon paralisou cerca de um terço dos serviços públicos online da Coreia do Sul, incluindo autenticação digital, correio eletrônico, assinatura eletrônica e até sistemas de emergência. O fogo, que durou quase 22 horas, foi provocado por módulos de bateria datados de 2014, já além da vida útil recomendada, e destruiu 384 unidades, além de danificar gravemente 96 sistemas. A crise levou autoridades a recorrer a processos manuais e mobilizou mais de 200 bombeiros, que enfrentaram dificuldades típicas de incêndios envolvendo lítio. O presidente Lee Jae-myung classificou o episódio como um “Pearl Harbor digital” e anunciou medidas urgentes, como descentralização de data centers, duplicação de backups e regras mais rígidas para segurança de baterias. (Ess News– 30.09.2025)
Brasil: Governo usa minerais estratégicos e data centers para negociar com os EUA após tarifaço
O governo brasileiro abriu negociações com os Estados Unidos (EUA) para tentar reverter a tarifa de 50% sobre produtos nacionais imposta por Donald Trump e aposta em minerais estratégicos e na atração de data centers como trunfos nas conversas. O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que o Brasil quer manter a agregação de valor no país e usar o programa Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData), que concede benefícios fiscais a centros de dados, como estímulo para investimentos trilionários no setor. As tratativas ganharam impulso após Trump elogiar sua relação com Lula e após a Casa Branca reduzir tarifas sobre celulose e ferro-níquel. Alckmin também ressaltou a diversificação de mercados via acordos comerciais do Mercosul e defendeu a redução mais rápida da Selic, atualmente em 15%, para estimular o crescimento econômico e aliviar a dívida pública. (O Globo– 29.09.2025)
Brasil: Redata pode quadruplicar capacidade de data centers
O governo federal projeta que o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), regime especial de tributação para data centers, atraia até R$ 2 trilhões em investimentos e eleve a capacidade instalada no Brasil de 800 MW para 3 GW, colocando o país como hub global de infraestrutura digital. O programa zera tributos federais sobre equipamentos (PIS, Cofins, IPI e importação), mas exige contrapartidas como uso de energia renovável, sistemas hídricos fechados, 2% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento e 10% da capacidade reservada a universidades e empresas nacionais. Setor e entidades como Associação Brasileira de Data Center (ABDC) e Brasscom enxergam a Medida Provisória como oportunidade única para reduzir a dependência de processamento no exterior — hoje estimada em 60% — e destravar investimentos imediatos de bilhões. O governo promete regulamentar os critérios nos próximos meses, destacando que o país pode se diferenciar globalmente com a marca de “data center verde”.(Agência Eixos – 28.09.2025)
Brasil: Gás natural volta ao debate em políticas para data centers
A inclusão do gás natural no regime especial de tributação do setor de data centers (Redata), criado pela MP 1318/2025, voltou ao debate no Congresso por meio de oito emendas parlamentares. Embora o governo tenha inicialmente sinalizado o gás como fonte limpa, a posição foi corrigida, restringindo os benefícios apenas a fontes renováveis, com eventual abertura ao biogás. Parlamentares agora defendem a inclusão do gás natural, nuclear e até carvão nos critérios de habilitação, além de seu uso em sistemas de backup. Estados como Sergipe e empresas como Energisa apoiam a medida, vendo nos data centers um vetor de crescimento da demanda. O tema se soma a discussões sobre o leilão de gás da União, revisão tarifária das transportadoras e avanços no gasoduto Raia. (Agência Eixos– 27.09.2025)
Brasil: Encontro de Lula com TikTok e MP do Redata impulsionam debate sobre soberania e impactos dos data centers
Durante viagem a Nova York, o presidente Lula reuniu-se com o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, para discutir o investimento de R$ 55 bilhões em um data center de Inteligência Artificial (IA) em Caucaia (CE), próximo ao Porto do Pecém e à rede de cabos submarinos. O projeto se soma ao movimento global das big techs, que veem Brasil e Chile como polos estratégicos para data centers, atraídos por energia e água abundantes. Críticos, como o sociólogo Sérgio Amadeu, alertam que apenas a localização física não garante soberania, já que dados estratégicos continuam sob domínio de empresas estrangeiras. Além dos riscos de concentração de dados, especialistas destacam o alto consumo de energia, água, emissões de carbono e lixo eletrônico, defendendo indicadores claros de sustentabilidade, relatórios independentes e coordenação do setor elétrico. (Carta Capital – 25.09.2025)
Brasil: Governo cria grupo para fortalecer resiliência e autonomia da nuvem
O Comitê Interministerial para a Transformação Digital publicou a Resolução nº 5/2025, que institui um Grupo de Trabalho Interministerial (GT) para propor medidas que reforcem a soberania nacional no processamento de dados e garantam que informações críticas retornem ao Brasil até 2030. O GT deverá diagnosticar vulnerabilidades nos serviços de nuvem, elaborar diretrizes de resiliência e autonomia, sugerir estratégias para ampliar a infraestrutura local e estimular a instalação de data centers no país. A coordenação ficará com a Casa Civil, com participação de oito ministérios e órgãos estratégicos, além da possibilidade de convidar especialistas externos sem direito a voto. Cada órgão terá titular e suplente indicados em até 15 dias. O grupo terá 90 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir seus trabalhos e entregar um relatório final. A participação será considerada serviço público relevante, porém sem remuneração. (Telesintese– 23.09.2025)
Brasil: Redata atrai 10 GW em pedidos após MP de desoneração de data centers
O programa Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) alcançou 10 GW em pedidos de conexão apenas uma semana após a assinatura da Medida Provisória nº 1.318/2025, que cria incentivos para investimentos em data centers no Brasil. Segundo o secretário de Reformas Econômicas, Igor Marchesini, a medida busca repatriar processamento de dados aproveitando a matriz energética limpa nacional, mas ele alertou para especulação e dupla contagem de projetos. A EPE reportou, em 24 horas, 5,8 GW em pedidos no Rio de Janeiro. Embora os benefícios só entrem em vigor em 2027, a MP tem efeito imediato, permitindo iniciar consultas públicas para definir diretrizes ambientais, listas de equipamentos e contrapartidas. O decreto de regulamentação deve prever que 2% da desoneração seja destinado a P&D em resfriamento líquido, eficiência energética e inteligência artificial climática, e que 10% da capacidade dos mega data centers fique reservada ao uso nacional. (MegaWhatEnergy– 23.09.2025)
Brasil: Lula defende regulação das Big Techs e governança global da IA
Durante a abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a regulação das plataformas digitais como forma de proteger os mais vulneráveis, preservar a soberania dos Estados e combater crimes como fraudes, tráfico de pessoas, pedofilia e ataques à democracia. A fala ocorreu na mesma semana em que o governo enviou ao Congresso o Projeto de Lei nº 4.675/2025 (PL), conhecido como “PL das Big Techs”, que prevê que o Cade designe plataformas de relevância sistêmica, sujeitas a regras como portabilidade de dados, neutralidade em buscas, integração com concorrentes e notificação de aquisições, sob supervisão da nova Superintendência de Mercados Digitais. Lula também alertou para a concentração da inteligência artificial em poucos países e empresas, defendendo uma governança internacional intergovernamental que respeite direitos humanos, proteja dados pessoais e contemple a diversidade cultural do Sul Global. Assim, o Brasil buscou alinhar sua agenda nacional ao debate global sobre regulação da internet e da inteligência artificial.(Telesintese– 23.09.2025)
Brasil: Governo prorroga consulta pública para Política Nacional de Data Centers
O Ministério das Comunicações prorrogou até 22 de outubro o prazo para envio de contribuições à Tomada de Subsídios da Política Nacional de Data Centers – Eixo de Infraestrutura e Conectividade, que também envolve os ministérios da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A iniciativa busca orientar a criação de um marco regulatório que assegure expansão segura, sustentável e eficiente dessa infraestrutura, definindo padrões de qualidade, governança, segurança e localização estratégica. O debate inclui ainda conectividade, sustentabilidade e formação de profissionais, em alinhamento com políticas como a Estratégia Nacional de inteligência artificial, a Política de Cibersegurança e a Estratégia de Governo Digital. Para o ministro Frederico de Siqueira Filho, a participação da sociedade será decisiva para fortalecer a soberania tecnológica. (Tiinside– 22.09.2025)
Brasil: MP cria regime especial para data centers com foco em energia limpa
O governo publicou a Medida Provisória 1.318/2025, que institui o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), voltado a estimular projetos de instalação ou ampliação dessas infraestruturas no Brasil. Para acessar os benefícios, os empreendimentos deverão atender integralmente sua demanda elétrica por meio de contratos de suprimento ou autoprodução a partir de fontes limpas ou renováveis. O texto inclui no regime serviços de nuvem, processamento de alto desempenho, treinamento de modelos de inteligência artificial e aplicações digitais correlatas. Assinada pelo presidente Lula, a MP prevê R$ 5,2 bilhões no orçamento de 2026 e, a partir de 2027, se integrará aos incentivos da Reforma Tributária, com potencial estimado de atrair R$ 2 trilhões em investimentos em dez anos. A medida foi elaborada sob coordenação da Casa Civil, com participação de diversos ministérios e do BNDES, e também pode impulsionar novos projetos de geração elétrica para atender a crescente demanda dos data centers. (Agência CanalEnergia – 18.09.2025)
Oferta de Energia Elétrica
China: Alibaba, Tencent e ByteDance investem em renováveis e armazenamento para data centers de IA
As gigantes chinesas Alibaba, Tencent e ByteDance estão ampliando investimentos em energia renovável e sistemas de armazenamento para sustentar o crescimento da Inteligência Artificial (IA) e atender à exigência governamental de que, até o fim de 2025, novos data centers operem com pelo menos 80% de eletricidade verde. O Alibaba anunciou um plano de US$ 53 bilhões em nuvem e IA, com projetos que combinam solar, eólico e baterias de fluxo e lítio em larga escala. A Tencent já opera microrredes híbridas que suprem mais de 70% da energia de alguns data centers, enquanto a ByteDance prevê adquirir mais de 200 MWh em sistemas de baterias até 2025. A tendência reflete a necessidade crescente de integrar geração, computação e armazenamento para reduzir picos de demanda e garantir estabilidade energética, transformando os data centers em ativos digitais e energéticos estratégicos. (PV Magazine– 02.10.2025)
Brasil: Eficiência energética e renováveis ganham protagonismo no futuro dos data centers
Com o avanço da inteligência artificial, internet das coisas e blockchain, o consumo energético dos data centers disparou, chegando a representar entre 40% e 80% dos custos operacionais, segundo especialistas da Engie e Capgemini. Relatórios indicam que o setor já responde por 2% da eletricidade mundial e pode alcançar 3% até 2030, o equivalente ao consumo atual do Japão, com crescimento anual de 15%. Para enfrentar esse desafio, empresas adotam estratégias como sistemas avançados de refrigeração, automação com inteligência artificial, consolidação de servidores, monitoramento dinâmico e design mais eficiente. Paralelamente, a expansão global de energias renováveis — em que o Brasil lidera na América Latina com expectativa de adicionar 65% da nova capacidade até 2028 — abre caminho para reduzir custos e mitigar impactos ambientais. (Valor Econômico– 30.09.2025)
EUA: Data centers impulsionam previsão de boom nuclear de US$ 350 bilhões até 2050
A crescente demanda elétrica dos data centers voltados à inteligência artificial deve estimular um investimento de US$ 350 bilhões em energia nuclear nos Estados Unidos (EUA), elevando em 63% a capacidade instalada até 2050, segundo a Bloomberg Intelligence. O país deve adicionar 53 GW à frota atual, alcançando 159 GW de potência, com destaque para os pequenos reatores modulares (SMRs), ainda em fase de desenvolvimento. Apesar do potencial, o setor enfrenta altos custos, falta de mão de obra qualificada e limitações regulatórias, além do lento ritmo de construção — apenas três reatores foram concluídos neste século. Enquanto Joe Biden fixou a meta de triplicar a capacidade nuclear e Donald Trump propôs quadruplicar, analistas preveem que o avanço inicial será modesto, com apenas 9 GW adicionados na próxima década, acelerando apenas após 2035.(Folha de São Paulo – 29.09.2025)
Brasil: Data centers e hidrogênio verde disputam rede
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética e Operador Nacional do Sistema Elétrico, o avanço simultâneo de data centers e do hidrogênio verde no Brasil já pressiona a rede de transmissão, sobretudo no Nordeste com a eólica, solar e cabos submarinos atraindo ambos. A MP 1307 exige renováveis em zonas de processamento de exportação e o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (ReData) incentiva centros de dados “verdes”, mas a expansão da infraestrutura elétrica não acompanha a demanda. Ao mesmo tempo, surge uma via de complementaridade: o hidrogênio verde pode substituir diesel em backup, prover energia firme e habilitar operações on/off-grid, enquanto os data centers criam demanda local para o hidrogênio. (Agência Eixos– 28.09.2025)
Cingapura: Horizon Fuel Cell lança módulo de hidrogênio de 3 MW para backup de data centers
A Horizon Fuel Cell, sediada em Cingapura, anunciou o Horizon Packs, um novo módulo de célula de combustível de 3 MW projetado para atuar como backup em data centers. A solução em contêiner de 40 pés oferece 100% mais energia que PEMs e até 300% mais que SOFCs, com operação limpa e apenas água como subproduto. A empresa também lançou um sistema de armazenamento de hidrogênio de 1 tonelada, capaz de fornecer energia de 8 a 40 horas, prometendo paridade de custo com geradores a diesel em larga escala. Embora ainda não tenha fechado contratos com desenvolvedores de data centers, a Horizon aposta no setor como próximo grande mercado, seguindo o movimento de players como a Bloom Energy, que já firmou acordos com Oracle, Equinix e American Electric Power. O lançamento reforça a tendência do hidrogênio como alternativa sustentável para energia de backup em grandes infraestruturas digitais. (Datacenter Dynamics– 26.09.2025)
EUA: Digital Realty fecha acordo hidrelétrico de 500 GWh para data centers na Virgínia
A norte-americana Digital Realty assinou contrato com a Current Hydro LLC para aquisição de 500 GWh de energia hidrelétrica proveniente de três usinas no rio Ohio, Estados Unidos (EUA) — New Cumberland e Robert C. Byrd (Virgínia Ocidental) e Pike Island (Ohio) — com capacidade combinada de 68 MW e início de operação previsto para 2029. A energia será entregue ao mercado PJM e destinada a data centers da empresa no norte da Virgínia. Embora a hidrelétrica seja tradicional, poucos data centers têm contratos diretos com geradores dessa fonte. O movimento acompanha a tendência de big techs como o Google, que também investem fortemente em hidrelétricas para sustentar suas operações digitais. (Datacenter Dynamics– 26.09.2025)
Energia nuclear surge como solução para a sustentabilidade dos data centers
Com a crescente demanda de energia dos data centers, que pode dobrar até 2026 e já soma quase 460 TWh anuais, fontes renováveis como solar e eólica enfrentam limites por sua intermitência. Nesse cenário, a energia nuclear desponta como alternativa limpa, estável e escalável para suportar operações 24/7, reduzindo emissões e garantindo previsibilidade de custos. Além das grandes usinas, os pequenos reatores modulares (SMRs) se apresentam como solução sob medida, por serem compactos, escaláveis, mais baratos e com avanços de segurança passiva. Atualmente, mais de 85 projetos de SMRs estão em desenvolvimento em 20 países, com investimentos crescentes de governos e empresas privadas. Casos já mostram parcerias entre operadores de nuvem e usinas nucleares nos Estados Unidos, além de contratos futuros com startups de fusão. Apesar dos obstáculos — custo, regulação e percepção pública marcada por acidentes passados —, os SMRs oferecem um caminho mais econômico e seguro. (DataCenterDynamics – 25.09.2025)
Rússia: Rosatom mira parceria estratégica em energia nuclear para data centers e IA
A estatal russa Rosatom vê o Brasil como parceiro prioritário e busca expandir sua presença no país, com propostas que vão da exploração de urânio a soluções energéticas para setores intensivos em consumo, como data centers e inteligência artificial. Segundo Ivan Dybov, diretor da empresa para América Latina, a Rússia já fornece urânio enriquecido para Angra 1 e 2, além de radioisótopos médicos, e pretende oferecer ao Brasil pequenos reatores modulares (SMRs), inclusive flutuantes, usados em regiões isoladas ou para grandes consumidores. O Brasil, apesar de deter a sexta maior reserva mundial de urânio e tecnologia própria de enriquecimento, importa cerca de 60% do combustível necessário, em grande parte da própria Rússia. A Rosatom promete transferência de tecnologia, envolvimento da indústria nacional e contratos de longo prazo para garantir previsibilidade de custos. (Valor Econômico – 25.09.2025)
Cingapura: Amônia é testada como fonte de energia para data centers
A empresa Amogy firmou parceria com a Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura (A*Star) para avaliar o uso de amônia como fonte de energia para data centers, setor que cresce rapidamente no país e pressiona a demanda por energia de baixo carbono. O acordo prevê pesquisa em segurança, custos e sustentabilidade, além de testes práticos na Ilha de Jurong com sistemas que convertem amônia em hidrogênio para geração elétrica. A iniciativa busca contribuir para a Estratégia Nacional de Hidrogênio e apoiar a descarbonização de setores de difícil redução de emissões. Embora a tecnologia de craqueamento de amônia ainda enfrenta desafios técnicos, Cingapura vê nela um potencial caminho para diversificar a matriz energética e viabilizar a expansão dos data centers dentro de sua política de eficiência energética e limites de capacidade. (Datacenter Dynamics– 24.09.2025)
Brasil: Ceará aposta em água de reuso e energia renovável para atrair data centers no Porto do Pecém
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, anunciou a construção de uma estação de tratamento para fornecer água de reuso a data centers que se instalarem no Complexo do Pecém, região metropolitana de Fortaleza. A medida busca responder à preocupação com o alto consumo hídrico dessas estruturas em um estado marcado por secas, destacando o uso de tecnologias de resfriamento em sistemas fechados que reduzem a demanda. Além da água, o setor exige muita energia, e o Brasil surge como destino competitivo por sua matriz majoritariamente renovável. Em 2024, os 189 data centers do país consumiram 1,7% da energia nacional, equivalente ao uso de Fortaleza e Salvador juntas. O ONS já autorizou dois projetos no Pecém, condicionando um deles à expansão da rede de transmissão. (Agência Eixos – 24.09.2025)
Brasil: Eletrobras aposta em projetos híbridos de energia e data centers
A Eletrobras está investindo R$ 220 milhões em projetos de hibridização solar nas regiões de Casa Nova e Sobradinho (BA) e Petrolina (PE). As iniciativas incluem uma usina solar flutuante, integração com parques eólicos, desenvolvimento de projetos de PDI e criação de um Centro de Referência em Energia Solar. A empresa também planeja usar sua infraestrutura de transmissão e telecomunicações, incluindo 30 mil km de fibra óptica, para ampliar negócios em data centers e mineração de bitcoin, aproveitando o potencial de energias renováveis do Nordeste.(MegaWhatEnergy– 19.09.2025)
Inovação e Tecnologia
Brasil: Fibracem fecha parceria com Vertiv para expandir soluções de data centers
A Fibracem, fabricante brasileira do setor de comunicação óptica, firmou parceria estratégica com a norte-americana Vertiv para ampliar sua atuação no mercado de data centers no Brasil. A empresa passa a integrar a categoria Fornecedor de Soluções Diamante do programa global da parceira, o que garante suporte especializado, treinamentos e condições comerciais diferenciadas para atuar em projetos de maior escala e complexidade. Com 32 anos de experiência e presença em todo o território nacional, a Fibracem reforça sua posição como fornecedora de soluções integradas para data centers, provedores e operadoras de internet. A colaboração com a Vertiv fortalece a estratégia da empresa de atender a diferentes perfis de clientes e acompanhar o crescimento acelerado da infraestrutura digital no país. (Datacenter Dynamics– 01.10.2025)
Japão: SoftBank cria rack de servidor sem cabos para automatizar data centers
A SoftBank anunciou o desenvolvimento de um rack de servidor sem cabos visíveis, projetado para facilitar a automação robótica em data centers. O novo design elimina o emaranhado de fios, um dos principais obstáculos para o uso de robôs em tarefas como instalação e substituição de servidores, manutenção de unidades defeituosas e inspeções. O sistema utiliza um barramento metálico para fornecer energia, conectores “blind-mate” para refrigeração líquida e conectores ópticos para comunicação, permitindo uma estrutura mais limpa e eficiente. Embora ainda haja cabos ocultos no adaptador traseiro, a solução representa um avanço importante em organização e automação. O modelo será testado com robôs em ambientes reais, começando pelo data center Hokkaido Tomakomai, no Japão, que terá capacidade inicial de 50 MW e deve entrar em operação em 2027. (Datacenter Dynamics– 30.09.2025)
América Latina: Lightera aposta em fibras ópticas inovadoras para transformar interconexões de data centers
A Lightera, lançada há seis meses a partir da reestruturação da Furukawa Electric, posiciona-se como referência em conectividade para data centers com foco em baixa latência, ultra alta densidade e presença global. Entre suas inovações está a fibra óptica Hollow Core (HCF), que reduz a latência em até 30% em interconexões críticas, além de soluções de fibras submarinas para comunicações internacionais e cabos Rollable Ribbon, capazes de acomodar milhares de fibras em espaços reduzidos, otimizando expansões de colocation e projetos hyperscale. Com operações no Brasil, Argentina, Colômbia e México, a empresa alia alcance regional à capacidade de poesquisa e desenvolvimento global, reforçando soberania tecnológica e competitividade. A Lightera celebra sua chegada como protagonista da revolução digital, mirando a crescente demanda por redes rápidas, resilientes e escaláveis na era da inteligência artificial e da hiperconectividade.(Telesintese– 26.09.2025)
Brasil: xFusion inicia operações com fábrica em SC e aposta em IA, data centers e edge computing
A fabricante de servidores xFusion, sediada em Singapura, iniciou operações no Brasil, estabelecendo também produção local em Palhoça (SC) por meio do Brazil Supply Center, em parceria com a Briti, responsável por fabricação, testes e armazenamento. Considerando o País estratégico, a empresa quer aproveitar a onda de investimentos em inteligência artificial, modernização de data centers e edge computing, setores em rápida expansão na América Latina. A gestão ficará a cargo de Patrícia Cocozza, gerente geral, em conjunto com Robin Shi, presidente da xFusion América Latina, e Louis Zhao, presidente de Negócios Internacionais. A companhia pretende construir um ecossistema robusto com talentos e manufatura local, oferecendo soluções de alto desempenho para setores como finanças, varejo e saúde. (Teletime – 25.09.2025)
Suécia: Microsoft fecha acordo com siderúrgica Stegra para usar aço verde em data centers
A Microsoft assinou um contrato com a Stegra, produtora sueca de aço verde, para reduzir o carbono incorporado na construção de seus data centers. O acordo prevê o fornecimento de aço de baixo carbono, até 95% menos poluente que o convencional, que será utilizado por fornecedores da Microsoft em componentes de infraestrutura crítica. A empresa também comprará certificados de atributos ambientais (EACs) ligados à produção da planta da Stegra em Boden, que usará hidrogênio verde para descarbonizar a siderurgia. A fábrica, prevista para iniciar operações em 2026, terá capacidade de produzir até 5 milhões de toneladas anuais de aço verde até 2030. A iniciativa reforça o compromisso da Microsoft com a descarbonização de sua infraestrutura e se soma a movimentos de outras big techs, como AWS, Google e Meta, que já integram a Sustainable Steel Buyers Platform. (Datacenter Dynamics– 25.09.2025)
Alemanha: Knauf apresenta sistema Aquapanel para construção sustentável de data centers
A Knauf, líder mundial em sistemas de construção a seco, lançou a linha Aquapanel, desenvolvida para atender às exigências de durabilidade, segurança e sustentabilidade dos data centers modernos. As placas cimentícias, 100% resistentes à água, umidade e intempéries, são incombustíveis (A1), imunes a mofo e de fácil instalação, podendo ser aplicadas em fachadas, coberturas, interiores e forros. Nos projetos de data centers, destacam-se as fachadas externas com resistência ao fogo de até 240 minutos e os rooftops, certificados pela FM Approval, que garantem proteção em condições extremas. Além de maior eficiência energética, o sistema oferece isolamento térmico e acústico, rápida execução, manutenção mínima e longa vida útil. Produzida desde 2023 em planta no Chile, a Aquapanel reforça o compromisso da Knauf com inovação e construção sustentável na América Latina, posicionando-se como solução integral para proteger e otimizar a infraestrutura crítica que sustenta o futuro digital. (DataCenterDynamics– 22.09.2025)
México: KIO Data Centers firma aliança com Lonestar para levar dados ao espaço
A KIO Data Centers anunciou uma parceria estratégica com a Lonestar Data Holdings para criar um ecossistema híbrido inédito, no qual seus data centers terrestres atuarão como “consulados digitais” conectados às “embaixadas digitais” da Lonestar no espaço. O projeto visa proteger dados sensíveis contra ciberataques, desastres naturais e vigilância física, aproveitando a energia solar ilimitada e o vácuo espacial como sistema de resfriamento natural. A iniciativa torna a KIO a primeira empresa da América Latina a apoiar o armazenamento espacial, reforçando seu papel como infraestrutura crítica global. O roteiro prevê inicialmente a conexão com satélites em órbita lunar e, em seguida, instalações em crateras lunares, ampliando a capacidade de 15 PB em 2027 para 400 PB em 2032, com expansão futura para exabytes e yottabytes via missões SpaceX. (DataCenterDynamics– 19.09.2025)