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IFE Transição Energética 46
Dinâmica Internacional
IEA: Responsáveis por 95% da eletricidade adicional no mundo, expansão das renováveis vive melhor ritmo em três décadas
Um relatório publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) revelou que a capacidade global para as energias renováveis está vivendo seu maior ritmo de expansão nas últimas três décadas. De acordo com a pesquisa, os painéis fotovoltaicos e as turbinas eólicas são responsáveis por 95% da expansão e devem ultrapassar o carvão para se tornarem a maior fonte de produção de eletricidade no mundo já em 2025. De 2022 para 2023, o crescimento foi descrito como “sem precedentes” e chegou a quase 510 GW, dos quais três quartos são de fontes solares. Os maiores incrementos aconteceram na China, Europa, Estados Unidos e Brasil. Agora, a projeção para 2028 - sob políticas e condições de mercado existentes – é que a capacidade das fontes renováveis chegue a 7.300 GW, que tornaria mais provável o objetivo de triplicação das renováveis previsto para 2030. Entretanto, apesar dessas tendências, a publicação reconhece que esforços como a maior aproximação com os governos ainda são necessários. (CanalEnergia - 12.01.2024)
Link ExternoArtigo de Thomas Hohne-Sparborth: “Davos 2024: janela para reorganizar fluxos de capitais em torno da transição”
Em artigo publicado no Valor Econômico, Thomas Hohne-Sparborth (head de pesquisa em sustentabilidade da Lombard Odier) trata da edição de 2024 do Fórum Econômico Mundial, que centraliza a discussão na "Reconstrução da confiança" e aborda temas como segurança, cooperação, crescimento, emprego, inteligência artificial e a relação entre clima, natureza e energia. O artigo destaca a necessidade de soluções conjuntas diante da tensão geopolítica e a "desglobalização". Ainda, destaca que as discussões em Davos acompanham a COP28, que reconheceu a necessidade de uma transição para o fim do uso de combustíveis fósseis. Na percepção do autor, essa transição faz parte de um conjunto mais amplo de mudanças na economia, impulsionadas por novas percepções de risco, rupturas tecnológicas e novos modelos de negócios emergentes. O artigo conclui que o evento em Davos é uma oportunidade para os investidores avaliarem como as transições ambientais provocam rupturas mais amplas na economia e nos cenários de investimento. (Valor Econômico – 16.01.2024)
Link ExternoIEA: Expansão massiva da energia renovável abre portas para alcançar a meta global
A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou um novo relatório destacando que a capacidade global de geração de eletricidade renovável está crescendo mais rapidamente do que nos últimos 30 anos. Isso proporciona uma oportunidade real para alcançar a meta estabelecida pelos governos na conferência COP28 sobre mudanças climáticas no mês passado, que busca triplicar a capacidade global até 2030. De acordo com o relatório "Renewables 2023", a capacidade de energia renovável adicionada globalmente aumentou em 50% em 2023, totalizando quase 510 gigawatts (GW). A energia solar fotovoltaica representou três quartos das adições globais, com a China liderando o crescimento ao comissionar a mesma quantidade de energia solar em 2023 que o mundo inteiro em 2022. Além disso, as adições de energia eólica na China aumentaram em 66%, enquanto a capacidade de energia renovável na Europa, Estados Unidos e Brasil atingiu níveis históricos. (IEA – 11.01.2024)
Link ExternoIEA: Geração de baixo carbono preparada para atender ao crescimento da demanda por eletricidade
O relatório Electricidade 2024 da Agência Internacional de Energia (IEA) indica uma desaceleração no crescimento da demanda global de eletricidade em 2023, com um aumento de 2,2%, abaixo do crescimento de 2,4% em 2022. Essa desaceleração é atribuída ao declínio nos países avançados devido a condições macroeconômicas adversas e inflação elevada. No entanto, prevê-se que a demanda acelere nos próximos três anos, crescendo em média 3,4% ao ano até 2026. Essa aceleração é impulsionada por uma melhoria nas perspectivas econômicas, especialmente nas economias avançadas, e pela contínua eletrificação nos setores residencial e de transportes. Além disso, espera-se uma demanda adicional significativa em países como China, Índia e países do Sudeste Asiático. O relatório Electricidade 2024 da Agência Internacional de Energia (IEA) prevê uma notável expansão do setor de centros de dados, com o consumo desses centros, inteligência artificial (IA) e criptomoedas potencialmente dobrando até 2026. Em 2023, a participação da eletricidade no consumo final de energia atingiu 20%, comparado a 18% em 2015. Para alcançar a meta de zero emissões líquidas até 2050, a IEA destaca a necessidade de aumentar a participação para cerca de 30% até 2030, exigindo uma aceleração rápida da eletrificação. (Smart Energy – 24.01.2024)
Link ExternoIEA: Diretor Executivo discute prioridades energéticas e climáticas com ministros brasileiros e indianos
O Diretor Executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, realizou uma reunião em Davos, Suíça, com o Ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e o Ministro do Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep Singh Puri. Durante o encontro, discutiram as prioridades energéticas e climáticas do G20, já que o Brasil preside o G20 em 2024 e a Índia ocupou a presidência em 2023. A IEA tem fornecido análises especializadas para ambas as presidências, abrangendo questões como energias renováveis, eficiência energética e iniciativas ambientais, como o Estilo de Vida para o Meio Ambiente (LiFE) da Índia. Sob a presidência do Brasil, foi acordada uma intensificação da colaboração em áreas como acesso à energia, produção de energia limpa e transições energéticas justas. Uma prioridade comum para ambas as presidências é a promoção de biocombustíveis, uma área na qual os dois países desempenham um papel de liderança. A Índia lançou a Aliança Global para Biocombustíveis durante sua presidência, e a AIE tem oferecido apoio, incluindo um relatório especial sobre políticas de biocombustíveis no Brasil, na Índia e nos Estados Unidos. (IEA – 18.01.2024)
Link ExternoIEA: Adições de capacidade eólica e solar devem dobrar no Brasil, EUA, Europa e Índia até 2028
A Agência Internacional de Energia (IEA) prevê que as adições de energia solar fotovoltaica e eólica onshore nos Estados Unidos, União Europeia, Índia e Brasil mais que dobrarão até 2028, em comparação com os últimos cinco anos. Em seu relatório, a IEA destaca ambientes políticos favoráveis e a crescente atratividade econômica das energias renováveis como principais impulsionadores dessa aceleração. Em 2023, estima-se que 96% da capacidade de energia solar e eólica de grande escala recém-instalada teve custos de geração inferiores aos de novas usinas a carvão e gás natural. A queda de quase 50% nos preços dos módulos solares e a capacidade de fabricação três vezes maior do que em 2021 são fatores contribuintes. Na União Europeia e no Brasil, espera-se que as instalações de painéis solares em telhados superem as de grandes usinas, impulsionadas por consumidores residenciais e comerciais que buscam gerar sua própria energia para reduzir as contas de eletricidade, com o Brasil registrando um aumento de 40% na geração própria de energia solar em 2023. (EpBr – 11.01.2024)
Link ExternoUnião Europeia: ESABCC recomenda reformulação de políticas para a descarbonização
Um relatório do Conselho Consultivo Científico em Mudança Climática da Europa (ESABCC, na sigla em inglês) avaliou que a União Europeia precisa revisar suas políticas de descarbonização para que sejam atendidas as metas climáticas. Apesar de ter sido uma das vozes mais ativas em favor da redução do uso de combustíveis fósseis na COP28, foi argumentado que as políticas do bloco não estão alinhadas com a rota de neutralidade em carbono prevista para 2050. Os conselheiros recomendaram que os esforços sejam intensificados o quanto antes e que passem a alvejar também setores politicamente sensíveis, como a agricultura. Entre as propostas, vislumbram: precificação das emissões do setor agrícola, corte ou redirecionamento dos subsídios às fontes fósseis, e melhorias nas condições de investimento em energias renováveis. (Reuters – 18.01.2024)
Link ExternoEUA: Proposta de taxa para emissões de metano da indústria de óleo e gás
O governo dos Estados Unidos propôs taxar o metano excedente de grandes produtores de petróleo e gás que relatam emissões acima de 25 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano. A medida, elaborada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), está alinhada com a Lei de Redução da Inflação, que oferece subsídios para a transição energética da indústria. A proposta sugere uma taxa gradual a partir de 2024 sobre as emissões excedentes de metano, começando em US$ 900 por tonelada e aumentando para US$ 1.200 em 2025, atingindo US$ 1.500 em 2026. A Lei de Redução da Inflação (IRA), sancionada pelo governo de Joe Biden em 2022, destina mais de US$ 1 bilhão em subsídios para a indústria de óleo e gás investir em tecnologias de descarbonização. Os fundos incluem apoio para atividades relacionadas a poços convencionais de baixa produção, monitoramento de metano e financiamento para a redução de emissões. A legislação também estabeleceu uma Taxa de Emissões Residuais para o metano de instalações de petróleo e gás que relatam emissões superiores a 25 mil toneladas de CO2 por ano. A proposta da Agência de Proteção Ambiental aborda detalhes sobre a implementação da taxa, incluindo o cálculo do imposto e as isenções aplicáveis. (EpBr – 15.01.2024)
Link ExternoNacional
Artigo GESEL: “O financiamento da transição energética no Brasil”
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL) e Luiz Fernando de Paula (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador executivo do GESEL) tratam de um panorama histórico da transição energética - desde a Revolução Industrial até os desafios atuais de descarbonização e segurança energética. A esse respeito, ressaltam a mudança dos insumos energéticos - do carvão e petróleo para fontes renováveis - e a meta da ONU de neutralidade das emissões de CO2 até 2050. Além disso, discutem o protagonismo do Brasil e os instrumentos e entidades financeiras relevantes para a transição. São destacados os “títulos verdes”, cuja emissão é incentivada pelo Ministério da Fazenda e liderada pelo BNDES e o Tesouro Nacional, e a destinação de recursos do FAT para a transição energética, aprovada pelo Congresso. O texto conclui que o Brasil, com sua matriz energética majoritariamente renovável, tem uma oportunidade única de ampliar o financiamento para projetos de geração renovável e conversão para uma economia verde. (Valor Econômico – 18.01.2024)
Link ExternoArtigo de Axel Holmberg: “Apesar dos inegáveis avanços, o Brasil precisa seguir como protagonista na transição energética”
Em artigo publicado pelo CanalEnergia, Axel Holmberg (ex-gerente geral da Scatec ASA no Brasil) trata da trajetória brasileira rumo à transição para uma economia de baixo carbono. O texto afirma que o governo, apesar de demonstrar forte empenho em articular parcerias e posicionar o Brasil enquanto protagonista da transição energética, falta de um plano robusto para o abandono gradual dos combustíveis fósseis. Segundo o autor, “mesmo que o País já detenha tecnologia nas mais diversas áreas para a produção em escala de energia renovável, percebemos que falta à nação um arcabouço legal mais robusto”. O texto conclui que a segurança jurídica e uma visão estratégica de longo prazo são fatores indispensáveis nessa transformação e prospecta que já estejam no radar do governo brasileiro. (CanalEnergia - 11.01.2024)
Link ExternoFórum Econômico Mundial: Ministros destacam papel do Brasil na transição e cobram investimentos
Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Saúde, Nísia Trindade, participaram de um painel no Fórum Econômico Mundial que acontece em Davos, na Suíça, onde destacaram o papel do Brasil na transição energética. A ênfase ficou na necessidade de investimentos em sustentabilidade e energias renováveis para o enfrentamento das mudanças climáticas. Para Silveira, o país já fez a transição ao investir em uma matriz renovável e ao construir uma regulação estável e reconhecida globalmente. Assim, ele concluiu que o Brasil está preparado para receber investimentos internacionais e exportar a sustentabilidade. Marina Silva, por sua vez, deu enfoque à transversalidade que pauta a política ambiental no novo governo Lula, citando planos de combate ao desmatamento e esforços de reindustrialização. Além disso, a ministra reforçou que o Brasil é um lugar cada vez mais seguro para investimentos. Trindade, por fim, acrescentou que a saúde também é um tema relevante que deve ser considerado em discussões sobre a mudança climática, pois ela tem um papel importante na transição para um novo modelo de economia. (CanalEnergia - 16.01.2024)
Link ExternoEPE: Indústria brasileira enfrenta desafios para promover a transição energética
Um relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicou que a transição energética no Brasil representa tanto desafios quanto oportunidades para a indústria. O setor industrial consome cerca de 30% da energia do país e, embora 80% da energia consumida seja de fontes limpas, a competição global, especialmente da China, Estados Unidos e Europa, faz com que a constante inovação seja uma exigência. O economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), emite alerta para o risco de acomodação diante da vantagem atual. A descarbonização da indústria – que foi estimada em R$ 40 bilhões até 2050 pela Confederação Nacional da Indústria - enfrenta obstáculos como altas taxas de juros e escassez de financiamento a longo prazo. (O Estadão - 17.01.2023)
Link ExternoBNDES e Vale: Novo fundo para financiar minerais críticos
O BNDES e a Vale estão planejando um fundo de investimento para financiar projetos de minerais críticos. O fundo pode receber até R$ 2 bilhões e visa apoiar a estratégia da Vale de desenvolver seu negócio de metais de transição energética e contribuir para a neoindustrialização do Brasil. A iniciativa reforça a importância dos minerais críticos - como níquel, cobre, lítio, nióbio e cobalto - para a transição para uma economia de baixo carbono, sendo componentes essenciais para equipamentos e tecnologias de descarbonização. O lançamento do fundo está previsto para o primeiro semestre de 2024. Além disso, o Brasil aprovou um programa de incentivo à produção de materiais estratégicos, de maneira a equilibrar o desenvolvimento de projetos e a preservação ambiental. (Valor Econômico - 16.01.2024)
Link ExternoNova Indústria Brasil: BNDES vai buscar participação em empresas da cadeia de veículos elétricos
O programa Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal, visa destinar R$ 300 bilhões para financiar o setor industrial no país até 2026. A maior parte desses recursos será administrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além do crédito, o programa prevê a participação acionária do BNDES em empresas de setores estratégicos, como minerais críticos, baterias e veículos elétricos. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco possui R$ 8 bilhões no orçamento para aquisições e expressou o interesse em investir em empresas, destacando a importância de setores como minerais críticos para o futuro das baterias e mobilidade elétrica. Atualmente, o BNDES é sócio de diversas empresas por meio do controle de ações no mercado de renda variável e aportes em fundos de investimento e private equity, com uma carteira que ultrapassa R$ 70 bilhões, incluindo cerca de R$ 25 bilhões relacionados à participação acionária na Petrobras até setembro de 2023. (EpBr – 22.01.2024)
Link ExternoAbiogás: Contestação do setor de resíduos abre disputa sobre soluções para o lixo e emissões de metano no país
A discussão sobre o perfil de emissões de metano no Brasil envolve dois grupos associados ao aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos (RSU). A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) defende a incineração do lixo para a produção de energia, enquanto a Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás) promove alternativas baseadas na recuperação de biogás. A gestão de resíduos nas cidades brasileiras é um desafio histórico, e em meio a reformas setoriais, a Abren contesta o perfil de emissões de metano no país, criticando uma emenda no projeto do mercado de carbono que poderia beneficiar a recuperação de biogás. Esta defesa busca preservar a incineração como parte do planejamento energético do país. A presidente da Abiogás, Renata Isfer, criticou um estudo da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), afirmando que o estudo não tem rigor científico. De acordo com a Abren, os aterros sanitários seriam responsáveis por 45% das emissões no país, mesmo com a captura de biogás, deixando escapar 50% do metano para a atmosfera. (EpBr – 12.01.2024)
Link ExternoRegulação
Brasil: Ministro do MME critica a abertura ‘apressada’ do mercado livre de energia
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a abertura apressada do mercado livre de energia nos governos anteriores. Segundo ele, o fenômeno resultou em grandes consumidores pagando menos pela energia em comparação à classe média e aos pobres. Ainda, afirmou que não há planos para reverter a abertura, mas enfatizou que se faz necessária justiça tarifária para os consumidores de menor renda. A abertura do mercado para consumidores de alta e média tensão já ocorreu, mas os de baixa tensão continuam pagando tarifas mais altas. Nesse sentido, Silveira atribuiu a distorção tarifária não apenas ao mercado livre, mas também a subsídios desnecessários. A Abraceel, por outro lado, defendeu o mercado livre, argumentando que a abertura contribui para uma matriz energética mais renovável. (Valor Econômico - 17.01.2024)
Link ExternoBrasil: Especialistas do setor pontuam que a abertura do mercado de energia é inevitável
Especialistas do setor brasileiro de energia afirmaram que o tema da abertura total do mercado livre de energia deve avançar apesar da resistência do governo federal. “É uma questão pragmática a abertura de mercado, porque ela já está acontecendo”, afirmou o diretor da Thymos Energia, Alexandre Viana. As críticas do governo ao desequilíbrio de preços entre o mercado livre e o regulado, assim – e diante da sensibilidade à opinião popular – não devem desacelerar as discussões sobre o tema, que já vem sendo rotulado como “inevitável”. Para Viana, no entanto, apesar do avanço do debate, os prazos para a liberalização efetiva podem ser prolongados para até 2030. Além disso, executivos da Enel Brasil e da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) enfatizaram que o mercado livre não é responsável pelas distorções entre os preços da energia nos diferentes ambientes de contratação, como acusa o governo federal. Mais do que isso, argumentam que a migração dos consumidores da baixa tensão para o ambiente de contratação livre (ACL) é uma maneira de eliminar essas assimetrias. (Broadcast Energia – 23.01.2024)
Link ExternoArtigo José Antonio Sorge: “A abertura total do mercado é a solução para proteger os consumidores de altas tarifas”
Em artigo publicado no CanalEnergia, José Antonio Sorge (sócio administrador da Comercializadora Ágora Energia) trata do patamar elevado que as tarifas de energia atingiram no Brasil e as preocupações que se sucedem quanto à inviabilização do crescimento industrial e a penalização de toda a sociedade. Ao longo do texto, o autor tece comentários sobre fatos que elevam as tarifas ao consumidor regulado e que não tem relação com a liberalização do mercado de energia. O objetivo, segundo ele, é elucidar interpretações equivocadas, sobretudo para o Ministério de Minas e Energia (MME), de que o mercado livre seria o responsável pelas tarifas inflamadas. Por fim, o autor conclui que, desde sua criação, o mercado livre gerou empregos e divisas para o governo federal e que seu acesso integral – por todos os consumidores - é a forma justa e eficiente de assegurar preços de energia competitivos. (CanalEnergia – 19.01.2024)
Link ExternoFórum Econômico Mundial: Participação do Estado na transição energética preocupa investidores
A presença do Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, não tem gerado grande entusiasmo entre as empresas globais, que ainda não veem um caminho de crescimento acelerado e de longo prazo para o país. A transição energética é um tema efervescente que agrada aos investidores, no entanto, a participação do Estado em atividades produtivas se mostrou um ponto de preocupação. No Brasil, o programa de privatização não faz parte da agenda do atual governo e os programas de desinvestimento foram suspensos. Isso faz com que o país destoe de empresas globais, que não tem costume de ver o Estado e o mundo corporativo em um relacionamento próximo, mesmo aquelas que têm subsidiárias no Brasil. A reforma tributária, por outro lado, foi um tema bem recebido pelas multinacionais, mas a delegação brasileira não levou o tema adiante. Apesar dos conflitos geopolíticos e das incertezas, o Brasil e o México se destacaram nos últimos anos por um crescimento maior do que outros países. (Valor Econômico - 18.01.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Brasil: Montadoras disputam lítio no país
A Volkswagen e a BYD estão competindo pela aquisição da Sigma Lithium, a maior produtora de lítio no Brasil, em busca de matéria-prima para baterias de veículos eletrificados. Localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, a Sigma é reconhecida internacionalmente por fornecer lítio "verde", já beneficiado quimicamente, com zero emissões de carbono e baixo impacto ambiental. Comumente chamado de "petróleo branco", a demanda por lítio é projetada para crescer significativamente, mais de 40 vezes até 2040, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). A competição reflete uma corrida global pelo mineral, apesar de a maioria das reservas estar concentrada em Chile, Bolívia e Argentina, sendo a China responsável por cerca de 90% do processamento global de lítio. A busca pela Sigma destaca o interesse das montadoras na garantia de suprimentos para a crescente indústria de veículos eletrificados. (EpBr – 18.01.2024)
Link ExternoBMW: Investimento de 650 mi euros na fabricação exclusiva de veículos elétricos
A fabricante alemã de automóveis BMW anunciou que passará a produzir somente carros elétricos na megafábrica de Munique – principal unidade fabril da empresa - a partir de 2027. A iniciativa de adaptação contará com investimentos na ordem de € 650 milhões (aproximadamente R$ 3,5 bilhões) e inclui a inauguração de um novo centro de montagem, equipado com áreas logísticas e oficina. Atualmente, metade da produção da empresa é de veículos totalmente elétricos e, segundo o diretor da megafábrica, Peter Weber, a transformação acontecerá enquanto cerca de mil veículos são fabricados por dia. “É possível graças ao excelente desempenho de todos os nossos colaboradores”, declarou. (Energías Renovables – 11.01.2024)
Link ExternoNorthvolt: Crédito verde de 5 bi dólares para avanço da transição energética na Europa
A fabricante sueca de baterias para veículos elétricos Northvolt comunicou que firmou um marco no financiamento da transição energética na Europa. A empresa obteve um empréstimo “sem recurso” – isto é, baseado exclusivamente em fluxos de caixa futuros – no valor de US$ 5 bilhões para expandir a megafábrica Northvolt Ett, que produz cátdos e células, e concluir a fábrica Revolt Ett, que faz a reciclagem de baterias. Ainda, a Revolt Ett, segundo a companhia, recupera os componentes metálicos das baterias com uma pegada de carbono 70% inferior à da atividade de mineração, permitindo a formação de um ciclo inédito na Europa. Além disso, segundo o CEO da Northvolt, Peter Carlsson, a operação é o maior crédito verde da história do continente e, para o chefe do departamento financeiro, Alexander Hartman, ela foi possível graças à conjugação de estudos, colaboração com instituições e estruturas financeiras com foco na sustentabilidade. (Energías Renovables – 18.01.2024)
Link ExternoFrança: Transporte rodoviário de longa distância com baixo carbono é testado
A CEVA Logistics, ENGIE e SANEF, parceiras da European Clean Transport Network Alliance (ECTN), iniciaram um teste de transporte rodoviário de longa distância com baixo carbono em dezembro de 2023, cobrindo 900 km entre Avignon e Lille, na França. O ensaio visa demonstrar o conceito ECTN, que utiliza biogás e um sistema de recarga elétrica em terminais de abastecimento de caminhões. Este método, onde os reboques são desengatados e conectados ao trator do próximo segmento, marca um passo para a descarbonização do transporte rodoviário de longa distância, sem a necessidade de inovações tecnológicas específicas. O conceito proporciona uma solução de transporte de mercadorias em longas distâncias baseada em energias renováveis, atendendo às demandas dos clientes para a descarbonização de seus fluxos e contribuindo para a transição energética. O itinerário de teste entre Avignon e Lille está dividido em 4 segmentos: Avignon – Lyon – Dijon – Sommesous – Lille, permitindo dois trajetos de ida e volta por dia entre as estações de retransmissão. Esse princípio de viagens diárias contribui para melhorar as condições de trabalho dos caminhoneiros, tornando a profissão mais atrativa ao reduzir a distância entre casa e trabalho. (Além da Energia – 29.01.2024)
Link ExternoReino Unido: Caminhões de coleta de lixo elétricos e aquecimento residual de data centers ganham impulso
A empresa Veolia realizou um teste pioneiro de Veículo para Rede (V2G) utilizando seus caminhões de coleta de lixo, permitindo a carga e descarga de 110 kW de energia de veículos bidirecionais. Isso seria suficiente para abastecer 110 residências por mais de duas horas durante os horários de pico da noite. Em uma iniciativa separada, a Octopus Energy está investindo 200 milhões de libras na startup Deep Green para capturar o calor residual dos data centers e fornecer calor gratuito para organizações com alto consumo de energia, como centros de lazer. A Veolia planeja expandir o teste, utilizando veículos de recolha municipal de Westminster para testar a inovação nas ruas. Até 2040, a Veolia planeja eletrificar todos os seus 1.800 veículos de coleta de lixo, visando fornecer cerca de 200 MW de energia flexível diariamente à rede. Os veículos, considerados ideais para Veículo para Rede (V2G), possuem baterias seis vezes maiores que as de carros comuns e ficam estacionados nos horários de pico de consumo de energia. (Smart Energy – 16.01.2024)
Link ExternoChina: projeto BESS de 100 MWh a ser construído na província chinesa de Hubei em 2024
Na província de Hubei, China, está em andamento a construção de um grande projeto de sistema de armazenamento de energia de bateria (BESS) de íons de sódio com capacidade prevista de 50 MW/100 MWh ou 100 MW/200 MWh. O projeto, liderado pela Datang Hubei Energy Development e com um investimento total de 200 milhões de RMB (US$ 27,8 milhões), é destacado em um plano trienal do Governo Municipal de Qianjiang divulgado em novembro de 2023. Se concluído conforme planejado, será o maior BESS online usando tecnologia de íons de sódio, considerada uma alternativa comercialmente mais madura em comparação com íons de lítio. O projeto faz parte dos esforços nacionais para desenvolver projetos de demonstração de armazenamento de energia em grande escala na China. Até o final de 2023, a capacidade de "armazenamento de energia do novo tipo" na China atingiu 31,39 GW, de acordo com estatísticas da Administração Nacional de Energia do país. No ano passado, foram implantados 22,6 GW, sendo que tecnologia de íon de lítio em baterias de armazenamento de energia (BESS) representou 97,4% das novas adições de capacidade. (EnergyStorage – 29.01.2024)
Link ExternoEuropa: Primeiros passaportes de bateria para ônibus elétricos vão ser efetuados
A fabricante de ônibus turca, Temsa, será a primeira a implementar passaportes de bateria, em conformidade com o novo regulamento da UE. Em parceria com o fornecedor de soluções de rastreabilidade blockchain, Minespider, a Temsa busca transparência ao fornecer informações detalhadas sobre as baterias entregues em ônibus ou vendidas separadamente. Os passaportes de bateria tornaram-se obrigatórios para baterias de veículos elétricos e industriais com capacidade superior a 2 kWh, conforme regulamentação vigente desde agosto de 2023, sendo obrigatórios a partir de fevereiro de 2027. A Minespider lançou um passaporte de bateria baseado em blockchain em maio de 2023, e agora está colaborando com a fabricante de ônibus Temsa para implementá-lo. O passaporte de bateria fornece informações técnicas, dados de uso e acesso restrito relacionados à bateria, promovendo a circularidade. O usuário final pode acessar essas informações digitalizando o código de barras na embalagem. (Smart Energy – 04.01.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Itália: Minerais críticos e hidrogênio do Brasil estão na lista de importações estratégicas
A agência de fomento ao comércio exterior da Itália, Sace, está considerando apoiar a compra de minerais críticos e hidrogênio do Brasil, de acordo com a diretora de Negócios Internacionais, Michal Ron. Esses bens fazem parte do programa de "garantia estratégica de importação" da agência, que cobre parte dos empréstimos a fornecedores estrangeiros de matérias-primas e produtos estratégicos para a segurança energética e industrial da Itália. Ron destacou que estão analisando importações do Brasil para a Itália, focando em matérias-primas críticas como terras raras, nióbio e lítio. O programa visa garantir contratos de compras futuros para exportadores brasileiros desses materiais estratégicos com clientes na Itália. Em 2021, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) conseguiu um financiamento de US$ 375 milhões junto à Sace para apoiar o transporte de minério de ferro da CSN Mineração, visando impulsionar negócios com empresas italianas. Atualmente, a prioridade para a Sace é o GNL (Gás Natural Liquefeito), devido à urgência em substituir o gás proveniente da Rússia, que é o segundo maior fornecedor de energia para a Itália. (EpBr – 18.01.2024)
Link ExternoIEA: Projetos de hidrogênio verde devem avançar pouco até 2030
Um relatório publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) avaliou a quantidade de projetos anunciados que envolvem o hidrogênio verde têm probabilidade de avançar. Segundo o estudo, de todos os projetos confirmados nesta década, espera-se que apenas 7% da potência proposta esteja em fase operacional até 2030. Esse ritmo lento seria derivado do aumento dos custos de produção e do baixo impulso às decisões de investimento. Para a reversão desse cenário e atração de investidores, a sugestão é que os projetos teriam de ser amparados por políticas consistentes de apoio à demanda. (CanalEnergia - 12.01.2024)
Link ExternoIEEFA: Programas federais estimulam pouco a produção de hidrogênio verde
Em um painel organizado pelo Clean Energy Group (CEG), uma analista do Instituto de Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA, da sigla em inglês) indicou que programas federais criam pouco incentivo para que as companhias produzam hidrogênio verde. Segundo a analista Anika Juhn, os produtores de hidrogênio podem receber mais incentivos financeiros pela captura de carbono do que pelo crédito tributário da produção de hidrogênio. Isso decorre das diferenças entre dois tipos de crédito: 45V e 45Q. O primeiro – 45V – é um crédito de produção de hidrogênio e qualifica a intensidade da emissão de carbono no hidrogênio produzido. O empecilho atribuído a esse tipo é ter um critério muito elevado para a captura de carbono - cerca de 94% - enquanto a maioria dos projetos em operação captura apenas 70% a 85% do carbono que emitem, o que significa que poucos desfrutam do benefício nessa modalidade. Já o 45Q é um crédito de captura de carbono categorizado por quantidade, sendo mais contemplativo para as diversas plantas de hidrogênio e, mesmo para patamares superiores ao critério do 45V, a remuneração pelo 45Q é maior. (Utility Dive – 19.01.2024)
Link ExternoEUA: Debate sobre os créditos fiscais do hidrogênio chega ao auge
As transmissões televisivas de jogos de futebol nos EUA, de grande audiência, são cruciais para anunciantes, e durante tais eventos, argumentos concorrentes sobre a implementação de créditos fiscais para o hidrogênio de baixo carbono foram apresentados. Este debate, ocorrido durante jogos exibidos na área de Washington DC, reflete a importância do assunto. As regras finais para os créditos fiscais de 45V, introduzidos na Lei de Redução da Inflação de 2022, irão moldar o desenvolvimento da indústria de hidrogênio nos EUA. Empresas e grupos industriais têm opiniões divergentes sobre a implementação, causando incerteza na indústria. O Tesouro propôs orientações em dezembro passado, com apoiantes incluindo Air Products e opositores como o Conselho Americano de Energia Renovável. O período de comentários de 60 dias permitirá que várias entidades expressem suas opiniões, mas a incerteza prolongada é vista como o pior resultado. A Lei de Redução da Inflação estabeleceu créditos fiscais para a produção de hidrogênio em quatro níveis, variando de 60 cêntimos de dólar a 3 dólares por quilograma, com base na intensidade de carbono do processo. (WoodMackenzie – 19.01.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Abradee: Resiliências das redes e digitalização para o enfrentamento das mudanças climáticas
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) dará início a um estudo internacional para analisar os efeitos do clima extremo nas redes de distribuição e subsidiar soluções para ocorrências derivadas das mudanças climáticas. O estudo observa o aumento da resiliência das redes a eventos extremos, melhorias na interação entre as redes e o espaço urbano, e questões sobre a previsibilidade dos eventos climáticos. Além disso, a Abradee está considerando investimentos em automação e digitalização das redes para minimizar os impactos do clima extremo sobre o atendimento, especialmente para o restabelecimento do serviço em áreas remotas e a eliminação de intercorrências. Ainda, a entidade está avaliando uma reorganização das equipes para responder aos eventos extremos. (Valor Econômico - 17.01.2024)
Link ExternoReino Unido: Estudo mostra que a IA pode revolucionar os sistemas de captura de carbono
Um recente estudo da Universidade de Surrey destaca o potencial significativo da inteligência artificial (IA) na melhoria da eficiência e eficácia dos sistemas de captura de carbono. A pesquisa conduzida pela Escola de Química e Engenharia Química do Reino Unido revelou que a integração de IA e ferramentas de aprendizado de máquina em sistemas de captura de carbono resultou em uma captura de 16,7% a mais de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera, enquanto simultaneamente reduzia o consumo de energia da Rede Nacional do Reino Unido em 36,3%. Utilizando uma simulação digital avançada de uma central elétrica movida a carvão com um sistema de captura de carbono aprimorado, os pesquisadores instruíram um sistema de IA para responder às variações nas emissões de CO₂ da central e ajustar suas operações em conformidade. O método de captura de carbono aprimorado simulado envolve a formação de bolhas de gás de combustão através da água contendo calcário, que reage com o CO₂ no gás emitido, produzindo bicarbonato como subproduto inofensivo. (EnergyMonitor – 17.01.2024)
Link ExternoGrã-Bretanha: Conjuntos de dados lançados para projetos líquidos zero
A Energy Systems Catapult lançou a série de conjuntos de dados "Net Zero Data" para apoiar a concepção e implementação de projetos locais de emissões líquidas zero. Esses conjuntos de dados, alinhados com as necessidades de vários tipos de projetos de baixo carbono, abordam temas como locais para energias renováveis, retrofit de edifícios líquidos zero e infraestrutura para veículos elétricos. Desenvolvidos com base em 30 anos de experiência coletiva em modelagem de dados, buscam preencher lacunas em fontes comuns de dados abertos. Os conjuntos de dados "Net Zero Data" foram aplicados, refinados e testados em vários cenários e projetos do mundo real. Um exemplo mencionado envolve a compreensão da linha de base de um sistema energético local antes do planejamento completo da área. Esses conjuntos de dados abrangem regiões de autoridades locais em todo o Reino Unido, utilizando o 'número de referência de propriedade único' padronizado do Ordnance Survey, permitindo sobreposição e integração com conjuntos de dados do usuário. Eles podem ser visualizados em plataformas GIS ou através da parceria com a Advanced Infrastructure Technology por meio de sua plataforma LAEP+ de planejamento e modelagem baseada em gêmeo digital. Além disso, os conjuntos de dados são continuamente atualizados, com muitos sendo relatados diariamente. (Smart Energy – 24.01.2024)
Link ExternoEspanha: Flexidao dimensiona globalmente o rastreamento de energia livre de carbono do Google
A empresa de soluções digitais Flexidao, com sede em Barcelona, está colaborando com o Google para rastrear e validar seu portfólio global de energia livre de carbono. A parceria utiliza certificados de atributos de energia baseados no tempo para validar a meta do Google de alcançar o uso de energia livre de carbono 24 horas por dia, 7 dias por semana até 2030. O projeto foi iniciado em 2021 com um piloto na Dinamarca, Irlanda e Países Baixos, utilizando a plataforma de recolha e agregação de dados do Inventário CFE da Flexidao para acesso automático a dados de medição horária sobre consumo e produção de eletricidade. Com base nos resultados do piloto na Dinamarca, Irlanda e Países Baixos, a Flexidao expandiu sua colaboração com o Google para abranger toda a região EMEA e está agora ampliando globalmente para incluir América do Norte, América Latina e Ásia-Pacífico. Nesse contexto, a empresa está simplificando a coleta de dados, identificando fontes de eletricidade de centros de dados nacionais, serviços públicos e operadores de rede. Além disso, a Flexidao está integrando-se ao data warehouse BigQuery do Google para melhorar a coleta de dados e colaborando com o Electricity Maps para incorporar fatores de emissão por hora no software. Essas iniciativas apoiam a meta do Google de alcançar energia livre de carbono 24/7 até 2030. (Smart Energy – 29.01.2024)
Link ExternoEstados Unidos: NYPA busca drones guiados por campos eletromagnéticos de linhas de energia
A startup Manifold Robotics, em colaboração com a New York Power Authority (NYPA), concluiu o desenvolvimento de tecnologias de detecção e algoritmos de software para permitir que drones utilizem campos eletromagnéticos (EMF) emitidos por linhas de transmissão de energia para navegação. O projeto, iniciado em 2020 com financiamento parcial da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Energético do Estado de Nova York (NYSERDA), visa facilitar inspeções de infraestruturas, superando desafios como avaliação visual da distância em voos próximos às linhas de transmissão e regulamentações para voos além da linha de visão visual. A Manifold Robotics afirma que seus drones (UAS) podem detectar campos eletromagnéticos emitidos por linhas de transmissão, permitindo a detecção da presença das linhas e estimativa de distância, com o objetivo de evitar colisões automatizadas ou rastrear as linhas. O desenvolvimento do produto envolveu a criação de sensores de campo elétrico e magnético com ampla sensibilidade, superando as restrições de tamanho e peso dos pequenos UAS. Algoritmos de software foram desenvolvidos para analisar dados EMF em voo e enviar comandos ao UAS para evitar colisões ou rastrear autonomamente as linhas. (Smart Energy – 11.01.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
JRC: Transição energética traz exigências para o mercado de trabalho
Um relatório publicado pelo Centro Comum de Pesquisa (JRC, na sigla em inglês) da Comissão Europeia abordou a questão de se as mudanças no mercado trabalho são ou não são consistentes com a transição energética. De maneira preliminar, é apontado que indústria vive um momento de escassez de mão de obra e que a transição energética vai pressionar esse cenário pois vai acelerar a demanda por trabalhadores. A previsão é que a transformação e a expansão da capacidade manufatureira na União Europeia exijam mais de um milhão de novos empregos até 2030. Dessa forma, para o sucesso da transição, será preciso um bom gerenciamento das mudanças estruturais do trabalho e investimentos em capacitação. Além disso, os cargos e carreiras precisarão ser atraentes para um grupo grande e diversos de pessoas, tendo em vista a atenuação das desigualdades remanescentes e a substituição da força de trabalho que está sendo aposentada. (Comissão Europeia – 16.01.2024)
Link ExternoIberdola/Economist Impact: Carência de “green skills” pode atrasar a transição
Um relatório preparado pela Economist Impact em conjunto com a espanhola Iberdrola aponta que os líderes de negócios estão fracassando em promover e desenvolver “green skills” e que isso é um problema grave diante da transição para uma economia de baixo carbono. Segundo a publicação, esse conjunto de habilidades consiste em: “conhecimento, competências, valores e atributos necessários para desenvolver e apoiar uma sociedade sustentável, de baixo carbono e eficiente com seus recursos” e a carência delas é um obstáculo para o desenvolvimento de indústrias verdes. Dos mil empresários entrevistados, apenas 55% realizam – ou planejam realizar – esse tipo de treinamento com os funcionários, e muitos esperam a contribuição do governo para essa finalidade. Apesar desse hiato na implementação, a maioria dos entrevistados vê mais oportunidades do que desafios na transição. (Reuters – 16.01.2024)
Link ExternoFórum Econômico Mundial: Transição equitativa comanda investimentos em economias emergentes
O Fórum Econômico Mundial publicou um relatório para guiar políticos e executivos do setor de energia rumo a uma transição energética igualitária e inclusiva, especialmente nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento (EMDEs, da sigla em inglês). Apesar dos investimentos em energias renováveis serem abundantes, o grupo dos EMDEs – excluindo a China - corresponde, atualmente, a menos de um quinto desse total. Segundo o levantamento, esse patamar de investimento – aproximadamente US$ 770 bilhões – precisa ao menos triplicar, de modo a chegar a US$ 2,2 a US$ 2,8 trilhões em 2030. A destinação de recursos para os EMDEs consiste em suprimir fatores que dificultam o investimento, como incerteza política e regulatória. Ainda, como reforço para a chamada de atenção para o sul global, foi apontado que o custo evitar a emissão de uma tonelada de CO2 nos EMDEs é metade daquele para as economias avançadas. Os resultados do estudo revelam que negligenciar os critérios de equidade e a dimensão global podem atrasar significativamente a transformação. (World Economic Forum – 17.01.2024)
Link ExternoJapão: Terremoto levanta preocupações sobre a reinicialização das usinas nucleares do país
Um terremoto de magnitude 7,6 na costa oeste do Japão em 1º de janeiro levantou preocupações sobre a retomada das operações nucleares no país. Poucos dias antes, os reguladores japoneses haviam suspendido uma proibição de dois anos nas operações da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, operada pela Tepco. Embora a usina esteja desligada desde 2012, a Tepco, que também operava a usina de Fukushima, foi proibida, em 2021, de transportar novo combustível de urânio para Kashiwazaki-Kariwa, visando evitar a reinicialização dos reatores. Após o terremoto, a Tepco relatou vazamento de água radioativa de dois reservatórios na usina, embora tenha afirmado que os níveis de radiação estavam dentro da normalidade. A central nuclear de Shika, operada pela Hokuriku Electric e localizada a 65 km do epicentro do terremoto de 7,6 no Japão, também registrou vazamentos de reservatórios de combustível nuclear irradiado e fugas de petróleo. Após o desastre nuclear de Fukushima em março de 2011, houve um forte impulso público e político para a redução gradual das centrais nucleares no país. No entanto, devido a crises energéticas e aumento nos preços da energia, o Japão reiniciou reatores inativos ao longo dos anos. (EnergyMonitor – 05.01.2024)
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WEF 2024: Discussão sobre riscos e estratégias para lidar com mudanças climáticas
O Fórum Económico Mundial (WEF) de 2024 em Davos, Suíça, reuniu cerca de três mil participantes, incluindo líderes de estado, representantes do setor corporativo, acadêmicos e membros da sociedade civil. O evento destacou temas cruciais, como os impactos econômicos e sociais decorrentes de conflitos geopolíticos, especialmente nas questões energéticas, e os riscos relacionados à saúde e segurança. A segurança energética e alimentar foram identificadas como áreas de preocupação, devido à rapidez das mudanças climáticas e aos reflexos de desacordos políticos que afetam várias nações. No World Economic Forum (WEF) 2024 em Davos, as principais preocupações dos participantes incluíram o aumento de doenças devido a inundações, questões sanitárias associadas, risco de desnutrição devido à seca e danos causados às cidades e infraestruturas devido às mudanças climáticas. Um documento intitulado "Quantificando os impactos da mudança climática na saúde" detalha esses riscos, prevendo até 2050 mais 14,5 milhões de mortes e uma perda econômica global de US$ 12,5 trilhões devido às alterações climáticas. Os participantes enfatizaram a urgência da transição energética para evitar a constância desses riscos, destacando a necessidade de comunicar a verdadeira urgência da situação. (Além da Energia – 19.01.2024)
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