O Projeto de Hidrogênio do Centro de Energia Lodi da Agência de Energia do Norte da Califórnia (NCPA) recebeu financiamento de US$ 1,2 bilhão da Califórnia e se tornará um hub regional de hidrogênio limpo. O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa GHD e com a Alliance for Renewable Clean Hydrogen Energy Systems (ARCHES), uma parceria público-privada, para estabelecer um centro de hidrogênio limpo sustentável em todo o estado da Califórnia. O projeto da NCPA envolve fornecimento de energia com baixo teor de carbono, reutilização de água reciclada e criação de empregos de alta tecnologia, contribuindo para os objetivos de neutralidade de carbono da Califórnia. Os centros regionais receberão financiamento significativo do governo e têm o potencial de criar muitos empregos, incluindo na construção. (HydrogenCentral – 27.10.2023)  

A equipe econômica quer separar os benefícios tributários do projeto que tramita na Câmara sobre hidrogênio verde. Uma nota técnica elaborada pelo Ministério da Fazenda, à qual o Broadcast Político teve acesso, recomendou ao deputado Bacelar (PV-BA) fazer uma divisão do projeto de lei sobre produção de hidrogênio com baixa emissão de carbono em duas partes: uma sobre a regulação em si, que tramitaria primeiro, e a outra sobre os incentivos tributários a serem concedidos às empresas produtoras. A votação do texto, prevista inicialmente para esta semana, foi adiada para a próxima terça-feira, 7, em meio ao impasse entre a equipe econômica e o relator. (Broadcast Energia - 31.10.2023). 

O Ministério da Fazenda se opôs à sugestão feita pelo deputado Bacelar (PV-BA) de criar um regime especial de incentivos tributários à produção de hidrogênio com baixa emissão de carbono, atrasando o avanço da matéria relatada pelo parlamentar na Câmara. A proposta foi incluída no primeiro parecer apresentado à Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio da Casa. Em meio à resistência da equipe econômica, um segundo documento foi elaborado e deverá ser protocolado após reunião com técnicos do governo. A votação do relatório, prevista inicialmente para amanhã, deve ser adiada. O projeto tem foco no hidrogênio verde, uma das formas de se gerar energia de forma mais sustentável, com baixa emissão de carbono. (Broadcast Energia - 30.10.2023) 

A Hyphen Hydrogen Energy (HHF) e o Banco de Desenvolvimento da África Austral (DBSA) anunciam planos para entrar num mecanismo de financiamento a ser utilizado para progredir no desenvolvimento do projeto de hidrogênio verde da Hyphen. O Mecanismo de Preparação de Projetos do DBSA irá para o financiamento parcial de fluxos de trabalho de engenharia, desenvolvimento ambiental e socioeconômico no processo de desenvolvimento do projeto até a decisão final de investimento. O projeto terá um investimento total de US$ 10 milhões e produzirá 2 milhões de toneladas de amônia verde (Solar Quarter - 30.10.2023)

O Appalachian Regional Clean Hydrogen Hub (ARCH2) foi selecionado como um dos sete hubs de hidrogênio limpo para receber financiamento do governo dos Estados Unidos por meio da Bipartisan Infrastructure Investment and Jobs Act. Este hub, que pode receber até US$ 925 milhões em financiamento federal e até US$ 6 bilhões em investimento privado correspondente, está projetado para criar até 20.000 empregos. O ARCH2 aproveitará o amplo acesso da região ao gás natural de baixo custo para produzir hidrogênio limpo de baixo custo e armazenar de forma permanente e segura o emissões de carbono associadas. A localização estratégica deste Centro de Hidrogénio e o desenvolvimento de gasodutos de hidrogénio, múltiplas estações de abastecimento de hidrogénio e armazenamento permanente de CO2 também têm o potencial de reduzir o custo da distribuição e armazenamento de hidrogénio. (Fuel Cell Works - 16.10.2023)  

O Departamento de Energia dos EUA concedeu até US$ 1 bilhão ao Laboratório Nacional Argonne e seus mais de 70 parceiros para lançar o Midwest Alliance for Clean Hydrogen (MachH2), um hub regional de hidrogênio limpo. Este hub será parte de uma rede nacional de hidrogênio limpo e tem como objetivo acelerar a produção e uso de hidrogênio limpo para reduzir as emissões de CO2 em setores difíceis de descarbonizar, como aço, amônia, refino de petróleo e transporte. O projeto pretende criar 13.600 empregos diretos e contribuir para uma economia do hidrogênio limpo no meio-oeste dos Estados Unidos. A iniciativa é uma das sete Hubs Regionais de Hidrogênio Limpo concedidas pelo DOE para avançar na adoção do hidrogênio limpo. (Argonne - 16.10.2023) 

ABO Wind encomendou dois sistemas de eletrólise do fabricante FEST para o seu primeiro projeto de hidrogênio. Localizado em Hünfeld, Alemanha, o projeto envolve uma turbina eólica, produção de hidrogênio e um posto de abastecimento de hidrogênio. Este projeto é financiado pelo Ministério Federal de Assuntos Digitais e Transportes como parte do Programa Nacional de Inovação em Tecnologia de Hidrogênio e Células a Combustível, com um total de cerca de 12 milhões de euros. A fase de construção está programada para começar em fevereiro de 2024, com a operação completa prevista para o final de 2024. ABO Wind também planeja disponibilizar hidrogênio para outros usuários, incluindo estações de abastecimento de hidrogênio sem produção própria, tornando o local de Michelsrombach um centro regional de distribuição de hidrogênio. (ABO Wind - 16.10.2023) 

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) do Ceará aprovou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado pela Fortescue para implantação de uma planta para produção de hidrogênio verde (H2V), no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Segundo a mineradora australiana, a unidade tem capacidade final de produção de 837 toneladas por dia (tpd) de hidrogênio verde, cuja produção será baseada no consumo de 2,1 gigawatts (GW) de eletricidade renovável. A previsão é que a implantação se dê em duas fases. Foram abordadas questões como a conservação de ecossistemas, fauna e flora da região, a gestão de recursos hídricos, o impacto nas comunidades locais e medidas de mitigação necessárias, informou a empresa. (Broadcast Energia - 27.10.2023) 

A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e a Tenaska firmam um acordo para desenvolver projetos de hidrogênio verde nos Estados Unidos. Este acordo visa acelerar o desenvolvimento de projetos greenfield de hidrogênio verde em escala gigawatt para atender à demanda local e global por hidrogênio verde, amônia, metanol, combustível sustentável de aviação e outros combustíveis limpos nos principais mercados de hidrogênio dos EUA. A parceria combina a expertise da CIP em investimentos em energia renovável e hidrogênio verde com a experiência da Tenaska em gestão de energia e desenvolvimento de projetos, visando impulsionar o desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde nos Estados Unidos. Além disso, a Tenaska está trabalhando em projetos de sequestro de carbono e possui um portfólio de projetos solares, eólicos e de armazenamento de energia, enquanto a CIP é uma das maiores gestoras de fundos dedicadas a investimentos greenfield em energia renovável no mundo. (HydrogenCentral – 27.10.2023) 

Jacques Pironon e Phillipe De Donato, ambos diretores de pesquisa no Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, estavam avaliando a quantidade de metano nos subsolos da bacia carbonífera de Lorraine. A 1.250 metros de profundidade, eles encontraram uma alta concentração de 20% de hidrogênio: eles possivelmente descobriram um grande reservatório abaixo da superfície. As informações são de reportagem da CNN. Eles fizeram cálculos e estimaram que o depósito poderia conter entre 6 milhões e 250 milhões de toneladas métricas de hidrogênio, o que poderia tornar o local um dos maiores depósitos de “hidrogênio branco” já descobertos, disse Pironon. A descoberta ajudou a impulsionar um interesse já ascendente no gás. O hidrogênio branco é produzido naturalmente ou presente na crosta terrestre. Quando queimado, o hidrogênio produz apenas água, tornando-o muito atraente como uma potencial fonte de energia limpa para indústrias, como aviação, navegação e produção de aço. (O Estadão - 31.10.2023). 

A Holanda iniciou a construção de um gasoduto de hidrogênio com 1.200 km de extensão, no valor de 1,5 mil milhões de euros, como parte de um esforço mais amplo na Europa para reduzir a dependência do gás natural. A primeira seção do gasoduto, que cobre cerca de 30 km desde Maasvlakte, próximo ao porto de Roterdã, até a refinaria de gás em Pernis, operada pela Shell, tem previsão de inauguração em 2025, com um custo de 100 milhões de euros. A partir de 2030, uma extensa rede de 1.200 km de gasodutos de hidrogênio irá interligar terminais de importação e instalações de produção de hidrogênio aos principais clusters industriais na Holanda, Alemanha e Bélgica, com grande parte da infraestrutura composta por gasodutos reaproveitados. Embora em 2022 o hidrogênio representasse menos de 2% do consumo de energia na Europa, a União Europeia planeja produzir e importar 20 milhões de toneladas de hidrogénio renovável por ano até 2030, reconhecendo-o como componente crucial do futuro mix energético, visando substituir o gás natural e alimentar veículos e geração de eletricidade. (HidrogenCentral - 01.11.2023) 

A GRTgaz, principal operadora de transmissão de gás da França, e o Groupe ADP, líder mundial na indústria aeroportuária, estão conduzindo um estudo conjunto para definir as condições de transporte de hidrogênio para os aeroportos de Paris-Charles de Gaulle e Paris-Orly. Este estudo tem como objetivo preparar os aeroportos para a chegada de aeronaves movidas a hidrogênio, contribuindo para a neutralidade de carbono no transporte aéreo. A parceria visa avaliar as cadeias de abastecimento de hidrogênio, incluindo o transporte por dutos, a liquefação e o armazenamento, para viabilizar o uso em larga escala de hidrogênio como fonte de energia limpa nos aeroportos de Paris e apoiar a emergência de uma indústria de hidrogênio francesa. (GroupADP - 18.10.2023) 

A Vortex Energy Corp. obteve a aprovação para seu pedido de exploração no Projeto Robinsons River Salt de 23.500 hectares. O pedido foi apresentado em agosto de 2023 e aprovado pelo Departamento de Indústria, Energia e Tecnologia de Newfoundland e Labrador. O projeto envolve a perfuração de dois poços com núcleo de diamante para confirmar a profundidade das estruturas de sal e propriedades geológicas. A RESPEC Consulting Inc. liderará o projeto e fornecerá amostras de núcleo para testes de hidrogênio em parceria com a Universidade de Alberta. A Vortex Energy Corp. está empenhada em cumprir os padrões ambientais e de segurança, colaborando com a comunidade local e agências governamentais. A exploração visa a futura utilização de cavernas de sal para armazenamento de hidrogênio, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia limpa. (Hydrogen Central - 18.10.2023) 

A MAN Energy Solutions está liderando o projeto 'HydroPoLEn' em parceria com líderes da indústria e institutos de pesquisa para desenvolver conceitos de motores para motores de média velocidade movidos a hidrogênio no setor marítimo. O projeto é apoiado e financiado pelo Ministério Federal de Economia e Ação Climática da Alemanha e visa transformar sistemas de propulsão na navegação, desenvolvendo tecnologias-chave como injeção, ignição e sistemas tribológicos avançados. Além disso, o projeto pretende desenvolver um conceito para a integração de unidades de energia e armazenamento de combustível como um único sistema. O projeto visa melhorar a eficiência e a sustentabilidade dos motores a hidrogênio no setor marítimo. (MAN Energies - 16.10.2023) 

A empresa sul-coreana de fabricação de aço POSCO e a geradora de energia francesa ENGIE realizarão um estudo de pré-viabilidade para um projeto de hidrogênio renovável no Pilbara. O estudo determinará a viabilidade de usar hidrogênio renovável para alimentar a planta proposta de ferro briquetado a quente (HBI) da POSCO em Port Hedland. O HBI é uma forma premium de ferro reduzido diretamente que acrescentará valor à cadeia de suprimento de minério de ferro do Pilbara antes de ser exportado. O estudo apoiará planos de desenvolvimento de locais de energia renovável, incluindo geração eólica e solar, eletrólise de hidrogênio, capacidade de armazenamento em grande escala e um gasoduto capaz de transportar hidrogênio verde. O estudo deve ser concluído no início de 2024. O uso de hidrogênio renovável na planta proposta reduzirá significativamente as emissões globais que ela cria e produzirá ferro verde. (Renewables NOW - 16.10.2023) 

A ArcelorMittal Tubarão e a EDP assinaram um memorando de entendimento para avaliar a viabilidade de uma planta-piloto de produção de hidrogênio verde para uso na fabricação de aço. A iniciativa está alinhada com o objetivo da ArcelorMittal de se tornar neutra em carbono até 2050. O CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, vê a parceria como parte das iniciativas da empresa para liderar a transição energética com investimentos em fontes renováveis. A instalação da planta-piloto será decidida com base nos resultados do estudo. (Valor Econômico - 26.10.2023). 

Trazido pela Qair, o barco experimental Energy Observer, chega ao Brasil em novembro, com uma parada em Fortaleza (CE). A parada faz parte de uma odisseia mundial que teve início em 2017, partindo de Saint-Malo, na França. A embarcação ficará ancorada no mar cearense por cerca de duas semanas, sendo esta, a 83ª escala de sua jornada de oito anos ao redor do mundo. A embarcação estará atracada no Marina Park Hotel, entre os dias 16 e 24 de novembro, em evento organizado pela Qair, que conta com o apoio do Governo do Estado do Ceará, da Prefeitura de Fortaleza, da empresa cearense CSI e de outras e empresas patrocinadores do Projeto Energy Observer, como a Air Liquide, Toyota e Grupo Accor. (CanalEnergia – 26.10.2023). 

A Siemens Energy, em colaboração com o consórcio HYFLEXPOWER, realizou uma série de testes bem-sucedidos operando uma turbina a gás com 100% de hidrogênio renovável. O projeto HYFLEXPOWER, instalado no local da Smurfit Kappa, líder mundial em embalagens de papel, em Saillat-sur-Vienne, França, envolve a produção, armazenamento e reeletrificação de hidrogênio renovável. O hidrogênio é produzido por meio de um eletrolisador de 1 MW no local, armazenado em um tanque de quase uma tonelada e usado para alimentar uma turbina a gás industrial Siemens Energy SGT-400. Os testes iniciais permitiram que a turbina a gás industrial operasse com uma mistura de 30% de hidrogênio e gás natural. Agora, o demonstrador demonstrou que as turbinas com tecnologia de baixas emissões a seco podem ser alimentadas com até 100% de hidrogênio, bem como com gás natural e qualquer mistura intermediária. O projeto planeja expandir a operação para a produção de calor industrial e modos operacionais adicionais. (Siemens Energy - 16.10.2023) 

A Marcopolo, empresa brasileira, fez parceria com a Allenbus, da China, para produzir ônibus movidos a hidrogênio. Esses veículos funcionam como elétricos, mas a energia usada para carregar as baterias é produzida por uma célula a combustível, que combina oxigênio com hidrogênio armazenado em cilindros de alta pressão. A vantagem do hidrogênio é a maior autonomia e carregamento mais rápido, embora o custo ainda seja alto devido à complexidade do manuseio e à necessidade de transporte do hidrogênio em alta pressão. A versão do produto fabricada na China e homologada para a Europa pode percorrer mais de 500 quilômetros com quatro cilindros e até 900 quilômetros com seis cilindros.( Valor Econômico - 27.10.2023). 

A Statkraft, maior produtora de energia renovável da Europa, se juntou à Aker Horizons como parceira em um projeto de hidrogênio verde e amônia de grande escala em Narvik, Noruega. O projeto, que está sendo desenvolvido em Kvandal, Narvik, tem uma capacidade planejada de até 600 MW e será uma das primeiras instalações em grande escala de amônia verde na Europa, com uma produção esperada de 1.000 a 1.500 toneladas por dia. O projeto tem como objetivo tomar uma decisão de investimento final em 2025 e planeja iniciar as operações comerciais em 2028. As empresas formarão uma empresa conjunta, Narvik Green Ammonia DA, para desenvolver e amadurecer o projeto. (Statkraft - 18.10.2023) 

O armazenamento de hidrogênio do HYBRIT foi testado comercialmente no mercado de eletricidade e obteve excelentes resultados, reduzindo significativamente os custos de produção de hidrogênio, entre 25% e 40%. O HYBRIT é uma colaboração entre as empresas SSAB, LKAB e Vattenfall, iniciada em 2016, com o objetivo de produzir hidrogênio livre de emissões de carbono, que é fundamental para a produção de aço livre de emissões. O armazenamento de hidrogênio foi usado especificamente no mercado de eletricidade por cerca de um mês, produzindo hidrogênio com eletricidade livre de emissões de carbono a preços variáveis no mercado. Os resultados foram muito positivos, mesmo durante um período de baixa variação de preços. Isso significa que o custo variável de produção de hidrogênio foi significativamente reduzido. (Vattenfall - 18.10.2023) 

A TECO 2030 e a Yokogawa Electric estabeleceram uma parceria e acordo de investimento para desenvolver tecnologia de células a combustível de hidrogênio em aplicações industriais. A Yokogawa investiu na TECO 2030 adquirindo ações em tesouraria, permitindo a colaboração nas tecnologias de células a combustível e a exploração de oportunidades em energia distribuída nos setores de transporte marítimo e industrial. A TECO 2030 já trabalha no desenvolvimento de células a combustível em Narvik, Noruega, enquanto a Yokogawa contribuirá com sua experiência em medição, controle e informação nas indústrias de energia e química. As empresas visam otimizar o funcionamento de células a combustível e explorar o uso como recursos energéticos distribuídos em indústrias com necessidades de descarbonização. A TECO 2030 planeja expandir sua capacidade de produção em Narvik, almejando 400 MW até 2025 e 1,6 GW até 2030. Em maio de 2023, a empresa anunciou a produção de uma pilha de células de combustível de 100 kW em seu centro de inovação para aplicações marítimas, pesadas e móveis movidas a hidrogênio. (H2View - 01.11.2023) 

Foram aprovados planos para incluir uma estação de abastecimento de hidrogênio na reconstrução de um local à beira da estrada em Bradford, no Reino Unido. Inicialmente destinado a abastecer veículos elétricos e a gasolina, a proposta foi alterada para incluir baias de reabastecimento de hidrogênio. Isso permitirá que veículos pesados de mercadorias abastecidos com hidrogênio utilizem uma das principais rotas na região. Os planos foram aprovados pelas autoridades de planejamento, que consideraram a proposta adequada para o local e benéfica para a segurança rodoviária. A proposta é considerada uma forma adequada de desenvolvimento para este local de destaque numa das principais vias de entrada e saída da cidade. (HidrogenCentral - 01.11.2023) 

A startup britânica Electrogenos, sediada em Oxfordshire, anunciou que sua tecnologia de eletrolisador alcalino atingiu uma eficiência de tensão de 89% com menos de 3% de degradação. Durante testes, seus eletrodos mantiveram densidades de corrente abaixo de 1,7 V, representando 89% de eficiência de tensão, e quando aumentados para 1,8 V, alcançaram densidades superiores a 8.000 A/m². A empresa afirma que seus eletrodos também mostraram resistência à degradação e envenenamento por cromo e ferro. Com planos de concluir os testes de pilhas e células até 2024, a Electrogenos busca estabelecer uma fábrica piloto para comercializar eletrolisadores de classe megawatt até 2025, visando reduzir o custo da produção de hidrogênio verde abaixo de US$ 1 por quilo. A startup está arrecadando fundos e planeja fábricas de pilhas com capacidade de produção de 200 MW para alcançar economias de escala. A eletrólise alcalina, embora menos eficiente do que outras tecnologias, oferece estabilidade a longo prazo e custos relativamente baixos. (H2View - 01.11.2023) 

A Universal Hydrogen realizou com sucesso um teste em sua aeronave de teste ATR-72, demonstrando o carregamento e descarregamento de cápsulas modulares de armazenamento de hidrogênio no Aeroporto Toulouse Blagnac, na França. O teste simulou um procedimento de retorno e mostrou a capacidade de transportar hidrogênio nas cápsulas, aproveitando as redes de transporte existentes, evitando a necessidade de construção de novos gasodutos, instalações de armazenamento e caminhões de combustível dispendiosos. Além disso, a Universal Hydrogen apresentou sua solução de logística de abastecimento em desenvolvimento, o H2AmpCart™, que funciona como um carregador de bateria móvel alimentado por célula a combustível de hidrogênio para equipamentos elétricos de apoio em terra em aeroportos, com o objetivo de reduzir os investimentos em infraestrutura aeroportuária. A Universal Hydrogen revela que seus módulos de hidrogênio H2AmpCart são carregados com hidrogênio verde no aeroporto e depois transferidos para a área terrestre do aeroporto usando infraestrutura de frete intermodal existente. Esses módulos são posteriormente carregados em um trailer para transporte eficiente no lado ar do aeroporto, facilitando o fornecimento de energia para equipamentos elétricos de apoio em terra (eGSEs) durante as operações aeroportuárias. O H2AmpCart, conectado ao trailer, visa otimizar as operações de GSE e minimizar o tempo de inatividade. (H2View - 01.11.2023) 

A SPIE, uma empresa europeia líder em serviços multitécnicos nas áreas de energia e comunicações, criou um sistema de fornecimento de hidrogénio para um projeto piloto de produção de tiras de aço a frio neutras em carbono para o BILSTEIN GROUP em Hagen, Alemanha. Neste projeto piloto, cerca de 100 toneladas de tiras de aço a frio passaram por um tratamento térmico neutro em carbono. O objetivo do BILSTEIN GROUP é substituir o gás natural por hidrogênio em processos intensivos em energia, como o tratamento térmico, na produção de tiras de aço laminadas a frio. A SPIE instalou um sistema de fornecimento de hidrogênio para uma manta de aquecimento completa, com onze queimadores e uma potência térmica total de 1.800 quilowatts. A SPIE concluiu o desenvolvimento do equipamento em apenas dois meses (HydrogenCentral - 01.11.2023). 

Um novo projeto do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e do Grupo de Pesquisa em Bioenergia (GBio), do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP), vai estimar o potencial que o setor sucroalcooleiro apresenta para a produção de hidrogênio no país. Os pesquisadores vão analisar os dados de todas as usinas de etanol no Brasil – há 358 de cana-de-açúcar e 21 de milho, segundo números atualizados em dezembro de 2022 – para calcular a quantidade de H2 que poderiam produzir com vistas a um futuro combustível sustentável para a aviação, como explica a engenharia química Suani Teixeira Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Energia da USP e coordenadora do projeto, ao lado do botânico Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da USP: “O hidrogênio tem aparecido cada vez mais como vetor energético importante para a descarbonização de diferentes setores, incluindo o da aviação. O mais divulgado é o hidrogênio produzido a partir da eletrólise da água usando-se energia solar ou eólica, mas há também as rotas desenvolvidas a partir da biomassa, que são bastante competitivas.” (Petronotícias - 25.10.2023). 

O evento acontecerá nos dias 7 e 8 de dezembro de 2023. O foco será encontrar o equilíbrio entre o enorme potencial de hidrogênio verde na região da Ásia-Pacífico e as necessidades práticas das economias locais, levando em consideração a acessibilidade, disponibilidade e preço acessível. Serão abordados temas como o caso de negócio para o hidrogênio na Malásia e Ásia-Pacífico, estudos de caso de mobilidade em Hong Kong, oportunidades na região, e iniciativas para impulsionar células a combustível e oportunidades de H2. Além disso, serão discutidos temas como microrredes, centros de hidrogênio, eletrólise em grande escala, mobilidade e infraestrutura de reabastecimento. A sessão final reunirá especialistas para discutir os próximos passos na região da APAC em relação ao hidrogênio. (H2View - novembro de 2023) 

A 3º edição do Fórum e Feira Internacional do Hidrogênio será realizada junto ao principal evento de geração de energia com fontes limpas e renováveis em toda a América Latina. O 8º CBGD & EXPOGD South América são a vitrine perfeita, para reunir os principais players e especialistas em busca de parcerias e geração de negócios. Venha conosco impulsionar a inserção do hidrogênio renovável. O evento será realizado em Belo Horizonte nos dias 16 e 17 de novembro (Fórum de Hidrogênio - Novembro de 2023)

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Geoberto Espírito Santo (engenheiro na GES Consultoria, Engenharia e Serviços) trata do hidrogênio verde como uma nova fronteira para o combate ao aquecimento global. Ele discute a produção de hidrogênio a partir de várias fontes, incluindo gás natural, metano, biomassa, etanol, nuclear e resíduos, e a necessidade de regulamentação para evitar alegações enganosas sobre a sustentabilidade dessas fontes. O autor também destaca o potencial do Brasil para se tornar um líder na produção de hidrogênio verde devido à sua abundância de energia solar e eólica. No entanto, ele ressalta que o custo da produção de hidrogênio ainda é um desafio significativo. (GESEL-IE-UFRJ – 06.11.2023) 

O relatório publicado pelo Hydrogen Council detalha os benefícios de se incorporar o hidrogênio ao sistema energético. Segundo o estudo, além de reduzir as emissões dos setores hard-to-abate, o hidrogênio irá aumentar a flexibilidade dos sistemas energéticos e reduzir o custo da descarbonização. O relatório também aponta que a infraestrutura de rede e regras sensatas de concessão de mercado são facilitadoras essenciais para a descarbonização utilizando hidrogênio (Hydrogen Council - 18.10.2023). 

À medida que o mundo corre para descarbonizar os seus sistemas energéticos, a escolha entre transmitir energia verde como elétrons através de linhas de corrente contínua de alta tensão (HVDC) ou como moléculas através de gasodutos de hidrogênio surge como uma decisão crítica. O estudo publicado pelo Oxford Institute for Energy Studies (OIES) considera esta escolha fundamental e compara as características técnico-econômicas destas duas tecnologias de transmissão. Os gasodutos de hidrogênio oferecem a vantagem de transportar maiores volumes de energia, mas os projetos existentes são ofuscados pelas vastas redes de linhas de transmissão HVDC. Os defensores dos gasodutos de hidrogênio vêem potencial na expansão destas redes, capitalizando as semelhanças físicas do hidrogênio com o gás natural e o potencial de poupança de custos. No entanto, as características únicas do hidrogênio, tais como o seu pequeno tamanho molecular e os requisitos de compressão, apresentam desafios de construção. Por outro lado, as linhas HVDC, embora menos volumosas, são excelentes na transmissão eficiente de elétrons verdes por longas distâncias. O relatório destaca que as tecnologias não devem ser consideradas como concorrentes e sim como complementares.No cenário energético emergente, serão componentes integrantes de um sistema complexo. (OIES - 02.11.2023). 

A utilização do hidrogênio como fonte de aquecimento residencial tem se tornado um tema controverso na indústria energética. Apesar de não ser uma preocupação isolada, o caso do Reino Unido ilustra a complexidade do debate, indo além de questões técnicas e financeiras. A proposta de utilizar hidrogênio para o aquecimento é vista como uma maneira de realizar uma transição suave dos sistemas de aquecimento a gás natural para uma opção de zero emissões. O Reino Unido, em particular, poderia se beneficiar significativamente desse método, uma vez que cerca de 88% das habitações inglesas possuem um sistema de aquecimento a gás. Além disso, a necessidade de encontrar alternativas ao gás natural está em crescente demanda, alinhada com a meta do Reino Unido de atingir a neutralidade de carbono até 2050, visto que o setor de aquecimento representa quase um terço da pegada de carbono anual do país, sendo responsável por 17% das emissões provenientes do aquecimento de edifícios residenciais. (H2 View - 03.11.2023)