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A contração da economia e a queda na demanda devem impactar a contratação de energia no leilão A-1, segundo especialistas ouvidos pela Agência CanalEnergia. O certame inicialmente ocorreria no dia 19 de novembro, mas passou para o dia 11 de dezembro. Junto com o adiamento, houve a prorrogação de prazos importantes, como o da entrega da declaração de necessidade pelas distribuidoras, que passou para o dia 5 de novembro, e também da documentação dos geradores interessados em participar do leilão. Com um prazo maior, as distribuidoras tem mais tempo para avaliar o mercado e ver qual será sua real necessidade de compra no certame. Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, comenta que a probabilidade do leilão ter pouca contratação é muito alta, mesmo para os produtos com prazo mais longo. “Estão entrando plantas eólicas, hidrelétricas, que foram previstas quando o crescimento da demanda era alto e agora essa demanda que foi estimada não está se realizando. As distribuidoras podem estar sobrecontratadas e esse leilão A-1 pode não ter um nível de contratação muito alto”, avaliou. O leilão A-1 vai aceitar propostas para quatro produtos: Quantidade, que vai ter início de suprimento em 1º de janeiro de 2016 e vai até 31 de dezembro de 2018; Disponibilidade 1, com início de suprimento em 1º de janeiro de 2016 e término de suprimento em 31 de dezembro de 2020; Disponibilidade 2, com o abastecimento começando em 1º de janeiro de 2016 e indo até 31 de dezembro de 2018 e Disponibilidade 3, com início de suprimento em 1º de janeiro de 2016 e terminando em 31 de dezembro de 2016. Os produtos por disponibilidade serão apenas para a fonte térmica, incluindo a biomassa, e o produto por quantidade para as demais fontes. Para Nivalde de Castro, essa divisão já mostra que o planejamento energético está caminhando para o modelo de leilão por fonte. “Isso é muito importante porque dá condições de se construir uma matriz mais estratégica, onde se define quanto vai se contratar de cada fonte, o que dá um ganho de eficiência para a operação que não se tinha quando se buscava apenas a modicidade tarifária”, aponta. (Agência CanalEnergia – 09.10.2015)
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