03/01/2017
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GESEL no DCI: é compreensível que a política energética não priorize o carvão

Apesar da pressão dos representantes do setor, a participação na matriz elétrica de usinas nucleares e das térmicas a carvão deve continuar limitada devido aos altos custos. Com os acordos ambientais assumidos pelo Brasil recentemente e a concorrência com fontes mais baratas e limpas, como gás natural e eólica, o carvão perde competitividade. Já a fonte nuclear depende de aportes. De acordo com o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, o planejamento do setor não descarta nenhuma fonte de geração, mas as termelétricas a carvão enfrentam alguns entraves. “O maior desafio é o relacionado às emissões. Este desafio, no entanto, pode ser precificado caso o Brasil adote uma taxação de carbono, que permitiria esta tecnologia competir com outras precificando explicitamente esta externalidade”, disse ele. A alternativa, entretanto, elevaria ainda mais o custo das termelétricas ligadas a carvão. “Nossas reservas de carvão são de baixa qualidade e as usinas termelétricas a carvão são as mais poluidoras entre todas as fontes. Como o Brasil tem a opção de térmicas a gás natural, é compreensivo que a política energética não priorize esta fonte não renovável”, avaliou o professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro. (DCI – 30.12.2016)

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