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As distribuidoras da Eletrobras que serão privatizadas estão entre as piores do país em qualidade no fornecimento de energia elétrica. Para analistas, o mau desempenho é provocado por décadas de baixos investimentos e alta ingerência política. De acordo com o ranking de qualidade elaborado pela Aneel, a única delas com resultado acima da média é a Amazonas Energia, que ficou em 9º lugar na lista de 32 distribuidoras com mercado superior a 400 mil unidades consumidoras. As outras três que se enquadram nesta categoria, Cepisa (Piauí), Ceron (Rondônia) e Ceal (Alagoas) ocupam, respectivamente, a 23ª, a 28ª e a 29ª colocações. O ranking considera a frequência de interrupções e a demora para restabelecer o fornecimento de energia durante o ano de 2016. Eletroacre e Boa Vista Energia (Roraima) ocupam a 27ª e a 29ª posição na lista de 30 empresas com menos de 400 mil clientes. A última posição foi dada à Forcel, que opera em Santa Catarina, por que a empresa não apresentou dados certificados. A busca por maior qualidade é um dos argumentos do governo para privatizar as companhias. Para o mercado, é uma chance também de romper décadas de controle por grupos políticos estaduais, que por anos tiveram influência nas indicações de administradores. “A venda destas empresas [do grupo Eletrobras] é importante para garantir a entrada de investidores que tenham capacidade e conhecimento para melhorar esses índices”, avalia o professor Nivalde de Castro, do GESEL-UFRJ. (Folha de São Paulo – 10.11.2017)
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