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O temor de apagões fez disparar a procura no mercado por grupos geradores, equipamentos movidos a diesel ou a gás que entram como “backup” de fornecimento de energia em empresas e condomínios residenciais. Segundo fabricantes, a demanda já mostrava tendência de alta, associada às necessidades de reforço das operações em setores que não pararam durante a pandemia, como hospitais, indústria alimentícia e data centers. Mas a busca pelos geradores se intensificou recentemente, num movimento semelhante ao assistido na crise energética de 2001. Porém, o uso desse tipo de equipamento é limitado e serve principalmente como uma medida defensiva, ressalta Nivalde de Castro, professor e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. “Os geradores são para pequenas e médias empresas usarem em emergências ou então nos horários de ‘ponta’, durante pouco tempo. Além disso, é uma energia cara, já que são movidos a diesel.” Para especialistas, os grupos geradores são um recurso importante para o sistema elétrico, mas que acaba sendo desconsiderado. “Temos no Brasil uma capacidade instalada muito grande desses geradores, que só são usados poucas horas por dia. Acabamos não contando com esse recurso”, afirma Roberto Brandão, professor e pesquisador sênior do Gesel-UFRJ. Na visão de Brandão, o país poderia estudar a implementação de um sinal de preço para ajudar o consumidor a decidir sobre o acionamento desses equipamentos, a fim de reduzir seu consumo aparente. (Valor Econômico – 18.06.2021)
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