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O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, acredita que faltou uma análise mais profunda da Aneel e do ministério [em relação ao Setor de P&D, na construção da Medida Provisória 998] e alerta para o risco de reduzir a velocidade de decisão e afetar toda uma cultura criada em 20 anos, no momento de modernização do setor e de entrada de tecnologias disruptivas. Estudo realizado pelo Gesel nos últimos três anos sobre o programa de P&D concluiu que há uma melhora dos projetos em execução em termos de qualidade, de produção de tecnologia e, principalmente, de desenvolvimento da cultura de inovação no setor elétrico. “Quando eles foram criados, eram vistos como um problema pelas empresas, tanto que eram colocados na área regulatória”, conta o especialista. Com a evolução e a definição pela agência de área importantes para os projetos de pesquisa, nos grandes grupos empresariais a parte de P&D passou para a área de engenharia, onde são desenvolvidos novos produtos. Além disso, hoje a inovação é aberta, em rede, o que levou a Aneel a elaborar chamadas de P&D estratégicas, que atraem recursos adicionais de outras empresas. A chamada de mobilidade elétrica, por exemplo, gerou 35 projetos, com investimentos de mais de R$500 milhões. “A possibilidade hoje dos recursos serem aplicados e gerando novos negócios é muito maior que no começo. Ai veio essa questão da covid e alguém cantou essa pedra que tinha R$ 4,5 bi parados. Mas tem projetos que seguem processos licitatórios da Lei 8666. Então grande parte desses recursos está nas empresas Eletrobras em geração e transmissão”, afirma Castro.
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