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A adoção de uma bandeira tarifária de R$ 14,20 para cada 100/kWh para compensar os custos da crise hídrica pode resultar em aumento maior nas tarifas de energia do próximo ano, segundo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro. O valor será praticado a partir de amanhã e representa uma alta de 49,63% em relação aos R$ 9,49 para cada 100 kWh praticados hoje, mas é bem menor do que os R$ 25,00 estimados pela própria Aneel. No entanto, na tarifa média, ela provocará aumento de 6,78%. “Implica que os consumidores vão ficar devendo R$ 10,00, e esse débito será cobrado lá na frente por encargo do sistema, então a tendência da conta de luz é subir muito em 2022”, disse. Já em relação ao programa de resposta da demanda anunciado na tarde de hoje pelo MME para estimular os consumidores a reduzirem o consumo de energia, o professor da UFRJ acredita que sua eficácia dependerá da comunicação que o governo fará para sensibilizar a sociedade. “Tem um indutor que é, por um lado, subir a bandeira e falar que se o consumidor economizar, ele ganha”, afirmou. O presidente da consultoria PSR, Luiz Barroso, tem visão parecida em relação às medidas anunciadas no final da tarde de hoje. Para ele, elas são positivas, mas “agora é necessário explicar bem ao consumidor o que foi proposto e buscar seu engajamento para que tenhamos resultados”. Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o aumento na bandeira encarecerá as contas de luz do ano que vem e terá impacto também sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Deste modo, a projeção de 2022 apesar de ficar em 3,5% ganha viés altista”. (Broadcast Energia – 01.09.2021)
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