26/05/2021
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GESEL na mídia: Gás natural é aposta do setor para o futuro das usinas termelétricas

O PDE 2030, planejamento oficial feito pela EPE, prevê que a capacidade instalada das térmicas a gás vai saltar de 14,1 GW em 2020 para 22 GW em 2030. A controvérsia em relação às térmicas a gás começa quando se discutem as características de seu uso e, consequentemente, a forma de transporte desse gás. O Plano Decenal de Energia 2030 propõe que a expansão das térmicas seja concentrada na operação flexível, assim, elas funcionam como reserva de potência. No entanto, esse tipo de usina é alimentado por gás estocado nas proximidades, para elas, o gás importado é mais competitivo do que o produto nacional. Nesse caso, o mais vantajoso é que gás chegue à usina por dutos de fornecimento constante, obrigando que a térmica fique o tempo todo ligada, uma operação inflexível. Para Roberto Brandão, coordenador de geração e mercados do Gesel/UFRJ, todas as alternativas são viáveis, a depender do preço. Com as fontes solar e eólica, cada vez mais baratas, chegando ao ponto de competir com o gás no Texas (EUA), onde o gás é o mais barato do mundo, é natural que a EPE veja as térmicas a gás como complementares. Ele ressalva que se o Brasil conseguir aumentar a competitividade do gás elas serão muito bem-vindas. Outro ponto de atenção quanto ao gás que Brandão enxerga, por enquanto ainda distante no Brasil, é ambiental: a aversão aos combustíveis fósseis que cresce cada vez mais nos países desenvolvidos. As objeções ambientais ao gás não estão tão distantes. O advogado Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, lembra que a térmica é grande consumidora de água, nem sempre disponível com fartura em algumas regiões do país, especialmente no Nordeste. Para Leitão, se os custos ambientais fossem devidamente mensurados, as térmicas a gás ficariam inviáveis no Brasil. (GESEL-IE-UFRJ – 26.05.2021)

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