28/03/2018
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GESEL na mídia: estudo em parceria com a Light analisa aspectos regulatórios relacionados às áreas com severas restrições à operação

Leia a matéria publicada no jornal Valor Econômico sobre o estudo do GESEL, em parceria com a Light, dividida em quatro partes: 

GESEL: estudo em parceria com a Light analisa aspectos regulatórios relacionados às áreas com severas restrições à operação

O furto e a fraude de energia em áreas do Rio de Janeiro dominadas pelo tráfico de drogas e milícias, onde a Light não tem acesso, geram um prejuízo anual à distribuidora e aos consumidores regulares da empresa de R$ 1,6 bilhão. Os “gatos” nessas regiões também causam uma perda de arrecadação tributária de R$ 317 milhões por ano. O volume de energia furtado nessas áreas alcança 3 TWh ano, montante superior ao consumo anual das regiões Norte ou Centro-Oeste, ou quase o dobro do consumo anual de energia das indústrias do Nordeste. Os dados fazem parte de estudo em desenvolvimento pela distribuidora fluminense em parceria com o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), da UFRJ. O objetivo do projeto, iniciado em novembro de 2016 e que tem conclusão prevista para o fim do ano, é analisar os aspectos regulatórios relacionados às áreas com severas restrições à operação (ASRO), como são chamadas as regiões onde governo não exerce poder e a companhia não consegue atuar por causa do controle do tráfico e milícias. O projeto busca mostrar que as metas de redução de perdas e de qualidade de energia estipuladas pela Aneel, por não contemplarem variáveis capazes de representar a abrangência das ASRO nas concessões, podem trazer prejuízos às distribuidoras, como é o caso da Light, e potencialmente provocar o desequilíbrio econômico-financeiro da concessão. Na prática, ao não reconhecer por completo as áreas em que a distribuidora não tem possibilidade de acesso, a Aneel é mais rígida nas exigências de índice de perdas e de qualidade do serviço de energia elétrica da empresa, penalizando a companhia no processo de revisão tarifária. (Valor Econômico – 28.03.2018) 

GESEL: indicador utilizado pela Aneel não capturou todas as áreas com severas restrições à operação

Segundo o coordenador do GESEL, professor Nivalde de Castro, hoje a Aneel utiliza o índice de complexidade socioeconômica do IBGE para identificar as áreas de difícil acesso pelas distribuidoras. O problema, explicou, é que o indicador não capturou todas as áreas com severas restrições à operação (ASRO). “Esses indicadores [de complexidade socioeconômica] não conseguem ter precisão com relação a essas áreas em função da própria dinâmica de deterioração econômica e social que o Estado do Rio está passando”. O projeto consiste em fazer um mapeamento georreferenciado, por meio do cruzamento de dados de fontes de informações distintas, para indicar as áreas em que a Light não tem como acessar. No fim, o objetivo é identificar indicadores que deem o conforto necessário à Aneel para caracterizar essas áreas como de difícil acesso. (Valor Econômico – 28.03.2018)

GESEL: pesquisa traduz em números o tamanho do problema das áreas com severas restrições à operação

De acordo com Pedro Vardiero, pesquisador líder do trabalho no GESEL, entre os dados que estão sendo utilizados no estudo estão informações sobre escolas com aulas interrompidas por causa da violência, autos de resistência em comunidades, roubos de cargas, restrições de entregas pelos Correios, chamadas no disque-denúncia, homicídios e latrocínios. Por meio desses dados, os pesquisadores conseguiram traduzir em números o tamanho do problema das áreas com severas restrições à operação (ASRO). O total de áreas de característica “subnormal” – um conjunto de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e de maneira desordenada -, de acordo com o IBGE, é de 16% da população da área de concessão da Light. Já as ASROs representam 32% da população. A interseção entre os dois grupos responde por 11% da população. “Nem toda a área ‘subnormal’ é violenta e vice-versa”, disse o coordenador da pesquisa, Guilherme Dantas, do GESEL /UFRJ. (Valor Econômico – 28.03.2018)

GESEL: resultados obtidos em estudo com a Light são compartilhados e debatidos com a Aneel

“Essa questão de furto [de energia], que no Brasil está crescendo, no Rio de Janeiro é o olho do furacão”, disse o coordenador do GESEL, professor Nivalde de Castro. O Estado do Rio responde por 22% de todo o furto de energia do país. A superintendente de Regulação da Light, Angela Gomes, afirma que “o furto nessas regiões [com severas restrições à operação] é mais do que 80% da energia que entra nessas áreas”. Ela alerta ainda para um círculo vicioso. Enquanto o consumo irregular nessas áreas aumenta, a Light precisa comprar mais energia e fazer mais investimentos em qualidade do serviço, sem receber por isso na prática. “A situação não fecha”. No caso da Enel Rio, o número de consumidores em áreas em que a empresa não consegue atuar, em razão da violência, cresceu de 75 mil para 395 mil (14,9% do total de clientes). No estudo, os resultados que vão sendo obtidos ao longo do trabalho são compartilhados e debatidos com a Aneel. A autarquia estuda aplicar metas regulatórias específicas para Light e Enel Distribuição Rio (antiga Ampla Energia) para reconhecer a característica das duas áreas. (Valor Econômico – 28.03.2018)

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