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Com a energia no MCP cara e sem perspectiva de redução de preço nos próximos meses, uma possibilidade, boa para o abastecimento elétrico, mas ruim para a retomada da economia, começa a surgir no horizonte: a de indústrias eletrointensivas autoprodutoras ou com contratos de fornecimento de longo prazo optem por reduzir ou parar a produção para vender essa energia no mercado, importando produtos para atender aos clientes. A avaliação é do economista Roberto Brandão, coordenador de Geração e Mercados do Gesel/UFRJ. Isso já aconteceu na crise hídrica de 2014, especialmente no setor de alumínio. Além do alumínio, são eletrointensivas as indústrias de ferro-gusa, ferro-liga, aço, petroquímica e de papel e celulose, entre outras. Brandão, que acompanha com preocupação a crise hídrica, afirmou que por enquanto persiste o risco de racionamento, mas ele não está sacramentado. Mas o coordenador do Gesel reconhece que, neste momento, o fato que poderia modificar os prognósticos negativos seria a volta das chuvas na região Sul do país, algo ainda sem perspectiva no horizonte. O especialista disse que “o governo vem fazendo o que pode” diante do agravamento do quadro e lembrou que, do lado das boas expectativas, ainda há a possibilidade de agregação de energias renováveis e de térmicas ao leque de opções, sendo a maior delas a do Açu, no Rio de Janeiro, com capacidade de 1,3 GW, que pode entrar em operação ainda este mês, em uma perspectiva otimista. “Se não chover, vamos ter problema de energia e não mais somente de potência”, explicou. (Brasil Energia – 10.08.2021)
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