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A necessidade de reter água nos reservatórios das hidrelétricas tem produzido um volume recorde no consumo diário de energia gerada a partir das fontes térmicas. Na segunda-feira, 19, entre cada 100 lâmpadas acesas no Brasil, 32 se alimentaram de energia extraída a partir da queima de gás, óleo diesel, biomassa e carvão, além da fonte nuclear. Os registros oficiais mostram que, na última década, ocorreram apenas três ocasiões em que as térmicas responderam, sozinhas, por um terço da produção diária de energia. Na avaliação do pesquisador sênior do grupo de estudos do setor elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Roberto Brandão, essas métricas precisam ser reavaliadas. “Os modelos computacionais que o ONS usa sobre a geração são muito otimistas e isso acaba impactando no planejamento. Não é por acaso que o órgão costuma ser mais conservador em relação a seu modelo e aciona mais térmicas que o indicado”, diz Brandão. “No ano passado, o cenário mostrava que o País estaria em uma situação mais confortável com as hidrelétricas. Mesmo assim, o Operador despachava térmicas acima do previsto. Por isso, está na hora de rever esse modelo.” “Um pouco da gravidade da situação está associado a isso. A severidade poderia ser menor. É necessário que tenhamos parâmetros de aversão a risco dos sistemas computacionais”, comenta Brandão. (Broadcast Energia – 21.07.2021)
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