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A disparada no preço da energia colocou mais peso sobre os custos da indústria de veículos, mas, por outro lado, permitiu ao setor faturar com a venda do insumo no mercado à vista, onde o preço do megawatt-hora (MWh) passa de R$ 822. Em doze meses encerrados em setembro, montadoras, junto com grandes fabricantes de autopeças, venderam 7,7% da energia contratada a preços mais baixos, mas não consumida por conta da menor atividade das fábricas. A Mahle Metal Leve, por exemplo, triplicou neste ano a receita não recorrente com a venda de energia, que saiu de R$ 7,2 milhões para perto de R$ 23 milhões nos nove primeiros meses de 2014. “Com a diminuição da demanda de carros, a indústria reduziu a produção e consumiu menos energia. Houve um efeito benéfico porque a energia contratada e não consumida foi liquidada pelo preço “spot” [à vista]”, diz o professor Nivalde de Castro, que coordena o grupo de estudos do setor de energia elétrica (GESEL) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, essas empresas têm conseguido reduzir prejuízos ou ampliar lucro com o ganho obtido a partir da diferença entre os valores mais baixos pagos em contratos e o alto preço da energia no mercado à vista. O atual preço “spot”, de R$ 822,83/MWh, é mais de quatro vezes superior ao praticado normalmente em contratos no mercado livre em períodos de chuvas regulares. (Valor Econômico – 14.11.2014)
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