23/10/2015
  • Armazenamento
  • Sandbox
  • Hidrogênio
  • Carbono Zero
  • Transição Energética
  • Notícia GESEL

GESEL: é positiva a definição de um plano determinativo de expansão do sistema, com a previsão de leilão por fonte

Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro elogia a constância de se ter uma versão atualizada do plano decenal a cada ano e afirma que a iniciativa é importante do ponto de vista dos agentes do setor. Castro também avalia como ponto positivo a definição de um plano determinativo de expansão do sistema, com a previsão de leilão por fonte para empreendimentos eólicos e solar fotovoltaicos. O mercado e especialistas vinham cobrando isso, segundo ele. “Antes, era só indicativo e agora, com o leilão por fonte, passa a ser determinativo”, diz. O economista revela, porém, preocupação com a inexistência de uma política específica para a fonte térmica, “haja vista a necessidade de ter já nesse cenário [até 2024] uma decisão sobre usina nuclear.” O PDE só inclui Angra 3, em construção. “É um fato preocupante não ter no planejamento essa mudança de paradigma do setor. Tem uma mudança estrutural no modelo, mas a política energética e o planejamento não refletem isso”, observa. Castro também destaca a dificuldade em relação à implantação de usinas hidrelétricas e afirma que o planejamento não consegue captar eventuais problemas porque, na verdade, ele apenas indica a necessidade da fonte. A implantação dos projetos, reconhece, depende de outras variáveis que fogem à responsabilidade da EPE. Outra questão importante que o PDE não considerou, na visão do professor, é a situação de Itaipu a partir de 2023, quando metade da energia da usina, que abastece atualmente o mercado brasileiro, poderá ser vendida livremente pelo Paraguai. “Não está definido como isso vai ser tratado. Por que não colocar no PDE uma hidrelétrica binacional com a Bolívia? Seria uma usina de 3.500 MW, quase 25% de Itaipu. O planejamento poderia estar atento a isso”, sugere. Apontado como um gargalo por empreendedores, a redução dos recursos disponíveis para financiamento não é visto como um problema pelo coordenador do Gesel. “O modelo é consistente”, justifica Castro. (Agência CanalEnergia – 23.10.2015)

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.