29/12/2015
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GESEL: decisão de suspender o processo de privatização das seis distribuidoras federalizadas é coerente

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada ontem, a Eletrobras decidiu colocar à venda em 2016 apenas a Celg, distribuidora de energia de Goiás. Além disso, suspendeu a privatização das outras seis companhias que constavam de seu planejamento inicial para o ano que vem, que atendem os estados de Piauí, Alagoas, Acre, Rondônia e Amazonas e a capital de Roraima, Boa Vista. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), do Instituto de Economia da UFRJ, Nivalde de Castro, disse que foi coerente a decisão de suspender o processo de privatização das seis distribuidoras federalizadas, pois elas estão em uma situação financeira muito ruim e “em total desequilíbrio”, o que afastaria possíveis interessados. “Essas distribuidoras estão tão desarrumadas que não valeriam nada se fossem vendidas hoje. Assim, a Eletrobras terá mais tempo para tentar melhorar a situação financeira e a qualidade dos serviços para sua venda futura. Algumas dessas distribuidoras sequer têm autorização da Aneel para reajustar suas tarifas, por não cumprirem nenhuma meta de qualidade dos serviços” explicou Nivalde. Segundo o coordenador do Gesel, essas distribuidoras atuam em áreas em que, apesar da grande demanda por energia, a inadimplência e o furto de energia são elevados. “Por serem empresas estatais, elas têm dificuldade de tomar medidas mais drásticas, aumentando seu nível de endividamento”. A ata da assembleia da Eletrobras também informou que seu acionista controlador (a União) pediu a “retirada de pauta da matéria concernente à prorrogação da concessão” das seis distribuidoras. Apenas a prorrogação da Celg foi aprovada — requisito para a sua venda. (O Globo – 29.12.2015)

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