30/04/2015
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GESEL: Coordenador diz que as necessidades das distribuidoras foram atendidas no último leilão

Para Nivalde de Castro, coordenador do GESEL da UFRJ, as necessidades das distribuidoras foram atendidas, mas a um preço mais caro, que reflete a conjuntura atual do setor e do país. “O leilão conseguiu atender à demanda, o que mostra que este é um mecanismo eficiente, mas as condições macroeconômicas e de risco do setor mudaram. Seja pela aumento dos custos do crédito do BNDES sejam pelos riscos setoriais agravados pela crise hídrica” disse Castro. A única hidrelétrica nova ofertada no leilão foi a usina de Itaocara, que será construída no rio Paraíba do Sul, entre os estados do RJ e MG, com capacidade de geração prevista de 145 MW. O empreendimento foi arrematado pelo Consórcio Itaocara, encabeçado pela Cemig, que ofereceu preço de 154,99 para o MW, praticamente sem ágio sobre o preço teto, de R$ 155,00, definido pela Aneel. Do total de energia nova contratada no leilão, 82,4% será gerada por termelétricas, chamados projetos para disponibilidade. Desataca-se a usina Porto de Sergipe I, a unica a gás natural, e que terá capacidade instalada de 1.515,64 MW, ou 76,8% da capacidade total adicionada. Trata-se de um mega projeto que exigirá R$ 3,78 bilhões em investimentos e será o segunda usina movida a GLP do NE. “É preciso ver a solidez financeira do grupo que vai construir um empreendimento deste tamanho, nas condições adversas do mercado atual” observou Castro. Em sua avaliação, a contratação de oito PCHs foi outro sinal positivo, já que esses empreendimentos estavam estagnados. “Esses projetos só voltaram a atrair investidores porque houve uma reavaliação da política de preço teto, que deu viabilidade econômica a esses projetos” completou. Ao todo, 26 distribuidoras fecharam contrato de compra da energia a ser gerada por essas empresas a partir de 2020. A Light foi a empresa que mais comprou energia no leilão, arrematando 11,45% do total ofertado. A Celpe, distribuidora de Pernambuco, e a Amazonas Energia, vieram em seguida, com 10,6% cada. (O Globo – 30.04.2015)

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