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A proposta do programa de governo da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, de reduzir a prioridade que o pré-sal tem hoje nos planos de investimentos da Petrobras é vista como um equívoco pelos especialistas do setor. Seja porque a exploração dessas reservas é parte de um programa estratégico para o país se tornar um grande exportador de petróleo, ou pelo seu potencial de retorno financeiro para a estatal. Para eles, desacelerar os aportes no pré-sal seria um retrocesso. “Seria uma decisão estratégica que alteraria substancialmente a capacidade de investimentos do país em duas áreas fundamentais para o Brasil entrar numa rota de desenvolvimento social, a Educação e a Saúde”, disse Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, referindo-se aos recursos da exploração do pré-sal que, por lei, irão para essas duas áreas. Além disso, acrescenta, há o aspecto tecnológico. “Diminuir os investimentos não seria uma boa estratégia, pois o país perderia essa liderança tecnológica”. Já a ideia de ampliar os incentivos à indústria do etanol, também parte do programa, é bem vista. Nivalde de Castro disse que a indústria do etanol tem outros problemas, como endividamento elevado, e desafios, como a renovação dos canaviais. Castro é veemente quanto à falta de “fundamento técnico” da proposta de reduzir ao máximo o peso das usinas termelétricas na matriz energética do país, que seria substituída por fontes renováveis mais limpas, como a energia eólica e solar. “Essa proposta não é consistente tecnicamente. Geração eólica e solar são apenas fontes complementares. Não dão segurança à predominância das hidrelétricas da nossa matriz”, disse Castro. (O Globo – 29.08.2014)
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