Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Vitor Santos (professor catedrático do ISEG, da Universidade de Lisboa), Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Gesel), Ana Carolina Chaves (pesquisadora plena do Gesel-UFRJ) e Igor Julião (pesquisador do Gesel-UFRJ) tratam da evolução do mercado de hidrogênio, destacando os desafios enfrentados pela produção de hidrogênio verde (H₂V) e a necessidade de superar barreiras de custo e infraestrutura para que o H₂V se torne competitivo. Embora o hidrogênio tenha se consolidado como um vetor energético importante para a transição energética e a redução das emissões de gases de efeito estufa, o otimismo inicial deu lugar a uma abordagem mais realista, com muitos projetos não saindo do papel devido às incertezas. O Brasil se destaca como um dos principais protagonistas globais nesse setor, graças ao seu potencial em energias renováveis e um setor industrial competitivo, traçando um caminho gradual e consistente para a economia do hidrogênio. Contudo, a superação de desafios como o alto custo de capital e a criação de demanda sustentável é essencial para o crescimento desse mercado. (GESEL-IE-UFRJ – 28.11.2024)

O GESEL está organizando a “Missão Técnica Internacional – Desenhos de Mercado”, que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 7 de dezembro de 2024, em Portugal e na Espanha. A Missão Técnica será coordenada pelos Professores Thereza Aquino e Nivalde de Castro e conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores e respectivas Embaixadas da Espanha e Portugal. Este evento acontece no âmbito do projeto de PDI sobre Desenhos de Mercado, que tem como objetivo central contribuir com informações e conhecimentos das experiências internacionais para subsidiar o aprimoramento da Governança e Concorrência do SEB. O objetivo específico da Missão é dar sequência e aprofundar o conhecimento dos principais instrumentos e políticas públicas adotadas por Portugal e Espanha, em relação à governança e competitividade no aprimoramento dos desenhos de mercado. Desta forma, pretende-se sistematizar conhecimentos destas duas experiências e, assim, gerar subsídios para serem examinados no contexto do aprimoramento do desenho de mercado do SEB, em especial no que se relaciona à liberalização do mercado elétrico de baixa tensão. (GESEL-IE-UFRJ – 28.11.2024)

O pesquisador do GESEL, Lucca Zamboni esteve presente no encontro “Leadership Lunch: Brasil e Bélgica – Parceiros na Construção de uma Economia de Hidrogênio de Baixo Carbono”, nesta terça-feira, dia 26/11/2024. No evento foram apresentadas iniciativas brasileiras e belgas relacionadas ao setor de hidrogênio, enfocando a situação atual, o potencial e os projetos existentes nos dois países para construção de um hub para importação de H2V. (GESEL-IE-UFRJ – 28.11.2024)

A Aneel aprovou o repasse de R$ 1,3 bilhão, referente ao bônus de comercialização da Itaipu Binacional, para consumidores residenciais e rurais que consumiram menos de 350 kWh por mês em 2023. O benefício, que será creditado nas faturas de janeiro de 2025, contemplará 97% dessas unidades no Sistema Interligado Nacional (SIN), totalizando mais de 78,3 milhões de consumidores. A Tarifa-Bônus de Itaipu foi fixada em R$ 0,011648844 por kWh, e o valor do bônus será proporcional ao consumo mensal de 2023 dentro do limite estipulado. Por exemplo, uma família com consumo médio de 119 kWh/mês receberá R$ 16,66. Os recursos do bônus vêm de saldos positivos e devoluções de distribuidoras, além de rendimentos financeiros, e seguem regulamentação específica da Aneel e legislação aplicável. A gestão dos repasses às distribuidoras ficará a cargo da ENBPar. (Aneel – 26.11.2024)

A Aneel aprovou a Agenda Regulatória para 2025-2026, que organiza 28 atividades estratégicas em quatro eixos temáticos: Geração & Mercado, Transmissão & Distribuição, Regulação Tarifária e Financeira, e Eficiência Energética & Consumidor. Destacam-se 17 atividades prioritárias para normatização em 2025 e 11 para 2026, além de 20 atividades exploratórias e sete Avaliações de Resultado Regulatório (ARR). A elaboração envolveu consulta pública e audiência, reforçando a transparência e a governança no setor elétrico. Complementarmente, foi lançado o Portal de Governança Regulatória, que aprimora o acesso às informações regulatórias e o acompanhamento de Análises de Impactos e Resultados Regulatórios. (Aneel – 26.11.2024) 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinará amanhã, dia 17, um acordo com a empresa chinesa State Grid para a transferência de tecnologia visando modernizar o parque elétrico brasileiro. O negócio foi costurado durante o G20 Energia, realizado em Foz do Iguaçu, em outubro. A transferência de tecnologia deve ocorrer tanto na transmissão como na geração e distribuição. A State Grid Corporation of China (SGCC) é uma das maiores empresas de energia elétrica do mundo e pertence ao governo chinês. A empresa é conhecida pela sua tecnologia avançada em transmissão de ultra-alta tensão, permitindo a distribuição de eletricidade por longas distâncias com eficiência. Além da State Grid, outras empresas chinesas devem participar. De acordo com o documento preliminar, 'o objetivo é estabelecer o compromisso entre as partes para estimular e dar apoio à cooperação nos campos da ciência e tecnologia, com objetivo de implementar ações para promover o desenvolvimento e a inovação. Além do MME, assinam o documento o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre outros. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel, alertou que o custo das usinas térmicas previstas na privatização da Eletrobras, somado às despesas de outras fontes de geração, poderá resultar em um impacto de R$ 48 bilhões nas tarifas de energia em 2030. Esse aumento seria equivalente a uma "nova" Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que já é criticada por incluir subsídios em tarifas. O cálculo considera o custo da contratação de geração térmica para aumentar a segurança do sistema, com o Encargo de Reserva de Capacidade (Ercap) prevendo um custo crescente, alcançando R$ 48 bilhões em 2030. Menel criticou a decisão de contratar térmicas inflexíveis e distantes dos centros de consumo, favorecendo empresas de gás. Ele também expressou preocupação sobre o impacto dessa despesa na indústria e no possível aumento de custos para os grandes consumidores, caso a Aneel opte por um sistema de subsídio cruzado. (Valor Econômico - 28.11.2024) 

A Aneel autorizou o início de operação em teste da UG3 da UTE MC2 Nova Venécia (92 MW), no Maranhão, a partir de 26 de novembro, e liberou para operação comercial as UG1 a UG10 da PCH Emas Nova (7,2 MW), em São Paulo; a UG6 da EOL Serra do Assuruá 9 (4,5 MW), na Bahia; e a UG4 da PCH Verde 02 Baixo (2,2 MW), em Goiás. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia - 26.11.2024)

A votação do PL das eólicas offshore está mobilizando o setor, com esforços para remover emendas que elevam os custos da energia, como subsídios ao carvão até 2050 e obrigações de contratação de fontes fósseis. A Frente Nacional dos Consumidores (FNC) alertou que o texto pode onerar os consumidores em R$ 658 bilhões até 2050, aumentando a conta de luz em até 11%. O Grupo Equilíbrio e o Ministério da Fazenda também criticam os subsídios, destacando impactos negativos na transição energética e no equilíbrio do sistema elétrico. A possível retirada do PL da pauta do Senado por uma semana gera expectativa entre os agentes. (Agência CanalEnergia - 26.11.2024)

A Avaliação apresentada na COP 29 pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e a consultoria Hinicio colocou o Brasil como um dos líderes no desenvolvimento de hidrogênio limpo, ao lado de países em desenvolvimento como Colômbia, Costa Rica, Egito, Índia, Indonésia, Malásia, México, Marrocos, África do Sul, Turquia e Vietnã. A iniciativa faz parte do mecanismo Accelerate-to-Demonstrate da Unido, que visa acelerar a transição energética sustentável. A análise abrangeu 141 países em desenvolvimento e constatou que as tecnologias de hidrogênio limpo estão em uso em 35 nações em cinco continentes. Destes, 16 foram reconhecidos como pioneiros na inovação de energético, destacando-se no desenvolvimento de projetos, mecanismos de financiamento, parcerias e estratégias. (Agência CanalEnergia - 27.11.2024) 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assinou um memorando de entendimento com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, chefe da delegação dos Emirados Árabes Unidos ao Brasil, país convidado do G20. O acordo prevê investimentos dos Emirados Árabes em projetos estratégicos no Brasil, em áreas como energia e outras formas de infraestrutura. A reunião bilateral ocorreu no âmbito das reuniões do G20, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outros ministros brasileiros. Os dois países também discutiram sobre a reforma da governança global e a cooperação econômica. A assinatura do memorando é um passo importante para a ampliação dos laços entre Brasil e Emirados Árabes Unidos e para o desenvolvimento de projetos estratégicos que possam beneficiar a economia dos dois países. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

A startup americana Captura planeja lançar em 2026 um sistema para capturar dióxido de carbono (CO₂) da água do mar, uma abordagem considerada mais econômica que a captura de CO₂ da atmosfera. O processo envolve equipamentos flutuantes que bombeiam água do mar para uma instalação, onde a água é tratada e o CO₂ é extraído. A empresa iniciou pequenas instalações piloto em 2022 e aumentou seu financiamento para US$ 45,3 milhões em 2023, com investimentos de grandes empresas como Japan Airlines e Hitachi. A Captura planeja lançar uma planta piloto no Havaí em 2025, com capacidade inicial para capturar mil toneladas de CO₂ por ano. Embora os custos de operação ainda sejam altos, a empresa pretende reduzir os custos para US$ 100 por tonelada e licenciar sua tecnologia para outras instalações. A captura de CO₂ do oceano tem atraído interesse global, especialmente no Japão, e pode ser aplicada em diversas indústrias, incluindo a aviação. (Valor Econômico - 27.11.2024) 

A Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA) abriu uma consulta para empresas de energia atômica demonstrarem interesse em desenvolver projetos nucleares na região. A medida tem como objetivo apoiar o avanço dos recursos de energia renovável e promover o desenvolvimento econômico contínuo. De acordo com a presidente e CEO da NYSERDA, Doreen M. Harris, é hora de posicionar Nova York para se envolver totalmente com o setor de energia nuclear, que pode impulsionar um desenvolvimento econômico significativo. A NYSERDA espera desenvolver parcerias e iniciativas estratégicas para recursos complementares que apoiarão a implantação crescente de energias renováveis à medida que trabalham em direção a uma rede de emissão zero do futuro. A consulta da NYSERDA demonstra o compromisso contínuo do Estado em permanecer na vanguarda das tecnologias emergentes e entender as oportunidades potenciais para avançar na transição para a energia limpa. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou os reajustes tarifários anuais de cinco permissionárias de São Paulo e de Santa Catarina. São elas: a Ceral Anitápolis, cujo reajuste respondeu a um efeito médio de -4,31% para os consumidores; a Cedrap, com efeito médio de -1,64%; a Cerim, com 2,77%; a CERMC, com -3,56%; e a Cetril, com -3,84%. Foram destaques nos cálculos o impacto médio negativo em 1,36% nos custos de transportes e redução média de 16,94% relativa à subvenção por baixa densidade de carga. As novas tarifas irão vigorar a partir do dia 30 de novembro. (Aneel – 26.11.2024)

A Equatorial anunciou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste anual das tarifas da Equatorial Piauí, resultando em uma redução média de 4,28% para os consumidores, com variações conforme o tipo de tensão: 10,17% para alta tensão e 2,95% para baixa tensão. As novas tarifas entram em vigor em 2 de dezembro. Embora a redução geral das tarifas seja negativa, a parcela B da empresa teve um aumento de 3,05%. O reajuste considera o IPCA de 4,64% e o Fator X de 1,70%. (Valor Econômico - 27.11.2024)

A Equatorial Goiás distribuirá um milhão de debêntures simples que perfazem o montante de R$ 1 bilhão. Os títulos serão não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, e em série única. E a liquidação financeira acontecerá dia 29 de novembro deste ano. A operação foi destinada exclusivamente a investidores profissionais e, no âmbito da oferta, será adotado também um procedimento de coleta de intenções de investimento dos potenciais investidores nas debêntures (bookbuilding). (Agência CanalEnergia - 26.11.2024)

A Copel anunciou que seu plano de investimentos para 2025 envolverá R$ 3 bilhões. Do montante, cerca de R$ 2,5 bilhões serão orientados para a área de distribuição de energia, principalmente para melhorias no atendimento ao cliente. Segundo o diretor de regulação e mercado, André Gomes, um dos objetivos é capturar ganhos com glosa zero na revisão tarifária de 2026, já que os aportes serão remunerados no processo, pensando também na revisão que acontecerá em 2028. Já a respeito do aumento da Geração Distribuída na concessão, o presidente Daniel Slaviero apontou que o momento das distribuidoras “pequenos ONS (operadoras do sistema)” vem se aproximando. Gomes roga, entretanto, que o primeiro passo é encerrar os subsídios para a modalidade. Quanto às oportunidades de extração de valor dos ativos operacionais, o diretor de estratégia, novos negócios e transformação digital da Copel, Diogo Mac Cord, disse que leilão de reserva de capacidade, aluguel de postes para o setor de telecomunicações e medição inteligente são as principais apostas da companhia. (Agência CanalEnergia - 26.11.2024)

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu à Light uma decisão favorável, suspendendo a exigência de aportes de capital demandados pela Aneel para a subsidiária Light SESA, relacionados ao cumprimento de exigências regulatórias sobre seus indicadores econômico-financeiros. O pedido foi feito à 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, onde também tramita o processo de recuperação judicial da empresa. A decisão impede a abertura de um processo de caducidade da concessão da companhia devido à não realização desses aportes, até que o Poder Concedente decida sobre a prorrogação da concessão. (Agência CanalEnergia - 27.11.2024)

A EDP, empresa distribuidora de energia elétrica, abriu inscrições para a chamada pública de projetos do Programa de Eficiência Energética (PEE). O objetivo do programa é incentivar projetos que contribuam com a conservação e o uso racional da energia elétrica em sua área de concessão, que abrange os municípios de Guarulhos, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte, no estado de São Paulo. Para aplicação no próximo ano, a empresa disponibilizou R$ 8 milhões. O Programa de Eficiência Energética é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e tem como objetivo estimular a redução do consumo de energia elétrica em todas as áreas da sociedade, promovendo a conscientização e a adoção de práticas sustentáveis. As iniciativas selecionadas pela EDP serão avaliadas de acordo com critérios como impacto na redução do consumo de energia elétrica, inovação, replicabilidade, viabilidade técnica e financeira. As inscrições para o PEE da EDP vão até o dia 30 de novembro de 2024 e podem ser realizadas por empresas, indústrias, condomínios, escolas e outras instituições interessadas em desenvolver projetos de eficiência energética. A expectativa da empresa é selecionar projetos que possam gerar economia e benefícios ambientais para a região, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou o Programa Mensal da Operação (PMO) nesta quinta-feira, 14, e diminuiu a expectativa de carga para novembro. Segundo o relatório, o Sistema Interligado Nacional (SIN) deve registrar um consumo de 79.811 MWmed, o que representa uma queda de 1,5% em relação a novembro de 2023. No Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de consumo do país, a estimativa é de uma queda de 5,5% na carga em comparação ao mesmo período do ano passado, com projeção de carga de 43.796 MWmed. Já no Sul, a projeção de carga também caiu, mas o ONS ainda espera uma alta de 4,1% em relação a novembro de 2023, com previsão de 13.954 MWmed. No Nordeste, a perspectiva é de uma alta anual de 1,5%, com projeção de carga de 13.805 MWmed. No Norte, a projeção de carga subiu de 8.250 MWmed para 8.250 MWmed, com previsão de aumento de 8,3% em comparação a novembro do ano passado. Essas projeções refletem as mudanças na demanda de energia elétrica e suas respectivas variações regionais. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

O Governo de Santa Catarina e a Celesc anunciaram a expansão do Corredor Elétrico Catarinense, com o objetivo de instalar eletropostos em 100 municípios até 2025, aumentando a infraestrutura para veículos elétricos e híbridos em todo o estado. Atualmente, o corredor conta com 35 eletropostos em 15 cidades, e a meta é alcançar 120 unidades até 2025, com investimentos de R$ 19,3 milhões. O plano inclui estações rápidas em áreas de grande circulação e estações semirrápidas a cada 50 km, com destaque para uma estação ultrarrápida em Joinville. A expansão visa promover o uso de veículos elétricos, impulsionando o desenvolvimento econômico sustentável e atendendo tanto a moradores quanto turistas. (Valor Econômico - 27.11.2024) 

A Wärtsilä integra um projeto de pesquisa liderado pela Universidade de Vaasa que visa desenvolver motores mais limpos e eficientes utilizando um ciclo de combustão em circuito fechado baseado em argônio. O projeto, financiado pela Business Finland, explora o uso de hidrogênio, oxigênio e argônio, resultando apenas em água e argônio inerte, que é reciclado no sistema. Essa abordagem inovadora busca aumentar a eficiência termodinâmica dos motores de balanceamento, essenciais para compensar a intermitência de fontes renováveis, como solar e eólica. A pesquisa faz parte do programa Wide and Intelligent Sustainable Energy e conta com a colaboração de diversas universidades e empresas, com expectativa de viabilizar combustíveis sustentáveis como hidrogênio em escala até 2030. (Agência CanalEnergia - 27.11.2024)

A empresa Atlas Renewable anunciou um contrato de fornecimento de energia com a Rivelli, empresa do setor avícola em Minas Gerais. O acordo prevê o suprimento de 5,5 MWmed de energia por um período de dez anos, sem que o comprador faça investimentos em geração de energia individualmente. A eletricidade será fornecida a partir do Complexo solar Draco, localizado em Arinos, Minas Gerais. Com isso, a Rivelli terá 100% de sua demanda energética suprida por energia renovável. O valor da negociação não foi divulgado. A iniciativa reforça a tendência do setor empresarial em buscar soluções de energia limpa e renovável, reduzindo a dependência de fontes fósseis e contribuindo para a preservação ambiental. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

A modernização da Hidrelétrica São Simão, operada pela SPIC Brasil, alcançou um marco importante com a conclusão antecipada da modernização do vertedouro, realizada 40 dias antes do previsto. Com um investimento superior a R$ 1,2 bilhão, a obra visa aumentar a eficiência e confiabilidade da usina, garantindo sua operação por mais 30 anos. A modernização do vertedouro, concluída sem acidentes, incluiu melhorias nas comportas radiais e a instalação de sistemas digitais avançados de supervisão e controle. Além disso, a utilização da metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção) na obra trouxe maior eficiência nas análises de engenharia. A modernização está sendo executada em sete pacotes, com cinco já concluídos ou em andamento, e outros dois programados para o próximo ano, com a colaboração de fornecedores como Gevisa, WEG, Andritz, Tractebel e o consórcio GE/Powerchina. (Agência CanalEnergia - 27.11.2024)

O Brasil e a Argentina assinaram um acordo para a importação de gás natural de Vaca Muerta, um campo localizado entre as províncias de Neuquén e Rio Negro, com o objetivo de reduzir o preço do insumo no mercado brasileiro. O custo do gás de Vaca Muerta é de US$ 2 por milhão de BTU, enquanto o preço médio no Brasil é de cerca de US$ 11/US$ 12 por milhão de BTU. Ainda não foi definida a rota escolhida para a importação, mas uma das possibilidades é pelo Gasoduto Bolívia-Brasil, com a expectativa de importar 2 milhões de metros cúbicos diários. A expectativa do ministro de Minas e Energia é de que o Brasil importe inicialmente 2 milhões de m3/d, 10 milhões de m3/d nos próximos três anos e atingir 30 milhões de m3/d até 2030, mesmo volume que a Bolívia exporta para o Brasil. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

O Ministério de Minas e Energia (MME) está em negociação para importar gás natural de Vaca Muerta, na Argentina. O custo projetado para a importação está entre US$ 7 a 8 por milhão de BTU e o acordo prevê a venda de 2 milhões de metros cúbicos por dia de gás argentino para o Brasil no curto prazo, aumentando para 10 milhões de m³/dia nos próximos três anos e atingindo 30 milhões de m³/dia em 2030. São cinco rotas sendo avaliadas, sendo que a mais viável no curto prazo é através do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). As outras rotas consideradas são: via Paraguai, via Uruguaiana no Rio Grande do Sul, via Uruguai e a conversão em gás natural liquefeito (GNL), que encontra como principal barreira o encarecimento do produto. O consumo do Brasil atualmente é de 70 a 100 milhões de m³/dia por dia, enquanto a Argentina tem uma produção de 113 milhões de m³/dia, em cenário crescente, com consumo acima de 100 milhões de m³/dia. (Broadcast Energia – 27.11.2024) 

O Ministério de Minas e Energia (MME) foi solicitado a prestar informações à Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara sobre o possível risco de default no mercado livre de energia elétrica e quais providências serão tomadas para lidar com essa questão. O pedido foi feito pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), que mencionou a preocupação dos atores do setor de energia elétrica quanto à possibilidade de aumento do risco de inadimplência no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A avaliação é que o aumento dos preços no mercado de curto prazo pode impactar os negócios de comercializadoras, aumentando as dificuldades financeiras e a inadimplência no ACL, o que pode ter consequências graves para os agentes do setor e os consumidores em geral. O aumento da percepção de risco dos agentes pode resultar na suspensão ou penalização imediata de novos investimentos, prejudicando o setor como um todo. A CME aprovou o requerimento, mas não foi informado o prazo para as respostas do MME. É importante destacar que o mercado livre de energia elétrica é um ambiente em que grandes consumidores podem negociar contratos diretamente com geradores e comercializadoras, sem a interferência das distribuidoras. A energia elétrica é um setor fundamental para o funcionamento da economia e, portanto, a preocupação em torno do risco de default no ACL é uma questão importante a ser acompanhada. (Broadcast Energia – 27.11.2024)