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IFE Transição Energética 68
Dinâmica Internacional
GESEL publica Observatório de Tecnologias Exponenciais Nº 14
O GESEL está lançando o relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais número quatorze. O Observatório de Tecnologias Exponenciais visa sistematizar e divulgar dados, identificando o papel das tecnologias exponenciais no processo de transição energética, bem como as estratégias e iniciativas para sua aplicação que estão sendo adotadas nos setores elétricos nacional e internacional e, por fim, apresentar novos modelos de negócio e mudanças comportamentais do consumidor. Além disso, com base no Informativo Eletrônico Tecnologias Exponenciais, o Observatório identifica os desafios e as perspectivas para o setor elétrico na trajetória para uma economia de baixo carbono. (GESEL-IE-UFRJ – 30.08.2024)
Link ExternoWood Mackenzie: Desafios econômicos da baixa utilização de CO2
A Captura e Utilização de Carbono (CCUS) é essencial para a descarbonização global, mas sua expansão é limitada por altos custos e subsídios insuficientes, conforme o relatório da Wood Mackenzie. Para alcançar zero emissões até 2050, seriam necessárias mais de 7 bilhões de toneladas por ano (Btpa) de capacidade de CCUS, mas atualmente apenas 500 milhões de toneladas por ano (Mtpa) estão planejadas, das quais mais de 95% são destinadas ao armazenamento e menos de 5% à utilização do CO2. A utilização de CO2 enfrenta desafios econômicos, com tecnologias como e-Hidrocarbonetos sendo três vezes mais caras que métodos tradicionais, embora a mineralização de CO2 para agregados mostre potencial se escalada economicamente. Incentivos como o 45Q dos EUA e o Crédito Fiscal de Investimento do Canadá oferecem algum apoio, mas são insuficientes. O relatório destaca a necessidade de maior apoio político e desenvolvimento de mercados para que a utilização de CO2 se torne viável e impulsione efetivamente a captura de carbono.(Woodmac – 26.08.2024)
Link ExternoEmber: Geração solar global ultrapassa a eólica pelo maior período de todos os tempos
A geração global de eletricidade por meio de parques solares supera, desde maio de 2024, a geração por meio de parques eólicos, marcando o maior período em que a energia solar foi a principal fonte de eletricidade renovável em escala industrial no mundo todo, segundo dados da Ember. Anteriormente, a geração de energia solar só superou a geração eólica em agosto e junho de 2023 e nunca antes havia acumulado um período tão sustentado de geração mais alta. No entanto, quando os níveis de produção solar caírem a partir do próximo mês - devido à mudança no ângulo dos raios solares -, a produção eólica recuperará seu lugar como a principal energia renovável do mundo, auxiliada pelo aumento da velocidade dos ventos à medida que o inverno se aproxima do hemisfério norte. Ainda, para 2024 como um todo, a previsão é que geração eólica total seja pelo menos 30% maior que a solar. Vale ressaltar, todavia, que a geração solar cresceu duas vezes mais rápido que a geração eólica nos últimos cinco anos, impulsionada por menores custos e mais rápida implantação, relativamente. Mas devido à capacidade dos parques eólicos de gerar eletricidade 24 horas por dia, em oposição aos parques solares, os ativos do vento provavelmente manterão seu lugar como a maior fonte mundial de eletricidade renovável. (Reuters - 30.08.2024)
Link ExternoChina: Reformas de baixo carbono serão continuadas, mas planos de transição não foram atualizados
A agência reguladora de energia da China publicou um white paper que, embora assinale a continuidade da eliminação de combustíveis fósseis e de reformas no sistema elétrica, não aponta novos planos para a transição energética nacional. Segundo o chefe da Administração Nacional de Energia, Zhang Jianhua, o país continuará a expandir o mercado spot, promover o comércio de eletricidade verde e substituir combustíveis fósseis por energia renovável. O documento também apresentou uma série de medidas já anunciadas anteriormente, compreendendo desde o avanço de tecnologias armazenamento até a conservação de energia. O país investiu cerca de US$ 676 bilhões em sua transição energética em 2023, e esses recursos contribuíram para o atendimento antecipado de metas, como a implantação de novas instalações de renováveis. A proposição de metas ambiciosas, entretanto, ainda não dá sinais e, além disso, analistas indicam que, apesar desse avanço, a China permanece atrasada em outras metas, como a de redução da intensidade de carbono da economia. (Reuters – 30.08.2024)
Link ExternoS&P: Eletricidade na América Latina já é 60% renovável
Um levantamento da S&P Global Ratings revela que a matriz de eletricidade na América Latina é composta por 60% de fontes renováveis, sendo 37% hidroelétricas, 14% eólicas e 10% solares, em contraste com 37% no mercado global. O estudo destaca a diversidade na matriz energética regional, com o Brasil dependendo fortemente de energia hidrelétrica e o México de gás natural. A análise aponta que boas condições hidrológicas e preços de petróleo e gás influenciam os preços de energia, enquanto a La Niña prevista pode ter efeitos variados nos preços conforme o local. A transição para fontes renováveis não convencionais deverá acelerar, mas fatores econômicos e políticos podem adiar os investimentos necessários. A S&P continuará monitorando as capacidades regulatórias e os investimentos em modernização das redes de distribuição. (Agência CanalEnergia - 22.08.2024)
Link ExternoNacional
PNTE: Lançamento da Política Nacional de Transição Energética
O governo brasileiro lançou a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), visando transformar a matriz energética do país para uma estrutura de baixa emissão de carbono, alinhada com o Acordo de Paris e outros objetivos de políticas públicas. A PNTE contempla investimentos de R$ 2 trilhões e estabelece conceitos como Transição Energética Justa e Inclusiva, Equidade Energética e Pobreza Energética. Para implementar a política, foi criado o Plano Nacional de Transição Energética (Plante), que terá um enfoque setorial e transversal ao longo de quatro anos, e o Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), responsável por colaborar na definição e execução das ações. O Fonte será presidido pelo Secretário Nacional de Transição Energética e contará com um comitê executivo e um plenário com representantes variados. Além disso, foi definida a participação obrigatória da Petrobras em 40% do bloco de Jaspe e a licitação de outros blocos de petróleo e gás, com bônus de assinatura estabelecidos e a possibilidade de comercialização direta de gás natural pela empresa.(Agência CanalEnergia - 28.08.2024)
Link ExternoBNDES aprova financiamento de R$ 1,1 bilhão para projetos solares em São Paulo e no Ceará
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1,14 bilhão para dois projetos de geração solar em São Paulo e no Ceará, que juntos somam aproximadamente 402 MW de potência instalada e uma garantia física de 116,5 MW médios. Com esses projetos, o BNDES alcança R$ 11,8 bilhões em financiamentos para usinas fotovoltaicas desde 2017, totalizando 23 empreendimentos com quase 4,5 GW e capacidade para abastecer mais de 5 milhões de residências. Entre janeiro de 2023 e agosto de 2024, foram aprovados R$ 4,1 bilhões para nove ativos, somando cerca de 1,5 GW. O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, destaca que isso reforça o papel do BNDES como o maior financiador de energia renovável do mundo, conforme o ranking da Bloomberg. Em Ilha Solteira, o crédito de R$ 805 milhões destina-se ao complexo fotovoltaico Novo Oriente, que terá 254,6 MW e criará 2.390 empregos, enquanto a operação no Ceará, com financiamento de R$ 339 milhões, irá instalar três centrais com 147,33 MW e gerar 987 postos de trabalho diretos e indiretos. (Agência CanalEnergia – 30.08.2024)
Link ExternoNIB: Programa recebe apoio e prevê investimento de R$ 300 bi
A "missão 5" do plano do governo federal para a Nova Indústria Brasil (NIB), que visa promover a bioeconomia, descarbonização e transição energética até 2033, foi bem recebida por entidades empresariais e especialistas, apesar dos desafios a serem enfrentados. O plano prevê um investimento inicial de R$300 bilhões até 2026, com a expectativa de que tecnologias de bioeconomia possam gerar US$592,6 bilhões anuais e reduzir até 65% das emissões de gases até 2050. Especialistas destacam a importância de um ambiente de negócios favorável, regulação eficiente e formação de mercados para o sucesso da iniciativa. A capacidade do Brasil em liderar a transformação verde, com um dos sistemas energéticos mais limpos do mundo e uma biodiversidade rica, é vista como um diferencial, mas é necessário superar barreiras regulatórias e promover a comunicação eficaz das vantagens brasileiras para atrair investimentos e suporte internacional. (Valor Econômico - 29.08.2024)
Link ExternoBanco Mundial: Implantação de usinas eólicas offshore podem render 70 Itaipus, mas ainda sofrem com custo de implantação elevados
Um estudo do Banco Mundial, entregue ao Ministério das Minas e Energia (MME), revela que a implantação de usinas eólicas offshore no Brasil demandará uma estrutura financeira especial. O estudo indica que o potencial na costa brasileira pode atingir 1.200 GW, mais de 70 vezes a capacidade de Itaipu, mas os custos iniciais de implantação são elevados, com valores projetados de US$ 64 por MWh, 50% mais altos do que em usinas eólicas terrestres. Apesar disso, espera-se que os preços caiam para entre US$ 40 e US$ 52 por MWh até 2050. Atualmente, não há um programa específico, como o Proinfa para eólicas terrestres, para essas usinas offshore. O estudo sugere a criação de um programa semelhante e sua inclusão em leilões de energia. Um cenário otimista prevê que a eólica offshore poderia representar até 20% da matriz elétrica do país, gerar 500 mil empregos e contribuir com US$ 168 bilhões ao PIB até 2050, com um custo de infraestrutura de US$ 240 bilhões e a instalação de 6,4 mil turbinas. Entretanto, previsões mais realistas da EPE estimam 4 GW em operação até 2035 e 16 GW até 2050, representando apenas 1% do potencial da costa. (Além da Energia – 29.08.2024)
Link ExternoObservatório do Clima: Liderança brasileira da agenda climática global requer redução de 92% das emissões até 2035
O Brasil precisa reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 92% até 2035 para liderar a descarbonização global, limitando as emissões a 200 milhões de toneladas de CO2 equivalente, conforme um relatório do Observatório do Clima. A meta, parte da 2ª Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) no Acordo de Paris, busca evitar um aumento superior a 1,5ºC na temperatura global e inclui desafios como financiamento para mitigação e adaptação, desmatamento zero até 2035, e proteção de populações vulneráveis. No agronegócio, são propostas práticas sustentáveis e a eliminação do desmatamento até 2030. Na energia e indústria, o Brasil planeja expandir a geração de energia renovável, eliminar o carvão até 2027 e reduzir o consumo de combustíveis fósseis, enquanto melhorias no setor de transporte e saneamento são também previstas. A adaptação às mudanças climáticas deve envolver diretamente as populações vulneráveis e incluir a criação de um Fundo Nacional de Adaptação. Financiamento adicional é necessário, com propostas para linhas de crédito específicas e a criação de fundos para conservação florestal e investimento climático. (Valor Econômico - 26.08.2024)
Link ExternoArtigo de Altino Ventura Filho: Aumento da geração solar e eólica e seus impactos no sistema elétrico
Nos últimos anos, o Brasil tem destacado a inclusão de fontes solares e eólicas na sua matriz elétrica, com as usinas eólicas atingindo uma capacidade instalada de cerca de 26 GW, representando 13% do total, e a solar somando 32 GW. Apesar do avanço, Altino Ventura Filho, especialista no setor elétrico, alerta para os desafios da integração de grandes volumes dessas fontes intermitentes no Sistema Integrado Nacional (SIN). Ele explica que, embora a geração eólica e solar seja benéfica econômica e ambientalmente, a sua natureza intermitente pode comprometer a configuração, operação e confiabilidade do sistema. Isso ocorre porque essas fontes não estão disponíveis o tempo todo e podem exigir a utilização de usinas hidrelétricas e térmicas para compensar a falta de geração contínua. Ventura Filho, que possui extensa experiência no setor, destaca que a alta proporção de geração intermitente pode levar ao aumento do uso de combustíveis fósseis, déficits sistêmicos e custos adicionais para os consumidores. Ele sugere que, para aproveitar plenamente a geração solar e eólica, são necessárias mudanças no SIN para adaptar a gestão e alocação dessas fontes.(Além da Energia– 30.08.2024)
Link ExternoArtigo de Claudia Abroisio: Crescimento da energia solar e a necessidade de reciclagem
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Claudia Abrosio (sócia no escritório Ayres Ribeiro Advogados) e Luiz Felipe Menedin (advogado tributarista do escritório Ayres Ribeiro Advogados) tratam das implicações da crescente adoção de energia limpa no Brasil, destacando o recente crescimento da energia solar fotovoltaica, cuja participação na matriz elétrica aumentou de 11,6% para 17% em um ano, e que evitou a emissão de 45 milhões de toneladas de CO2. Eles discutem a necessidade de uma abordagem sustentável ao longo do ciclo de vida dos produtos, incluindo os desafios ambientais relacionados aos painéis solares. A aprovação do PL nº 998/24, que visa promover a reciclagem e o reaproveitamento desses painéis, é um passo crucial. O projeto estabelece diretrizes para a Política de Incentivo ao Desenvolvimento da Logística Reversa de Painéis Fotovoltaicos, incentivando a pesquisa e a inovação tecnológica, além de criar um sistema robusto de reciclagem com incentivos fiscais e financeiros. A proposta ainda precisa passar por análise e aprovação nas comissões e no Senado para se tornar lei.(Agência CanalEnergia - 28.08.2024)
Link ExternoAumento de 30% na importação de módulos fotovoltaicos no primeiro semestre de 2024
No primeiro semestre de 2024, o Brasil estabeleceu um novo recorde ao importar 10,7 GWp de módulos fotovoltaicos, marcando um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme o estudo da Greener. Destes, 7,5 GW foram direcionados ao mercado de geração distribuída (GD), refletindo um crescimento de 5 pontos percentuais, enquanto 3,2 GW foram para geração centralizada (GC). O primeiro trimestre de 2024 registrou o maior volume trimestral histórico de 5,6 GW, com um aumento de 59% em relação ao primeiro trimestre de 2023. A queda nos preços dos sistemas fotovoltaicos, impulsionada pela redução de 40% no preço do polissilício N-Type e uma redução de 13% no preço do aço, contribuiu para a recuperação do mercado, especialmente no setor residencial. O investimento em GD Solar atingiu R$ 11 bilhões, com a região Sudeste liderando os investimentos. O financiamento representou 51% das vendas, beneficiado pela redução das taxas de juros e pela maior confiança dos bancos. A taxa de conversão de vendas dobrou para 14,9%, e a proporção de cidades com sistemas FV instalados alcançou 99,6%. A tendência de queda nos preços e o aumento das vendas de sistemas maiores são sinais de um mercado em crescimento e adaptação.(Agência CanalEnergia – 26.08.2024)
Link ExternoRegulação e Reestruturação do Setor
Aneel: REN 1.098/24 introduz mudanças para a geração distribuída
A Resolução Normativa (REN) 1.098/24 da Aneel atualiza as regras para a Geração Distribuída (GD) no Brasil, revisando aspectos como a compensação de energia gerada e consumida, e redefinindo a forma como os créditos de energia são calculados e utilizados. O objetivo é equilibrar os benefícios da GD com os custos do sistema elétrico, além de simplificar e acelerar o processo de conexão para investidores em energia própria. A resolução também estabelece critérios técnicos para garantir a estabilidade e segurança da rede, incluindo diretrizes específicas para o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), visando à integração segura de GD em habitações populares. As novas normas promovem eficiência e transparência, incentivando a adoção de fontes de energia renováveis e contribuindo para metas de sustentabilidade e descarbonização. (MG - 22.08.2024)
Link ExternoArtigo de Marcos da Costa Cintra: "Coordenar para evoluir e integrar o setor elétrico"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Marcos da Costa Cintra (presidente do Instituto Pensar Energia) trata dos desafios estruturais enfrentados pelo setor elétrico brasileiro, que resultam em uma das contas de luz mais caras do mundo, apesar da abundância de fontes de energia e preços competitivos. A falta de um mercado bem estruturado e a necessidade de coordenação entre geração e transmissão elevam os custos e dificultam a integração de fontes renováveis. Cintra destaca a urgência de uma reforma que simplifique a regulação, fortaleça a coordenação estatal e implemente um modelo híbrido que combine rigor e flexibilidade. Sugere a ampliação do papel do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e a redução do Conselho Nacional de Política Energética para melhorar a eficiência e a governança do setor, além de reforçar a Aneel e considerar a criação de um tribunal administrativo para resolver conflitos de forma mais ágil. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2024)
Link ExternoMME: Setor chegou ao limite e está à beira do precipício do ponto de vista tarifário
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em evento de lançamento da Política Nacional de Transição Energética que o setor elétrico do Brasil está "à beira do precipício" do ponto de vista tarifário e é necessário construir uma política "convergente" no país com liberdade e justiça tarifária. Ele destacou a importância da união do setor para buscar a sustentabilidade na área e evitar um colapso do setor que afetaria todas as associações. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros acompanharam a cerimônia. Silveira ressaltou que é preciso recuperar e reconstruir uma política convergente em prol do Brasil e da sustentabilidade do setor elétrico. (Broadcast Energia – 26.08.2024)
Link ExternoAbsolar: Segmento solar pode recorrer ao Legislativo para garantir acesso da GD
A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) está considerando alternativas legislativas, como o PL 624/2023 no Senado, para garantir o acesso de sistemas de geração distribuída (GD) sem impedimentos relacionados à inversão e fluxo. A preocupação é que a Aneel aprovou uma regra conservadora que dispensa a aprovação das concessionárias apenas para sistemas de até 7,5 kWp, muito aquém da proposta inicial de 50 kWp da associação. A Absolar também criticou a necessidade de abrir mão de certos direitos para conectar os sistemas sem questionamentos, destacando que isso tem causado dificuldades no setor, incluindo a quebra de empresas em Minas Gerais. Além disso, a associação aguarda a apresentação dos cálculos de benefícios e custos da GD pela Aneel, prevista na Lei 14.300/2021, e prevê que o crescimento da capacidade instalada no Brasil em 2024 pode alcançar 11 GW, superando as estimativas anteriores. (Agência CanalEnergia - 27.08.2024)
Link ExternoAbsae: Expansão do armazenamento está à espera de regras
A Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae) prevê um crescimento significativo no mercado de baterias no Brasil a partir de 2025, impulsionado por uma possível regulamentação da Aneel via Resolução Normativa. A entidade defende que os sistemas de armazenamento de energia podem substituir térmicas no horário de ponta, resultando em economias significativas. Embora a parte técnica da regulamentação esteja quase finalizada, a decisão depende de uma escolha política, especialmente em relação à participação desses dispositivos em leilões de capacidade. Além disso, a Absae destaca a importância de políticas públicas e a redução de tributos para incentivar o desenvolvimento dessa indústria, citando a queda nos preços das baterias como um fator positivo. (Agência CanalEnergia - 27.08.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Brasil: Adoção de energia renovável e eletrificação da frota ganham destaque nas indústrias
De acordo com o estudo Risk Barometer da Allianz Commercial, as mudanças climáticas são a principal preocupação das empresas no Brasil. A pesquisa revelou que 89% das indústrias estão adotando ações para reduzir resíduos sólidos, 86% para otimizar o consumo de energia e 83% para diminuir o uso de água. A energia renovável, especialmente a solar, é uma prioridade para 53% das empresas, visando a redução das emissões de carbono e a diminuição dos custos com energia. Além da energia solar, os sistemas de armazenamento em baterias (BESS) e a eletrificação da frota de veículos são destacados como essenciais para uma indústria mais verde e sustentável. Exemplos como a mineradora no Peru, que reduziu suas emissões e custos usando baterias em vez de geradores a diesel, ilustram a eficácia dessas soluções. A eletrificação da frota também se mostra vantajosa, com custos operacionais menores e incentivos governamentais em expansão. A Huawei Digital Power Brasil estará presente na Intersolar South America 2024, apresentando inovações tecnológicas para promover um futuro sustentável.(Agência CanalEnergia - 27.08.2024)
Link ExternoGeotab: Híbridos estão operando com combustíveis fósseis para 86% de suas necessidades energéticas
Um estudo da Geotab revelou que muitos operadores de frotas que utilizam híbridos plug-in (PHEVs) não estão recarregando seus veículos conforme necessário, comprometendo os benefícios ambientais e de eficiência esperados desses modelos. Os PHEVs devem ser recarregados regularmente para maximizar sua eficiência e reduzir emissões, mas a pesquisa mostrou que esses veículos estão operando com combustíveis fósseis para 86% de suas necessidades energéticas, resultando em emissões de CO2 até 3,5 vezes maiores do que o indicado em testes padrão. Sem recarga adequada, a eficiência dos PHEVs cai para apenas 16 km/l, semelhante à dos veículos a gasolina. Embora PHEVs possam oferecer boa eficiência quando carregados corretamente, muitos operadores de frota não têm dados ou estratégias para garantir o uso apropriado. Em contraste, veículos totalmente elétricos eliminam a necessidade de preocupações com recarga, oferecendo uma alternativa mais prática para reduzir emissões. A recomendação para os operadores de frota é educar os motoristas sobre a importância da recarga ou adotar veículos totalmente elétricos.(Inside EV – 26.08.2024)
Link ExternoABVE: Reciclagem de baterias de lítio e o impacto ambiental dos veículos elétricos
A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) confirmou que as baterias de lítio usadas em veículos eletrificados podem ser 100% recicladas, minimizando impactos ambientais. A reciclagem dessas baterias, uma prática já estabelecida globalmente e no Brasil, é realizada por empresas como Re-Teck, Energy Source e Lorene. Com a popularização dos veículos elétricos e híbridos e a grande quantidade de dispositivos eletrônicos como smartphones e notebooks no país, que totalizam 42,2 mil toneladas de baterias em operação, a reciclagem se torna crucial. A ABVE destaca que, apesar das baterias perderem capacidade com o tempo, elas não precisam ser trocadas inteiramente e as células danificadas são recicladas. Além disso, as baterias podem ter uma "segunda vida" em sistemas de armazenamento de energia. A recente proposta de incluir veículos elétricos no Imposto Seletivo, criado para produtos nocivos ao meio ambiente, é contestada pela ABVE, que argumenta que esses veículos são benéficos para a saúde e o meio ambiente. A reciclagem das baterias, que gera materiais valiosos como lítio, cobalto e níquel, é importante para o mercado global e contribui para a preservação ambiental.(Inside EVs – 28.08.2024)
Link ExternoBYD se torna a sétima maior montadora mundial com crescimento de 40% no 2º tri
No segundo trimestre de 2024, a chinesa BYD superou Honda e Nissan, tornando-se a sétima maior montadora do mundo em termos de vendas, com um crescimento de 40% nas vendas, totalizando 980 mil unidades. Esse sucesso foi impulsionado pela alta demanda por seus veículos elétricos acessíveis, especialmente no exterior, onde as vendas quase triplicaram. A BYD havia ocupado a 10ª posição no mesmo período de 2023 e agora está se aproximando da Ford, com os veículos elétricos da empresa ganhando destaque no mercado global. Em contraste, montadoras japonesas como Honda e Suzuki enfrentam declínios significativos, especialmente na China, o maior mercado automotivo do mundo. A BYD está expandindo sua presença internacionalmente, abrindo novas fábricas e enfrentando tarifas elevadas impostas por vários países, incluindo EUA e União Europeia. A competição no setor está forçando uma possível consolidação e parcerias, como a da Honda com Nissan e Mitsubishi, para enfrentar o desafio das montadoras chinesas. (Valor Econômico - 23.08.2024)
Link ExternoAtraso na planta de baterias reflete adoção mais lenta de VEs nos EUA
A General Motors adiou para 2027 o início da produção de sua nova planta de baterias em New Carlisle, Indiana, o que marca um novo atraso em sua transição para veículos elétricos. A montadora e sua parceira Samsung SDI divulgaram o novo cronograma em um comunicado, com a fábrica custando US$ 3,5 bilhões. O atraso reflete uma adoção mais lenta do mercado de veículos elétricos nos EUA do que o esperado, levando a GM a adiar ou cancelar vários modelos e metas de produção. Apesar dos desafios, a CEO Mary Barra afirma que a empresa continua comprometida com um futuro elétrico e planeja montar 200 mil veículos elétricos este ano, embora tenha vendido cerca de 38 mil no primeiro semestre de 2024. A GM já opera fábricas de baterias em Ohio e Tennessee e está desenvolvendo uma nova fábrica em Lansing, Michigan, com a Ultium Cells. A planta de Indiana deve representar 15% a 20% da capacidade total de baterias planejada pela GM nos EUA. (Valor Econômico - 27.08.2024)
Link ExternoCanadá: Tarifa de 100% sobre veículos elétricos chineses e aumento das tensões comerciais
O governo canadense anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos (EVs) fabricados na China, seguindo a política similar dos Estados Unidos, em resposta às práticas comerciais chinesas vistas como desleais devido aos subsídios que permitem preços muito baixos no mercado global. O primeiro-ministro Justin Trudeau justificou a medida como uma defesa contra as vantagens injustas concedidas à China, que afetam negativamente a indústria local. Além dos EVs, o Canadá também aplicou uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio chineses e pode impor tarifas adicionais após uma consulta sobre baterias e semicondutores. A decisão surge em um contexto de tensões comerciais e pode complicar a entrada da BYD, principal fabricante de EVs da China, no mercado canadense, aumentando seus custos e tornando seus veículos menos competitivos. A postura canadense alinha-se com a dos EUA, que também criticam as políticas de subsídios chineses e buscam uma abordagem coordenada entre os países ocidentais para enfrentar esses desafios. A China defende suas políticas como um incentivo à transição para uma economia verde, mas a disputa comercial continua a impactar diversas indústrias.(Inside EVs – 26.08.2024)
Link ExternoChina acusa Canadá de protecionismo após tarifa de 100% sobre VEs chineses
No dia 27 de agosto, a China acusou o Canadá de protecionismo após o governo canadense, liderado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau, impor uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos importados da China. A decisão alinha-se com tarifas semelhantes impostas pelos Estados Unidos, intensificando as disputas comerciais entre o Ocidente e Pequim. O Ministério do Comércio da China condenou as tarifas como prejudiciais à estabilidade das cadeias globais de fornecimento e aos laços econômicos entre os países, classificando-as como uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). A China pediu ao Canadá que revogue a medida e prometeu defender os interesses das empresas chinesas. A decisão canadense segue um encontro recente de Trudeau com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, que incentivou uma postura mais rigorosa contra veículos elétricos chineses. (Valor Econômico - 27.08.2024)
Link ExternoBangladesh: A eficiência energética como instrumento para segurança energética
Entre 2009 e 2024, Bangladesh focou na expansão da infraestrutura de energia, mas não conseguiu desenvolver adequadamente seus recursos energéticos, resultando em um fornecimento instável e tarifas elevadas. Para melhorar a segurança energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados, o país deve priorizar a eficiência energética (EE). O plano diretor de EE aponta para economias significativas nos setores industrial e doméstico até 2030. Implementar políticas eficazes de EE, como auditorias de energia e rotulagem de aparelhos, é crucial para reduzir a demanda e os custos de energia, melhorando assim a segurança energética e reduzindo a necessidade de novas usinas. (IEEFA - 26.08.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Brasil: CNI destaca 24 projetos de hidrogênio verde e investimentos de R$ 188,7 bilhões
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o Brasil anunciou 24 projetos de hidrogênio verde, com investimentos totais de R$ 188,7 bilhões. O estudo destaca a expectativa de que o país terá um dos menores custos globais para a produção de hidrogênio até 2030, devido à queda nos preços dos eletrolisadores e ao aumento da oferta de energia limpa. O Porto de Parnaíba (PI) terá a maior capacidade de eletrólise, com 10 GW, enquanto o Ceará lidera em capacidade instalada com 15,9 GW. O Porto de Pecém (CE) se destaca com R$ 110,6 bilhões em investimentos. O Brasil está alinhado com a tendência global, onde 87 países possuem projetos de hidrogênio, com destaque para Alemanha, EUA e Austrália. A Lei 14.948, que regulamenta o hidrogênio de baixo carbono, marca um avanço significativo para a indústria brasileira. O país também busca expandir a produção interna de amônia verde, crucial para fertilizantes, e está explorando a amônia como combustível marítimo, demonstrando seu compromisso com a descarbonização e a segurança alimentar.(Agência CanalEnergia – 26.08.2024)
Link ExternoDelloite: Avaliação do impacto da regulamentação do hidrogênio com baixo teor de carbono na UE
A Deloitte, em colaboração com a Agora Energiewende, lançou um relatório sobre o impacto da regulamentação de hidrogênio com baixo teor de carbono na União Europeia. O estudo utiliza um modelo de mercado de eletricidade especialmente configurado, associado a um modelo internacional de comércio de hidrogênio. O relatório avalia a regulamentação de baixo carbono com ênfase na competitividade da produção de hidrogênio por eletrólise na Europa, a produção de hidrogênio renovável no continente e as importações de combustíveis de baixo carbono. (Deloitte - julho de 2024)
Link ExternoEspanha: Chinesa Hygreen Energy investirá € 2 bi em usina de H2V
A fabricante chinesa de eletrolisadores Hygreen Energy anunciou que investirá € 2 bilhões em uma planta de hidrogênio verde (H2V) na região da Andaluzia, no sul da Espanha. O aporte faz parte de um conjunto mais amplo de acordos para o desenvolvimento da cadeia vetor energético no país. A região espanhola está se posicionando como líder em hidrogênio verde na Europa, aproveitando seu abundante potencial de geração de eletricidade renovável. Todavia, embora seja visto como essencial para descarbonizar a economia no futuro, os projetos de H2V em geral, devido aos altos custos, não são competitivos sem subsídios. (Reuters – 28.08.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Brasil/CCEE: Modernização da plataforma de informações triplicou a velocidade de entrega de relatórios
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) investiu recentemente na modernização de seu parque tecnológico e, em especial, da plataforma de Divulgação de Resultados e Informações (DRI). Com essa investida, a entidade triplicou a velocidade de processamento dos relatórios extraídos pelos associados em lote. Em julho, foram registradas 1.914 solicitações, e mais de 95% dessas foram atendidas em menos de 30 minutos. Na média, a ferramenta foi capaz de processar até 2.520 relatórios a cada 60 minutos, quase 285% mais rápido do que ocorria em 2023. A atualização tecnológica não apenas fortaleceu a infraestrutura disponível para os agentes, como também simplificou significativamente os processamentos diários de dados e informações, tornando a experiência mais fluida e acessível. Ademais, ainda em 2024, a organização deu início a uma revolução em sua infraestrutura computacional, com investimentos de R$ 60 milhões em tecnologias de Data Center que triplicaram a sua capacidade de armazenamento e processamento de dados. (Agência CanalEnergia - 27.08.2024)
Link ExternoBrasil/Absolar: GD solar representa 4,5% das unidades consumidoras no mercado cativo
O Brasil ultrapassou 4 milhões de unidades consumidoras (UCs) abastecidas por energia solar no segmento de geração distribuída (GD), representando 4,5% do total de UCs no mercado cativo brasileiro, segundo a ABSOLAR. Esse marco reflete o potencial de crescimento da energia fotovoltaica no país, impulsionado por uma queda de mais de 50% no preço dos equipamentos em 2023. Comparado a países como a Austrália, onde mais de 30% das UCs são atendidas por energia solar, o Brasil ainda tem muito a avançar. O crescimento da geração solar descentralizada fortalece a sustentabilidade, reduz custos e perdas elétricas, diminui a dependência de infraestruturas de transmissão e contribui para a proteção ambiental, posicionando o Brasil como um protagonista na transição energética global. (Canal Solar - 23.08.2024)
Link ExternoPwC: Impacto disruptivo da blockchain aguarda desenvolvimentos adicionais e aplicações mais claras
A tecnologia blockchain está ganhando destaque no setor energético por seu potencial de revolucionar a forma como as informações são rastreadas e transacionadas. Especialistas acreditam que a blockchain pode aumentar a eficiência, transparência e segurança, facilitando a adoção de energias sustentáveis e a redução de custos. De acordo com um estudo da PwC Brasil, 83% dos entrevistados veem um impacto disruptivo da blockchain, criptomoedas e tecnologias associadas, embora muitos ainda aguardem desenvolvimentos adicionais e maior clareza sobre como aplicar essas inovações. A tecnologia blockchain pode contribuir para a descentralização do setor energético, melhorar a gestão das redes elétricas e fomentar o comércio de energia renovável. Apesar de estar em estágios iniciais no Brasil, há um consenso de que a blockchain pode permitir uma maior integração de fontes renováveis e ajudar na criação de redes mais inteligentes e conectadas, alinhando-se com a Agenda 2030 da ONU para a sustentabilidade. (Agência CanalEnergia - 23.08.2024)
Link ExternoKPMG: Tema da cibersegurança ganha cada vez mais importância no setor elétrico
Um relatório publicado pela KPMG aborda a importância do endereçamento da segurança cibernética por parte do setor elétrico. Segundo Rodrigo Milo, sócio de segurança cibernética e privacidade da KPMG no Brasil, em razão do caráter crítico e das conexões com outras indústrias, esse segmento tem sido alvo frequente de ataques e vem sendo incentivado a adotar uma abordagem em várias camadas para gerenciar a segurança cibernética. O executivo explica que equipamentos que controlam geração e distribuição fazem parte de sistemas que estão protegidos, todavia, é esperado que esses ambientes precisarão ser modernizados e as novas tecnologias passam pela digitalização. “Ao passo que a convergência entre TI e TO avança a necessidade de segurança dos sistemas é maior”, aponta. O documento publicado apresenta três considerações centrais sobre o assunto, que compreendem: fronteiras globais, modernização da segurança da cadeia de suprimentos, e alinhamento da segurança cibernética à resiliência organizacional. Milo, por fim, constata que, ante a integração energética global, o conceito de segurança deve ser padronizado com a “subida da régua” de cibersegurança, não apenas nas empresas, mas em seus fornecedores também. (Agência CanalEnergia - 20.08.2024)
Link ExternoGartner: Gastos globais com segurança da informação devem somar US$ 212 bi em 2025
De acordo com uma nova previsão do Gartner, os gastos mundiais do usuário final com segurança da informação devem totalizar US$ 212 bilhões em 2025, um aumento de 15,1% em relação a 2024. Este ano, estima-se que os gastos globais com segurança da informação cheguem a US$ 183,9 bilhões. O ambiente de ameaças intensificado, o movimento da Nuvem e a crise de talentos estão empurrando a segurança para o topo da lista de prioridades e pressionando os diretores de Segurança da Informação (CISOs) a aumentar os gastos com segurança de suas organizações”, disse Shailendra Upadhyay, diretor sênior de Pesquisa do Gartner. “Além disso, as organizações estão atualmente avaliando suas necessidades de plataforma de proteção de endpoint (EPP) e detecção e resposta de endpoint (EDR) e fazendo ajustes para aumentar sua resiliência operacional e resposta a incidentes após a interrupção da CrowdStrike”, completou. (Inforchannel - 28.08.2024)
Link ExternoEUA: VPPs estão transformando os mercados de energia
Com o aumento de eventos climáticos extremos nos Estados Unidos, o desenvolvimento de Usinas Virtuais de Energia (VPPs) está se tornando crucial para enfrentar os desafios energéticos, usando recursos renováveis conectados e distribuídos. No Texas, onde recentes furacões e tornados causaram apagões massivos, a ERCOT lançou um programa piloto para integrar recursos de energia distribuída (REDs), permitindo que pequenos geradores e baterias residenciais contribuam para a estabilidade da rede. A Califórnia, que lidera a produção de energia solar, enfrenta desafios devido a mudanças tarifárias que afetam a viabilidade da energia solar em telhados. O estado lançou o programa Demand Side Grid Support (DSGS), incentivando o uso de baterias residenciais para apoiar a rede em momentos de alta demanda. (Solar Power World - 22.08.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Brasil: Cortes na geração de energia renovável causam prejuízos de quase R$ 1 bi
Os cortes na geração de energia renovável no Brasil geraram prejuízos próximos a R$ 1 bilhão, com perdas de R$ 237 milhões para a energia solar e mais de R$ 700 milhões para a eólica. Esses cortes, decididos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devido à falta de demanda, resultam em perdas para as usinas, que buscam compensação por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS). Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, criticou a postura conservadora do ONS desde o apagão de 15 de agosto de 2023, destacando que os cortes afetam desproporcionalmente as fontes renováveis que não possuem armazenamento. As associações do setor estão buscando soluções judiciais e políticas para revisar os procedimentos e evitar que os consumidores arcassem com os custos adicionais. (Valor Econômico - 27.08.2024)
Link ExternoBrasil: Crescimento de parques eólicos e solares gera desafios para reciclagem
O crescimento dos parques eólicos e solares no Brasil está criando desafios para a destinação adequada de equipamentos ao final de sua vida útil, com o risco de surgirem "cemitérios" de cataventos e painéis solares devido à legislação insuficiente. Em Aquiraz, Ceará, pás eólicas foram descartadas irregularmente, e a reciclagem de painéis solares enfrenta dificuldades devido ao uso de materiais poluentes e processos complexos. Especialistas pedem regulamentações mais detalhadas para a reciclagem desses equipamentos e sugerem que planos de reciclagem sejam incluídos nas licenças das empresas. Enquanto a União Europeia já tem regras rígidas e metas de reciclagem para 2030, o Brasil ainda está desenvolvendo iniciativas, como as da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e parcerias com empresas de reciclagem, para lidar com o aumento dos resíduos. (O Globo - 25.08.2024)
Link ExternoAlemanha: Reorganização da distribuição de custos da adição de mais renováveis à rede elétrica
A agência reguladora da Alemanha anunciou planos de tornar mais uniforme a partilha dos custos de compensação dos operadores da rede pelos investimentos em nova capacidade instalada de energias renováveis entre os consumidores. Até 2045, na esteira das metas nacionais de descarbonização, são estimados € 450 bilhões em custos de expansão da rede. Esses, que serão repassados aos consumidores por meio de suas contas de energia. Disputas regionais quanto ao preço da eletricidade estão solapando a aceitação da ampliação da geração de energia renovável. Os novos regulamentos, destarte, estabelecem uma estrutura para identificar operadores de rede que enfrentam custos particularmente altos devido à integração de energia renovável. Esses operadores receberão compensação financeira, e os custos serão distribuídos de forma mais uniforme entre todos os consumidores de eletricidade em todo o país. Ainda, nos próximos meses, a agência assinalou que refinará o modelo, começando por identificar operadores que são desproporcionalmente afetados pelos custos. "A transição energética é uma tarefa conjunta, e os investimentos nas redes beneficiam a todos", enfatizou Klaus Mueller, presidente da Agência Federal de Redes. (Reuters – 30.08.2024)
Link ExternoEUA: Taxa de crescimento dos empregos em energia limpa foi o dobro da taxa geral em 2023
A taxa de crescimento dos empregos no setor de energia limpa dos Estados Unidos em 2023 foi mais que duas vezes maior do que a de empregos gerais, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). O número de ocupações nesses negócios – que incluem energia eólica, solar, nuclear e armazenamento de baterias – aumentou em 142 mil, ou 4,2% no último ano, enquanto a taxa geral figurou em 2%. Além disso, a taxa de sindicalização no setor de energia limpa (12,4%) ultrapassou pela primeira vez a taxa do setor de energia em geral (11%). Segundo o chefe de empregos em energia do DoE, empregos na construção de energia limpa, impulsionados pela legislação e investimentos do setor privado, devem continuar por décadas para construir a infraestrutura de energia limpa que o país precisa. Quanto ao perfil da força de trabalho, a composição do setor de energia continua sendo majoritariamente masculina, com uma média de 73%, ao passo que a média geral é de 53%. As mulheres, por sua vez, foram responsáveis por cerca de metade dos novos empregos em energia em 2022, mas apenas 17% dos adicionados em 2023. (Reuters – 28.08.2024)
Link ExternoArtigo de Silvia Bernardino e Renata Yuasa: "Questões de ESG em processos de M&A"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Silvia Bernardino (sócia da área transacional do Trench Rossi Watanabe) e Renata Yuasa (associada da área transacional do Trench Rossi Watanabe) tratam do crescente impacto dos critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas aquisições empresariais. Segundo uma pesquisa da Deloitte, mais de 70% dos líderes de M&A desistem de negócios devido a preocupações ESG identificadas durante auditorias, refletindo uma mudança significativa na importância desses fatores na decisão de compra. Os investidores agora valorizam empresas com políticas ESG robustas e estão dispostos a pagar mais por elas, reconhecendo a sustentabilidade como uma estratégia de longo prazo essencial. A integração de critérios ESG está se tornando uma parte crucial do processo de auditoria em fusões e aquisições, com um aumento no uso de métricas específicas e garantias relacionadas a esses fatores. As novas regulamentações e padrões internacionais, como o Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono (CBAM) da UE e as diretrizes do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB), também reforçam a necessidade de conformidade e transparência em questões de sustentabilidade. (GESEL-IE-UFRJ – 30.08.2024)
Link ExternoEventos
GESEL na 7ª Edição do “Encontro ACEP Cidades Inteligentes”
O Professor Nivalde de Castro, coordenador do GESEL, estará presente, como palestrante, na 7ª Edição do “Encontro ACEP Cidades Inteligentes”, no próximo dia 24 de setembro. O evento, que tem se consolidado como uma plataforma fundamental para discussões inovadoras sobre o futuro das cidades e a integração de novas tecnologias para um ambiente urbano mais sustentável e eficiente, acontece na sede da ACEP — Associação Comercial e Empresarial de Petrópolis. Castro palestrará tendo como tema “As Cidades Inteligentes na Transição Energética”. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2024)
Link ExternoWebinar: Hidrogênio Natural e Plano Municipal do Uso do Hidrogênio de Maricá-RJ
O evento apresentou o plano pioneiro para o uso do hidrogênio desenvolvido para a cidade de Maricá, RJ, que visa garantir um futuro mais limpo e sustentável para seus habitantes. O webinar contou com a participação do Subsecretário de Indústria, Petróleo e Porto de Maricá-RJ Magnun Amado, o qual é o coidealizador da Política Municipal do Hidrogênio e gestor das políticas renováveis e de tecnologia referentes ao hidrogênio no município de Maricá. A gravação do evento está disponível no canal do YouTube da H2Todos.
Link ExternoLivro sobre Segurança e Transição Energética foi lançado em 20 de agosto
A Editora Synergia lançou do Tomo III do livro coletivo Segurança e Transição Energética, no dia 20 de agosto, na sede da FGV Rio de Janeiro. Este terceiro tomo reuniu 62 coautores que, com sua expertise, assinaram 34 capítulos, abordando temas correlatos à sustentabilidade do setor de energia, entendida não só como a preservação dos recursos naturais, mas, também, a resiliência e eficácia das instituições. “Nunca, como no momento atual, em que enfrentamos eventos climáticos extremos, como os ocorridos no Rio Grande do Sul, com as enchentes de maio, se falou tanto na importância da resiliência dos sistemas para fazer frente às interrupções no suprimento de eletricidade. Igualmente, nunca antes se necessitou tanto debater a qualidade da prestação do serviço público de energia elétrica, a valorização dos atributos e a complementaridade das fontes de energia, pois, como ressaltaram dois coautores, “quanto mais plural, controlável, diversificado e integrado for o sistema de eletricidade de uma nação, maior será sua capacidade de reação à imensa diversidade de intempéries que podem abalar a sua capacidade de atender à carga”. (Agência CanalEnergia - 14.08.2024)
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