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IFE Transição Energética 67
Dinâmica Internacional
Artigo de Aitor Jauregui: "Infraestrutura, chave para o desenvolvimento"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Aitor Jauregui (head da BlackRock América Latina) trata dos desafios globais que exigem uma nova abordagem para o desenvolvimento de infraestrutura, destacando a necessidade de investimentos significativos para a transição para uma economia de baixo carbono, realinhamento das cadeias de suprimentos e urbanização acelerada. O estudo “The New Infrastructure Blueprint” da BlackRock sublinha a urgência de atualizar centros logísticos, aeroportos e infraestrutura para Inteligência Artificial, como data centers e fábricas de semicondutores. A BlackRock anunciou a aquisição da Global Infrastructure Partners para criar uma líder global em investimentos em infraestrutura, e está focada em mercados emergentes, como o Brasil e o México, para promover investimentos estratégicos. Diante da crescente dívida pública e da limitação dos governos em financiar todas as necessidades, o capital privado e as parcerias público-privadas ganham importância crucial para a construção e modernização da infraestrutura necessária para suportar o crescimento econômico e a sustentabilidade a longo prazo. (GESEL-IE-UFRJ – 20.08.2024)
Link ExternoArtigo de Claudio de Moraes: "Qual o papel dos bancos centrais na crise climática?"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Claudio de Moraes (doutor em Economia) trata da evolução do papel dos bancos centrais frente à crise climática. Tradicionalmente focados em estabilidade financeira e controle da inflação, esses bancos agora incorporam considerações ambientais em suas políticas, reconhecendo os riscos sistêmicos da mudança climática. Moraes destaca como o Banco Central do Brasil se destaca nesse contexto, ao integrar riscos climáticos em seu gerenciamento e ao adotar inovações tecnológicas como o Pix para garantir a resiliência financeira. Ele também ressalta a importância da credibilidade e independência dos bancos centrais para a eficácia dessas novas abordagens. (GESEL-IE-UFRJ – 23.08.2024)
Link ExternoRetrocessos climáticos em países como Nova Zelândia, EUA e Reino Unido
Governos de todo o mundo estão lutando para equilibrar compromissos climáticos com necessidades fiscais, resultando em vários retrocessos. A Nova Zelândia, sob o governo de Christopher Luxon, reverteu várias políticas ambientais, como a proibição da exploração de petróleo e gás, e adiou a precificação das emissões agrícolas. Nos EUA, há receios de que uma possível vitória de Trump em novembro possa levar a uma nova saída do Acordo de Paris, o que poderia enfraquecer o acordo global. Na Austrália, o partido Coalizão sugere uma possível redução das metas climáticas se vencer as eleições de 2025, o que gerou especulações sobre a permanência no acordo. O Reino Unido também fez reveses significativos, como adiar a proibição de veículos a gasolina e diesel para 2035 e atrasar a eliminação das caldeiras de combustíveis fósseis para 2035, levando a críticas e preocupações sobre a continuidade dos compromissos verdes do país. Esses movimentos refletem um desafio global em cumprir promessas climáticas frente a pressões econômicas.(Energy Monitor – 21.08.2024)
Link ExternoEUA: Impacto potencial das reformas de infraestrutura na energia eólica, solar e gás é debatido por especialistas
Em artigo publicado pela WoodMac, Ed Crooks (Vice-presidente sênior, executivo de liderança de pensamento) explora a importância da Lei de Redução da Inflação (IRA) como a legislação climática mais significativa dos EUA, destacando os créditos fiscais para energia de baixo carbono que ela oferece. No entanto, o senador Joe Manchin, que foi crucial para a aprovação da IRA, considera essa lei apenas o início de uma estratégia de duas partes, com a segunda parte focada em reformar os processos de aprovação de infraestrutura para acelerar tanto o uso de tecnologias de energia de baixo carbono quanto a produção e processamento de combustíveis fósseis. Manchin está co-patrocinando uma proposta de lei com o senador John Barrasso para implementar essas reformas, que, embora criticadas por grupos ambientais, recebem apoio das indústrias de renováveis e de petróleo e gás. Crooks, junto com Melissa Lott e Emily Grubert, debate o impacto potencial da proposta nas energias eólica e solar, além dos gasodutos e plantas de LNG, incluindo a remoção da "pausa" na aprovação de exportações de LNG e a necessidade de uma nova estratégia nacional para o papel do gás, além dos riscos associados à remoção de carbono.(Woodmac – 20.08.2024)
Link ExternoEUA: CPUC estabelece nova estratégia para aquisição de energia limpa na Califórnia
A Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC) estabeleceu uma nova estratégia para a aquisição centralizada de energia limpa, visando adquirir até 10,6 GW em recursos energéticos de longo prazo. Este plano inclui 7,6 GW de energia eólica offshore, 1 GW de energia geotérmica, 1 GW de armazenamento de energia de longa duração e 1 GW de armazenamento com descarregamento de pelo menos 12 horas. A CPUC selecionou essas tecnologias por seu potencial para acelerar a redução de gases de efeito estufa do estado até 2045, diversificar as fontes energéticas e reduzir custos. A decisão visa permitir uma escala que diminua os preços e destaca a necessidade de fontes de financiamento adicionais. A CPUC pretende concluir a estratégia até 2037, fortalecendo a infraestrutura energética da Califórnia. Recentemente, o estado alcançou 100% de energia renovável por 100 dias e aprovou planos para novos projetos solares e eólicos offshore. Além disso, um acordo de $12,6 bilhões foi assinado para criar um hub de hidrogênio, ampliando ainda mais a capacidade de energia limpa da Califórnia.(Energy Monitor – 23.08.2024)
Link ExternoChina: Publicação de diretrizes para a comercialização de energia verde de médio e longo prazo
A China emitiu diretrizes para o comércio de energia verde de médio e longo prazo, consistentes com uma abordagem mais baseada no mercado. São contempladas pelas regras a energia eólica, solar, hidrelétrica e geotérmica, segundo o planejamento chinês. As normas visam padronizar o comércio de energia limpa entre regiões e estabelecem um mecanismo de preços no qual os índices da energia verde serão determinados pelo preço da eletricidade mais o preço dos certificados verdes. Ainda, as novas diretrizes miram facilitar a participação de empresas voltadas para a exportação. Além disso, a investida pode ajudar o país a abandonar a dependência de subsídios. Essas medidas estão na esteira do plano do chinês de reformar o setor de energia para criar um mercado nacional unificado até 2030. (Reuters – 23.08.2024)
Link ExternoPolônia e Hungria: Novos dínamos do crescimento da energia solar na Europa
A geração de eletricidade por meio de parques solares está crescendo mais rápido na Europa Central e Oriental do que em qualquer outra região europeia, superando em muito as taxas de crescimento observadas nas partes mais ricas e ensolaradas do continente. Nos primeiros sete meses de 2024, a produção de energia solar por concessionárias nos cinco maiores produtores de energia solar da Europa Central e Oriental — Áustria, Bulgária, Hungria, Romênia e Polônia — aumentou 55% em relação aos mesmos meses de 2023, segundo dados da Ember, mais do que o dobro da taxa de crescimento no continente como um todo. Em destaque, a Polônia e a Hungria têm sido os principais impulsionadores da aceleração da energia solar em grande escala e planejam expansões mais agressivas na geração de energia limpa observando a meta de emissões líquida zero de carbono até 2050. Ademais, o rápido crescimento da geração solar nessa região reflete o efeito das políticas de apoio, enquanto a capacidade de rivalizar com as economias mais ricas da Europa em termos de crescimento ressalta o quão acessíveis as instalações solares se tornaram em relação a outras formas de geração de eletricidade. (Reuters – 20.08.2024)
Link ExternoFórum das Ilhas do Pacífico: Mudanças climáticas são prioridade da próxima reunião entre líderes
A 53ª reunião do Fórum das Ilhas do Pacífico acontece de 26 a 30 de agosto, em Tonga. Segundo o presidente da organização, Mark Brown – primeiro-ministro das Ilhas Cook -, as principais prioridades de discussão incluem: a solidariedade regional em meio ao interesse geoestratégico cada vez maior, a navegação pela crise climática em curso e o gerenciamento dos desafios emergentes. Ainda, o crescimento econômico lento, o aumento de custos de bens básicos importados, o impacto severo de desastres induzidos pelo clima e o declínio dos serviços bancários internacionais foram temas levantados por ministros da economia na preparação para o encontro. Além disso, a disputa por influência na região entre a China e os Estados Unidos pode atravessar o debate e influenciar a tomada de ação futura. A China busca um papel maior nas áreas militar, policial, de conectividade digital e de mídia enquanto os EUA solicitaram a chegada de Guam e Samoa Americana como membros associados, o que poderá aumentar o acesso do país e sua capacidade de moldar questões regionais. (Reuters – 23.08.2024)
Link ExternoNacional
A abordagem integrada na transição energética e infraestrutura
Em artigo publicado pela Agência EPBR, Eduardo Raffaini (líder de Infrastructure & Capital Projects e dos setores de Energy & Chemicals e Industrial Products & Construction da Deloitte) trata dos desafios enfrentados na estruturação de projetos no setor de energia, ressaltando a importância de inovação e colaboração. Raffaini destaca que a complexidade técnica e as dinâmicas regulatórias exigem uma abordagem integrada, que não apenas implemente novas tecnologias e modernize redes de distribuição, mas também considere as interações entre stakeholders e as regulamentações ambientais. Ele enfatiza que a transição energética deve ser um princípio orientador, com a necessidade de investimentos significativos — aproximadamente US$ 4 trilhões por ano até 2050 para alcançar metas de descarbonização e US$ 94 trilhões até 2040 para atender às demandas globais de infraestrutura. Raffaini conclui que enfrentar esses desafios requer uma abordagem proativa e colaborativa, focada em construir alianças estratégicas e capacitar equipes para um desenvolvimento sustentável e inovador.(Agência EPBR – 23.08.2024)
Link ExternoAssinatura de pacto para o mercado de carbono e Combustível do Futuro
No dia 21 de agosto, os presidentes da República, Senado, Câmara e Supremo Tribunal Federal assinaram um pacto interinstitucional visando a transformação ecológica, sinalizando compromisso com agendas ambientais. O acordo inclui a votação de projetos sobre mercado regulado de carbono e Combustível do Futuro até setembro e a integração de bancos de dados para garantir a titularidade das terras, ajudando a combater desmatamento e garimpo ilegal. Recentemente, a Operação Greenwashing revelou corrupção na falsificação de registros de terras para comercialização de créditos de carbono e madeira ilegal. O pacto prioriza 26 matérias divididas em três eixos: ordenamento territorial, transição energética e desenvolvimento sustentável. Com a COP29 se aproximando, o pacto busca fortalecer a posição do Brasil na crise climática. A relatora Leila Barros (PDT) espera votar o PL do mercado de carbono na primeira quinzena de setembro, enquanto o projeto de novos combustíveis aguarda mais análises e emendas. O marco das eólicas offshore, aprovado na Câmara, ainda enfrenta resistência no Senado.(Agência EPBR– 21.08.2024)
Link ExternoMatriz energética de 2023 é a mais renovável dos últimos 20 anos, com 49,1% de fontes renováveis
A matriz energética brasileira de 2023 é a mais renovável dos últimos 20 anos, com 49,1% da energia proveniente de fontes renováveis, conforme o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional (BEN 2024). A oferta interna de energia cresceu 3,6% em relação ao ano anterior, destacando-se pela energia hidráulica (12,1%) e a biomassa da cana (16,9%), além da crescente participação das fontes eólica e solar fotovoltaica, que somam 4,3%. A energia elétrica renovável representou 87,9% da matriz elétrica, com destaque para o aumento de 68,1% na geração solar fotovoltaica. As usinas termelétricas diminuíram, enquanto os derivados de petróleo ainda representam 35,1% da energia. O consumo energético cresceu em setores industriais e de transportes, com um aumento de 4,4% no consumo de energia no setor de transportes e uma matriz energética renovável de 22,5%. O Brasil mantém baixas emissões de CO2 comparado a outros países, com cada brasileiro emitindo, em média, apenas 2 toneladas de CO2-eq, uma fração do que é emitido em países desenvolvidos e em desenvolvimento.(Além da Energia – 22.08.2024)
Link ExternoEnergia solar ultrapassa 46 GW e representa 19,4% da matriz elétrica
A Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar) revelou que a potência instalada da energia solar ultrapassou 46 GW, o que representa 19,4% da matriz elétrica do Brasil. O setor fotovoltaico atraiu investimentos superiores a R$ 214,9 bilhões e criou mais de 1,38 milhão de empregos verdes, além de evitar a emissão de 55,6 milhões de toneladas de CO2. Desde 2012, o setor gerou mais de R$ 66 bilhões em arrecadação para o governo. Na geração própria, a energia solar conta com 31,2 GW de potência instalada, atraindo cerca de R$ 150,6 bilhões em investimentos, resultando em R$ 44,9 bilhões em arrecadação e 936 mil empregos verdes. A tecnologia solar é predominante nas conexões de geração própria, com 99,9% de participação. No segmento de geração centralizada, as grandes usinas solares possuem mais de 14,9 GW de potência, com R$ 63,9 bilhões em investimentos e 447 mil empregos verdes gerados desde 2012.(Agência CanalEnergia - 19.08.2024)
Link ExternoEntidades apontam a falta de incentivo à 'indústria verde'
O Brasil enfrenta obstáculos para se tornar referência internacional na indústria verde, apesar de seu potencial natural e matriz energética renovável. A falta de regulamentação e de estímulos são alguns dos desafios apontados por especialistas no setor durante a Rio Innovation Week, evento de tecnologia e inovação realizado no Rio de Janeiro. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, destacou a importância da regulação das diferentes cadeias, como eólica, hidrogênio verde e mercado de carbono, para garantir segurança jurídica e atrair investidores. Foi ressaltada também a necessidade de criar um ambiente legal e regulatório e trabalhar em mecanismos de incentivo para permitir que a produção seja competitiva. O secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, por sua vez, declarou que o Brasil tem potencial para liderar o setor globalmente, e destacou a importância de incentivos fiscais, citando a recente sanção da lei que regula a produção de hidrogênio verde como um exemplo do fomento à indústria verde; constatando, ainda, que o combustível poderá com a descarbonização de setores intensivos de energia e de difícil abatimento. (Broadcast Energia – 19.08.2024)
Link ExternoG20/EPE: Contabilidade de carbono é tema crucial para debate de combustíveis sustentáveis
Durante a segunda edição do "Diálogo G20 - Transições Energéticas", realizada em São Paulo, em 21 de agosto, a diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloísa Borges, destacou a necessidade de harmonização da contabilidade de carbono para o avanço do debate dos combustíveis sustentáveis no G20. Segundo Borges, a iniciativa é importante para elevar o debate e evitar que ele fique limitado a defesas de tecnologias por diferentes países. Ela afirmou que o debate está desnivelado e que muitas vezes um mesmo modelo acaba gerando três números diferentes a depender da premissa adotada. Para Borges, essas inconsistências estão impedindo o acesso a financiamento e decisões de investimento por parte dos investidores. A diretora defende que o debate global de descarbonização inclua estratégias próprias para países em desenvolvimento, que não estejam, exclusivamente, baseadas em financiamento de veículos elétricos e em investimento em infraestrutura de eletromobilidade, e lembrou que metade da demanda pelo petróleo vem de outros setores, tema que também precisa ser considerado. O evento é preparatório para a Reunião Ministerial de Transições Energéticas do G20, que será realizada em outubro, em Foz do Iguaçu, no Paraná. (Broadcast Energia – 22.08.2024)
Link ExternoRegulação e Reestruturação do Setor
Brasil: Lei 14.904 estabelece diretrizes para planos de adaptação às mudanças climáticas
A Lei 14.904, sancionada em 2024, marca um avanço na adaptação do Brasil às mudanças climáticas, estabelecendo diretrizes para criar planos de adaptação com base na Política Nacional sobre Mudança do Clima. A legislação visa reduzir a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social, econômico e de infraestrutura aos efeitos adversos climáticos. Os planos de adaptação devem identificar e priorizar medidas para enfrentar desastres naturais, minimizar perdas e promover a resiliência, utilizando evidências científicas e previsões do IPCC. A lei também prevê a cooperação entre União, estados e municípios, além de apoio internacional para financiar e capacitar ações de adaptação. Os planos devem ser atualizados e disponibilizados online para garantir transparência, e diversos setores econômicos receberão incentivos para implementar medidas adaptativas, com a necessidade de avaliação e monitoramento contínuos. A Lei 14.904 também aborda processos de governança, incluindo a revisão periódica dos planos.(Além da Energia – 20.08.2024)
Link ExternoBrasil: PL da energia eólica em alto-mar enfrenta desafios na aprovação
O projeto de lei PL 11.247/2018, que visa estabelecer um marco legal para a exploração de energia eólica em alto-mar no Brasil, enfrenta desafios para sua aprovação devido à inclusão de emendas, chamadas de “jabutis”, que desviam o foco do projeto original e podem aumentar as tarifas de energia para os consumidores em até R$ 25 bilhões anuais até 2050. O setor eólico defende a urgência da aprovação para impulsionar o desenvolvimento e atrair investimentos, enquanto o governo tenta negociar com o Congresso a remoção dessas emendas para evitar impactos negativos e manter a consistência do projeto com a agenda verde. Há também preocupações estaduais, especialmente no Nordeste, sobre a influência do projeto na economia local e no mercado de hidrogênio verde. A expectativa é que o Senado trate da questão em breve, mas a solução para as emendas e a aprovação do marco legal ainda estão em aberto. (Valor Econômico - 16.08.2024)
Link ExternoBrasil: Medidas provisórias que promoviam energia limpa e renegociação de dívidas perdem validade
No dia 16 de agosto, o Diário Oficial da União publicou atos do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que anunciam o término da vigência de duas medidas provisórias. A MP nº 1.212/2024, que visava fomentar projetos de energia elétrica limpa e renovável e reduzir tarifas, foi encerrada. Esta medida havia prorrogado por mais 36 meses o prazo para que os empreendimentos iniciassem a operação e garantissem descontos na tarifa de transmissão e distribuição (Tust e Tusd), resultando em quase 2 mil pedidos de subsídios à Aneel. A MP nº 1.211, que estendia a duração do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes - Desenrola Brasil - Faixa 1, também perdeu a validade. (Valor Econômico - 16.08.2024)
Link ExternoS&P: Mercado de eletricidade da América Latina tem 60% de participação em fontes renováveis
O mercado de eletricidade na América Latina tem uma participação de 60% em fontes renováveis, com 37% provenientes de hidrelétricas, 14% de energia eólica e 10% de solar, conforme relatório da S&P Global Ratings. Isso contrasta com uma participação global de 37% para essas fontes. O estudo destaca uma matriz energética variada na região, com o Brasil dominado por hidrelétricas e o México focado em gás natural, resultando em diferentes trajetórias de transição energética. Fatores como condições hidrológicas e preços de petróleo e gás impactam os preços de energia, com a expectativa de estabilidade no setor nos próximos 12 meses. O fenômeno La Niña, previsto para setembro de 2024, pode afetar os preços de energia de maneira diversa na região. A longo prazo, a transição para fontes renováveis deve estabilizar os preços, mas fatores econômicos e políticos podem atrasar o progresso. A S&P continuará monitorando a capacidade regulatória e os investimentos necessários para modernizar as redes de distribuição e ajustar as tarifas de eletricidade. (Agência CanalEnergia - 22.08.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
União Europeia: Redução de tarifas para Tesla e aumento de impostos para fabricantes chineses de EVs
A União Europeia reduziu a tarifa de importação sobre veículos elétricos (EVs) da Tesla fabricados na China, diminuindo de 20,8% para 9%, enquanto propõe aumentar impostos sobre outros fabricantes chineses de EVs, como BYD, Geely e SAIC, em até 36% para proteger a indústria automotiva europeia da concorrência desleal. A Comissão Europeia também ajustou ligeiramente as tarifas adicionais, com BYD, Geely e SAIC enfrentando reduções menores. O modelo Cupra Tavascan, da Volkswagen Anhui, beneficiou-se de uma tarifa reduzida de 21,3%. A decisão, que segue uma investigação sobre subsídios chineses, visa mitigar danos econômicos à indústria europeia e deve reduzir as importações de carros elétricos da China em 25%, impactando cerca de US$ 4 bilhões. A medida, válida por cinco anos, gerou preocupações entre indústrias europeias como Mercedes-Benz e Volkswagen, que temem uma possível guerra comercial com a China, seu maior mercado.(Inside EVs – 20.08.2024)
Link ExternoBrasil: Desempenho estável do mercado de veículos elétricos e híbridos em agosto
Na primeira quinzena de agosto, o mercado de veículos elétricos e híbridos no Brasil mostrou um desempenho estável, com 7.106 unidades comercializadas, quase idêntico ao número do mesmo período do mês anterior (7.160). No acumulado do ano, foram emplacados 101.732 veículos eletrificados. Entre os carros elétricos a bateria (BEV), houve um crescimento de 13% em relação a julho, com 2.376 unidades vendidas, representando 33,44% das vendas de eletrificados em agosto. Em contraste, os veículos híbridos plug-in (PHEV) tiveram uma queda de 10,55%, totalizando 2.702 unidades, mas mantiveram a liderança em vendas com uma participação de 38,02%. Os híbridos convencionais (HEV) e micro-híbridos (MHEV) venderam 1.522 e 506 unidades, respectivamente. No ranking dos híbridos mais vendidos, o GWM Haval H6 foi o líder, seguido pelo BYD Song Plus e o Toyota Corolla Cross Hybrid. Entre os elétricos, o BYD Dolphin Mini destacou-se como o mais vendido, com o BYD Dolphin e o Volvo EX30 também se destacando. O top 10 dos elétricos incluiu o BYD Seal, o BYD Yuan Plus, o Volvo C40, o JAC E-JS1, e empatados, o Ford Mustang Mach-E e o Renault Megane E-Tech.(Inside EVs – 21.08.2024)
Link ExternoChina: Crescimento de 58% nas matrículas de veículos elétricos e híbridos em agosto
A China está acelerando sua transição para a mobilidade elétrica, com um aumento impressionante de 58% nas matrículas de veículos elétricos e híbridos plug-in (NEVs) nos primeiros 18 dias de agosto, atingindo 490 mil unidades. Esse crescimento elevou a participação de mercado dos NEVs a um recorde de 54,02%. Em 2024, as vendas acumuladas de NEVs superaram 5,47 milhões de unidades, um aumento de 36% em relação ao ano passado, com a participação de mercado podendo chegar a 50% em setembro. A China dobrou sua participação de mercado de NEVs em dois anos, passando de 25,6% em 2021 para 54% em 2023. Essa transformação é impulsionada por incentivos governamentais, investimentos em infraestrutura e uma indústria local competitiva, consolidando a China como líder global na mobilidade elétrica. As projeções indicam que a participação de mercado dos NEVs pode alcançar 60% a 70% até 2025 e mais de 80% em 2026, prometendo reduzir emissões e melhorar a qualidade do ar nas cidades chinesas.(Inside EVs – 22.08.2024)
Link ExternoBrasil: Cidades devem liderar a transição energética com mudanças na mobilidade e uso racional de energia
No 23º Fórum Empresarial Lide, Wilson Ferreira Jr, ex-presidente da Eletrobras e da Vibra, destacou a importância de ações urbanas para reduzir emissões de gases de efeito estufa e enfrentar a crise climática. Ele ressaltou que as cidades - responsáveis por 80% do PIB global e 70% das emissões - devem liderar a transição energética, especialmente com mudanças na mobilidade urbana, como a substituição de combustíveis fósseis por etanol, biometano e veículos elétricos, e o uso racional de energia elétrica, incluindo lâmpadas LED e edifícios eficientes. A exemplo de São Paulo, foi apontada a substituição de ônibus a diesel por elétricos como uma investida de relevância. Não obstante os impactos climáticos nas cidades - como temperaturas extremas e aumento do nível do mar -, foi ressaltado, por fim, que o desmatamento ainda é o grande responsável por cerca de metade das emissões de gases no Brasil e, portanto, deve ser o foco principal das metas de redução. (Valor Econômico - 17.08.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Artigo GESEL: "O papel estratégico do H2V no setor de fertilizantes nitrogenados"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Luiza Masseno (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) e Kalyne Brito (pesquisadora associada do GESEL-UFRJ) discutem a importância dos fertilizantes para a agricultura brasileira e a dependência do Brasil em relação às importações desse insumo. Para enfrentar essa dependência e os riscos associados, o governo brasileiro lançou o Plano Nacional de Fertilizantes 2050 (PNF), que visa aumentar a produção interna, especialmente de fertilizantes nitrogenados, utilizando hidrogênio verde e azul, que são mais sustentáveis. O PNF também busca reduzir as emissões de CO2 e tornar os produtos agrícolas brasileiros mais competitivos internacionalmente, aproveitando o potencial de exportação para mercados como a União Europeia. Além disso, destaca-se a necessidade de políticas públicas para incentivar a produção de fertilizantes verdes, incluindo a criação de um mercado de carbono e a regulação do mercado de hidrogênio. O texto conclui que o hidrogênio verde é uma oportunidade estratégica para o Brasil fortalecer sua cadeia produtiva de fertilizantes, promover a segurança alimentar e contribuir para a transição energética global. (GESEL-IE-UFRJ – 23.08.2024)
Link ExternoAmérica Latina: Potencial para liderar o mercado global de hidrogênio renovável
A América Latina possui o potencial para liderar o mercado global de hidrogênio renovável, capturando entre 25% e 33% da demanda mundial até 2030, de acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Accenture. A região se destaca devido aos seus abundantes recursos renováveis e custos baixos de produção esperados em países como Argentina, Chile, Brasil, Colômbia e Venezuela. O estudo identifica 11 potenciais hubs de hidrogênio limpo na América Latina, destacando uma vantagem competitiva em relação a países como Austrália e Estados Unidos. As estratégias dos países variam: alguns focam na exportação, outros na descarbonização local e alguns no desenvolvimento de combustíveis verdes para transporte marítimo. O Brasil, por exemplo, está avançando com projetos para reduzir os custos de produção e pode capturar até 10% do mercado global até 2030. A Colômbia e o México também estão desenvolvendo suas próprias estratégias. Além disso, o Brasil recentemente aprovou um marco regulatório que incentiva a produção de hidrogênio com baixa emissão de carbono, oferecendo benefícios fiscais baseados na intensidade das emissões.(Agência EPBR – 19.08.2024)
Link ExternoBrasil: Necessidade de metas mais agressivas para combustíveis sustentáveis de aviação
Leon Melli, diretor de Vendas da Honeywell Energy & Sustainability Solutions para a América Latina, acredita que o Brasil precisará adotar metas mais agressivas para os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) do que as previstas no projeto de lei PL 528/2020. Embora as metas atuais, que exigem uma redução de 1% nas emissões de carbono a partir de 2027 e 10% até 2037, sejam um bom ponto de partida para criar um mercado e atrair investimentos iniciais, Melli considera que elas precisarão ser revistas no futuro. Ele compara a situação atual com o desenvolvimento do mercado de etanol e biodiesel no passado, sugerindo que uma abordagem similar pode ser eficaz. Melli também destaca a necessidade de usar a infraestrutura existente das refinarias para reduzir os custos e aumentar a competitividade da produção de SAF. Além disso, ele enfatiza a importância de melhorar as condições fiscais e de investimento no Brasil para atrair mais projetos e lidar com a demanda crescente por biocombustíveis, incluindo SAF. Com o avanço dos projetos de produção de SAF no país, como os da Petrobras e da Acelen, o Brasil tem o potencial de se consolidar como um importante player global no mercado de combustíveis sustentáveis.(Agência EPBR – 21.08.2024)
Link ExternoBrasil: Discussão do projeto de lei do Combustível do Futuro adiada
O parecer do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) sobre o projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020) foi lido na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, mas a discussão foi adiada após um pedido de vistas coletivo dos senadores. Isso adiou a expectativa de votação e a possível inclusão do projeto na pauta do Plenário na próxima semana. Durante a reunião, foram protocoladas novas emendas que buscam reintegrar as termelétricas flexíveis conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na meta de redução de gases de efeito estufa, e alterar a forma como o biometano é contabilizado. A Petrobras também expressou preocupações com o capítulo sobre captura e armazenamento de carbono (CCS), especialmente em relação à terminologia e ao alto custo potencial. O relatório trouxe alterações, como a manutenção do teto de 3% para a mistura obrigatória de diesel verde e a rejeição da inclusão do coprocessado de petróleo com óleo vegetal no cumprimento do mandato, além de ajustar as regras para a utilização do biometano. O debate sobre a inclusão de regulação internacional sobre o carbono do frete marítimo também foi sugerido, o que pode impactar o comércio internacional brasileiro.(Agência EPBR – 20.08.2024)
Link ExternoBrasil: Consórcio Nordeste negocia reavaliação de regras para produção de hidrogênio
O Consórcio Nordeste está negociando com o Ministério de Minas e Energia (MME) para reavaliar o critério de adicionalidade nas regras para a produção de hidrogênio no Brasil, segundo Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte e presidente do Consórcio. O marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono (PL 2.308/2023), sancionado em agosto, não incluiu a adicionalidade, que exige que usinas com mais de 36 meses de operação não utilizem sua energia para hidrogênio verde, medida em vigor na Europa. Durante a tramitação, foram discutidas alternativas, mas a adicionalidade foi rejeitada no Senado e na Câmara. Um segundo projeto, ainda no Senado, propõe créditos fiscais de R$ 18 bilhões. O governo potiguar está promovendo o desenvolvimento do setor de hidrogênio, com destaque para o Porto-Indústria Verde e parcerias para projetos como a produção de cimento com hidrogênio verde. Bezerra defende que a produção de hidrogênio no Nordeste deve impulsionar a industrialização e gerar empregos na região.(Agência EPBR – 20.08.2024)
Link ExternoBrasil: Avanços no marco regulatório para hidrogênio e suas implicações para as relações com a Alemanha
A aprovação do marco regulatório para o hidrogênio de baixo carbono no Brasil representa um avanço significativo para fortalecer as relações comerciais entre o Brasil e a Alemanha, especialmente no setor energético, segundo Sebastian Bolay, diretor de Energia da Câmara Alemã de Comércio e Indústria (DIHK). Ele expressou entusiasmo pelo desenvolvimento regulatório brasileiro, essencial para garantir um ambiente estável para investimentos. Bolay destacou a alta demanda futura por hidrogênio na Alemanha, que não conseguirá suprir totalmente dentro da União Europeia, e vê o Brasil como um parceiro estratégico devido ao seu potencial de produção e infraestrutura portuária. Embora a Alemanha tenha ampliado sua estratégia para incluir o hidrogênio azul, Bolay acredita que o Brasil terá oportunidades significativas, principalmente na exportação de derivados de hidrogênio como amônia e e-fuels. Ele também mencionou a possível realocação de indústrias para o Brasil e a colaboração em matérias-primas para veículos elétricos, embora as empresas alemãs possam evitar investimentos diretos em minas brasileiras.(Agência EPBR – 22.08.2024)
Link ExternoBrasil: Economia circular com biogás e biometano e exemplos internacionais de sucesso
A produção de biogás exemplifica a economia circular ao transformar resíduos em energia renovável, uma prática elogiada por Renata Isfer, presidente-executiva da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás). Em entrevista, Isfer destacou que o biogás é utilizado para gerar energia elétrica, produzir biometano e combustível de aviação, com o biometano se destacando como uma versão renovável do gás natural. Apesar dos altos custos de purificação, o biometano tem grande potencial no Brasil, especialmente por seu uso em substituição ao diesel e gás de cozinha. O país, grande produtor de resíduos agropecuários e sucroenergéticos, possui uma capacidade significativa de produção de biometano. Contudo, desafios como a falta de infraestrutura para transporte e coleta seletiva de resíduos ainda persistem. Exemplos internacionais de sucesso na adoção de biometano, como em Madri e Los Angeles, oferecem modelos para o Brasil. Além de seu trabalho na Abiogás, Isfer promove inclusão e diversidade no setor, através de iniciativas como o programa “Sim, elas existem!” e o “EmpodereC”, além de projetos que utilizam biogás para cozinhar em comunidades vulneráveis.(Além da Energia – 23.08.2024)
Link ExternoBrasil: Iveco desenvolve motores para caminhões e barcos com gás natural e biometano
A evolução dos motores para caminhões e barcos está promovendo a combinação de diesel tradicional com fontes renováveis, exemplificada pela fabricante italiana Iveco Group. Através de sua controlada FPT Industrial, a empresa produz um motor compacto em Sete Lagoas (MG) que utiliza gás natural e biometano, permitindo um transporte mais sustentável com uma autonomia de mais de 500 quilômetros por abastecimento. Este tipo de motor também está revolucionando a agricultura, reduzindo a pegada de carbono ao utilizar biometano, que diminui as emissões de CO2 em até 80% em tratores comparados aos modelos a diesel. Além disso, caminhões fabricados na Argentina com motores de biometano oferecem autonomia de 300 a 400 quilômetros e há ainda a opção de motores multicombustíveis que funcionam com diesel, gás natural, biometano, hidrogênio e outros combustíveis renováveis, adaptando-se a diversas condições e necessidades.(Além da Energia – 21.08.2024)
Link ExternoBrasil: Lei nº 14.948 estabelece marco regulatório para hidrogênio verde e incentiva produção sustentável
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Charles Lenzi (presidente-executivo da ABRAGEL) e Renata Menescal (diretora jurídica e de assuntos regulatórios da ABRAGEL) destacam o avanço significativo do Brasil na transição energética com a publicação da Lei nº 14.948, sancionada em 2 de agosto de 2024. Conhecida como o "marco legal do hidrogênio verde", a lei estabelece um quadro regulatório robusto para a produção e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono. A legislação, dividida em eixos regulatório, governança e incentivos, designa a ANP como a entidade reguladora e define o H2 verde como hidrogênio produzido com fontes renováveis. Além disso, cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio (SBCH2), e institui o Regime Especial de Incentivos para a produção do H2, com benefícios fiscais e incentivos para empresas. A lei marca um passo crucial para posicionar o Brasil como líder na indústria de hidrogênio de baixa emissão, destacando a importância de continuar avançando na regulamentação e na implementação de políticas relacionadas.(Agência CanalEnergia - 19.08.2024)
Link ExternoBrasil: Parceria para o Porto-Indústria Verde e projetos de hidrogênio verde e energia eólica
O Estado do Rio Grande do Norte e a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), em colaboração com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU) para promover o desenvolvimento de projetos voltados para energias eólica e solar, e produção de hidrogênio verde. O objetivo é acelerar investimentos e projetos na cadeia produtiva de hidrogênio verde, essenciais para a neoindustrialização e descarbonização global. A parceria inclui o desenvolvimento do Porto-Indústria Verde em Caiçara do Norte, um projeto de R$5,6 bilhões que visa integrar energia eólica e hidrogênio verde. O Estado se compromete a apoiar a articulação interinstitucional, o licenciamento ambiental e a infraestrutura necessária, além de conceder incentivos fiscais. A ABIHV se responsabiliza por identificar oportunidades de projetos, analisar recursos e demandas, e colaborar com universidades e centros tecnológicos para pesquisa e inovação.(Agência CanalEnergia - 16.08.2024)
Link ExternoRelatório WEF: Maneiras pelas quais a América Latina pode acelerar a economia de H2V
Um novo relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), em parceria com a Accenture, que trata da economia do hidrogênio verde (H2V), aponta que a América Latina pode suprir de 25% a 33% da demanda global pelo combustível, rivalizando com grandes players, como a Austrália. Graças à abundância de recursos de energia renovável, a região está em uma posição única para se tornar líder global na produção e exportação de H2V. Para concretizar esse potencial, todavia, esses países devem superar uma série de desafios no desenvolvimento de seus respectivos setores de hidrogênio. A esse respeito, o relatório aponta seis áreas principais nas quais ações direcionadas podem ajudar a superar os entraves e acelerar a cadeia do combustível. São elas: normas e certificação; redução de custos; tecnologia e desenvolvimento de talentos; criação de demanda; desenvolvimento de infraestrutura; e aceleração do ritmo de desenvolvimento. Se bem sucedida, os benefícios da realização desse potencial podem ir muito além do setor de energia, contribuindo também para crescimento econômico, criação de empregos de alta qualificação e a reafirmação da liderança latino-americana na transição energética global. (World Econômico Forum – 16.08.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
América Latina: Mercado de medidores inteligentes crescerá mais de 20% ao ano até 2029
O mercado de medidores de eletricidade inteligentes na América Latina está projetado para crescer a uma taxa superior a 20% ao ano entre 2023 e 2029, com o número de unidades passando de 14 milhões para quase 43 milhões, elevando a penetração de 6,5% para mais de 18%. Esse crescimento será impulsionado principalmente pelo Brasil e México, que juntos representarão quase três quartos das remessas anuais. O Brasil, já o maior mercado da região, aumentará sua penetração de 5,6% para 18,8% até 2029, enquanto o México passará de 8,5% para quase 22%. Outros países como Colômbia, Equador e Peru também expandirão suas implantações. A Costa Rica e o Uruguai têm se destacado, com a Costa Rica superando 50% de penetração e o Uruguai próximo da cobertura total. O crescimento é impulsionado por uma demanda crescente devido às altas perdas não técnicas de eletricidade e à necessidade de reduzir furtos de energia. Fornecedores chineses e a Gridspertise estão se destacando, oferecendo soluções a preços competitivos e melhorias significativas em eficiência e redução de problemas técnicos.(Smart Energy – 20.08.2024)
Link ExternoChina: Necessidade de intensificação de investimentos em atualizações de equipamentos de energia
O planejador estatal da China clamou por mais investimentos em atualizações de equipamentos para ajudar a apoiar a transição energética, argumentando que o mercado deve desempenhar um papel de liderança. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma pede um aumento de 25% nos investimentos para atualizar os equipamentos de energia do país de 2023 a 2027. Os aportes apoiarão um programa que visa impulsionar o investimento e o consumo em meio a uma recuperação econômica instável. O plano de atualização energética, assim, exige recursos em áreas como conservação de energia, flexibilidade de usinas de carvão e tecnologias de energia renovável e de rede elétrica – sinalizadas como essenciais para a transição da geração de energia a partir do carvão para a energia de baixo carbono. (Reuters – 21.08.2024)
Link ExternoEntrevista com Pål Strøm: "Eventos climáticos extremos são desafio para energias renováveis"
Em entrevista publicada pela Folha de São Paulo, Pål Strøm, vice-presidente de Operações e Manutenção da Scatec, trata dos desafios que as energias renováveis enfrentam devido à intensificação dos eventos climáticos extremos. Strøm destaca que, para lidar com a crescente frequência e severidade de fenômenos como chuvas intensas e tempestades, a empresa tem implementado medidas como a elevação de equipamentos e o aprimoramento dos sistemas de drenagem em suas usinas, além de investir em treinamento e em tecnologia de monitoramento. Embora os custos dos componentes estejam diminuindo, as adaptações necessárias para enfrentar essas condições estão elevando os custos dos projetos. A Scatec, que recentemente inaugurou a usina solar Mendubim no Brasil com estas considerações em mente, está ajustando suas práticas e parcerias locais para melhorar a resiliência e a gestão de riscos associados às mudanças climáticas. (GESEL-IE-UFRJ – 19.08.2024)
Link ExternoAbsolar: Geração própria solar tem investimentos de R$ 150 bilhões no país
Um mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelou que os investimentos acumulados em geração própria solar no Brasil ultrapassaram R$ 150,3 bilhões, com 31 GW de potência instalada em diversas instalações, como residências e indústrias. Desde 2012, o setor gerou mais de 931 mil empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 44,7 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. Atualmente, mais de 3,9 milhões de unidades consumidoras utilizam a tecnologia fotovoltaica no país, com 2,8 milhões de sistemas instalados. Segundo o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, o crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade e a competitividade do Brasil na transição energética global. (Agência CanalEnergia - 14.08.2024)
Link ExternoAntigas usinas de energia se transformam em data centers para atender à demanda por IA
A crescente demanda por inteligência artificial está incentivando grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, Google e Amazon, a transformar antigas usinas de energia e instalações industriais em data centers. Essas conversões são atraentes devido à infraestrutura existente para grandes consumos elétricos e à proximidade de fontes de água. A Microsoft está planejando usar as antigas centrais elétricas Eggborough e Skelton Grange na Inglaterra para data centers, enquanto a Amazon pretende construir um campus na antiga usina de Birchwood na Virgínia. Essa tendência também é observada no setor de mineração de criptomoedas, que utiliza antigas fábricas de alumínio. Embora a adaptação de tais instalações possa ser complexa e cara, ela ajuda a superar limitações de terrenos e de disponibilidade de energia para novos data centers. (Valor Econômico - 23.08.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
IRENA: Transição energética justa e inclusiva é crucial para metas da COP28
Uma transição energética justa e inclusiva, que aborde desigualdades socioeconômicas, é fundamental para alcançar as metas globais de energias renováveis, como o objetivo da COP28 de triplicar sua capacidade até 2030. A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) destaca que, apesar do aumento de investimentos públicos em energias renováveis, as disparidades regionais persistem, com países do Sul Global frequentemente recebendo menos suporte. Para enfrentar essas desigualdades, a IRENA recomenda intensificar a colaboração internacional, aumentar o financiamento e apoiar o desenvolvimento de capacidades institucionais e tecnológicas. A maior parte dos investimentos ainda é nacional, e os fluxos financeiros são concentrados em poucos países. É crucial que o G7 e outras nações colaborem para fortalecer a infraestrutura e capacitação, especialmente em regiões como a África e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), que enfrentam altos custos e baixa capacidade de investimento. Essas parcerias podem não apenas ajudar a reduzir as emissões e promover a descarbonização, mas também fomentar o crescimento econômico local e a industrialização verde. (IRENA – 19.08.2024)
Link ExternoBrasil: Restrição imposta pelo ONS limita a energia renovável, ameaçando investimentos
Produtores nacionais de energia eólica e solar alertaram que estão reconsiderando investimentos futuros no Brasil ante a atual política de “restrições” do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Sob esse regime, os investimentos se tornaram menos viáveis, visto que a política limitou repetidamente a quantidade de energia que eles poderiam fornecer, reduzindo, assim, os lucros. As restrições, então, prejudicaram as operações e se traduziram em preço de risco mais alto para os investidores. A desarticulação tem sido mais aguda na região nordeste, palco importante para o desenvolvimento e implementação de energia renovável. “A energia renovável do país está sendo desperdiçada”, constatou Eduardo Sattamini, CEO da Engie. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o setor perdeu cerca de R$ 700 milhões em eletricidade gerada em 2023. As perdas, ainda, podem ser agravadas pela compra de eletricidade a preços de mercado para honrar contratos com distribuidores e consumidores. Mirando o alívio dessa situação, o governo federal realizou leilões para empresas privadas construírem linhas de transmissão, mas muitos desses projetos ainda estão a anos de serem concluídos. (Reuters – 22.08.2024)
Link ExternoEUA: Subsídio à energia solar residencial na California pode custar US$ 8,5 bi ao ano, impactando os consumidores
O subsídio à energia solar residencial na Califórnia, nos Estados Unidos, conhecido como medição líquida, custará aos contribuintes que não têm painéis nos telhados cerca de US$ 8,5 bilhões por ano até o final de 2024, ante US$ 3,4 bilhões por ano em 2021, segundo análise. Essa escalada contribui, destarte, para tarifas de eletricidade mais altas para os consumidores. A Comissão de Serviços de Utilidade Pública da Califórnia (CPUC, na sigla em inglês) explica que o custo desses subsídios é suportado pelos clientes que não têm painéis de telhado porque eles estão pagando custos fixos de serviços públicos, como manutenção da rede, enquanto os proprietários de energia solar desfrutam de contas mais baixas. Já mirando reduzir a transferência de custos entre os tipos de clientes, a Public Advocates Office da CPUC propôs mudanças como: a conversão dos clientes que desfrutam do benefício para um programa reformado e a redefinição nível tarifário referencial para a compensação. (Reuters -22.08.2024)
Link ExternoArtigo de Edvaldo Santana: "A transição elétrica e os sofismas"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata das falhas no raciocínio lógico tanto da inteligência artificial quanto das políticas públicas no setor elétrico brasileiro. Santana destaca que a IA, assim como as decisões políticas, falha em lógicas simples, evidenciado pela ineficácia das soluções propostas para problemas complexos como o da matriz elétrica e a conta de luz. O autor critica o governo por manter estratégias prejudiciais, como a conclusão da usina nuclear Angra 3 e subsídios indiscriminados, que exacerbam a desigualdade e aumentam custos, em vez de avançar na transição energética de forma justa e eficiente. Destaca, por fim, que a manutenção de distorções na alocação de riscos e custos já estão ameaçando a liderança brasileira nessa metamorfose. (GESEL-IE-UFRJ – 21.08.2024)
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Brasil: CIGRE-Brasil na Paris Session 2024 com foco em inovação e sustentabilidade no setor elétrico
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, João Carlos de Oliveira Mello (diretor-presidente), Antonio Carlos Barbosa Martins (diretor técnico), Maria Alzira Noli Silveira (diretora de assuntos corporativos) e André Luiz Mustafá (diretor financeiro) do Cigré-Brasil tratam da Paris Session 2024, evento bianual que ocorreu de 25 a 30 de agosto e reuniu cerca de 4 mil especialistas para discutir o futuro do setor elétrico global. O encontro, que destaca inovação e sustentabilidade, chega em um momento crucial para enfrentar os desafios da transição energética, como a integração de fontes renováveis e a resiliência frente a eventos climáticos extremos. Com uma programação que incluiu sessões técnicas e painéis de discussão, o evento visou apresentar avanços em tecnologias emergentes e promover a colaboração internacional para uma infraestrutura de energia mais confiável e sustentável. O CIGRE-Brasil, alinhado com essas diretrizes globais, também enfrenta desafios locais, como a integração de fontes renováveis na matriz elétrica e a garantia da segurança energética.(Agência CanalEnergia - 23.08.2024)
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