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IFE
23/08/2024

IFE Transição Energética 66

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves, Paulo Giovane e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
23/08/2024

IFE nº 66

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves, Paulo Giovane e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 66

Dinâmica Internacional

IRENA: Enfatiza a necessidade de triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) revelou que o progresso para atingir a meta de energia dos Emirados Árabes Unidos (EAU) está comprometido devido a barreiras estruturais, como a falta de investimento. Embora o investimento global em tecnologias de transição energética tenha alcançado um recorde de 1,3 trilhões de dólares em 2022, esse montante ainda é insuficiente para atingir a meta de 11,2 Terawatts prometida para 2030, especialmente quando comparado aos investimentos quase dobrados em combustíveis fósseis. A IRENA enfatiza a necessidade de triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030, exigindo um redirecionamento de aproximadamente 1 trilhão de dólares dos combustíveis fósseis para tecnologias de transição. O estudo também destaca a necessidade de distribuir os investimentos de forma mais equitativa, com maior foco em países em desenvolvimento, como a África Subsaariana, que recebeu menos de 3,6 bilhões de dólares em 2022. Para enfrentar esses desafios, a IRENA lançou a Plataforma de Financiamento para a Transição Energética (ETAF) e a Parceria Acelerada para Renováveis na África (APRA), com o objetivo de mobilizar capital e promover o desenvolvimento sustentável, além de sugerir medidas urgentes para melhorar a distribuição de financiamentos e apoiar a viabilidade dos projetos de energia renovável.(IRENA– 12.08.2024)
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Artigo de Sergio Volk: Recursos para a transição energética, pauta para as COPs

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Sergio Volk (presidente do Conselho Fiscal do IBEF-SP) trata da proposta de transferir a responsabilidade pelas externalidades do consumo de combustíveis fósseis dos consumidores para os produtores, como uma forma de financiar a transição energética. A ideia é que, ao internalizar os custos ambientais das emissões de carbono e poluentes nos preços dos combustíveis, se criem recursos adicionais para investir em energias renováveis e tecnologias sustentáveis. Essa abordagem também visa incentivar práticas empresariais mais responsáveis e apoiar o desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Embora a proposta se alinhe com princípios estabelecidos desde a Cúpula da Terra de 1992, como o Princípio 16 da Declaração do Rio, ela busca atualizar e fortalecer o financiamento sustentável, ajudando a enfrentar os desafios financeiros da transição energética e promover uma economia mais verde e resiliente.(GESEL-IE-UFRJ – 15.08.2024). 
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União Europeia: Geração de eletricidade renovável supera geração elétrica fóssil no 1° semestre de 2024

No primeiro semestre de 2024, a energia eólica e solar representaram 30% da geração de eletricidade da UE, superando pela primeira vez os combustíveis fósseis, que contribuíram com 27%. Este marco foi alcançado em 13 Estados-Membros, incluindo Alemanha, Bélgica, Hungria e Holanda. Há cinco anos, apenas cinco países alcançavam uma participação significativa dessas fontes renováveis. Em maio de 2024, a Espanha gerou mais de 50% de sua eletricidade a partir de eólica e solar, e a Polônia atingiu 33% no mesmo mês. A rápida adoção dessas energias é atribuída ao aumento dos preços do gás e eletricidade devido à invasão da Ucrânia, além da queda nos custos dos painéis solares e novas políticas que incentivam a energia limpa. (Renews.Biz – 30.07.2024) 
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Espanha: Renováveis alcançam novo recorde de geração

No segundo trimestre de 2024, as energias renováveis na Espanha geraram 61,5% da eletricidade, estabelecendo um novo recorde. A produção renovável alcançou 39.285 GWh, um aumento de 20,4% em relação ao ano anterior. A energia solar fotovoltaica foi a principal fonte, com um crescimento de 20,5%, e a energia eólica, embora tenha registrado uma leve queda, continuou significativa. Durante o trimestre, foram adicionados 691 MW de capacidade renovável à rede, dos quais 499 MW vieram da energia fotovoltaica. As cinco comunidades com maior produção renovável foram Aragão (92,2%), Castela e Leão, Andaluzia, Castela-La Mancha e Galiza, todas com mais de 75% de geração renovável. A capacidade instalada total de energias renováveis atingiu 62,6% do total no país, com a energia solar fotovoltaica liderando o crescimento. (Energias Renovables – 29.07.2024) 
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Reino Unido: Energias renováveis foram responsáveis por 46% da geração de eletricidade em 2023

Em 2023, as energias renováveis geraram um recorde de 46,4% da eletricidade do Reino Unido, superando os combustíveis fósseis pela terceira vez em quatro anos. A energia eólica onshore e offshore, além da solar, atingiram novas marcas de geração. A capacidade eólica e solar aumentou, compensando condições climáticas menos favoráveis. A geração de baixo carbono também atingiu um recorde de 60,3%. A energia eólica foi a maior fonte de eletricidade limpa, com um recorde de 28,1% da geração total, sendo 17% proveniente de eólica offshore e 11,2% de eólica terrestre. O governo britânico está promovendo investimentos em energias renováveis, com novas políticas e a criação da Great British Energy para impulsionar a transição energética e garantir a independência energética do país. (Renews.Biz – 30.07.2024) 
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Filipinas: Terra Solar recebe certificado de faixa verde para maior projeto de energia solar e armazenamento

O Conselho de Investimentos (BOI) das Filipinas concedeu um certificado de faixa verde ao projeto Terra Solar, o maior do mundo em termos de capacidade combinada de energia solar e armazenamento. Desenvolvido pela Terra Solar Philippines, Inc., uma joint venture entre a SP New Energy Corporation e a Manila Electric Company (Meralco), o projeto envolve a instalação de 3.500 MW de energia solar fotovoltaica e um sistema de armazenamento de energia de bateria (BESS) de 4.500 MWh. Ocupando 3.500 hectares nas províncias de Bulacan e Nueva Ecija e com um custo de PHP 185 bilhões (US$ 3,2 bilhões), o Terra Solar está programado para iniciar suas operações comerciais em duas fases, com a primeira até fevereiro de 2026 e a segunda no ano seguinte. O certificado de faixa verde do BOI visa acelerar a obtenção de licenças e apoiar investimentos estratégicos, enquanto o projeto também recebeu um Certificado de Projeto Energético de Importância Nacional do Departamento de Energia. A aprovação do BOI coincide com outros investimentos renováveis no país, destacando o crescente foco das Filipinas em energia limpa e sustentável.(Energy Storage – 14.08.2024)
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Reino Unido: Octopus Energy testa eletricidade gratuita para otimizar o uso de energia renovável em horários específicos

Uma empresa de energia do Reino Unido está testando a oferta de eletricidade gratuita para clientes em horários específicos como uma solução para o desafio de armazenar energia renovável quando a demanda é baixa. O plano do Octopus Energy Group visa enfrentar o problema da limitação, que ocorre quando há produção excessiva de energia solar e eólica que não pode ser carregada na rede elétrica, levando ao desligamento de geradores mesmo em condições ideais. Com base em estimativas, a limitação da energia eólica no Reino Unido em 2020 e 2021 teria custado aos consumidores mais de £800 milhões ($1,03 bilhões). Dado que soluções de armazenamento em grande escala ainda estão em desenvolvimento, ajustar a demanda pode ser uma alternativa para aproveitar melhor a energia renovável. O Octopus oferecerá eletricidade gratuita para alguns lares no sul e leste da Inglaterra quando houver excesso de energia renovável na rede local, informando os clientes com um dia de antecedência. "Não precisamos mais desligar a abundante energia solar e eólica quando os consumidores podem usá-la gratuitamente. É bom para a rede e para o planeta," afirmou Alex Schoch, chefe de flexibilidade do Octopus.(Energy Monitor – 16.08.2024)
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Ucrânia: Plano de US$ 20 bi para reverter danos da guerra e aumentar a geração renovável até 2030

O governo da Ucrânia aprovou um plano de investimentos de US$ 20 bilhões para o desenvolvimento do setor de energia renovável. A investida, em seu escopo, compreende a necessidade de reconstrução do setor energético do país após a perda de metade de sua capacidade de geração em razão dos ataques vindos da Rússia. O plano, assim, mira adicionar cerca de 10 mil MW de novas instalações de geração e fazer com que as fontes renováveis passem a responder por cerca de 27% da matriz energética do país até 2030, ante os 10% da correspondência atual. Ademais, o governo declarou que anunciará diversas licitações para a construção de novas capacidades de 700 MW e de 5 a 80 MW. As novas instalações devem estar operacionais até o final de 2027. (Reuters – 13.08.2024)
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Brasil e Chile: Acordo em prol de minerais estratégicos para a transição energética

O Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministério de Energia da República do Chile assinaram nesta segunda-feira, 5 de agosto, Carta de Intenções para a implementação de ações conjuntas de cooperação para o desenvolvimento de atividades voltadas à exploração e desenvolvimento de minerais, incluindo os estratégicos para a transição energética. O ato foi durante a realização do Fórum Empresarial Chile-Brasil, em que Silveira integrou a comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em discurso, o presidente Lula citou que foi discutida entre os países uma parceria promissora na transição energética. Segundo ele, ao integrar cadeias de hidrogênio verde, minerais críticos e veículos elétricos, será possível agregar valor à produção e ocupar posições de destaque no mercado internacional. Ainda sobre a relação entre os dois países, o presidente exaltou a afinidade entre o Brasil e o Chile. “A convergência entre nós é tamanha que o Chile foi o país convidado para o maior número de grupos de trabalho pela presidência brasileira do G20”, observa. (Agência CanalEnergia - 05.08.2024)   
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Nacional

Artigo GESEL: "Impactos das mudanças climáticas no setor elétrico brasileiro"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Luiza Masseno Leal (Pesquisadora Plena do GESEL -UFRJ) e Vinícius José da Costa (Pesquisador Júnior do GESEL-UFRJ) analisam as mudanças climáticas e seus impactos no setor elétrico brasileiro. Segundo os autores: “a adaptação contínua e a aprendizagem a partir de eventos extremos recentes são fundamentais para fortalecer a robustez, desenvoltura e capacidade de recuperação do sistema elétrico, garantindo a segurança e a continuidade do fornecimento de energia em face de desafios climáticos futuros. Neste sentido, o decreto que firmou as bases para a prorrogação dos contratos de concessão do segmento de distribuição de energia elétrica apontou a relevância da resiliência e endereçou à ANEEL a regulamentação para orientar os investimentos necessários”. (Broadcast Energia - 12.08.2024)
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Atlas Renewable Energy obtém R$1,5 bilhão para complexo fotovoltaico em Paracatu

A Atlas Renewable Energy assegurou R$1,5 bilhão em financiamento para o complexo fotovoltaico Luiz Carlos, localizado em Paracatu (MG), sendo R$750 milhões obtidos através de debêntures incentivadas com certificação de “Debêntures Verdes” da Sustainable Fitch e R$720 milhões em notas comerciais, ambas as operações coordenadas pelo Itaú BBA na modalidade project finance. Os recursos serão destinados à implantação e operação do parque solar, que terá uma capacidade instalada de 787 MWp e deverá gerar 1.594 GWh por ano, suficiente para abastecer mais de 870 mil residências e reduzir a emissão de 64 mil toneladas de CO2 anualmente, com início de operação previsto para o final de 2025. O projeto já conta com um contrato de fornecimento de 100 MW médios de energia solar por 15 anos com a Votorantim Cimentos, enquanto quase dois terços da capacidade será destinada à empresa de materiais de construção, com o restante sendo contratado por outras empresas interessadas em fontes de energia limpa e metas de sustentabilidade. As debêntures verdes foram certificadas pela Sustainable Fitch, que avalia o desempenho ambiental, social e de governança (ESG) de ativos financeiros, auxiliando decisões mais conscientes na comunidade financeira.(Agência CanalEnergia – 15.08.2024)
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ENGIE inicia operações do Conjunto Eólico Serra do Assuruá com investimento de R$ 6 bilhões

O Conjunto Eólico Serra do Assuruá, investimento da ENGIE Brasil Energia em Gentio do Ouro, Bahia, entrou em operação comercial com as primeiras 15 unidades geradoras em 6 de agosto, após autorização da Aneel. Esta fase inicial representa 8% da capacidade total do projeto, que contará com 24 parques eólicos e 188 aerogeradores, totalizando 846 MW. Com um investimento de cerca de R$ 6 bilhões e a criação de cerca de 3.000 empregos diretos e indiretos, o início das operações reflete a combinação de disciplina financeira e eficiência na execução dos projetos, segundo Eduardo Takamori, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente, destacou que a operação antecipada marca um grande avanço para o projeto, que deve ser concluído até o final de 2025, alinhando-se à estratégia de crescimento em energia renovável e ao compromisso com acionistas e clientes. Iniciado em março de 2023, o Conjunto Eólico Serra do Assuruá é o quarto da ENGIE na Bahia, complementando os Conjuntos Eólicos Umburanas, Campo Largo 1 e Campo Largo 2, que juntos somam mais de 1 GW de potência instalada.(Além da Energia – 16.08.2024)
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Absolar: Investimentos em energia solar ultrapassam R$ 150 bilhões e potência instalada chega a 31 GW

Um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelou que os investimentos na geração própria de energia solar no Brasil ultrapassaram R$ 150,3 bilhões, alcançando uma potência instalada de 31 GW em diversos segmentos, como residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Desde 2012, o setor tem sido responsável pela criação de mais de 931 mil empregos verdes e pela arrecadação de mais de R$ 44,7 bilhões em receitas para os cofres públicos. Atualmente, a tecnologia fotovoltaica atende a mais de 3,9 milhões de unidades consumidoras em todo o país, com mais de 2,8 milhões de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, destaca que o crescimento da geração própria solar não só consolida o papel do Brasil na transição energética global, como também fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e aumenta a competitividade dos setores produtivos brasileiros, refletindo um avanço significativo na matriz energética nacional.(Agência CanalEnergia – 14.08.2024)
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Mercado de energia deve adicionar 115 GW até 2034

O mercado de energia brasileiro deve adicionar 115 gigawatts (GW) de nova capacidade até 2034, com destaque para a energia eólica e solar, que representarão a maior parte desse crescimento, conforme a análise da Wood Mackenzie. Projetos solares e eólicos serão os principais responsáveis pela expansão, com 61 GW em energia solar e 24 GW em eólica. A demanda no mercado livre deve dobrar na próxima década, criando competição entre geração solar utilitária e distribuída, que se beneficiará de altas tarifas de eletricidade até 2028. Contudo, a partir de 2028, a expansão da geração solar distribuída pode desacelerar devido à plena elegibilidade dos consumidores residenciais para o mercado livre. A energia hidrelétrica continuará a desempenhar um papel importante, enquanto o gás natural será crucial para a confiabilidade do sistema, especialmente após as horas solares, embora os custos possam aumentar com o vencimento dos contratos antigos. A crescente participação das energias renováveis trará desafios, como maior volatilidade dos preços e a necessidade de tecnologias de despacho rápido para garantir a estabilidade do sistema.(Woodmac – 12.08.2024)
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Iema: Estudo aponta desafios e propostas para integração das renováveis

Com o crescimento dos projetos de energia renovável no Brasil, o setor elétrico enfrenta a necessidade urgente de aprimoramentos socioambientais, regulatórios, operacionais, de planejamento e de formação de preços. O Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) publicou um estudo que aborda essas necessidades, propondo a redefinição do papel das hidrelétricas, o fortalecimento da transmissão e a integração de baterias e parques híbridos. A intermitência das fontes solares e eólicas tem causado desperdício de energia, destacando a importância de sistemas de armazenamento e a otimização das hidrelétricas. O estudo também sugere a exploração de térmicas a biomassa e a necessidade de um planejamento energético de longo prazo, especialmente no Nordeste, onde a expansão de redes precisa acompanhar o crescimento das usinas solares. A implementação de um arcabouço legal adequado para remunerar os serviços de armazenamento de energia e a introdução de tarifas dinâmicas são essenciais para a transição energética do Brasil, alinhada com metas globais, como as estabelecidas na COP 28. (Agência CanalEnergia - 15.08.2024)
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Regulação e Reestruturação do Setor

GESEL na mídia: “Congresso é quem dita a política energética do País por meio dos ‘jabutis’”, diz Nivalde de Castro

Especialistas no setor elétrico são unânimes em dizer que o Brasil é o país da energia barata e da conta de luz cara – e o fator-chave por trás desse fenômeno é o acúmulo de subsídios. Esses incentivos, bancados pelos consumidores, mais que dobraram em cinco anos e já representam 13,5% da fatura mensal. Muitos desses subsídios que hoje integram a conta de luz e pesam no bolso foram aprovados pelo Legislativo em meio a fortes lobbies de empresas e segmentos, com o apoio de parlamentares tanto do governo como da oposição. “Hoje, é o Congresso quem dita a política energética do País por meio dos ‘jabutis’ colocados em MPs (medidas provisórias) e PLs (projetos de lei)”, afirma Nivalde J. de Castro, que é coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) e professor da UFRJ. O benefício às energias eólica e solar, por meio das chamadas fontes incentivadas, também é motivo de alerta. Esses incentivos cresceram 171% nos últimos cinco anos, de acordo com a Aneel. “Qualquer planta nova de eólica e solar paga metade de Tust e Tusd (tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição), sendo que esse já é um setor maduro, que não precisaria mais de tanto subsídio”, pondera o professor da UFRJ. Segundo ele, esse modelo de subsídios tem gerado distorções preocupantes. (Estadão – 13.08.2024) 
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Brasil: Abraçeel enfrenta desafios na migração para o mercado livre de energia e propõe penalidades para distribuidoras

A migração para o mercado livre de energia enfrenta desafios significativos, incluindo problemas de comunicação com distribuidoras, descumprimento de prazos e questões de concorrência desleal. Entre junho de 2023 e junho de 2024, a Associação Brasileira dos Consumidores de Energia (Abraceel) registrou 208 denúncias de problemas na migração, com a maioria relacionada a atrasos e exigências excessivas por parte das distribuidoras. A Abraceel, que representa 113 comercializadoras e negocia 70% do volume de energia, propôs à Aneel penalidades para distribuidores que não cumpram prazos e melhorias na comunicação através do sistema da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A Aneel está planejando uma nota técnica sobre abuso de poder e concentração de mercado, com uma regulação mais detalhada prevista para 2024 e 2025. A advogada Bruna Correia ressalta que a competitividade é uma característica fundamental do mercado livre, apesar das críticas quanto à exigência de contratação de comercializadoras e a possíveis reservas de mercado.(InfoMoney – 15.08.2024)
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Abragel: Leilões baseados no menor preço por megawatt-hora estão elevando custos da conta de luz

Charles Lenzi, presidente da Abragel, apresentou um estudo ao governo mostrando que os leilões de energia, baseados no menor preço por megawatt-hora, estão aumentando os custos da conta de luz devido aos custos indiretos não considerados. Ele destaca que a energia hidrelétrica é a mais barata, com custos indiretos menores em comparação com a solar e a eólica, cujos custos adicionais são repassados aos consumidores. Lenzi argumenta que, embora não se possa discriminar fontes de energia diretamente, o governo poderia definir requisitos técnicos específicos para leilões. Ele também critica a ideia de que só fontes eólicas e solares são renováveis, defendendo o uso de hidrelétricas no Brasil devido ao seu grande potencial hídrico.(Folha de São Paulo - 10.08.2024)
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Artigo de Carlos Cacá Takahashi: O Brasil precisa deixar de ser uma promessa

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Carlos Cacá Takahashi, diretor da Anbima, trata da urgência e das oportunidades na transição para uma economia de baixo carbono, destacando o papel crucial do Brasil devido à sua riqueza em ecossistemas e potencial em energias renováveis. Takahashi enfatiza que o país precisa direcionar investimentos significativos, estimados em US$ 4,8 trilhões até 2030, combinando recursos públicos, privados e do mercado de capitais para viabilizar essa transformação. Apesar de iniciativas como a criação da Rede Anbima de Sustentabilidade e esforços regulatórios pela CVM, o Brasil ainda enfrenta desafios como o risco cambial e a falta de fundos sustentáveis. Ele destaca a importância de avançar em finanças verdes e de internacionalizar o mercado para atrair grandes investidores globais, sugerindo que uma ação colaborativa e uma narrativa consistente são essenciais para o sucesso da transição. (GESEL-IE-UFRJ – 13.08.2024)
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Governo federal trabalha para remover emendas indesejadas do marco legal para energia eólica offshore

O governo federal está mobilizando esforços no Congresso para remover emendas indesejadas do projeto de lei que estabelece o marco legal para a energia eólica offshore (PL 11.247/2018). O secretário de economia verde, Rodrigo Rollemberg, afirmou que o objetivo é aprovar o PL sem os chamados "jabutis", que são dispositivos alheios ao tema principal e que aumentariam o custo da tarifa para os consumidores. As emendas em questão incluem incentivos a fontes de energia poluentes e adiamentos para a implementação de energias renováveis. A aprovação do PL é vista como crucial para o desenvolvimento do setor eólico no Brasil, mas enfrenta resistência devido ao impacto financeiro potencial e aos interesses regionais em jogo. As negociações com o relator do projeto e a necessidade de apoio político são fatores chave para a conclusão bem-sucedida do processo legislativo. (Valor Econômico - 14.08.2024)
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Entrevista Jerson Kelman: Ex-presidente da Light avisa: é preciso derrubar os "cercadinhos" do setor elétrico

Em entrevista publicada no NeoFeed, Jerson Kelman (ex-presidente da Light e da Sabesp) trata das sérias distorções no setor elétrico brasileiro, destacando como a intervenção de lobbies no Congresso criou um sistema de subsídios desiguais e ineficientes. Ele critica a forma como os custos dos subsídios para fontes renováveis, como solar e eólica, são impostos ao mercado regulado, onerando os consumidores comuns e criando um modelo de negócio insustentável com as fazendas solares. Kelman defende uma reforma que unifique o mercado, propondo que todos os consumidores migrem para o mercado livre para compartilhar de forma mais equitativa os custos do sistema. Ele também questiona a viabilidade econômica da conclusão da usina nuclear de Angra 3 e discute a recente desestatização da Sabesp, defendendo a mudança como positiva apesar das críticas ao preço das ações.(GESEL-IE-UFRJ – 13.08.2024)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Custos das baterias de íons de lítio caem 90% em 15 anos, tornando veículos elétricos mais acessíveis

Nos últimos 15 anos, os custos das baterias de íons de lítio para veículos elétricos caíram drasticamente, com uma redução de 90% no preço por quilowatt-hora, que passou de US$ 1.415 em 2008 para US$ 139 em 2023, ajustado pela inflação. Esse progresso foi impulsionado por melhorias nas tecnologias e químicas das baterias, avanços na fabricação e o aumento significativo na produção em larga escala. Atualmente, uma bateria de 100 kWh custa cerca de US$ 13.900 e uma de 80 kWh custa aproximadamente US$ 11.120. Embora esses valores ainda representem uma parte substancial do custo total de um veículo elétrico, que varia entre US$ 35.000 e US$ 40.000, a acessibilidade tem melhorado consideravelmente em comparação com o passado, quando o mesmo valor comprava um veículo com baterias menores e menor autonomia. O futuro dos custos das baterias dependerá de novas inovações tecnológicas, maiores escalas de produção e o desenvolvimento de métodos eficazes de reciclagem para continuar a reduzir os preços dos materiais e tornar os veículos elétricos ainda mais acessíveis.(Inside EVs – 11.08.2024)
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China apresenta queixa à OMC contra taxas provisórias da UE sobre veículos elétricos chineses

A China apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão da União Europeia de impor taxas provisórias de até 48% sobre veículos elétricos chineses. Pequim argumenta que a decisão da UE, que surgiu após uma investigação sobre subsídios estatais aos fabricantes chineses, é infundada e viola seus direitos de desenvolvimento. A medida da UE visou combater o que considera uma vantagem injusta dada pelos subsídios, e a China reagiu com ameaças de retaliação e investigações anti-dumping. A China pediu à UE que revise suas práticas para manter a estabilidade nas relações econômicas e comerciais e na cadeia de suprimentos de veículos elétricos.(Valor Econômico - 09.08.2024) 
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Artigo GESEL: Desafios e oportunidades no financiamento de projetos de hidrogênio verde

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ publicou um estudo sobre o financiamento de projetos de hidrogênio verde, destacando a necessidade de instrumentos financeiros adaptados aos desafios e riscos específicos dessa cadeia produtiva. O relatório enfatiza a importância de suporte financeiro incentivado, incluindo recursos não exigíveis e aporte de capital inicial, e sugere que o modelo de financiamento bem-sucedido de energia solar e eólica pode servir de referência. O estudo identifica duas principais áreas de investimento: fabricação de equipamentos e infraestrutura para a produção e uso do hidrogênio. Embora o Brasil tenha um quadro positivo com reguladores e bancos de fomento experientes, o desafio é grande e inclui investimentos em P&D e infraestrutura. O relatório aponta para a necessidade de um mix de recursos próprios e financiamentos concessionais para projetos de eletrólise maiores e destaca a importância de hubs de hidrogênio em diversos estados brasileiros como uma frente promissora para o desenvolvimento do setor.(Além da Energia – 14.08.2024)
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EDF: Necessidade de revisar análises do ciclo de vida do hidrogênio para avaliar corretamente seu impacto climático

Um estudo recente do Environmental Defense Fund (EDF) aponta que a indústria de energia pode estar subestimando os impactos reais da utilização do hidrogênio. De acordo com a pesquisa, os sistemas de hidrogênio, considerados "limpos e verdes", podem ter um impacto climático que varia significativamente, podendo ser tanto melhor quanto pior do que o dos combustíveis fósseis que visam substituir. A variação nos benefícios climáticos do hidrogênio depende de fatores frequentemente negligenciados nas avaliações padrão, como emissões de metano, captura de carbono e perdas de hidrogênio. Steve Hamburg, Cientista Chefe da EDF, destaca a necessidade de aprimorar as análises do ciclo de vida do hidrogênio, que atualmente não contemplam todas as emissões de gases de efeito estufa e impactos ao longo do tempo. Ele discute como a inclusão desses fatores críticos pode alterar substancialmente os resultados das avaliações, levando a conclusões que podem ser surpreendentemente diferentes das previsões atuais sobre o impacto climático do hidrogênio.(Woodmac – 13.08.2024)
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Brasil: Câmara dos Deputados aprova Projeto de Lei 3027/2024 com R$18,3 bi de novos incentivos para hidrogênio verde

A Câmara dos Deputados aprovou, em 10 dias, o Projeto de Lei 3027/2024, que estabelece novos incentivos para o marco regulatório do hidrogênio verde, substituindo temas vetados na Lei 14.498. O projeto, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), cria diretrizes para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC) e mantém o incentivo de R$ 18,3 bilhões a ser concedido entre 2028 e 2032. O texto, ajustado pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), prioriza setores industriais de difícil descarbonização e o uso do hidrogênio no transporte pesado. Além disso, modifica a forma de concessão de créditos fiscais, que será baseada na menor pegada de carbono e preço, e inclui medidas para garantir a transparência e a concorrência entre empresas. O crédito poderá ser usado para compensar tributos federais ou solicitar ressarcimento, e projetos não conformes podem sofrer multas e devolução de valores. A proposta será enviada ao Senado para nova análise. (Agência CanalEnergia - 13.08.2024)
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Brasil: Ceará planeja investir US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio renovável até 2030

O Ceará planeja investir cerca de US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio renovável no estado. O governador Elmano de Freitas informou que há seis empreendimentos em fase de pré-contrato e três com licença prévia ambiental já emitida, além de 39 memorandos de entendimentos assinados. Ele destacou que, até 2030, a produção estadual deve alcançar 1 milhão de toneladas, representando 20% da meta do Porto de Roterdã para o mercado europeu. Freitas também mencionou que o porto holandês adquiriu 30% das operações do Porto do Pecém, que deve dobrar sua movimentação, incluindo fertilizantes verdes e grãos do agronegócio. O Ceará destinará R$ 675 milhões para adaptar o Pecém às usinas de hidrogênio, otimizando custos e eficiência através de estrutura compartilhada. Além disso, serão implementados projetos de dessalinização e reuso de água de esgoto na região metropolitana de Fortaleza, incluindo a construção de dutos e uma estação de tratamento.(Agência CanalEnergia - 13.08.2024)
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Brasil: Eletrobras e Fortescue destacam investimentos em hidrogênio verde

Em um seminário na Câmara dos Deputados, representantes da Eletrobras, Fortescue e outras empresas apresentaram seus projetos de hidrogênio verde no Brasil. A Eletrobras, que será 100% renovável em 2025, planeja usar o hidrogênio para substituir o gás natural na indústria e como matéria-prima para amônia e fertilizantes. A Fortescue destacou seu projeto de 2,3 GW no Porto do Pecém, com investimento de R$ 20 bilhões e potencial para 5 mil empregos. A Casa dos Ventos anunciou uma usina de 1,2 GW no mesmo local, e a Green Energy Park está desenvolvendo um projeto de 10,8 GW no Piauí. O secretário Thiago Barral, do Ministério de Minas e Energia, mencionou marcos para o setor, incluindo a disseminação de plantas piloto até 2025, grandes projetos até 2030 e a formação de hubs de hidrogênio. Barral também enfatizou a necessidade de aumentar investimentos em pesquisa, aprovar marcos legais e ampliar fontes de financiamento para o hidrogênio, com um foco especial em planejamento e conexão com a rede de transmissão.(Agência CanalEnergia – 14.08.2024)
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Brasil: Novo crédito fiscal de R$ 18,3 bilhões para hidrogênio verde é respaldado por autoridades do Piauí e Fazenda

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, e o representante do Ministério da Fazenda, Gustavo Ferreira, manifestaram apoio às recentes mudanças no Projeto de Lei 3.027/2024, que regulamenta a concessão de créditos fiscais para projetos de hidrogênio no Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). O novo texto, aprovado pela Câmara dos Deputados, estabelece um crédito de R$ 18,3 bilhões para projetos que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e define que o valor do crédito será baseado na diferença entre o preço do hidrogênio de baixa emissão e os combustíveis fósseis que ele substitui. A proposta, que agora segue para o Senado, alivia as críticas ao aumento dos limites de emissões permitidos e visa evitar o subsídio a projetos com alta intensidade de carbono. Fonteles destacou a importância do incentivo fiscal para o desenvolvimento de hidrogênio verde no Piauí, onde há grandes projetos com investimentos que podem superar R$ 200 bilhões até 2036. Ferreira enfatizou a necessidade de normas rígidas para garantir a conclusão dos projetos e evitar a participação de “aventureiros”.(Agência EPBR – 13.08.2024)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Artigo de André Clark eTânia Cosentino: Energia verde para a Inteligência Artificial

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, André Clark (vice-presidente Sênior da Siemens Energy para a América Latina) e Tânia Cosentino (presidente da Microsoft Brasil) tratam do impacto da Inteligência Artificial (IA) e dos data centers na demanda global de energia e na necessidade de transição energética. Os autores destacam que a IA Generativa está revolucionando a economia e criando uma demanda crescente por energia, especialmente para data centers que armazenam e processam dados. A nuvem, essencial para a IA, democratiza o acesso às tecnologias, mas seu crescimento exige altos investimentos em infraestrutura e aumento do consumo de energia, o que levanta preocupações ambientais. O artigo observa que o Brasil, com sua matriz energética limpa e abundante, está bem posicionado para atrair investimentos em data centers alimentados por energia renovável e que também se destaca como um potencial hub para a revolução verde da IA, gerando emprego e desenvolvimento sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 14.08.2024) 
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ABEEólica: Demanda por energia renovável no Brasil pode ser impulsionada por IA e grandes data centers

A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, apontou sua crença de que a crescente demanda por energia elétrica para grandes data centers e inteligência artificial pode impulsionar a demanda por energia renovável no Brasil, ajudando a resolver o problema da sobreoferta de energia. Enquanto o setor eólico brasileiro enfrenta uma crise de baixa demanda interna e desindustrialização, Gannoum observa que existem oportunidades na expansão das "big techs" enquanto novas e promissoras consumidoras de energia renovável. Ainda, o Brasil, que já é um dos maiores investidores em energia eólica globalmente, possui uma matriz elétrica predominantemente renovável, o que pode atrair essas empresas em busca de mitigar suas emissões. A presidente da entidade, por fim, destaca também o potencial das eólicas offshore como um futuro impulsionador do setor, embora a aprovação de projetos e marcos legais ainda enfrente desafios e críticas. (Valor Econômico - 13.08.2024) 
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Brasil: Rio Grande do Sul busca sua reconstrução com foco em inovação e energia limpa

O Rio Grande do Sul, após enfrentar um desastre histórico, busca sua reconstrução com foco em inovação e energia limpa. O Sindienergia-RS lançou um programa para fortalecer a segurança energética, alimentar e social, promovendo a geração de empregos e a preservação ambiental. Apesar da oferta excedente de energia no Brasil, o estado ainda importa 30% do que consome e precisa de mais 3 GW para autossuficiência. Com investimentos previstos de R$ 14 bilhões e a criação de 9 mil empregos, o programa visa à instalação de 30 GW até 2040, com foco em hidrogênio verde e novas fronteiras eólicas, incluindo projetos de aerogeradores em lagoas, aguardando revisões ambientais. Contudo, o principal desafio é obter financiamentos competitivos, comparáveis aos de outras regiões do país, para viabilizar esses projetos. (Agência CanalEnergia - 12.08.2024)
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Impactos Socioeconômicos

Artigo de Kariny Leal: Transição energética une empresas de diferentes setores

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Kariny Leal (que ele Jornalista do Valor Econômico) trata trata da parceria entre a Siemens, a Arcadis e a Clean Energy Latin America (CELA) para desenvolver soluções em transição energética, com foco inicial em projetos de hidrogênio verde. A colaboração visa oferecer um suporte completo, desde a viabilidade financeira e captação de recursos até a infraestrutura e tecnologias necessárias. Fábio Koga, da Siemens, destaca a singularidade dessa parceria em comparação com projetos similares no exterior, ressaltando o potencial do Brasil em recursos renováveis. A recente regulação do hidrogênio de baixa emissão no Brasil e os investimentos significativos da Siemens em pesquisa e desenvolvimento também são abordados. A CELA e a Arcadis completam a oferta com assessoria financeira e consultoria estratégica, incluindo licenciamento ambiental e sustentabilidade, para atender clientes em setores com grandes desafios ambientais.(GESEL-IE-UFRJ – 13.08.2024)
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China: Produtores de biodiesel buscam novos mercados e produtos ante o efeito de tarifas impostas pela UE

Os produtores chineses de biodiesel, ante a imposição de tarifas de caráter antidunping ao produto por parte da União Europeia – seu maior comprador -, estão buscando novos mercados na Ásia para as exportações, bem como explorando a produção de outros biocombustíveis. As taxas provisórias definidas figuram entre 12,8% e 36,4% sobre o biodiesel chinês e passaram a valer a partir de 16 de agosto. Os produtores chineses de biodiesel vinham obtendo grandes lucros nos últimos anos, aproveitando ao máximo a política de energia verde da EU, que concede subsídios a empresas que usam o produto como combustível de transporte sustentável. No pico, as exportações para o bloco atingiram um recorde de 1,8 milhão de toneladas em 2023, representativas de 90% de todas as exportações do combustível naquele ano. No segundo semestre de 2023, todavia, teve início a investigação sobre o combustível sustentável chinês, que se acreditava ter um preço artificialmente baixo e que estavam prejudicando os produtores locais. Diante disso, empresas que comercializam o produto passam a mirar o mercado marítimo, como em Cingapura; e, alternativamente à redução das vendas de biodiesel, apostam nas exportações de óleo de cozinha usado (UCO, na sigla em inglês), que, segundo analistas, têm nova alta prevista para 2024. (Reuters – 16.08.2024)
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China: Demanda por diesel registra queda vigorosa

O consumo de diesel atingiu um recorde histórico na China no ano passado, mas a demanda caiu drasticamente desde o segundo trimestre deste ano, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). A queda registrada foi de 11% em junho, a maior desde julho de 2021, com a demanda representando 3,9 milhões de barris por dia. A diminuição é atribuída em grande parte a dois fatores: o setor imobiliário debilitado – que desacelerou também o crescimento econômico do páis – e a substituição do diesel por gás natural liquefeito (GNL) em caminhões pesados. Destarte, a fraca demanda chinesa pelo combustível pesou bastante nos mercados de petróleo em 2024, que apostavam na economia chinesa enquanto motor de crescimento. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), por sua vez, reduziu sua previsão de demanda de petróleo para 2024 indicando as expectativas mais fracas para a China como um dos determinantes. (Reuters – 15.08.2024)
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Eventos

Livro sobre Segurança e Transição Energética foi lançado em 20 de agosto

A Editora Synergia fez o lançamento do Tomo III do livro coletivo Segurança e Transição Energética, no dia 20 de agosto, na sede da FGV Rio de Janeiro, Praia do Botafogo, 190, no auditório do 12º andar, às 18h. Este terceiro tomo reuniu 62 coautores que, com sua expertise, assinaram 34 capítulos, abordando temas correlatos à sustentabilidade do setor de energia, entendida não só como a preservação dos recursos naturais, mas, também, a resiliência e eficácia das instituições. “Nunca, como no momento atual, em que enfrentamos eventos climáticos extremos, como os ocorridos no Rio Grande do Sul, com as enchentes de maio, se falou tanto na importância da resiliência dos sistemas para fazer frente às interrupções no suprimento de eletricidade. Igualmente, nunca antes se necessitou tanto debater a qualidade da prestação do serviço público de energia elétrica, a valorização dos atributos e a complementaridade das fontes de energia, pois, como ressaltaram dois coautores, “quanto mais plural, controlável, diversificado e integrado for o sistema de eletricidade de uma nação, maior será sua capacidade de reação à imensa diversidade de intempéries que podem abalar a sua capacidade de atender à carga”. (Agência CanalEnergia - 14.08.2024) 
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MME: Evento “Diálogos G20” mirou engajar a sociedade brasileira nos debates sobre transição energética

O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou, em 14 de agosto, no Rio de Janeiro, uma série de quatro rodadas de agendas paralelas do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, o Diálogo G20. A proposta do evento foi aproximar representantes do setor privado brasileiro, da sociedade civil, das universidades e vários outros atores interessados na agenda de ação energética das mensagens principais e dos resultados que o Brasil está alcançando no contexto das negociações dentro do G20. Na oportunidade, foram apresentadas as prioridades do Brasil na agenda de transição energética durante a presidência do G20, conduzidos debates sobre o acesso ao financiamento para a transição energética, discutida a transição energética justa e ressaltada a importância de uma abordagem integrada para os combustíveis sustentáveis. Para a coordenadora do GT de Transições Energéticas no G20 Brasil, Mariana Espécie, o Brasil tem uma série de peculiaridades que o coloca na vanguarda dessas discussões, como questões sociais e econômicas. “Nós temos uma oportunidade única de mostrar o que é possível fazer, o que às vezes não funciona tão legal, o que funciona super certo é mostrar para o mundo que a transição energética é possível”, afirmou. (Ministério de Minas e Energia – 14.08.2024)
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