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IFE Transição Energética 64
Dinâmica Internacional
IRENA: Metas ambiciosas de triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030 exigem modernização da rede elétrica
Em 2023, houve um aumento recorde de 14% na capacidade global de energias renováveis, tornando-se a fonte de eletricidade de crescimento mais rápido, mas ainda distante da meta de triplicar essa capacidade até 2030, estabelecida na COP28. Para atingir a meta de 11,2 Terawatts até 2030, é essencial atualizar a infraestrutura elétrica para acomodar uma maior proporção de energias renováveis variáveis, como solar e eólica. Essa transição exige modernizações significativas na rede elétrica, incluindo melhorias no armazenamento de energia, digitalização e soluções inteligentes para aumentar a flexibilidade do sistema. A integração de diferentes setores, como aquecimento e transporte, também pode fornecer flexibilidade adicional ao sistema elétrico. Para alcançar esses objetivos, serão necessários investimentos substanciais, estimados em 720 bilhões de dólares por ano entre 2024 e 2030, em redes elétricas, armazenamento e gerenciamento da demanda. A IRENA sugere que os países adotem medidas como incentivos para investimentos, simplificação de licenciamento e financiamento público para superar obstáculos e garantir que a transição energética seja bem-sucedida e contribua para a industrialização verde e o crescimento sustentável.(IRENA – 29.07.2024)
Link ExternoCOP28: Compromissos incluem triplicar capacidade de energia renovável
Na COP28, aproximadamente 200 países se comprometeram a triplicar a capacidade global de energia renovável para 11 terawatts até 2030 e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% até o mesmo ano. Para atingir essas metas, são necessários investimentos massivos e apoio político, com um foco particular na ampliação do acesso a recursos para países emergentes. A reforma dos bancos multilaterais ganhou destaque, com o G20 priorizando o aumento do financiamento e a criação de novos mecanismos para atrair capital privado. O Brasil, que preside o G20 em 2024, está bem posicionado para liderar essas discussões, com o BNDES desempenhando um papel significativo ao investir R$ 163 bilhões em energia renovável e utilizar o Fundo Clima. A colaboração com o BID também é crucial, com projetos destinados a acelerar a capacidade renovável e enfrentar desigualdades no financiamento entre diferentes regiões, garantindo um avanço equitativo na transição energética global. (Valor Econômico - 30.07.2024)
Link ExternoWEF: Descarbonização em edifícios é mercado de US$ 1,8 tri
O mercado de descarbonização de edifícios representa uma oportunidade de mercado global de US$ 1,8 trilhão até 2030. Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), são identificadas 11 estratégias para reduzir as emissões de construções em 80%, enfatizando o papel crucial das tecnologias avançadas, incluindo o gerenciamento integrado de energia. Esse último, continua o comunicado da instituição, aparece pela primeira vez, como item mais importante do que o isolamento ou as reformas tradicionais. O relatório afirma que a oportunidade surgirá de prêmios, novo crescimento de mercado e melhor desempenho ESG. Ele também destaca o papel crítico da China, dado seu status como o maior mercado de construção do mundo, e mostra as melhores práticas de outras economias emergentes, como os Emirados Árabes Unidos. (Agência CanalEnergia - 29.07.2024)
Link ExternoArtigo de Endri Lico: Wind from the east gathering strength: the outlook for OEMs
Em artigo publicado pelo Woodmac, Endri Lico (Analista principal de cadeia de suprimentos e tecnologia global de energia eólica) analisa as promissoras perspectivas para a demanda por geração eólica onshore e offshore nos próximos dez anos, prevendo que todos os principais fabricantes de turbinas eólicas (OEMs) dobrarão sua capacidade conectada. A demanda total por energia eólica deve dobrar até 2033, resultando na necessidade de quase 25.000 novas turbinas, com destaque para as empresas chinesas Goldwind e Envision, além da dinamarquesa Vestas. O artigo também aborda a ambição dos OEMs chineses de expandir suas operações em mercados emergentes, impulsionados pela concorrência interna e pela Iniciativa do Cinturão e Rota. Em contrapartida, os OEMs ocidentais, como GE e Nordex Acciona, permanecem focados em seus mercados locais, beneficiando-se de políticas protecionistas e preocupações com a segurança energética. Por fim, Siemens Gamesa e Vestas controlam quase 90% do mercado offshore, que deverá crescer significativamente, com a Siemens Gamesa buscando compensar perdas no setor onshore e a Vestas capitalizando o sucesso de seu modelo V236. (Woodmac – 30.07.2024)
Link ExternoUE: Projeto ECS4DRES recebe US$ 30 milhões para avançar em sistemas distribuídos de energia renovável
O projeto ECS4DRES, iniciado em 1º de julho com um financiamento total de US$30 milhões provenientes do Horizonte Europa da UE e do governo federal alemão, visa fortalecer a confiabilidade, segurança e resiliência dos sistemas distribuídos de energia renovável. Coordenado pela Infineon Technologies e envolvendo 33 parceiros de Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Eslováquia, o projeto busca desenvolver e integrar tecnologias avançadas de monitoramento e controle, incluindo sensores com funções de captação de energia e sistemas de comunicação interoperáveis e de baixa latência. Visando melhorar a gestão da energia entre produção, armazenamento e consumo, serão utilizados algoritmos sofisticados e ferramentas de inteligência artificial. Inovações planejadas incluem a criação de um centro energético multimodal e o uso de conversores eletrônicos de potência de alta eficiência. A eficácia dessas inovações será validada em cinco casos de uso e demonstradores relevantes, com a expectativa de gerar impactos significativos em níveis científico, tecnológico, econômico, ambiental e social, atendendo a uma variedade de stakeholders, desde OEMs e operadores de rede até comunidades de energia e academia.(Smart Energy – 02.08.2024)
Link ExternoChina: Política de controle de emissões para descarbonização do crescimento econômico
A China vai acelerar o desenvolvimento de sistemas controle das emissões de carbono mirando a consistência da meta de pico de emissões até 2030. As políticas energéticas têm, até então, focado nas medidas de quantidade de energia e de emissões envolvidas na produção de uma unidade de PIB – ou intensidade energética da economia -, alinhando as metas ao crescimento econômico do país. Segundo o consultor de política global do Greenpeace East Asia, Yao Zhe, a China vem estabelecendo pela primeira vez um limite para as emissões, o que irá guiar a redução dessas a partir de 2030. Sob um plano anunciado pelo governo, um “controle dual” será implementado durante o ciclo de 2026 a 2030. Durante o período, o gerenciamento da intensidade energética será a prioridade, com o controle total das emissões sendo suplementar. Na prática, o país está gradualmente descarbonizando o seu crescimento econômico, explica Yao. (Reuters - 02.08.2024)
Link ExternoEUA: Queda na produção de eletricidade eólica força aumento na geração de energia a gás natural
A produção de eletricidade a partir da energia eólica nos EUA caiu para o menor nível em 33 meses na segunda-feira (22 de julho), totalizando apenas 335.753 megawatts-hora. Para compensar essa queda e garantir o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado, as usinas movidas a gás natural aumentaram sua participação na geração de energia de 46% na semana passada para 48% nesta semana. Apesar de investimentos significativos na energia eólica, com uma taxa de crescimento anual projetada de mais de 6% entre 2022 e 2035, a geração eólica nos EUA diminuiu pela primeira vez desde a década de 1990 em 2023, totalizando 425.235 gigawatts-hora, uma queda de 2,1% em relação aos 434.297 GWh de 2022, mesmo com a adição de 6,2 GW de capacidade no ano passado. A intermitência da produção eólica tem levado à necessidade de suporte da geração a gás para garantir a oferta de energia, pelo menos no curto prazo. Além disso, a taxa de utilização das turbinas eólicas caiu para o mínimo de oito anos, alcançando 33,5% em 2023, refletindo os desafios enfrentados pelo setor.(Energy Monitor – 26.07.2024)
Link ExternoEIB: Destinação de € 500 mi para energia eólica na Alemanha
O Banco Europeu de Investimento (EIB, na sigla em inglês) realizará empréstimo de € 500 milhões ao Deutsche Bank (Alemanha) mirando o estímulo à indústria europeia de energia eólica. Os recursos são enquadrados como ‘counter guarantee’ – isto é, a promessa de cobrir perdas caso o recipiente falhe em corresponder às condições do empréstimo – e respondem ao primeiro aporte da iniciativa da iniciativa de € 5 bilhões do EIB para acelerar o desenvolvimento da capacidade eólica no bloco. Os desafios para a expansão desse vetor incluem: incerteza de demanda, gargalos na cadeia produtiva e o lento licenciamento de projetos. A investida com a contraparte alemã visa habilitar um portfólio de € 1 bilhão em garantias para investimento na geração eólica e conexões na rede. O objetivo do plano como um todo é contribuir com a meta de implantação de 117 GW de nova capacidade pela União Europeia até 2030. Com os recursos anunciados, a previsão é a construção de 32 GW de capacidade eólica. (Reuters – 31.07.2024)
Link ExternoNacional
Gesel/Roberto Brandão: Relicitação pode implicar em riscos para os participantes de leilão
O governo decidiu relicitar linhas de transmissão de energia com 127 contratos prestes a vencer, somando cerca de 179 mil quilômetros, criando oportunidades para novas transmissoras. O setor enfrenta desafios regulatórios, como indenização de ativos e transição de concessionários, que estão sendo discutidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Eletrobras acredita que o setor continuará atraente. A Isa Cteep, no entanto, avalia a necessidade de uma Análise de Impacto Regulatório. No caso da Taesa, a decisão precisa considerar a modicidade tarifária, enquanto que a Alupar considera que o modelo mais eficiente é a renovação dos contratos. Roberto Brandão, coordenador científico do Gesel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que a relicitação pode implicar em riscos para os participantes do leilão devido à dificuldade de estimar custos com ativos depreciados ao longo dos anos. Ele aponta que, ao optar por remunerar melhorias, a Aneel pode resolver questões sobre ativos antigos, mas a receita para novas concessões pode ser mais baixa, com oportunidades para investimentos futuros e aumentos na Receita Anual Permitida (RAP). (Valor Econômico - 02.08.2024)
Link ExternoBrasil enfrenta desafios para atrair investimentos em iniciativas climáticas
Especialistas destacam que, apesar dos recursos naturais e do potencial do Brasil para atrair investimentos em iniciativas climáticas, o país enfrenta desafios na obtenção de capital devido ao risco e retorno associados aos mercados emergentes. No evento “O Desafio de Financiar o Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável”, discutiu-se como o Brasil pode se beneficiar dos investimentos globais recordes em energia limpa, previstos para alcançar US$ 2 trilhões em 2024. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem papel crucial, oferecendo garantias e conectando investidores privados a projetos sustentáveis. Embora o Brasil esteja bem posicionado com sua matriz energética e recursos para energias renováveis, a falta de um ambiente de negócios atrativo e os desafios regulatórios ainda são obstáculos significativos. O governo está buscando soluções criativas, como uma taxonomia sustentável, para mobilizar recursos e promover a transição ecológica. (Valor Econômico - 30.07.2024)
Link ExternoBrasil tem primeiro recorde de geração eólica instantânea no ano
No dia 23 de julho, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde de geração eólica instantânea, com 19.028 MW às 21:09 no submercado Nordeste, correspondente a 152,8% da demanda regional naquele momento. Este valor supera o recorde anterior, estabelecido em 14 de agosto de 2023, quando foram gerados 18.725 MW. O ONS destaca que o período de julho a setembro é a temporada dos ventos, o que pode resultar em novos recordes de geração eólica nas próximas semanas. (Agência CanalEnergia - 29.07.2024)
Link ExternoArtigo de Rosana Santos: Os ovos de ouro da transição energética
Em artigo publicado pela Agência EPBR, Rosana Santos (diretora executiva do Instituto E+ Transição Energética) explora as oportunidades do Brasil na transição energética global, comparando a situação atual com a fábula da galinha dos ovos de ouro. Santos alerta para o risco de focar exclusivamente em ganhos rápidos, como a atração de indústrias ligadas às energias renováveis, sem explorar a fundo as vantagens comparativas do país para o desenvolvimento industrial mais abrangente. Ela destaca que, embora a entrada de novas tecnologias e investimentos em áreas como hidrogênio e biocombustíveis traga benefícios significativos, o Brasil deve usar sua matriz energética renovável e capacidade de produção industrial limpa para se destacar globalmente. Santos defende que a transição deve impulsionar a indústria existente e atrair investimentos, aproveitando o mercado consumidor local e a mão de obra qualificada, enquanto enfrenta o desafio de transformar esse potencial em resultados concretos e sustentáveis.(Agência EPBR – 01.08.2024)
Link ExternoCusto médio de instalação de painéis solares cai para R$ 2,66 por watt-pico em 2024
No primeiro semestre de 2024, o custo médio de instalação de painéis solares fotovoltaicos no Brasil caiu 9%, passando de R$ 2,92 por watt-pico (Wp) no final de 2023 para R$ 2,66 por Wp em junho, segundo levantamento da Solfácil. Essa redução é principalmente devido à queda nos preços do polisilício, matéria-prima utilizada nos painéis, tendência que vem se intensificando desde o ano passado. A diminuição de preços foi observada em todas as faixas de potência, com Rondônia registrando os preços médios mais baixos (R$ 2,30/Wp) e Minas Gerais os mais altos (R$ 3,16/Wp), sendo este último o único estado a ver um aumento de preços no trimestre. As maiores quedas ocorreram no Rio Grande do Sul e em Roraima, ambos com uma redução de 15% em comparação com o início do ano. Fabio Carrara, CEO da Solfácil, afirma que a tendência de queda nos preços deve atrair mais clientes para o mercado de energia solar, tornando-o mais acessível. Além disso, a análise revelou uma mudança nas preferências por marcas de inversores, com Deye e Goodwe superando Growatt, sendo a Deye mais procurada para projetos menores e a Goodwe para empreendimentos maiores.(Agência EPBR – 01.08.2024)
Link ExternoEstratégia de bioenergia e certificações de carbono podem atender 40% da demanda de combustível rodoviário em cinco anos
Nos próximos cinco anos, cerca de 40% da demanda de combustível para transporte rodoviário será atendida por políticas que incentivam a redução do carbono ao longo do ciclo de vida dos biocombustíveis, em vez das tradicionais exigências de mistura volumétrica. Esse enfoque é resultado de um estudo da Agência Internacional de Energia (IEA) encomendado pela presidência brasileira do G20, que visa promover a bioenergia como uma alternativa sustentável à eletrificação, especialmente em mercados do Sul global. A estratégia brasileira inclui avançar com certificações que considerem as diferenças regionais na avaliação do ciclo de vida do carbono para enfrentar resistências e abrir mercados para biocombustíveis avançados, como aqueles usados em aviões e navios. Apesar das dificuldades na formulação de políticas e contabilidade de carbono, que variam com características locais e técnicas, o estudo sugere que a criação de marcos regulatórios sólidos e metodologias transparentes pode atrair investimentos e melhorar a sustentabilidade dos biocombustíveis. No Brasil, o RenovaBio e programas semelhantes nos EUA já recompensam a eficiência energética e a redução de emissões, refletindo a necessidade de políticas que incentivem a melhoria contínua e o reconhecimento das diferenças regionais.(Agência EPBR – 01.08.2024)
Link ExternoDescarbonização dos transportes, além de elétrica, será eclética
Em painel realizado durante o Latin American Energy Economics Meeting, no Rio de Janeiro, o economista da Empresa de Pesquisa Energética Bruno Stukart destacou que a descarbonização dos transportes no Brasil não será apenas elétrica, mas sim eclética. “Temos uma miríade de soluções no Brasil, estamos investindo em todas elas: hidrelétrica, eólica, solar, biocombustíveis, etanol, biodiesel. Temos potencial”, explica. Ele constata, todavia, que, apesar da variedade de soluções, o país tem um longo caminho a percorrer e investimentos são necessários. A eletrificação tem grande potencial futuro, de maneira que, segundo o executivo, a massificação não deve acontecer no curto prazo, em razão de custos, carregamentos, bateria e a demanda de materiais críticos. Uma das investidas mais notáveis dessa frente, que é um vetor para a descarbonização da economia, é a hibridização de veículos a etanol, favorecida pela forte atividade agrícola brasileira. Além disso, Stukart conta que o governo também vem discutindo o incentivo ao transporte público. Um dos grandes desafios globais, no entanto, como apontou o professor Sergio Leal Braga, da PUC-Rio, será a descarbonização do transporte para grandes distâncias, como aviões e embarcações. (Agência CanalEnergia - 30.07.2024)
Link ExternoRegulação
Brasil: Tribunal de Contas da União examina irregularidades na venda de energia por assinatura e subsídios em geração distribuída
A venda de energia por assinatura no setor de geração distribuída está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou problemas de comunicação e modelos de negócios irregulares. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá 60 dias para apresentar um plano de fiscalização, após denúncias de que subsídios da micro e minigeração distribuída (MMGD), que totalizaram R$ 7,1 bilhões em 2023, estariam sendo mal utilizados. Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), defende que esse modelo está alinhado com a lei 14.300/2022, que regula a geração compartilhada, mas reconhece que a comunicação de algumas empresas pode ser enganosa. O TCU permitiu que a ABGD e a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) atuem como amicus curiae no caso. Além disso, a ABGD considera que a legislação pode ser aprimorada através do projeto de lei 624/2023, que visa criar o programa Renda Básica Energética, embora o setor de distribuição se oponha, temendo um aumento na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A ABGD acredita que um consenso é possível para resolver as questões em disputa.(Agência EPBR – 29.07.2024)
Link ExternoBrasil: Governo pretende vetar emendas ao marco das eólicas offshore para evitar aumento da CDE
O Congresso Nacional pode discutir o marco das eólicas offshore em agosto, mas o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, indicou que o governo pretende vetar emendas que favorecem usinas termelétricas e outros setores. O argumento é que isso aumentaria os custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e, dessa maneira, os consumidores seriam afetados negativamente, especialmente os mais pobres. O depoimento está alinhado à posição do Presidente da República, Lula, que riticou propostas como a prorrogação de usinas a carvão e a contratação de térmicas a gás, alegando que elas encareceriam a conta de luz e prejudicariam a economia. As eólicas offshore fazem parte de uma política de incentivo às energias renováveis, enquanto o hidrogênio avança para sanção com possíveis vetos. Ademais, atualmente, há 234 GW em projetos de energia em tramitação no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). (Agência EPBR - 31.07.2024)
Link ExternoBrasil: Acesso a capital ainda é desafio para acelerar transição energética
Em um momento em que as políticas relacionadas ao clima permeiam a sociedade como um todo e deixam de se restringir ao âmbito ambiental, especialistas avaliam que o Brasil tem condições de atrair maiores volumes de investimentos globais em iniciativas que ajudem a combater as mudanças climáticas. Apesar da dotação de recursos naturais diferenciados, como fontes para desenvolver energias renováveis, a atração de capital segue sendo um desafio para o país. A relação entre risco e retorno dos países emergentes no geral – lista que inclui o Brasil - tende a tornar mais difícil o acesso a financiamentos para projetos na comparação com regiões mais desenvolvidas. Segundo Bruna Mascotte, sócia da Catavento Consultoria, é urgente a tomada de ação para o desenvolvimento de alternativas para garantir os recursos e direcioná-los aos projetos, o que inclui a participação do setor privado. Para tanto, ela aponta que a estabilidade jurídica e um ambiente regulatório favorável são importantes. “Nosso papel é articular com diversos atores para trazer inovações que possam ter impacto na discussão para que os projetos saiam do papel e para servir de ponte entre a poupança global, que tem muito interesse em financiar projetos alinhados em ESG bem estruturados”, complementa o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Morgan Doyle. (Valor Econômico - 02.08.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Mirow & Co.: Eletrificação de veículos leves no Brasil abre potencial para R$ 200 bi em negócios
Um estudo da consultoria Mirow & Co. mostrou que a aceleração da eletrificação da frota de veículos leves individuais vai abrir potencial de R$ 200 bilhões em negócios no Brasil em 2030. O uso crescente de VEs vai impactar os setores automotivo e elétrico em serviços como recarga, reposição de autopeças, manutenção e locação de veículos. Segundo o trabalho, de 2016 a 2022, a frota de VEs aumentou 122% no país, enquanto EUA, Europa e China alcançaram 32%, 60% e 65% de crescimento, respectivamente. Apesar de largar atrás dos principais players globais, a comercialização de VEs no Brasil segue em expansão mais acelerada, com perspectiva de entrar este ano no chamado mercado de massa. Ainda, em razão da nacionalização da cadeia desses produtos, que deve ter início em 2025, o custo total de propriedade desses automóveis deve ser igualado àquele do veículo a combustão em 2028. Como consequência dessas circunstâncias, a quantidade de veículos elétricos no país, até 2030, pode ficar entre um e seis milhões de unidades – a depender do otimismo do cenário -, respondendo por 2% a 11% da frota total, segundo o estudo. (Agência CanalEnergia - 24.07.2024)
Link ExternoMovimento de Eficiência Energética: Associação global independente surge para impulsionar sustentabilidade
O Movimento de Eficiência Energética, iniciado em 2021 por ABB e Alfa Laval, evoluiu para uma associação independente sem fins lucrativos com o objetivo de promover práticas de eficiência energética na indústria. A nova entidade, com uma liderança composta por Thomas Møller (Alfa Laval), Tarak Mehta (ABB) e o Prof. Johann Kolar (ETH), visa expandir o conhecimento sobre eficiência energética e facilitar a colaboração entre organizações. A associação recebeu promessas de apoio de mais de 500 empresas globalmente e pretende ser uma plataforma crucial para impulsionar a eficiência energética e apoiar a transição para uma economia mais sustentável. Uma pesquisa recente mostrou que 99% das empresas estão investindo ou planejam investir em eficiência energética, embora custos elevados e preocupações com a segurança energética ainda sejam desafios significativos. A formação da associação é vista como um passo importante para mobilizar a indústria em torno de metas climáticas e contribuir para o cumprimento do Acordo de Paris.(Smart Energy– 29.07.2024)
Link ExternoUber e BYD: Parceria global para acelerar a adoção de carros elétricos com 100 mil veículos
A Uber estabeleceu uma parceria global com a BYD com o objetivo de acelerar a adoção de carros elétricos entre seus motoristas, prevendo a inclusão de 100 mil veículos elétricos na frota da empresa. A estratégia começará na América Latina e Europa, expandindo para o Oriente Médio, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A parceria oferecerá condições especiais e financiamento facilitado para os motoristas que optarem por modelos da fabricante chinesa BYD, conhecida por oferecer veículos elétricos mais acessíveis, como a minivan D1. Além do financiamento, o plano incluirá descontos em carregamento, manutenção e seguro, e a BYD instalará 600 pontos de recarga no Brasil em colaboração com a Raízen. A Uber também destacou que seus motoristas estão migrando para veículos elétricos a uma taxa cinco vezes maior do que proprietários comuns e que a escolha da BYD visa superar barreiras como preço e disponibilidade de financiamento. Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, ressaltou que a adoção de veículos elétricos pelos motoristas pode resultar em até quatro vezes mais benefícios ambientais devido ao tempo maior que passam na rua, e destacou a importância de demonstrar os benefícios dos veículos elétricos para um público mais amplo.(Inside EVs – 31.07.2024)
Link ExternoAlemanha: Projeto piloto testa integração de veículos elétricos no mercado de eletricidade sem contadores inteligentes
As empresas alemãs TransnetBW, Audi e Intelligent Energy System Services (IE2S) estão colaborando em um projeto piloto para testar a integração da flexibilidade descentralizada de veículos elétricos (VEs) no mercado de eletricidade, sem depender de contadores inteligentes ou tarifas dinâmicas. O objetivo é permitir que proprietários de VEs se beneficiem de preços flexíveis de eletricidade ao carregar seus veículos em casa, sem necessidade de infraestrutura adicional. O sistema projetado pela parceria irá vincular um pool de VEs Audi aos processos de negociação da TransnetBW, integrando sua flexibilidade ao mercado e otimizando o uso da eletricidade. Desde o início do projeto, a interação dos sistemas tem mostrado alta flexibilidade e potencial de economia para os clientes. O piloto será expandido para incluir veículos reais em setembro, com a flexibilidade sendo comercializada na bolsa de valores e balanceada com operadoras de rede. A abordagem simplificada visa desenvolver a flexibilidade do lado da carga e explorar o potencial econômico e ambiental do uso de energias renováveis.(Smart Energy– 29.07.2024)
Link ExternoEUA: Queda nas vendas de veículos elétricos e atrasos na produção de baterias afetam metas de eletrificação
As vendas de veículos elétricos (VE) nos EUA e na Europa estão abaixo das estimativas para 2024, resultando em atrasos significativos nos investimentos em eletrificação e uma ênfase crescente em híbridos (PHEV e HEV). Essa mudança pode afetar até 5 milhões de vendas de veículos elétricos a bateria (BEV) e diminuir a capacidade de produção de baterias em 23% nos EUA e 20% na Europa. Diversos fatores contribuem para essa situação, incluindo o alto custo dos BEVs, o protecionismo industrial, as taxas de juros elevadas e a falta de infraestrutura de carregamento. Nos EUA, as normas rigorosas e os elevados requisitos de mão-de-obra são desafios significativos, enquanto na Europa, a lentidão na autorização e a falta de incentivos em 80% dos Estados-Membros são problemáticas. Além disso, a dependência de materiais da China e a imaturidade das tecnologias alternativas, como baterias de íons de sódio, agravam o cenário. A falta de foco em veículos de baixo carbono e a preferência por combustíveis renováveis em vez de eletrificação adicional também dificultam o avanço para soluções mais sustentáveis.(Woodmac – 31.07.2024)
Link ExternoEUA: Aposta em BPS para a descarbonização de cidades
Governos locais e estaduais dos Estados Unidos estão apostando em padrões de performance de construções (BPS, na sigla em inglês) como vetor para reduzir as emissões de carbono e atender metas climáticas, segundo relatório da JLL. A coalizão BPS mira alinhar objetivos de emissões, eletrificação e equidade com outros requerimentos de design e construção a fim de promover não somente a eficiência energética, mas uma melhor performance em energia. Treze cidades norte-americanas - que respondem por cerca de 25% das construções nacionais -já têm o BPS estabelecido e, até 2026, a previsão é que ao menos 40 cidades estejam alinhadas a esse código. A expectativa, de acordo com o relatório, é que a maioria delas defina metas de neutralidade em carbono até 2050. Nesse ínterim, ainda, a agência da comunidade é apontada como um pilar importante. A recomendação é que os proprietários tomem ação proativa para entender, gerenciar e aprimorar as performances de energia e emissões de seus imóveis, mirando evitar multas futuras ou desafios para o cumprimento dos requerimentos. (Utility Dive – 29.07.2024)
Link ExternoChina: Veículos sustentáveis pressionam o diesel põem em vista o pico da demanda
A queda do consumo de diesel na China, em razão do crescimento do uso de caminhões a gás natural liquefeito (GNL) – uma solução mais limpa, não obstante competitiva -, tem impactado a demanda doméstica por combustíveis, e, por extensão, atingindo mercados internacionais. Um caminhão movido a GNL custa, em média, US$ 11 mil a mais que uma versão similar a diesel, mas a economia com o combustível permite com que o valor gasto extra seja recuperado em 6 meses, segundo pesquisa da Horizon Insights. Destarte, com a substituição do diesel no setor de transporte de carga e a aceleração das vendas de veículos elétricos, a demanda chinesa por combustível fósseis para utilização nos transportes pode estar se aproximando de seu pico histórico. Essa, que responde ainda por cerca de 40% do petróleo consumido no país. Com a contração do consumo chinês - ao passo que a transição energética ganha propulsão na economia -, a variação da demanda global por petróleo no segundo trimestre de 2024 foi a menor desde 2022, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). (Reuters – 02.08.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Artigo de Marisa Zampolli: “Hidrogênio verde é aliado na corrida para zerar emissões de gás carbônico”
Em artigo publicado no Canal Energia, Marisa Zampolli, CEO da MM Soluções Integradas, especialista em gestão de ativos e engenheira elétrica, explora o potencial do hidrogênio verde como uma solução para as lacunas deixadas por outras fontes de energia renováveis. Segundo a autora, "o hidrogênio verde pode cobrir as lacunas deixadas por outras energias renováveis, ajudando a reduzir gases do efeito estufa e oferecendo uma alternativa para vários setores industriais". Ela conclui que, embora a produção de hidrogênio verde ainda enfrenta desafios de custo e infraestrutura, o Brasil tem potencial para se destacar na produção e exportação desse recurso, tornando-se um líder global no futuro. (Agência CanalEnergia - 29.07.2024)
Link ExternoBrasil: Congresso decide por veto parcial e novos ajustes no marco regulatório do hidrogênio
O Congresso Nacional decidiu que o Planalto realizará um veto parcial ao marco regulatório do hidrogênio (PL 2308/2023) e enviará um novo projeto com ajustes à redação final, principalmente relacionados à concessão de créditos tributários. A proposta estabelece um marco legal para a indústria do hidrogênio, oferecendo benefícios fiscais e financeiros totalizando R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. No entanto, foram identificados problemas técnicos, especialmente a exclusão de dispositivos sobre a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), o que comprometeu a política de estímulos. O crédito tributário previsto poderá alcançar R$ 5 bilhões até 2032, com um teto escalonado anual. A mudança na legislação, que sofreu alterações durante a tramitação no Senado e na Câmara, também incluiu um aumento no teto de emissões de CO2 para hidrogênio, o que gerou críticas. O novo projeto será analisado rapidamente pelo Congresso para evitar atrasos na sanção presidencial e garantir que os ajustes necessários sejam incorporados.(Agência EPBR – 31.07.2024)
Link ExternoBrasil: A consultoria McKinsey projeta US$ 200 bilhões na cadeia de valor do hidrogênio verde no país até 2040
A consultoria McKinsey projeta que a cadeia de valor do hidrogênio verde no Brasil poderá movimentar até US$ 200 bilhões até 2040, embora o país esteja atrasado em relação a nações como Chile, Arábia Saudita, Austrália e Estados Unidos. Especialistas, como Ricardo Rüther da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destacam que, apesar desse atraso de pelo menos dois anos, o Brasil possui condições favoráveis para o desenvolvimento dessa tecnologia, devido à sua matriz energética limpa, composta por 47,4% de fontes renováveis, como hidrelétricas e biomassa de cana-de-açúcar. O Nordeste, especialmente o Ceará, se destaca na produção de energia limpa e na implementação de projetos de hidrogênio verde, com o porto de Pecém se posicionando como um potencial polo para investimentos significativos, totalizando US$ 8 bilhões em pré-contratos para usinas de hidrogênio. Outros portos, como Suape em Pernambuco e Açu no Rio de Janeiro, também apresentam oportunidades, embora em um ritmo mais lento, mas o Brasil pode surpreender e se destacar na corrida global pelo hidrogênio verde.(Além da Energia – 30.07.2024)
Link ExternoBrasil: Foco em combustíveis renováveis para impulsionar a transição energética em meio à eletrificação global
Enquanto a indústria automotiva na Europa e EUA foca na eletrificação, o Brasil aposta no aumento de combustíveis renováveis para impulsionar sua transição energética. Especialistas destacam que, para veículos leves, o etanol é a alternativa mais viável, dependendo da escolha do consumidor devido à tecnologia flex fuel. Para o biodiesel, a mistura obrigatória no diesel fóssil é de 14%, mas as rotas atuais geram controvérsias e problemas ambientais. Aumentar o percentual não é compatível com as metas do Proconve, e alternativas mais sustentáveis, como o HVO, estão sendo exploradas. Rogério Gonçalves, da AEA, aponta que biocombustíveis, especialmente biometano e etanol de segunda geração (E2G), são as melhores opções, com o E2G apresentando 80% menos emissões de gases do efeito estufa em comparação ao etanol comum. Apesar de o etanol gerar menos gases tóxicos que a gasolina, ainda resulta em maior emissão de aldeídos. A renovação da frota é lenta, mas a chegada de carros híbridos flex pode acelerar a transição, com previsões indicando que, até 2030, a maioria dos veículos no Brasil ainda será a combustão, com apenas 1,9% sendo 100% elétricos.(Além da Energia – 29.07.2024)
Link ExternoBrasil: Descarbonização global impulsiona o mercado sucroalcooleiro com investimentos bilionários
A agenda global de descarbonização está impulsionando o mercado sucroalcooleiro brasileiro, que vê negociações bilionárias e investimentos em novas tecnologias. O Brasil, com 49% de sua matriz energética proveniente de fontes renováveis, destaca-se no cenário internacional com o etanol, que pode ser usado como biocombustível para aviação e polímeros verdes. A Bunge vendeu sua participação na BP Bunge Bioenergia para a BP por US$ 1,4 bilhão, permitindo à BP produzir etanol e investir em bioenergia avançada. A Raízen também está expandindo com a maior unidade de etanol de segunda geração do mundo e planeja mais plantas. Além disso, o biogás da cana-de-açúcar tem potencial significativo para substituir o gás natural, embora enfrente desafios de infraestrutura e concentração de mercado. O país, dessa maneira, tem boas perspectivas para se destacar no setor de açúcar e etanol, aproveitando sua capacidade de produção e baixo custo. (Valor Econômico - 30.07.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
EMS: GreenPowerMonitor lança sistema avançado para gerenciamento de usinas renováveis
A GreenPowerMonitor (GPM), uma empresa espanhola pertencente à DNV da Noruega, lançou um novo sistema avançado de gerenciamento de energia (EMS) para usinas renováveis, com o objetivo de aprimorar o controle automatizado e a eficiência operacional dessas instalações. De acordo com a DNV, o EMS é projetado para aumentar a flexibilidade e a automação das operações, gerando cronogramas de despacho de energia baseados em previsões meteorológicas e otimização contínua da produção de energia. A ferramenta permite que os operadores participem em diversos mercados energéticos com um calendário de despacho otimizado, ajustando-se em tempo real a fatores como mudanças nas previsões meteorológicas, preços, manutenção e falhas. O novo sistema pode ser integrado com soluções existentes da GPM, como GPM SCADA e GPM Power Plant Controller. Juan-Carlos Arévalo, CEO da GPM, afirmou que o lançamento do EMS é um passo significativo na jornada da empresa para maximizar o potencial das centrais renováveis e impulsionar a inovação no setor de energia.(Smart Energy – 31.07.2024)
Link ExternoEUA: Responsabilidade limitada e obstáculos tecnológicos inibem a adoção do VPP
Os VPPs nos EUA variaram de 30 GW a 60 GW em 2023, mas enfrentam desafios significativos para maximizar seu potencial. A integração de diversos recursos distribuídos exige um alto grau de orquestração técnica e "consciência situacional em tempo real" que superam as capacidades da maioria dos programas atuais de resposta à demanda. Investimentos substanciais em redes de distribuição e tecnologia de medição são necessários para coletar dados detalhados e melhorar a previsibilidade e confiabilidade dos VPPs. Além disso, a falta de integração robusta entre sistemas de gerenciamento de rede de distribuição e recursos distribuídos representa outro obstáculo. Esses investimentos, embora caros, são essenciais para evitar custos elevados com geração e transmissão de energia. No Colorado, um piloto de VPP e um plano de melhorias no sistema de distribuição estão sendo desenvolvidos para enfrentar esses desafios. (Utility Dive - 30.07.2024)
Link ExternoMicrorredes e minirredes estão auxiliando a eletrificação de diversos países africanos
Em 2022, 600 milhões de pessoas no continente africano não tinham acesso a eletricidade confiável, mas esse número está diminuindo devido ao desenvolvimento de microrredes. Projetos de microrredes e minirredes estão fornecendo energia limpa e localmente produzida em países como Nigéria, Zâmbia, Uganda e Madagascar, impulsionando o desenvolvimento econômico e reduzindo a pobreza. Um webinar da RePower, um projeto financiado pela União Europeia, destacou iniciativas bem-sucedidas e recomendou estratégias para expandir a eletrificação renovável na África rural. Exemplos de projetos incluem a Africa GreenTec, que beneficiou mais de 61.000 pessoas, e iniciativas em Uganda, Cabo Verde e outras nações, demonstrando o impacto positivo dessas tecnologias em comunidades remotas. (Microgrid Knowledge - 29.07.2024)
Link ExternoVerizon: Ataques cibernéticos registram aumento de 180% em um ano
O Relatório de Investigação de Violações de Dados (DBIR) de 2024 da Verizon mostra um aumento de 180% nos ataques cibernéticos que exploram vulnerabilidades em comparação com 2022, impulsionados principalmente por ransomware e outras ameaças de extorsão. Aplicativos da web são o principal ponto de entrada dos criminosos. Com contribuições globais, incluindo da brasileira Apura Cyber Intelligence, o relatório analisou 30.458 incidentes de segurança, dos quais 10.626 foram confirmados como violações de dados, um número recorde. (Carta Capital - 31.07.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Artigo de Raphael Gomes e Renato Edelstein: “O caráter ESG e a expansão da energia renovável no Brasil”
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Raphael Gomes (Raphael Gomes) e Renato Edelstein (advogado sênior de Energia do Lefosse) tratam do crescimento acelerado do segmento de micro e minigeração distribuída (MMGD) e seu papel na diversificação da matriz energética, com foco em fontes renováveis. A MMGD, impulsionada por incentivos e regulamentações como a Resolução CNPE (2/2024), tem contribuído para a redução de investimentos em expansão de redes, menor impacto ambiental e desenvolvimento regional. A recente resolução estabelece diretrizes para a valoração dos custos e benefícios da MMGD, considerando diversos aspectos técnicos e operacionais. O Brasil, com seu potencial em energias limpas, é destaque nesse setor, que agora conta com mais de 2,5 milhões de usinas e cerca de 30 GW de potência instalada. A MMGD exemplifica como o conceito ESG pode ser integrado à prática, promovendo um desenvolvimento sustentável e um futuro mais próspero. (Valor Econômico – 31.07.2024)
Link ExternoSBTi: Sistema de créditos de carbono pede nova abordagem
Um trabalho de pesquisa publicado pelo Science-Based Targets Iniciativa (SBTi) apontou que não há suporte científico suficiente para que instituições de vigilância climática imponham restrições a companhias que usam créditos de carbono para compensar suas emissões. A negociação de créditos de projetos como fazendas eólicas e investida de reflorestamento para uma companhia para que essa possa abater suas emissões de carbono é vista como uma maneira de direcionar recursos das empresas para projetos com foco climático. Críticos, todavia, argumentam que essa prática pode resultar na redução do esforço das companhias em diminuir internamente suas emissões, e demonstram preocupações quanto à qualidade e quantidade de créditos no mercado. O relatório, segundo o diretor técnico do SBTi, Alberto Carrillo Pineda, é um passo crítico no desenvolvimento de uma abordagem mais sofisticada para metas de descarbonização do escopo 3, que compreende operações comerciais. Além disso, reforça que o corte direto das emissões deve ser prioritário para a ação climática corporativa. (Reuters – 30.07.2024)
Link ExternoÍndia: Recusa de tarifa CBAM por incompatibilidade com economias em desenvolvimento
A Índia rejeitou a proposta tarifária da União Europeia no âmbito do Mecanismo de Ajuste Fronteiriço de Carbono (CBAM, na sigla em inglês). A proposta consiste na imposição de tarifas mais robustas às indústrias que produzem bens intensivos em carbono, como aço, cimento e alumínio, que seriam compensadas na importação desses produtos pelos países do bloco. Segundo a Comissão Europeia, o intuito da medida não é o aumento de receita, mas a garantia de suprimento de produtos de melhor consciência sustentável no mercado europeu. O secretário de assuntos econômicos da Índia, Ajay Seth, todavia, declarou que a solução oferecida não funciona para uma economia em desenvolvimento como a indiana. Ele argumenta que essa investida de descarbonização das indústrias-alvo impõe um aumento de custos que o país não é capaz de assumir. Seth expressa, por fim, o desejo de que a UE aposte nas regras de emissões do Acordo de Paris (2015), que previa mais flexibilidade no corte de emissões às nações em desenvolvimento. (Reuters – 29.07.2024)
Link ExternoChina: Dominância mercado global de painéis solares às custas de revés em receitas e ações de empresas de energia limpa
Nos últimos 15 anos, a China tornou-se líder global na fabricação de painéis solares, dominando o mercado com uma produção quase exclusiva e um aumento contínuo nas exportações. Entretanto, o setor enfrenta revezes internos devido à queda acentuada nos preços e ao excesso de capacidade de produção, o que resultou em grandes perdas para as principais empresas e uma queda acentuada no valor das ações. A estratégia de políticas industriais da China, que começou com forte apoio ao setor e depois permitiu que as empresas competissem ferozmente, contribuiu para a crise. Exemplos como a Hunan Sunzone Optoelectronics ilustram como a excessiva capacidade produtiva e a ajuda governamental não impediram a falência de muitas empresas. Com a capacidade de produção excedendo a demanda global, a situação levou a demissões e cortes de custos, enquanto o Ocidente impõe restrições ao uso dos painéis solares chineses devido à falta de transparência sobre os subsídios recebidos. (Estadão - 29.07.2024)
Link ExternoEventos
GESEL: Participação na 5ª CNCTI
Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL, esteve presente na 5ª Conferência Nacional de CTI (5ª CNCTI), que aconteceu nos dias 30/07, 31/07 e 01/08 de 2024, em Brasília. O evento é um importante espaço de diálogo entre diferentes atores da sociedade para refletir sobre o papel da CT&I no país, e aconteceu após as mais de 200 Conferências preparatórias, realizadas entre dezembro de 2023 a maio de 2024. Castro foi um dos debatedores na Sessão Paralela no dia 30 de julho. (GESEL-IE-UFRJ - 30.07.2024)
Link ExternoFrança: Jogos Olímpicos de Paris 2024 focam em sustentabilidade com uso de estruturas pré-existentes e energias renováveis
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 buscam ser os mais verdes da história, com o objetivo de reduzir pela metade as emissões de carbono em comparação com edições anteriores, por meio de medidas como utilização de 95% de estruturas pré-existentes, garantia de vida útil para 90% dos ativos olímpicos após os jogos, uso de materiais de construção de baixo carbono, 100% de energias renováveis, duplicação de alimentos à base de plantas nos menus e redução de 50% nas embalagens descartáveis. O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem colocado a sustentabilidade no centro do planejamento dos jogos, com a Agenda Olímpica 2020 integrando esse pilar em todos os aspectos. Paris 2024 também busca acelerar a transformação verde da cidade, com foco em transporte sustentável, e o COI trabalha em indicadores para avaliar o impacto de longo prazo. Cidades-sede futuras, como Los Angeles, já se comprometeram com a sustentabilidade, que agora é central no processo de candidatura, visando desenvolver megaeventos que proporcionem benefícios tangíveis e duradouros.(Energy Monitor – 31.07.2024)
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