A 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20 acontece em Belo Horizonte de 27 a 29 de maio, reunindo representantes das maiores economias mundiais para discutir a dimensão social da transição energética, financiamento para iniciativas sustentáveis, acesso à energia limpa e inovação em biocombustíveis. O Brasil se destaca como líder na América Latina em investimentos em transição energética, com US$ 34,8 bilhões investidos em 2023, ficando em 6º lugar no ranking global. O país possui 88% de sua matriz energética proveniente de fontes limpas e renováveis. (Valor Econômico - 27.05.2024) 

O governo brasileiro, durante sua presidência rotativa do G20, pretende direcionar mais recursos externos para financiar a transição para uma economia de baixo carbono em países emergentes. A estratégia envolve a utilização de bancos de desenvolvimento, como o Banco Mundial e o BNDES, para liberar cerca de US$ 10 bilhões dos US$ 30 bilhões disponíveis nos próximos cinco anos. O plano também inclui a criação de "plataformas de países" para reformar os bancos multilaterais de desenvolvimento. No Brasil, o BNDES tem avançado na captação de recursos de bancos multilaterais e tem utilizado o Fundo Clima para ampliar seu financiamento. Além disso, o país está implementando um mecanismo para reduzir o custo do hedge cambial para alguns projetos selecionados. (Valor Econômico - 24.05.2024) 

Fatih Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), enfatiza a necessidade de cooperação internacional para enfrentar a crise climática e a importância da bioenergia como fonte de energia renovável. Ele espera que o Brasil, como anfitrião do G20, possa ajudar a financiar a transição para a energia limpa nos países em desenvolvimento e conscientizar o mundo sobre a bioenergia. Birol também destaca a necessidade de uma meta global de armazenamento para renováveis e a redução das emissões de metano. Além disso, ele está comprometido em resolver o problema da falta de fogões adequados na África subsaariana, que é uma causa significativa de morte prematura e emite toneladas de gases de efeito estufa. (Valor Econômico - 28.05.2024) 

O Brasil tem potencial para atrair até US$ 3 trilhões em investimentos e se tornar carbono-positivo nos próximos 30 anos, segundo um estudo do Boston Consulting Group (BCG). A descarbonização poderia impulsionar o desenvolvimento e a economia nacional, com setores como transportes, indústria, energia, agricultura e florestas mobilizando mais recursos. No entanto, o financiamento climático global tem se concentrado nos países ricos, criando um desafio para os emergentes. O relatório destaca oportunidades brasileiras, como soluções baseadas na natureza e a recuperação de áreas degradadas. A agricultura sustentável e a energia renovável são áreas de força, mas a aprovação da lei do mercado de carbono é um gargalo identificado. (Valor Econômico - 27.05.2024)  

O processo de transição energética em termos globais desacelerou. Essa é uma constatação de uma pesquisa da consultoria Bain & Co que notou a redução de atividade das empresas. A elevação da taxa de juros, escala de custos na cadeia de suprimento e questões geopolíticas são os três principais elementos que levaram a essa conclusão. Após três anos de crescimento constante, o volume de negócios com este foco estagnou enquanto as empresas reajustam suas prioridades. Segundo a consultoria, quando houve a retomada da atividade as elétricas puras terão mais ritmo de investimentos do que as petroleiras que vêm investindo nas duas frentes. De acordo com António Farinha, sócio e líder da prática de Utilities da Bain na América do Sul, esse fator deve-se pelo fato de que o core business dessas corporações é diferente. As petroleiras precisam dividir seus recursos para realizar aportes em óleo e gás e também em projetos de energia limpa, enquanto as elétricas só realizam esses investimentos nos projetos de renováveis diretamente. (Canal Energia - 22.05.2024)  

De acordo com levantamento da Absolar, a energia solar atingiu mais de 29 GW na geração distribuída (GD) no Brasil, abrangendo residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos por meio de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados ou terrenos. Com mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos em operação, beneficiando mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras, o mercado de GD gerou mais de R$ 142,5 bilhões em investimentos desde 2012, resultando em mais de 870 mil empregos e uma arrecadação de mais de R$ 42,3 bilhões aos cofres públicos. Presente em todos os estados brasileiros e em 5.545 municípios, a tecnologia fotovoltaica registrou uma queda de aproximadamente 50% nos preços dos painéis solares em 2023, tornando-se mais acessível aos consumidores. (Portal Solar - 17.05.2024) 

Após intensas discussões, a diretoria colegiada da Aneel aprovou os artigos 21 e 24 da Lei nº 14.300, que abordam a sobrecontratação involuntária das distribuidoras de energia e a venda de excedentes de micro e minigeração distribuída (MMGD). Baseado na Consulta Pública nº 031/2022, que recebeu 124 contribuições, ficou definido que o marco inicial para calcular a sobrecontratação é 2022, considerando toda geração de MMGD. A Aneel reconheceu a complexidade do tema e a necessidade de análise adicional, especialmente sobre a energia gerada e consumida simultaneamente, que não é medida nem contemplada por políticas públicas. Novas hipóteses de sobrecontratação involuntária foram incluídas, como a escolha dos consumidores pelo regime de MMGD. (Agência CanalEnergia - 22.05.2024) 

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que integra a instalação de equipamentos para microgeração e minigeração de energia elétrica distribuída aos objetivos do Programa de Administração Patrimonial Imobiliária da União (Proap). O relator do projeto, deputado Icaro de Valmir, argumentou que a geração local de eletricidade possibilita aos órgãos públicos diminuir a dependência da rede convencional, resultando em economias expressivas nos gastos com energia. Uma mudança no texto original excluiu a utilização da CDE para financiar tais instalações, devido ao ônus que isso representaria para os consumidores brasileiros, visto que a CDE é custeada pelos recursos arrecadados diretamente das contas de luz. O Projeto de Lei 3371/21 seguirá para análise em mais três comissões, em caráter conclusivo: de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Câmara dos Deputados - 16.05.2024) 

O MME e o Ministério das Cidades planejam anunciar que todas as casas do programa Minha Casa, Minha Vida terão energia fotovoltaica, como parte de uma estratégia para estimular a geração de emprego. O ministro Alexandre Silveira também mencionou a conclusão da instalação de torres de transmissão de energia ligando Roraima ao Sistema Interligado Nacional, permitindo o desligamento das usinas térmicas a óleo e a carvão. Durante a reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20, Silveira enfatizou a prioridade do Brasil na descarbonização da indústria e a necessidade de maior consciência global para avançar os investimentos em energias renováveis. (Valor Econômico - 27.05.2024) 

A distribuidora Aldo Solar e a fabricante GoodWe firmaram uma parceria para a distribuição de inversores solares da linha HT de 100 e 250 kW e monofásicos híbridos, além do retrofit, no Brasil, com o objetivo de alavancar a eficiência de projetos de Geração Distribuída (GD) no país. A parceria assegura uma ampla variedade de produtos a preços competitivos, suporte técnico localizado e melhores condições de garantia e serviços de pós-venda, com a GoodWe oferecendo uma garantia de 10 anos para seus inversores, podendo ser estendida por até 25 anos. Fabio Mendes, vice-presidente da GoodWe para a América do Sul, destacou que a cooperação com a Aldo é um marco estratégico para a empresa, ampliando a presença e influência no mercado brasileiro de energia solar. (Portal Solar - 27.05.2024) 

A Delta Energia realizou uma estreia bem-sucedida no mercado de capitais ao levantar R$ 250 milhões por meio da emissão de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), destinados a financiar projetos de geração de energia solar para o mercado de Geração Distribuída em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Com duas séries de CRI, de sete e oito anos, e taxas de IPCA+8,1% e IPCA+8,8%, respectivamente, a demanda excedeu significativamente a oferta, alcançando R$ 737 milhões. Cerca de 66% dos recursos foram adquiridos por investidores institucionais. A empresa planeja novos investimentos em 2024 e pretende voltar ao mercado de capitais, possivelmente por meio da emissão de debêntures incentivadas. A estratégia envolve a criação da varejista Luz para distribuir a energia gerada pelas novas usinas, localizadas estrategicamente onde o preço da energia é mais alto. (Invest News - 17.05.2024) 

A Veolia está implementando painéis fotovoltaicos em três de seus Centros de Gerenciamento de Resíduos (CGR) no Brasil, localizados em Brusque e Blumenau, em Santa Catarina, e na cidade de São Paulo. Essa iniciativa é parte dos esforços da empresa para descarbonizar suas operações, buscando investir em projetos de energia renovável. Com a instalação de 779 painéis, os CGRs adotarão o modelo de minigeração distribuída, com capacidade para gerar 550 mil kWh por ano, o suficiente para abastecer aproximadamente 458 residências. Em Blumenau, quase metade da energia consumida será proveniente desses painéis, reduzindo o uso da rede de energia em cerca de 50%, enquanto o CGR de São Paulo deixará de consumir diesel em horários de pico, utilizando energia renovável em tempo integral. (Agência CanalEnergia - 17.05.2024) 

A geração distribuída está ganhando espaço nos condomínios da zona sul do Rio de Janeiro, graças a parcerias como a da Estasa Administradora com a Hum Energia Renovável, que permite aos condomínios adotarem energia renovável através de contratos de locação com fazendas solares. Essa modalidade dispensa investimentos em instalações próprias, enquanto os condomínios podem usufruir da energia autoproduzida em fazendas solares distantes do ponto de consumo, gerando abatimentos na tarifa. Com diversos edifícios já aderindo a esse modelo, o presidente da Estasa, Luiz Barreto, pretende estendê-lo para a maioria dos 700 condomínios administrados pela empresa. Além disso, a Estasa também está introduzindo estações de recarga para carros elétricos nos condomínios, acompanhando a crescente demanda por essa tecnologia. (Agência CanalEnergia - 27.05.2024) 

Nos Estados Unidos, as políticas solares estaduais têm desempenhado um papel crucial no aumento da adoção da energia distribuída GD), com dados do Institute for Local Self-Reliance revelando que 31% dos 29 GW de energia solar instalados em 2023 foram distribuídos. O setor residencial lidera, sendo responsável por 97% de todas as instalações solares. O relatório destaca mudanças significativas em vários mercados estaduais desde 2022, com estados como Texas, Califórnia, Flórida e Ohio registrando forte crescimento na capacidade instalada. A energia solar comunitária também está ganhando destaque, oferecendo uma maneira acessível para as pessoas se beneficiarem da energia solar, independentemente de restrições financeiras ou de infraestrutura. Políticas estaduais favoráveis, como medição líquida e regras simplificadas de interconexão, são identificadas como cruciais para impulsionar a adoção da energia solar distribuída. (PV Magazine - 20.05.2024) 

Um novo relatório da Allied Market Research revela que o mercado global de geração distribuída de energia foi avaliado em US$ 246,4 bilhões em 2020 e deve alcançar US$ 919,6 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa anual composta (CAGR) de 14,2% de 2021 a 2030. A geração distribuída inclui sistemas como painéis solares e cogeração, que produzem eletricidade localmente. Em 2020, a região Ásia-Pacífico liderou o mercado, representando 39% da participação global. O mercado é dominado por poucas empresas, incluindo Siemens e General Electric. O crescimento do mercado é impulsionado por regulamentações governamentais para reduzir emissões de gases de efeito estufa e iniciativas de pesquisa e desenvolvimento. As tecnologias como células de combustível e energia solar fotovoltaica estão em destaque, com o segmento comercial projetado para ser o de crescimento mais rápido. Para solicitar um resumo do relatório, clique aqui. (EIN - 28.05.2024) 

A Copel implementou com sucesso um sistema de baterias de energia em suas instalações no bairro Atuba, em Curitiba, funcionando como uma microrrede isolada durante um teste de duas horas. Este sistema, parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D Aneel), visa fornecer energia a clientes em redes com alta demanda ou sujeitas a interrupções. Com um investimento total de R$ 34,6 milhões, a empresa planeja testar a tecnologia em uma subestação na Grande Curitiba. As baterias de lítio, com capacidade de 1 MW e armazenamento superior a 1 MWh, podem abastecer 200 famílias por cerca de um dia sem recarga, oferecendo suporte ao sistema durante picos de demanda ou falhas de energia, enquanto podem ser recarregadas à noite com a energia da rede. (Agência CanalEnergia - 16.05.2024) 

O governo de Ontário concluiu o que descreve como a maior aquisição de armazenamento de baterias na história do Canadá, garantindo a capacidade de geração de eletricidade necessária para sustentar o crescimento da população e da economia até o final da década. Esta última rodada de aquisições assegurou um total de 2.195 MW de capacidade, incluindo 1.784 MW de armazenamento em dez projetos, além de 411 MW de gás natural e geração limpa de biogás em explorações agrícolas. A frota de armazenamento de Ontário, que agora inclui 26 instalações, ultrapassou a meta inicial do governo de 2.500 MW, com destaque para o sistema de armazenamento de energia de bateria Skyview 2 de 390 MW, que será a maior instalação individual no Canadá. Estes recursos energéticos fazem parte do plano "Powering Ontario's Growth", que visa satisfazer a crescente demanda de energia e reduzir as emissões. Além do armazenamento de baterias, o plano inclui avanços na energia nuclear, nova infraestrutura de transmissão e eficiência energética, entre outras medidas. O Ministro de Desenvolvimento Econômico, Criação de Empregos e Comércio, Vic Fedeli, destacou a importância dessas ações para garantir um fornecimento confiável de energia limpa e impulsionar o crescimento econômico e a criação de empregos em Ontário. (Renewable Energy World – 22.05.2024) 

A multinacional WEG planeja quadruplicar a produção de estações de recarga para veículos elétricos em 2024, passando de 1 mil para 4 mil estações por mês, devido ao crescimento do mercado de mobilidade sustentável no Brasil. A empresa, que fornece para 24 montadoras de veículos elétricos, também tem parcerias com condomínios, hubs de recarga, operadores de pontos de recarga e frotistas. Além disso, a WEG está envolvida em projetos de infraestrutura para cidades com programas de eletrificação de frotas de transporte público. Em 2023, a empresa investiu R$ 100 milhões em uma fábrica de baterias, posicionando-se no mercado de mobilidade elétrica. O setor tem visto um aumento nas vendas de veículos elétricos, com quase 94 mil emplacamentos em 2023, um crescimento de 91% em relação a 2022. Este crescimento é impulsionado por investimentos em infraestrutura de recarga, incentivos governamentais, maior oferta de modelos e campanhas de divulgação das montadoras. (Valor Econômico - 23.05.2024) 

A Stellantis anunciou um novo ciclo de investimentos de R$ 30 bilhões, com a maior parte indo para a fábrica de Betim (MG), que receberá R$ 14 bilhões. A fábrica de Goiana (PE) receberá R$ 13 bilhões e o complexo industrial de Porto Real (RJ) ficará com R$ 3 bilhões. A empresa também investirá US$ 270 milhões na Argentina, principalmente para renovar as linhas de modelos na fábrica de El Palomar. O foco do plano de investimentos, que vai até 2030, é a concepção e produção de carros híbridos. A empresa planeja lançar seu primeiro carro híbrido no segundo semestre e ampliar a linha de motores em Betim. A Stellantis também está tentando replicar em Goiana o processo de atração de fabricantes de autopeças que foi bem-sucedido em Betim. (Valor Econômico - 20.05.2024) 

Em meio a crescentes tensões comerciais entre a China e o Ocidente, um grupo empresarial chinês alertou sobre possíveis aumentos de tarifas na importação de carros como retaliação às medidas dos EUA e da UE sobre veículos elétricos chineses. A Câmara de Comércio da China para a UE informou que Pequim está considerando tarifas adicionais temporárias sobre carros importados com motores de grande cilindrada. A medida, que pode afetar fabricantes de automóveis europeus e americanos, surge em resposta ao aumento das tarifas dos EUA sobre veículos elétricos chineses e à investigação da UE sobre subsídios a esses veículos. A China importou 250.000 carros com motores maiores que 2,5 litros em 2023, representando 32% do total de suas importações de carros. (Valor Econômico - 22.05.2024) 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) continuarão os debates sobre o "Sandbox Regulatório de Resposta da Demanda – Produto Disponibilidade" com um segundo workshop virtual em 27 de maio. No evento, discutirão o edital do Mecanismo Competitivo para contratação da Disponibilidade de Resposta da Demanda, previsto para agosto de 2024, e a minuta de Rotina Operacional. Os temas incluem Visão Geral do Sandbox, Cadastro e Habilitação, Mecanismo Competitivo, Contratos, Operação, e Apuração da Receita Fixa e Penalizações. Agentes e sociedade podem contribuir com os documentos até 4 de junho. Ao final, serão apresentadas as contribuições da primeira reunião e os próximos passos. (Agência CanalEnergia - 23.05.2024) 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) iniciou uma consulta externa sobre o edital e os procedimentos operacionais do Sandbox Regulatório de Resposta da Demanda, Produto Disponibilidade, conforme estabelecido pela Resolução Normativa nº 1.040/2022 da Aneel e autorizado pela Resolução Autorizativa nº 12.600/2022. As contribuições para essa consulta estão abertas até 4 de junho, e as versões preliminares do edital, contrato e procedimentos operacionais estão disponíveis para visualização no site do ONS. (Agência CanalEnergia - 16.05.2024) 

A Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC, na sigla em inglês) aprovou uma proposta para reduzir o preço da eletricidade residencial por meio de uma nova estrutura de cobrança determinada pelo Legislativo estadual no Projeto de Lei 205 da Assembleia. Essa mudança inclui a introdução de uma tarifa fixa e uma redução na taxa de uso de eletricidade, o que se espera beneficiar especialmente famílias de baixa renda e regiões afetadas por eventos climáticos extremos. A decisão transfere os custos fixos da infraestrutura elétrica para uma rubrica de "taxa fixa" nas faturas, tornando mais acessível o carregamento de VEs e a operação de bombas de calor elétricas. A nova estrutura também estabelece descontos para clientes de baixa renda e moradias acessíveis. Essas mudanças não introduzem taxas adicionais nem geram lucros extras para as concessionárias de serviços públicos, mas redistribuem os custos existentes entre os clientes. A implementação está prevista para o final de 2025 e início de 2026, com um plano de comunicação para informar os clientes sobre as alterações. (Power Grid – 16.05.2024) 

Líderes políticos, empresas e a sociedade civil se reuniram em Nairóbi, Quênia, nos dias 21 e 22 de maio, para discutir a eficiência energética como ferramenta crucial para enfrentar as mudanças climáticas e promover o acesso seguro e acessível à energia. A conferência, organizada pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), visa consolidar e duplicar o progresso em eficiência energética até 2030. Participantes discutem soluções para desafios globais de energia limpa, enfatizando a importância da eficiência energética na criação de empregos, crescimento industrial e segurança energética. A conferência, primeira realizada na África, destaca a necessidade de investimento no continente para uma transição energética justa. (Edifícios e Energia - 21.05.2024) 

O Programa de Eficiência Energética da Cemig (PEE) prevê, em 2024, a modernização de mais de 65 mil instalações de clientes, com foco na conscientização sobre o uso racional de energia elétrica e a substituição de equipamentos ineficientes por versões modernas. Com um investimento de cerca de R$ 102 milhões, o programa visa beneficiar hospitais, escolas públicas e comunidades de baixa renda, além de atualizar a iluminação pública para LEDs, impactando mais de 1,5 milhões de mineiros. Entre os destaques, a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) recebeu R$ 1,5 milhão para modernizar sua iluminação, resultando em significativa economia de energia. O projeto Cemig nos Hospitais, com investimentos de R$ 70 milhões, melhorou a eficiência energética de mais de 350 instituições de saúde. (Divi News - 20.05.2024) 

O Programa de Eficiência Energética (PEE) da Energisa Mato Grosso do Sul, em parceria com o Governo do Estado e outras instituições, lançou um projeto para modernizar a infraestrutura energética das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs) da Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande. Com um investimento de mais de R$ 1 milhão, o projeto prevê a substituição de luminárias e lâmpadas convencionais por LEDs e a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaico de 169,32 kWp, resultando em uma economia de energia de 414,64 MWh/ano. Essas ações visam não apenas reduzir custos operacionais, mas também apoiar a meta estadual de se tornar Carbono Neutro até 2030. (Dourados News - 28.05.2024) 

O programa de eficiência energética industrial PotencializEE e a Finep fecharam parceria para que as empresas participantes tenham acesso automático e simplificado à linha de financiamento Finep Inovacred, que tem taxa de juros atrelada à taxa referencial. O recurso tem prazo total de carência de até 2 anos e prazo de pagamento de até 8 anos para amortização do principal, e o financiamento será realizado apenas pelos agentes financeiros credenciados pela Finep. Segundo o coordenador do PotencializEE, Luiz Lubi, a linha é uma grande vantagem para pequenas e médias empresas integrantes do programa que encontram dificuldades em acessar o crédito. Ainda, destaca que o Finep Inovacred estará disponível aos projetos chancelados pelo Senai - responsável pela realização dos diagnósticos energéticos - do ponto de vista técnico. Os interessados devem se inscrever no site do programa. (Agência CanalEnergia - 23.05.2024) 

O prefeito de Toledo recebeu representantes da Comerc Eficiência Energética, empresa que controla a PPP responsável pela modernização e manutenção dos serviços de iluminação pública nas vias urbanas da sede e dos distritos de Toledo (PR). Entre os destaques da iniciativa da PP está a instalação de iluminárias em LED em quase 100% dos postes, o que, até o momento, gerou uma economia de R$ 5 milhões aos cofres públicos. A maioria delas conta com telegestão, permitindo o envio automático de notificações, via internet, a uma central que toma as providências cabíveis quando ocorrem avarias. O prefeito de Toledo, Beto Lunitti, destacou a alta exigência da população em relação aos serviços públicos: "Em se tratando de serviços públicos, a régua aqui é muito alta, pois nossos cidadãos são extremamente exigentes. Estamos trabalhando para que esta experiência em nosso município se torne um case replicável por outras prefeituras Brasil afora". (Casa de Notícias - 16.05.2024) 

A Rede Favela Sustentável (RFS) apresentou à Aneel os resultados do estudo "Eficiência Energética nas Favelas", realizado em 2023 em 15 comunidades da região metropolitana do Rio de Janeiro. O estudo, fruto do curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Energética e Hídrica nas Favelas’, revelou o perfil de consumo e os impactos da eficiência energética nas favelas, destacando a pobreza energética, o acesso à energia elétrica, a Tarifa Social de Energia Elétrica e a geração distribuída de interesse social. Cerca de 1.156 famílias foram entrevistadas, revelando que 55% vivem abaixo da linha da pobreza e 31% em situação de pobreza energética. Para ter acesso ao relatório completo, clique aqui. (ANEEL- 28.05.2024) 

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) realizou o workshop "Avanço da Eficiência Energética" no setor de iluminação residencial, destacando a importância de atualizar a regulamentação para promover o uso consciente da energia elétrica, especialmente com lâmpadas LED. O evento contou com a participação de representantes do governo, organizações não governamentais e fabricantes do setor. Foram discutidas as etapas para atualizar os regulamentos, incluindo a implementação de uma etiqueta classificatória de eficiência energética. A nova regulamentação, após implementada, pode reduzir significativamente o consumo de energia, contribuindo para a economia financeira da população. Além disso, o workshop abordou a eficiência energética no setor de iluminação pública, visando melhorar os regulamentos técnicos e os procedimentos de conformidade. (GOV BR - 23.05.2024) 

O Ministro de Energia e Recursos Naturais, Alparslan Bayraktar, destacou a eficiência energética como uma prioridade da agenda do país, visando reduzir a dependência de energia importada, garantir segurança energética e alcançar emissões líquidas zero até 2053. A estratégia nacional de eficiência energética busca uma redução de 16% no consumo de energia e contribuir para a diminuição de 100 milhões de toneladas de emissões até 2030. O ministério estabeleceu metas ambiciosas, como uma poupança de 15% em edifícios públicos até 2023, com economias já alcançadas de 1,1 bilhão de Turquia Liras anualmente, e uma nova meta de poupança dobrada para 2024. Além disso, um projeto de iluminação pública prevê a instalação de 1,2 milhões de luminárias LED até 2030. (Daily News - 17.05.2024) 

O governo saudita anunciou oito novas iniciativas durante o fórum Saudi ESCO 2024, visando aumentar a eficiência energética para impulsionar o crescimento econômico sustentável e reduzir as emissões de carbono. Essas iniciativas incluem um regulamento de licenciamento atualizado, um guia revisado para medição e verificação de energia, o lançamento de uma plataforma de auditores energéticos independentes e uma plataforma de oportunidades de projetos de eficiência energética. A Empresa Nacional de Serviços Energéticos planeja lançar projetos solares fotovoltaicos e modernizar edifícios para economizar energia. O Centro Saudita de Eficiência Energética tem trabalhado para sensibilizar, treinar e fornecer ferramentas para reduzir o consumo de energia, refletindo o compromisso do país com a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa. (English Aawsat - 28.05.2024) 

O Programa de Eficiência Energética e Energias Renováveis do Uzbequistão está sendo apoiado por um empréstimo sênior de US$ 30 milhões da AIIB ao Asakabank, destinado a financiar subprojetos de energia solar e eficiência energética. O Asakabank aplicará sua Política Ambiental e Social (ESP) e o Sistema de Gestão Ambiental e Social (ESMS) para avaliar, aprovar e monitorar os subprojetos, garantindo a mitigação de riscos ambientais e sociais. O projeto busca aumentar a eficiência energética, reduzir o consumo e fomentar investimentos em energias renováveis, com todas as iniciativas alinhadas às metas climáticas de Paris. O Asakabank divulgará suas políticas e implementará um Mecanismo de Reparação de Queixas (GRM) para gerenciar reclamações de stakeholders, garantindo transparência e conformidade. (AIIB - 15.05.2024) 

A Aemetis Inc. concluiu a instalação de uma microrrede solar de 3 MW, avaliada em US$ 12 milhões, com armazenamento de bateria e um sistema de gerenciamento de energia de inteligência artificial na usina de etanol de Keyes. Desenvolvida pela TotalEnergies, a microrrede visa reduzir a compra de eletricidade da rede durante picos de demanda, armazenando energia solar durante o dia e fornecendo-a à planta durante períodos de alta demanda. Eric McAfee, presidente e CEO da Aemetis, destacou a importância desse sistema na transição para energia renovável. A TotalEnergies expressou orgulho em apoiar a iniciativa, enfatizando a descarbonização da energia e a redução das emissões de gases de efeito estufa. A Comissão de Energia da Califórnia contribuiu com uma doação de US$ 8 milhões para o projeto. (Ethanol Producer - 20.05.2024) 

Com uma doação de US$ 9,48 milhões do programa de Melhoria Energética em Áreas Rurais ou Remotas, Montezuma, uma cidade de 1.400 residentes em Iowa, está implementando uma microrrede que servirá como modelo para sistemas energéticos locais futuros. O projeto, uma parceria entre a Universidade Estadual de Iowa e a Montezuma Municipal Light & Power, incluirá um sistema de energia solar de 2,5 MW e armazenamento de bateria de 1,5 MWh, capaz de operar independentemente da rede principal. Esta iniciativa visa melhorar a confiabilidade, resiliência e acessibilidade energética, reduzir emissões de gases de efeito estufa e cortar custos energéticos em cerca de 18%, economizando US$ 200.000 anuais. O projeto também inclui a instalação de estações de carregamento de veículos elétricos e programas de formação de mão-de-obra. (South Iowa Union - 20.05.2024) 

O Texas, com sua rede elétrica independente e desregulamentada gerida pela ERCOT, tem se destacado na geração de energia solar fotovoltaica em larga escala e está emergindo como um campo de provas para Usinas Virtuais de Energia (VPPs). As VPPs utilizam software inteligente para gerenciar diversos ativos de energia distribuídos, como painéis solares residenciais e baterias, permitindo a distribuição local e eficiente de energia. Apesar do potencial, a adoção dos VPPs no Texas enfrenta desafios devido à complexidade dos programas e à necessidade de inscrição voluntária dos consumidores. Especialistas na conferência RE+ Texas discutiram a importância das VPPs na descarbonização e redução de custos energéticos, destacando que a tempestade de inverno Uri em 2021 catalisou a busca por fontes de energia confiáveis e distribuídas. (PV Magazine - 28.05.2024) 

A Energy Plug Technologies, sediada em Vancouver, e sua empresa de baterias, de propriedade da Nação Malahat, firmaram um memorando de entendimento com a empresa de engenharia Enwind Power, com sede em Taiwan, para desenvolver produtos de sistemas de microrrede e armazenamento de energia em escala de utilidade pública no Canadá. Essa colaboração visa oferecer soluções de engenharia para concessionárias, setores comerciais e industriais, apoiando a expansão da indústria de microrrede no país. Com o aumento da demanda global por energia, as microrredes são vistas como cruciais para garantir a resiliência e a confiabilidade da rede elétrica, além de oferecer potenciais benefícios econômicos e ambientais. (The Energy Mix - 16.05.2024) 

O projeto da ELM MicroGrid nas Bahamas foi reconhecido como Microrrede do Ano no 6º Prêmio Anual da Indústria do Fórum de Energia Renovável do Caribe (CREF), destacando sua significativa contribuição para a resiliência energética na região. Localizada em Exuma Cay privada, a microrrede solar, desenvolvida em parceria com a Solar Island Energy, Bahamas Energy and Solar e Azimuth Energy, apresenta 1,6 MW em energia solar e 5 MWh em capacidade de armazenamento de energia. A implementação bem-sucedida desse projeto demonstra o crescente interesse em iniciativas de microrrede e energia solar nas Caraíbas, com o potencial de reduzir significativamente as emissões de carbono ao longo de sua vida útil, substituindo o funcionamento constante de geradores a diesel por energia solar e bateria. (Microgrid Knowledge - 20.05.2024) 

Em artigo publicado na revista “O Setor Elétrico”, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador do GESEL) e Leonardo Gonçalves (Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ) analisam a importância dos Recursos Energéticos Distribuídos (REDs) para a modernização do setor elétrico e o seu papel na promoção de inovações tecnológicas intra e intersetoriais. Segundo os autores, “os REDs têm surgido como uma resposta à necessidade de diversificação e descentralização das fontes de energia e, para além do empoderamento dos usuários, cumprem uma importante função quando integrados à rede elétrica, fornecendo serviços ancilares e de flexibilidade”. (GESEL - 29.05.2024) 

A Isa Cteep anunciou o investimento de R$ 45 milhões na modernização da Subestação Dracena, no interior do Estado de São Paulo. A SE, além de ser responsável por abastecer os mais de 48 mil habitantes da cidade, se caracteriza como uma instalação de interesse sistêmico. Isso se deve à integração da unidade ao sistema de escoamento da geração hidrelétrica da bacia do rio Paranapanema e ao exercício da função de coletora de energia renovável de diversas tecnologias e o direcionamento para a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a companhia, as obras miram a substituição de equipamentos que estão no final de sua vida útil e a digitalização dos sistemas de controle da subestação para, dessa maneira, amplificar a confiabilidade e a disponibilidade do fornecimento de energia na região. O objetivo é que a tomada de decisões da empresa seja mais assertiva e, em casos de eventuais desligamentos, o restabelecimento do serviço seja mais rápido. (Agência CanalEnergia - 24.05.2024) 

A CPFL Energia inaugurou em Santos, São Paulo, a mais moderna subestação entre suas 590 unidades. A Subestação Santos 8 recebeu investimentos de mais de R$ 52 milhões. Ela é totalmente automatizada e tem tecnologia de alta performance, tendo sido projetada para minimizar a possibilidade de ocorrências por interferências externas. Além do ramal exclusivo com integração à rede de distribuição subterrânea, o empreendimento conta com solução conhecida como GIS (Gas Insulated Substation), que protege os equipamentos com cápsulas de gás, reduzindo a exposição do sistema. Os diferenciais técnicos do empreendimento, assim, viabilizaram um projeto potente apesar das restrições do espaço físico. (Agência CanalEnergia - 27.05.2024) 

Uma especificação de medidores inteligentes desenvolvida para atender às necessidades das empresas de serviços públicos e consumidores africanos está prestes a ser lançada como a norma africana AFSEC 51300-1. Esta iniciativa, liderada pela Associação de Empresas de Energia em África (APUA), surge em resposta à necessidade de fornecer um retorno do investimento, especialmente em um continente onde mais de 85% da população ainda não tem acesso à eletricidade. A especificação, desenvolvida por distribuidoras de eletricidade africanas, enfoca seis elementos-chave, incluindo interoperabilidade, segurança, metrologia e condições climáticas extremas. Com essa padronização, espera-se que os serviços públicos melhorem a gestão da demanda, aumentem as receitas e forneçam acesso à energia por meio de instalações simples e centradas no cliente. O próximo passo é a adoção e implementação dessas especificações pelas concessionárias, visando alcançar metas de eletrificação e, eventualmente, acesso universal à energia. (Smart Energy - 22.05.2024) 

A Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética apresentará seu plano de trabalho, liderado pelo senador Esperidião Amin, com o objetivo de avaliar a Política Nacional de Cibersegurança, estabelecida pelo Decreto 11.856 de 2023. O plano proposto envolve a realização de reuniões, visitas técnicas e audiências públicas com diversas autoridades, visando diagnosticar ameaças cibernéticas e gargalos do Estado para implementar uma política de Segurança e Defesa Cibernética, incluindo a definição de marcos legais e o fortalecimento da estratégia de superação desses gargalos. A subcomissão, instalada em maio e presidida pelo senador Renan Calheiros, conta com Esperidião Amin como relator e Cid Gomes como vice-presidente, e busca abordar um tema crucial em meio ao crescente número de ataques cibernéticos. (Agência Senada - 16.05.2024) 

Os prejuízos decorrentes de ataques cibernéticos a organizações devem atingir a marca de US$ 10,5 trilhões globalmente até 2025, com cerca de um em cada cinco brasileiros sendo alvo de pelo menos uma tentativa de ataque. Luana Tavares, fundadora do Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC), ressaltou a necessidade urgente de desenvolver uma política nacional de cibersegurança para enfrentar o crescente panorama de ameaças digitais ao Estado, empresas e direitos individuais dos cidadãos. No Brasil, onde a população é a segunda mais atacada no mundo, a falta de legislação robusta e proativa para crimes digitais exige uma resposta eficaz por parte do Estado, empresas e sociedade. O país já começou a trilhar esse caminho com a implementação da Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2023, visando fortalecer a governança nacional sobre o tema e promover o letramento digital na sociedade. (Fecomercio - 21.05.2024) 

O "Relatório Anual de Crimes Cibernéticos" da LexisNexis Risk Solutions, intitulado "Confiança em Meio ao Caos", revela um aumento significativo nos ataques digitais na América Latina em 2023. Com base em 92 bilhões de transações processadas pela plataforma LexisNexis Digital Identity Network, o estudo aponta um aumento anual de 20% nos ataques iniciados por humanos e de 35% nos ataques de bots. Esse aumento reflete a crescente atividade dos cibercriminosos, especialmente no comércio eletrônico, e em toda a América do Norte. O relatório destaca também um aumento de 80% nos ataques iniciados por humanos no comércio eletrônico, com fraudadores focando no controle de contas. Recomendações incluem o desenvolvimento de sistemas de classificação baseados em dados operacionais reais e o estabelecimento de modelos de comércio de carbono específicos para edifícios. Para ter acesso ao relatório completo, clique aqui. (CISO Advisor - 27.05.2024)