A Austrália está prestes a aderir ao esquema de leilão de subsídio ao hidrogênio verde da H2Global, após negociações com o governo alemão para financiar conjuntamente um leilão de € 400 milhões (US$ 436 milhões). O leilão irá facilitar a importação de H2 renovável australiano para a Alemanha, confirmou a empresa que gerencia o programa de leilões da H2Global. O governo alemão está em discussões com autoridades australianas sobre a sua proposta, apresentada no final do ano passado, que prevê que cada país contribua com 200 milhões de euros cada. Um porta-voz da plataforma de leilões H2Global confirmou que a organização também está em discussões com os Emirados Árabes Unidos (EAU) sobre uma proposta semelhante, que permitiria que o hidrogênio renovável produzido nos EAU e os seus derivados fossem importados para a Europa (Hydrogen Insight - 25.01.2024). 

O Governo lança política industrial para guiar o país até 2033, a política foi elaborada e aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).A política estabelece metas específicas para seis missões, abrangendo os setores de infraestrutura, moradia e mobilidade; agroindústria; complexo industrial de saúde; transformação digital; bioeconomia e transição energética; e tecnologia de defesa. Cada missão possui áreas prioritárias para investimentos visando atingir as metas estipuladas até 2033. A “Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e segurança energéticas para garantir os recursos para gerações futuras” inclui o hidrogênio de baixo carbono como prioridade para crédito à inovação e de financiamento à inovação com linhas não reembolsáveis. Para saber mais, clique aqui. (MME - 22.01.2024) 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a nova política industrial, Nova Indústria Brasil, contempla as expectativas da entidade e pode ajudar o setor produtivo a avançar na bioeconomia, descarbonização e transição energética. O presidente da Confederação, Ricardo Alban, avaliou que “o Brasil, enfim, tem uma política industrial necessária, adequada e viável”. Já o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI Rafael Lucchesi destaca a importância das diretrizes apresentadas voltadas à transição energética. “As seis missões são acertadas e a mais importante delas é a transição energética. Há uma forte aderência com a visão da CNI nessa agenda e a continuidade disso vai ser um enorme esforço, como o presidente Lula falou. O plano é excelente. Agora, precisamos tirar do papel e transformá-lo em realidade”, disse Lucchesi. A CNI diz que a Nova Indústria Brasil está em sintonia com um documento elaborado pela entidade, o Mapa Estratégico da Indústria, que norteia as ações do setor para promover a competitividade e o crescimento sustentável. “Nós temos uma janela de oportunidade única: a janela da economia verde que coloca o Brasil numa condição de enorme vantagem. Nós temos uma grande incidência solar, temos ventos contínuos e regulares. Temos um potencial fantástico para o hidrogênio verde. Então, isso tudo coloca o Brasil em uma posição de vantagem competitiva”, acrescentou Lucchesi. (Petronotícias - 24.01.2024)  

A Clean Hydrogen Partnership lançou um convite para propostas de pesquisa, oferecendo uma parte de 113,5 milhões de euros do financiamento do Horizon Europe para projetos bem-sucedidos. Além disso, serão destinados 60 milhões de euros do orçamento REPowerEU para apoiar atividades relacionadas aos vales de hidrogênio (hydrogen valleys) na Europa. A iniciativa abrange 20 temas em toda a cadeia de valor para projetos de pesquisa. Os temas estão agrupados em 11 ações de Investigação e Inovação (I&I), oito ações de Inovação e uma ação de apoio coordenada. Esses temas colaborarão com outras parcerias e programas europeus, bem como com estados-membros e programas regionais (H2 View – 17.01.2024)  

A H2 Green Steel, sediada na Suécia, assegurou acordos de financiamento totalizando 4,2 bilhões de euros, que visam financiar sua central siderúrgica verde em Boden, que integra a produção de hidrogênio. Os acordos incluem 3,5 bilhões de euros em dívida sénior e até 600 milhões de euros em dívida júnior. A dívida sénior contará com a garantia de crédito verde do Gabinete Nacional da Dívida Sueco e uma cobertura de crédito à exportação da Euler Hermes. O consórcio de dívida júnior é liderado pela AIP Management, composto por bancos e fundos de investimento. Adicionalmente, a H2 Green Steel captou cerca de 300 milhões de euros em capital, elevando a colocação privada para a sua fábrica de Boden para um total de 2,1 bilhões de euros. Novos investidores incluem o Microsoft Climate Innovation Fund, Mubea e Siemens. (H2 View – 22.01.2024)  

Um novo acordo entre o Parlamento e o Conselho Europeu prevê uma redução de 90% nas emissões de CO2 do setor de transportes rodoviários da União Europeia até 2040. Este acordo, que representa um sinal claro para orientar investimentos em tecnologias inovadoras de zero emissões, mantém as metas propostas pela Comissão Europeia de uma redução de 45% nas emissões até 2030, 65% até 2035 e 90% até 2040. As novas metas se aplicarão a caminhões com mais de 7,5 toneladas, bem como ônibus. O regulamento também será expandido para incluir "veículos profissionais" como caminhões de lixo e betoneiras até 2035. Todos os ônibus urbanos terão que reduzir as emissões em 90% a partir de 2030, tornando-se completamente com zero emissões até 2035. Essas medidas visam contribuir para as metas de net zero 2050 da UE, abordando os mais de 25% das emissões de gases de efeito estufa provenientes do transporte rodoviário na região. (H2 View – 19.01.2024)  

A Petrobras planeja produzir futuramente diesel R5, coprocessado com óleos vegetais, além de hidrogênio e e-metanol na Refinaria Abreu e Lima (Rnest). O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mencionou que a diretoria de transição energética da estatal já está trabalhando nesse projeto. Durante a inauguração das obras de ampliação da usina, Prates destacou que a Rnest será uma âncora para a produção de hidrogênio verde no Brasil. O presidente Lula afirmou que o hidrogênio verde produzido no Brasil será priorizado para o mercado nacional, e a Petrobras será uma grande consumidora de energia limpa. A Petrobras planeja investir entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões na ampliação da Rnest, com expectativa de gerar pelo menos R$ 100 bilhões em faturamento no primeiro ano de operação completa em 2028, aumentando a capacidade de processamento de petróleo de 100 mil barris por dia para 260 mil barris por dia. (EpBr – 19.01.2024)  

As empresas TEG Chile e ENAP assinaram um acordo de entendimento visando explorar sinergias para o desenvolvimento do projeto "Gente Grande", voltado para a produção de hidrogênio e amônia verde nos municípios de Primavera e Porvenir, na Terra do Fogo. O acordo, válido por um ano e prorrogável, envolve a criação de um comitê de trabalho para avaliar como a infraestrutura e serviços da ENAP podem apoiar o projeto de hidrogênio verde do TEG Chile. Embora não gere obrigações vinculativas, representa a intenção de colaboração e compromisso entre as empresas. O sucesso da avaliação pode levar ao desenvolvimento de um acordo abrangente e à implementação do projeto. (BNAmericas - 23.01.2024) 

O projeto de pesquisa "Geração de hidrogênio renovável a partir de espécies nativas e adaptadas" do Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará (Nutec), em parceria com a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Instituto de Gestão, Redes Tecnológicas e Energias (Irede), recebeu financiamento de R$ 1 milhão pelo edital FUNDECI 01/2023 – Energias Renováveis, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O projeto visa produzir hidrogênio verde a partir da biomassa da Caatinga, buscando uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis. O estudo pretende otimizar métodos para gerar hidrogênio de baixo carbono de maneira eficiente, com impacto social, incluindo benefícios econômicos e melhoria da qualidade de vida na região semiárida. O financiamento contribuirá para a industrialização e geração de empregos no interior (Ceará - 19.01.2024). 

Hizadora Lima e Glenerson Santos, recém-formados em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), conduziram uma pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) focada na análise, modelagem e simulação de uma planta básica de hidrogênio verde. A metodologia criada envolveu cálculos matemáticos para representar os processos de conversão de energia solar, eletrólise e armazenamento, considerando características específicas da matriz energética do Piauí. O estudo visa proporcionar análises detalhadas e projetos sólidos no campo do hidrogênio verde, com ênfase na sustentabilidade. Os resultados obtidos foram satisfatórios, destacando o potencial do Piauí na transição para fontes de energia mais limpas e tecnologicamente avançadas, com benefícios econômicos, sociais e ambientais. (Assembleia Legislativa do Estado do Piauí - 19.01.2024) 

A Nel Hydrogen Electrolyser concordou em fornecer 10 MW de equipamento eletrolisador alcalino para a Samsung C&T Corporation Engineering & Construction Group. O pedido, no valor de 5 milhões de euros, apoiará o primeiro projeto de produção de hidrogênio verde fora da rede da Samsung, localizado na Coreia do Sul. A tecnologia será fornecida pela subsidiária Nel ASA, produzida nas instalações da empresa em Herøya, Noruega, que está prevista para ser a primeira linha de produção de eletrolisadores totalmente automatizada do mundo. A Samsung C&T, focada em engenharia, aquisição e construção globais, busca fortalecer seu portfólio de negócios de transição energética, assinando vários acordos de hidrogênio verde. O chefe da unidade de negócios de soluções energéticas da empresa, Byung Soo Lee, enfatizou a importância de garantir instalações confiáveis de eletrólise de água para construir seu portfólio de transição energética. A Samsung C&T expressou a esperança de manter relações estreitas e continuar a cooperar em diversos projetos de produção de hidrogênio verde no exterior. (H2 View – 19.01.2024)  

A APM Terminals Pipavav assinou uma série de Memorandos de Entendimento (MoU) para desenvolver um ecossistema completo de hidrogênio verde e infraestrutura portuária. Essa iniciativa de primeira linha proporcionará benefícios econômicos para a economia local e regional, impulsionará o emprego e apoiará objetivos mais amplos de descarbonização. Os MoUs envolvem a criação de uma cadeia de valor 100% verde, incluindo produção, transporte marítimo, armazenamento, transbordo e distribuição de hidrogênio, abordando gargalos significativos no desenvolvimento dessa infraestrutura complexa. Parceiros locais e internacionais, como NTPC e Welspun Group, fazem parte do consórcio. O projeto visa atender à crescente demanda por hidrogênio nas próximas décadas, buscando aproveitar a oportunidade global emergente. O acordo também alinha-se à política de energia renovável de Gujarat, que visa gerar 50% da energia a partir de fontes renováveis até 2030. A APM Terminals Pipavav reforça seu compromisso com a comunidade, meio ambiente e região por meio dessas parcerias inovadoras. (APM Terminals - 15.01.2024)  

A gigante japonesa de comércio, Mitsubishi Corporation, planeja investir mais de 100 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 690 milhões) para estabelecer uma planta de produção de hidrogênio verde nos Países Baixos. O projeto, realizado em parceria com sua subsidiária Eneco, visa utilizar fontes de energia renovável e tecnologia de ponta. A construção da planta, liderada pela joint venture Eneco Diamond Hydrogen, está prevista para começar em 2026, com a produção de hidrogênio programada para 2029. A capacidade anual antecipada de 80 mil toneladas é quase 30 vezes maior que a instalação atualmente considerada a maior globalmente. O processo de produção de hidrogênio aproveitará o extenso parque eólico offshore da Eneco nos Países Baixos, garantindo uma fonte de energia sustentável e limpa. O hidrogênio produzido será distribuído por meio da rede de vendas de eletricidade da Eneco, atendendo a indústrias de manufatura e energia em toda a Europa por meio de gasodutos. (Hydrogen Central - 16.01.2024) 

O Premier da Colúmbia Britânica, David Eby, enfatiza um planejado projeto de hidrogênio de baixo carbono em Prince George. O projeto da Teralta Hydrogen Solutions, sediada em Chilliwack, destinado a abastecer a fábrica de celulose da Canfor, tem potencial para posicionar Prince George como um polo de investimentos em hidrogênio na Colúmbia Britânica. A proposta da Teralta busca reduzir em 25% o uso de gás natural na fábrica. A Teralta planeja coletar hidrogênio como subproduto de uma instalação de produção de cloreto de sódio próxima. O gás será comprimido e purificado para uso energético na fábrica da Canfor. Recentes alterações regulatórias na Colúmbia Britânica permitem que empresas de serviços públicos de gás adquiram hidrogênio para substituir combustíveis fósseis. (Hydrogen Central - 16.01.2024) 

A Environmental Protection Authority (EPA) na Austrália Ocidental solicitou opiniões sobre o Projeto de Hidrogênio Verde e Amônia da HyEnergy da Province Energy Ltd, cuja capacidade de energia renovável agora é proposta como 12 GW. A Province aumentou a capacidade de energia renovável do projeto para 8 GW e trouxe a Total Eren para a parceria. A proposta inclui turbinas eólicas e conjuntos de painéis solares, planejados para exportar hidrogênio e amônia para o mercado de energia verde. A Province planeja construir essa infraestrutura em três locais dentro do Shire of Carnarvon, na região de Gascoyne. O período de comentários públicos está aberto por um período de 7 dias, de 15 de janeiro de 2024 a 21 de janeiro de 2024. Detalhes estão disponíveis no site da EPA. A Province pretende se tornar uma produtora e exportadora significativa de hidrogênio/amônia verde 100% renovável a partir da Austrália Ocidental por meio do projeto HyEnergy. Ela selecionou a região de Carnarvon devido aos seus recursos solares e eólicos de "classe mundial". (FuelCellsWorks - 17.01.2024) 

A empresa francesa Lhyfe e o promotor europeu de energias renováveis Source Galileo estabeleceram uma parceria para desenvolver unidades de produção de hidrogênio em escala comercial na Irlanda e no Reino Unido. Sob um Memorando de Entendimento (MoU), as empresas planejam combinar seus conhecimentos para gerar e fornecer hidrogênio verde a clientes industriais e de transporte. Na Irlanda, o foco será na identificação de consumidores e avaliação da disponibilidade da rede, fornecimento de energia, acessibilidade do terreno e requisitos de planeamento. Planos para várias fábricas no Reino Unido já estão em andamento. Inicialmente, o foco será no uso de fontes renováveis onshore para o fornecimento de eletricidade, com consideração para o potencial eólico offshore a longo prazo. A Lhyfe visa alcançar 3 GW de capacidade de produção de hidrogênio verde até o final de 2030, enquanto a Source Galileo tem um portfólio de desenvolvimento de cerca de 10 GW de projetos eólicos offshore e de hidrogênio na Irlanda, Reino Unido e Noruega. (H2 View – 22.01.2024)  

A Vortex Energy Corp. divulgou o reinício de seu programa de perfuração no Projeto Robinsons River Salt, localizado perto de Stephenville, Newfoundland & Labrador. O programa está sendo conduzido pela Major Drilling Group International Inc. sob o suporte da RESPEC Consulting Inc. O objetivo é confirmar a profundidade da estrutura de sal e obter núcleos para análises geológicas e geoquímicas futuras. O projeto é considerado prospectivo para armazenamento em cavernas de sal tanto para sal quanto para hidrogênio, e a empresa está explorando ativamente tecnologias para o armazenamento eficiente de hidrogênio em cavernas de sal. (Vortex Energy Corp - 17.01.2024) 

O fabricante de gases industriais e medicinais INOX Air Products anunciou que assinou um memorando de entendimento com o governo do estado indiano de Maharashtra para uma planta de amônia verde, com um investimento planejado de US$ 3 bilhões. O projeto tem como objetivo ser comissionado em 3 a 5 anos e será utilizado para produzir 500 mil toneladas métricas por ano (MTPA) de amônia líquida, afirmou a empresa privada. (H2 Tech - 16.01.2024) 

A Corre Energy e a Eneco concordaram em adquirir, co-desenvolver e co-investir em um projeto de armazenamento de energia em ar comprimido (CAES) na Alemanha, próximo à futura rede principal de hidrogênio. O acordo concede à Eneco uma participação de 50% no projeto, cobrindo o capital de desenvolvimento e construção. A Eneco também garantirá toda a capacidade de armazenamento na primeira fase do projeto em Ahaus, usando cavernas de sal existentes para implementar a solução CAES multidia da Corre. A primeira caverna está programada para ser entregue à Corre até 2027, com a colaboração global prevista com a Siemens Energy. A LichtBlick, subsidiária alemã da Eneco, e a subsidiária da Corre Energy, Corre Energy Germany GmbH, realizarão o co-desenvolvimento, financiamento e operação do projeto. O acordo visa reduzir o risco para a Corre Energy no caminho para o fechamento comercial e a decisão final de investimento, acelerando o desenvolvimento do portfólio sustentado por acordos de compra de longo prazo. (H2 View – 22.01.2024)  

A Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP) inaugura em 2024 a estação experimental de abastecimento por hidrogênio renovável. O desenvolvimento do projeto é fruto de uma parceria entre a USP e empresas privadas e tem como principal objetivo o combate ao aquecimento global. A ideia é oferecer uma alternativa de baixo carbono para o transporte pesado, sobretudo para caminhões e ônibus, que deixariam de usar o diesel para usar o hidrogênio produzido a partir do etanol. (O Estado de São Paulo - 22.01.2024) 

O Texas está prestes a receber um investimento federal de $70 milhões para construir estações de abastecimento de hidrogênio. As estações, localizadas em Houston, Dallas-Fort Worth, Austin e San Antonio, visam facilitar o abastecimento de caminhões de frete, contribuindo para a redução das emissões no setor de transporte. Além disso, Houston foi escolhida como uma das sete localidades para um Hub Regional de Hidrogênio Limpo, chamado de HyVelocity Hub, prometendo empregos e crescimento econômico. Este investimento faz parte de uma iniciativa mais ampla da administração Biden, que alocou $623 milhões para projetos de infraestrutura de combustíveis alternativos, incluindo o hidrogênio. (Hydrogen Central - 15.01.2024) 

A Colas, através de suas subsidiárias Colas Rail, Spac e Colas France, assegurou um contrato para projetar e construir uma unidade de produção, armazenamento e distribuição de hidrogênio em Dunkerque. Este projeto, conhecido como "Sistema de Hidrogênio para Mobilidade Elétrica na Área de Dunkerque" (SHYMED), está sendo desenvolvido pela Hynamics, uma subsidiária do grupo EDF, em parceria com o Conselho Urbano de Dunkerque e o Fundo de Depósitos e Consignações. Com uma capacidade de 1,25 MW na fase 1 (até 2025), esta unidade de produção alimentará dez ônibus e veículos de coleta de resíduos movidos a hidrogênio perto do Centro de Recuperação de Energia de Dunkerque. O SHYMED espera evitar a emissão de 1.137 toneladas de CO2 a cada ano. Os estudos de design estão perto da conclusão e o trabalho começou, com a comissão agendada para o final de 2024. O projeto faz parte do objetivo do Conselho Urbano de Dunkerque de desenvolver "zonas industriais de baixo carbono" (ZIBAC), como parte do plano de investimentos France 2030. (Colas - 17.01.2024) 

A Chevron, por meio da subsidiária Chevron New Energies, está construindo uma planta de produção de hidrogênio verde em Utah, nos Estados Unidos. Em parceria com a Mitsubishi Power Americas, o projeto, previsto para operar em 2025, é liderado pela joint venture Aces Delta. A planta, concebida para converter e armazenar até 100 toneladas por dia de hidrogênio produzido via eletrólise, planeja estocar o hidrogênio em cavernas de sal para utilizar na geração de eletricidade em uma nova usina térmica da região. O hidrogênio armazenado funcionará como uma bateria, compensando a intermitência das energias renováveis. A nova usina térmica, operando com 30% de hidrogênio e 70% de gás natural, substituirá a usina a carvão existente e está programada para entrar em operação em 2025. (EpBr – 17.01.2024)  

A Norsk e-Fuel e a Gen2 Energy assinaram um acordo para o fornecimento de hidrogênio renovável em Mosjøen, Noruega. A Gen2 Energy fornecerá o hidrogênio à Norsk e-Fuel para a produção de e-Fuel, com ambas as empresas colaborando no desenvolvimento do local e coordenando o projeto. O acordo representa uma expansão da parceria, com planos para instalações vizinhas em Mosjøen. A colaboração envolverá o fornecimento de hidrogênio e o desenvolvimento conjunto do projeto, buscando otimizar a eficiência e promover combustíveis sustentáveis para a aviação. (Gen2Energy - 15.01.2024) 

O primeiro-ministro da Colúmbia Britânica anunciou um novo projeto de hidrogênio em uma fábrica de celulose local. O projeto, liderado pela Teralta Hydrogen Solutions, utilizará o hidrogênio que é subproduto da planta de cloreto de sódio da Chemtrade Logistics em Prince George. O hidrogênio refinado será usado na fábrica de papel e celulose da Canfor. O projeto visa reduzir o uso de gás natural na fábrica em até 25%, apresentando um novo modelo viável de hidrogênio para usuários industriais. (CBC - 16.01.2024)  

A Solaris Bus & Coach fechou um acordo para fornecer 19 ônibus movidos a hidrogênio para a Ruhrbahm GmbH em Essen, Alemanha. O pedido inclui nove ônibus Urbino 12 e 10 modelos Urbino 18, com entrega programada para 2024 e 2025. Os ônibus Urbino 12 terão uma célula a combustível de hidrogênio de 70 kW, enquanto os modelos Urbino 18 contarão com uma célula a combustível de 100 kW. Cada veículo incluirá sistemas de segurança ADAS e uma bateria Solaris de alta potência para suportar a célula a combustível durante períodos de alta demanda. (H2 View – 19.01.2024)  

O governo do Reino Unido anunciou um financiamento de £7 milhões para projetos de hidrogênio na região do Nordeste, visando impulsionar a economia e criar empregos qualificados. A distribuidora de combustíveis Exolum receberá fundos para construir uma estação de abastecimento de hidrogênio verde acessível ao público, inicialmente atendendo a pelo menos 25 novos veículos pesados de mercadorias de zero emissão. Essa iniciativa faz parte do Tees Valley Hydrogen Transport Hub, o primeiro do tipo no país, demonstrando o uso do hidrogênio verde no transporte para melhorar a qualidade do ar e apoiar empregos especializados. Além disso, a Tees Valley Combined Authority utilizará £300 mil para realizar uma competição destinada a instituições de ensino locais para adquirir equipamentos de treinamento de hidrogênio e capacitar a força de trabalho local. Esses investimentos contribuem para o desenvolvimento de um setor de hidrogênio robusto na região, promovendo inovação, empregos e crescimento econômico. (GOV UK - 17.01.2024) 

A Ryze Hydrogen, distribuidora de infraestruturas de hidrogênio com sede no Reino Unido, colaborará com a Vauxhall no desenvolvimento de uma infraestrutura abrangente de reabastecimento de hidrogênio para empresas com frotas no país. A Vauxhall planeja realizar testes de avaliação da frota do seu veículo Vivaro HYDROGEN em 2024, com encomendas para a versão a hidrogênio do Movano, o maior veículo comercial da Vauxhall, já recebidas. O Movano HYDROGEN é projetado para atender às necessidades de motoristas que percorrem longas distâncias, oferecendo uma autonomia de até 311 milhas e um tempo de reabastecimento de aproximadamente cinco minutos. James Taylor, Diretor Geral da Vauxhall, expressou a importância de parcerias como a Ryze para facilitar a adoção de vans a hidrogênio nas frotas, proporcionando opções de carregamento acessíveis. (H2 View – 18.01.2024)  

A Kirchhoff Automotive, fornecedora global para a indústria automotiva, assinou um acordo de 7 anos, no valor de €130 milhões, com a H2 Green Steel para a entrega de aço próximo de zero emissões de Boden. Essa parceria visa descarbonizar a cadeia de suprimentos da Kirchhoff Automotive e atender às crescentes demandas por produtos sustentáveis na indústria automotiva. O acordo prevê entregas de aço verde a partir de 2027, contribuindo para as metas de sustentabilidade da Kirchhoff Automotive e promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa. (H2 Green Steel - 16.01.2024) 

A Ceres Power e a Delta Electronics firmaram uma parceria de fabricação de longo prazo e um contrato de licença para produzir eletrolisadores e células a combustível de óxido sólido (SOEC e SOFC). A Delta comprometeu-se a investir £ 43 milhões (US$ 54,6 milhões) em receita para a Ceres, incluindo transferência de tecnologia, taxas de licença e serviços de engenharia. A Ceres espera reconhecer metade desse valor como receita até 2024. A introdução da tecnologia e a construção da fábrica começarão em 2024, com a produção comercial prevista para o final de 2026. O contrato também inclui pagamentos de royalties à Ceres sobre a produção e vendas futuras pela Delta. O CEO da Ceres, Phil Caldwell, expressou confiança na capacidade da Delta de oferecer soluções eficientes de hidrogênio limpo aos clientes, destacando o papel fundamental do hidrogênio verde em um sistema energético mais seguro e sustentável. (H2 View – 18.01.2024)  

A ZeroAvia e a Verne assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para avaliar oportunidades do uso de hidrogênio criocomprimido (CcH2) na indústria da aviação e nos processos de reabastecimento associados a partir de fontes de hidrogênio gasoso e líquido. Além disso, irão desenvolver um modelo para localizações iniciais de aeroportos na Califórnia, EUA. A análise da Verne sugere que o CcH2 terá uma densidade de hidrogênio utilizável 40% maior que o hidrogênio líquido, e 200% maior que o hidrogênio gasoso a 350 bar. O CcH2 também pode reduzir custos de densificação e tempo de reabastecimento, aumentar o tempo de dormência em relação aos sistemas de hidrogênio líquido, e potencialmente eliminar a ventilação para gestão de pressão. A Verne e o Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL) recentemente demonstraram com sucesso um protótipo de armazenamento CcH2 de 1 MWh, com capacidade de 29 kg, esperando alcançar uma densidade de armazenamento de hidrogênio 27% maior que o hidrogênio gasoso comprimido. (H2 View – 16.01.2024)  

O Grupo Volvo está iniciando bolsas de doutorado dedicadas à tecnologia de motores de combustão interna (MCI) de hidrogênio. Dois estudantes de doutorado serão escolhidos para conduzir pesquisas na Chalmers University of Technology e na Lund University, ambas na Suécia, enquanto serão empregados pelo Grupo Volvo. A iniciativa visa garantir competência contínua na tecnologia de MCI devido ao financiamento limitado para pesquisas acadêmicas neste campo. A Volvo está explorando tecnologias de propulsão, incluindo hidrogênio para motores de combustão e células a combustível, como parte de seus esforços para atingir o Net Zero até 2040. Os candidatos aprovados se tornarão estudantes de doutorado industrial e concluirão suas pesquisas entre 2024 e 2029, com financiamento da Volvo para pesquisa, supervisão e despesas experimentais. A bolsa é uma colaboração entre a indústria e a academia para garantir conhecimento a longo prazo em motores de combustão de hidrogênio. (H2 View – 15.01.2024)  

O Hidrogênio Verde é uma das principais apostas da atualidade para a transição energética e descarbonização da economia. A AHK Rio, no âmbito da Aliança para o Hidrogênio Verde, tem se destacado como um hub para o fomento de projetos e parcerias para o desenvolvimento da tecnologia no Brasil. Para fomentar o aumento de mão de obra especializada, a AHK Rio, em associação com o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL/ UFRJ) promove o curso Hidrogênio e Transição Energética. Ao longo de 4 semanas o curso Hidrogênio e Transição Energética oferece aos inscritos conhecimentos técnicos, regulatórios, económico-financeiros e ambientais sobre o hidrogênio. As inscrições estarão abertas até o dia 23 de fevereiro (AHK-Rio - 22.01.2024) 

O evento “Hydrogen: Strategies for Water Management and Sustainability” é organizado pela Black & Veatch e ocorrerá no dia 31 de Janeiro de 2024. O foco do evento é explorar o potencial do hidrogênio como uma fonte de energia sustentável em larga escala. Além disso, serão discutidas práticas sustentáveis de gestão da água, uma vez que a água e a energia estão interligadas, e a necessidade de projetos de infraestrutura de produção de hidrogênio com baixo teor de carbono e equitativos. A discussão visa abordar como os desenvolvedores podem planejar projetos de infraestrutura de produção de hidrogênio de maneira sustentável e justa. Para saber mais, clique aqui. 

O ano de 2023 foi decepcionante para muitos observadores do setor de hidrogênio, com promotores de projetos adiando investimentos. No entanto, as políticas aprovadas em 2023, como quotas da UE, orientações sobre créditos fiscais dos EUA e contratos diferenciais no Japão, são esperadas para impulsionar mais projetos além dos estudos de viabilidade em 2024. Apesar disso, ainda existem muitos desafios a serem superados. As remessas de eletrolisadores devem aumentar, impulsionadas por políticas europeias que promovem o uso de hidrogênio em setores como a refinação de petróleo, além do crescimento nas compras de hidrogênio por empresas de transporte marítimo e aviação. Promotores norte-americanos ganharão clareza com relação a créditos fiscais lucrativos, enquanto Japão e Coreia do Sul estão se movendo de diálogo para ação, oferecendo subsídios significativos. Hidrogênio azul e nuclear podem receber impulso, à medida que a União Europeia esclarece regulamentos e oferece programas de subsídios para sua utilização. No entanto, os desafios persistem, com possíveis problemas técnicos para os eletrolisadores e possíveis atrasos em políticas. Os EUA, Europa, Japão, Coreia do Sul e China são apontados como principais mercados a observar em 2024, com desenvolvimentos significativos esperados em suas respectivas estratégias de hidrogênio. (Bloomberg - 17.01.2024) 

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Giuseppe Giamundo Neto e Joaquim Augusto Melo de Queiroz (sócios das áreas de Infraestrutura e Energia de Giamundo Neto Advogados) tratam da necessidade de modernização da infraestrutura portuária brasileira para apoiar o desenvolvimento da indústria de hidrogênio renovável e eólica offshore. Eles destacam que, apesar da aprovação do Projeto de Lei nº 2308/2023 e dos memorandos de entendimento firmados, como o entre os governos alemão e do Piauí, a infraestrutura portuária existente precisa ser aprimorada para suportar projetos de grande porte. A discussão sobre a viabilidade econômico-financeira desses projetos é escassa e muitas vezes focada em subsídios. A IEA alerta que os projetos de hidrogênio renovável na América Latina estão atrasados, o que pode afetar a competitividade. O artigo conclui recomendando políticas públicas que considerem essa necessidade de modernização. (GESEL-IE-UFRJ – 24.01.2024)