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IFE Diário 5.860
Regulação
Artigo GESEL: "Cidades sustentáveis e conectadas - há luz no fim do túnel?"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL) aborda os desafios enfrentados pelas cidades diante do aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, destacando a necessidade de ações coordenadas em níveis internacional e nacional. Castro destaca dois conceitos-chave: cidades sustentáveis e cidades inteligentes, como fundamentais para lidar com a urbanização acelerada e seus impactos ambientais e sociais. O professor conclui que enfrentar esses desafios requer uma abordagem colaborativa entre poder público, empresas, órgãos reguladores e sociedade civil, com investimentos significativos em infraestrutura sustentável e tecnologias inovadoras. Leia o artigo na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.12.2023)
Ver PDFDeputados reivindicam protagonismo em renovação de distribuidoras
Deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara aproveitaram uma audiência pública sobre a atuação da Enel São Paulo no apagão do dia 3 de novembro para reforçar que as regras de renovação dos contratos das distribuidoras serão definidas pelo Congresso Nacional. A reunião realizada na última quarta-feira, 7 de dezembro, teve a participação do presidente do Procon estadual, Luiz Orsatti Filho; do diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa; e do presidente da distribuidora, Max Lins. Segundo Orsatti, o órgão de defesa do consumidor recebeu 3.865 reclamações de consumidores após o desligamento que afetou 23 municípios da região metropolitana. episodio. Até outubro desse ano, a empresa já acumulava mais de 15 mil reclamações. (CanalEnergia - 07.12.2023)
Link ExternoLuz Para Todos ultrapassou a meta do PAC de 2023
O Programa Luz Para Todos passou a meta estabelecida no novo PAC para este ano. Foram 55.450 novas instalações, um número que representa um acréscimo de 6,75% em relação ao total previsto para este ano, que era de 51.943. De acordo com o balanço apresentado pelo Ministério de Minas e Energia, o Pará foi o estado com maior número de unidades consumidoras atendidas, sendo 12.344 conexões no meio rural e outras 7.058 em regiões remotas da Amazônia Legal. A meta foi ultrapassada em 33%. O Maranhão ficou 46% acima dos objetivos previstos, com 3.005 unidades consumidoras em áreas rurais e 978 localizadas na Amazônia Legal. No Piauí, houve um aumento de 35% em relação à meta, com um total de 6.827 ligações rurais. Já em Rondônia, os objetivos foram superados em 3%. No total, o estado teve 3.225 ligações em áreas rurais e 225 na Amazônia. (CanalEnergia - 07.12.2023)
Link ExternoAneel publica resolução que atualiza normas sobre PMO e PLD
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a Resolução Normativa 1078, que atualiza os critérios e procedimentos para a elaboração do Programa Mensal da Operação Energética (PMO) e a formação do Custo Marginal da Operação e do Preço de Liquidação de Diferenças. A norma busca aumentar a transparência nos processos conduzidos pelo Operador Nacional do Sistema e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, incluindo a criação de comitês técnicos com a participação de agentes do setor para a avaliação contínua dos dados do PMO. Além disso, a resolução prevê a atualização dos pontos de fronteira entre os submercados para incorporar novas instalações de transmissão, mudanças nos pontos de medição e ajustes nos limites de intercâmbio. Também promove adaptações na representação de usinas não simuladas individualmente nos modelos de planejamento e programação da operação, levando em conta a expansão da geração solar, entre outras consolidações. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoComissão habilita vencedor de lote de transmissão contestado pela Isa Cteep
A Comissão Permanente de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) habilitou o Consórcio Olympus XIV, vencedor do Lote 6 do leilão de transmissão realizado no ano passado. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, uma semana após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a retomada do processo de homologação do resultado da licitação da Subestação Centro, anteriormente pertencente à Isa Cteep. O TCU revisou sua decisão anterior, permitindo que a Aneel prossiga com a habilitação para a posterior ratificação do resultado pela diretoria. A subestação, incluída no Plano de Outorgas de Transmissão de 2022, foi retirada do contrato de concessão da Cteep para leilão, sendo vencida pelo Consórcio Olympus XIV, com deságio de 15,05%. A Aneel argumentou que a relicitação permitiria redução dos custos para o consumidor pela modernização das instalações, enquanto a Cteep contestou, buscando autorização para as obras como reforços de transmissão. A Alupar, integrante do consórcio, destacou que a Aneel conduzirá os trâmites de homologação e adjudicação do empreendimento, estimado em quase R$ 500 milhões de investimento e Receita Anual Permitida de R$ 69,5 milhões a preços de maio de 2022. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoTransição Energética
Brasil emerge como líder potencial na produção de hidrogênio verde
O Brasil emerge como líder potencial na produção de hidrogênio verde, um combustível de baixo carbono promissor para a descarbonização de setores industriais e o transporte de cargas. Com capacidade para produzir 1,8 bilhão de toneladas anuais, o país tem condições econômicas para viabilizar 245,7 milhões de toneladas, superando a produção global atual. A eletrólise, alimentada por uma matriz elétrica limpa, é a tecnologia chave para a produção sustentável de hidrogênio no Brasil, que já conta com plantas operacionais e planeja investimentos significativos para expandir essa produção, visando tanto o mercado interno quanto a exportação, especialmente para a Europa. O Complexo do Pecém no Ceará é um exemplo de iniciativa voltada para a produção e distribuição de hidrogênio verde. (Valor Econômico - 07.12.2023)
Link ExternoProjetos em diferentes regiões do Brasil buscam produzir H2V de forma sustentável
Projetos em diferentes regiões do Brasil buscam produzir hidrogênio verde (H2V) por meio de rotas sustentáveis, explorando insumos locais e mercados específicos. Em São Paulo, a USP colabora com grandes parceiros para gerar H2V a partir de etanol, com um investimento de R$ 50 milhões. Minas Gerais foca na produção de H2V utilizando energia solar, hidrelétricas e biomassa para a indústria de mineração. Estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pretendem produzir H2V a partir de resíduos agrícolas e de granjas de suínos, visando o uso na fabricação de fertilizantes. Projetos como o da Me Le Brasil Biogás em Toledo (PR) e da H2 Verde buscam soluções circulares, transformando resíduos em hidrogênio e fertilizantes. A evolução tecnológica promete tornar a produção de H2V mais acessível, com o Brasil bem posicionado para se destacar no mercado devido à sua energia limpa e posição geográfica favorável. A indústria nacional, que já consome a maior parte do hidrogênio produzido, tende a demandar um gás cada vez mais sustentável, impulsionando a viabilização de novos projetos de H2V. (Valor Econômico - 07.12.2023)
Link ExternoUSP, Coppe/UFRJ e Unifei desenvolvem projetos de hidrogênio verde
Instituições de pesquisa no Brasil estão avançando na produção e aplicação de hidrogênio verde e de baixo carbono. A USP, com apoio da Shell Brasil e outros parceiros, está desenvolvendo uma estação experimental para abastecer veículos com hidrogênio renovável a partir de etanol. A Coppe/UFRJ inaugurou uma unidade-piloto movida a energia solar para produzir hidrogênio por eletrólise, com aplicações em bicicletas elétricas e aviação sustentável. A Unifei lançou o Centro de Hidrogênio Verde, focado em processos industriais e mobilidade urbana, e planeja ativar uma unidade de produção de hidrogênio solar em 2024. O CIBiogás explora a produção de hidrogênio a partir de biogás, embora a tecnologia ainda esteja em desenvolvimento. Esses projetos destacam o potencial do Brasil em energias renováveis e a busca por parcerias para inovação no setor. (Valor Econômico - 07.12.2023)
Link ExternoMarina Silva defende aceleração de investimentos em energias renováveis
Durante a COP 28, a ministra Marina Silva enfatizou a urgência de acelerar investimentos em energias renováveis e reduzir a dependência de energias fósseis, com os países desenvolvidos liderando esse movimento. Ela destacou a necessidade de uma resposta coletiva e ação rápida para alcançar o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, conforme alertado pelo IPCC. A ministra defendeu a união global e a criação de incentivos para que países mais capazes ajudem na aceleração de recursos para mitigação e adaptação climática. O sucesso da futura COP 30 em Belém, segundo ela, depende da aprovação de um balanço geral alinhado com a meta de 1,5ºC e do estabelecimento de um Objetivo Global de Adaptação que atenda aos riscos reais, especialmente para populações vulneráveis. (Valor Econômico - 09.12.2023)
Link ExternoMME e AIE fecham parceria para enfrentar desafios climáticos
O Ministério de Minas e Energia e a Agência Internacional de Energia fecharam uma parceria com plano para intensificar a cooperação no enfrentamento dos desafios climáticos e energéticos mais urgentes. Uma prioridade conjunta é promover a colaboração regional em toda a América Latina e o seu papel de liderança nas transições energéticas globais. O anúncio foi realizado, nesta semana, durante a Conferência sobre Mudanças Climáticas COP 28, em Dubai.Em nota, o MME destacou que o diretor geral da AIE, Fatih Birol e o ministro Alexandre Silveira falaram sobre as oportunidades da América Latina na nova economia energética, ao apresentarem o Latin America Energy Outlook 2023 (LAEO, sigla em inglês), relatório publicado pela AIE, em um evento organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). (CanalEnergia - 07.12.2023)
Link ExternoBanco Mundial: Reforma tributária e agenda climática são prioridades para o Brasil
A economista principal para o Brasil do Banco Mundial, Shireen Mahdi, avalia que 2023 foi um ano positivo para a economia brasileira, com queda da inflação e crescimento acima do esperado, impulsionado pela agropecuária. No entanto, ela prevê um 2024 mais desafiador devido a incertezas globais e enfraquecimento dos fatores domésticos. Shireen ressalta a importância da reforma tributária do consumo e da agenda climática para benefícios de longo prazo, mas enfatiza a necessidade de outras reformas para aumentar a produtividade e o crescimento estrutural. Ela destaca o foco do governo na agenda climática, incluindo políticas de hidrogênio verde e regulação de carbono, mas critica as distorções do sistema financeiro e a qualidade da educação, apontando para a necessidade de mais competição interna e abertura econômica global. (Valor Econômico - 11.12.2023)
Link ExternoBrasil tem potencial para transição para economia de baixo carbono
Uma pesquisa da CNI revelou que mais da metade dos brasileiros avalia negativamente a conservação do meio ambiente no país, e a preocupação com o aquecimento global é crescente, com 91% considerando a situação grave ou muito grave em 2023. A percepção de mudanças climáticas é ampla, com 91% dos entrevistados notando alterações no clima, principalmente aumento de temperatura e redução de chuvas. Davi Bomtempo, da CNI, destaca na COP28 o potencial do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono, apesar do acesso limitado a recursos internacionais para iniciativas ambientais, com a América Latina e o Caribe recebendo apenas 4,5% dos fundos globais destinados ao impacto climático. (Valor Econômico - 11.12.2023)
Link ExternoBrasil propõe perdão de dívidas em troca de investimentos em saúde
A ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, anunciou que o país proporá o perdão de dívidas de nações pobres e emergentes em troca de investimentos em saúde, como parte da iniciativa "Debt for Health". A proposta, que será apresentada durante a presidência do Brasil no G20, visa fortalecer os sistemas de saúde afetados pelas mudanças climáticas. O Brasil também defenderá a formação de alianças regionais para inovação e produção local de medicamentos e insumos de saúde. A iniciativa busca melhorar a resiliência e atender às necessidades de saúde pública exacerbadas pelas alterações climáticas, beneficiando países mais pobres e nações em desenvolvimento, com um foco particular em fortalecer sistemas que beneficiem grupos vulneráveis. (Valor Econômico - 10.12.2023)
Link ExternoB3 e ACX Group criam plataforma de negociação de créditos de carbono no Brasil
A B3, bolsa de valores brasileira, firmou parceria com a ACX Group para criar uma plataforma de negociação de créditos de carbono no Brasil, visando transformar o país em um dos principais fornecedores globais desses créditos. A plataforma, que tem lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2024, contará com um investimento inicial de até R$10 milhões pela B3. O objetivo é proporcionar um ambiente seguro e transparente para que emissores de créditos de carbono possam negociar com empresas interessadas em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. A ACX, uma empresa de tecnologia de Abu Dhabi especializada em infraestrutura de mercado para créditos de carbono, apoiará a iniciativa, que também visa atrair investidores internacionais e agentes financeiros, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Brasil. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoRelatório da Firjan destaca bioeconomia como solução para a transição energética
O relatório "Bioeconomia, Natureza e Negócios", apresentado na COP28, destaca a necessidade de uma transformação verde na indústria, enfatizando o crescimento de setores sustentáveis como combustíveis de aviação e diesel verde, hidrogênio de baixo carbono e sistemas agroflorestais. Propõe modelos de negócios menos poluentes e mecanismos como Soluções baseadas na Natureza e Pagamento por Serviços Ambientais. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ressalta a urgência e importância da questão, apontando para a capacidade do Brasil de se tornar um centro de bioindústria, em contraste com as críticas recebidas pelo governo brasileiro na COP28 por sua aproximação com a Opep+. O relatório também menciona iniciativas como silvicultura e exemplos de projetos corporativos que alinham economia circular e preservação ambiental. (Valor Econômico - 11.12.2023)
Link ExternoEUA não participam de coalizão para eliminar subsídios aos combustíveis fósseis
Os EUA decidiram não participar de uma coalizão liderada pelos Países Baixos que busca eliminar progressivamente os subsídios aos combustíveis fósseis, que representam cerca de 50% dos subsídios governamentais devido a acordos internacionais. A coalizão, anunciada na COP 28 em Dubai, exige que os membros relatem seus subsídios antes da próxima cúpula em Baku. Enquanto o presidente Biden apoia a eliminação de incentivos fiscais para a indústria de petróleo e gás, enfrenta oposição do Congresso e da indústria. Os Países Baixos, após identificar seus próprios subsídios significativos, pressionam pela avaliação da UE como um passo inicial para acabar com o apoio a combustíveis poluentes, com o apoio de países como França, Canadá, Espanha e Áustria, e o envolvimento de organizações como o FMI e a OMC. Kristalina Georgieva, do FMI, enfatizou a necessidade de eliminar esses subsídios para avançar para um futuro mais sustentável. (Valor Econômico - 09.12.2023)
Link ExternoXie Zhenhua busca acordo sobre combustíveis fósseis na COP28
Xie Zhenhua, enviado climático da China, está em negociações cruciais na COP28 para definir termos sobre combustíveis fósseis que possam concluir a cúpula com sucesso. Prestes a se aposentar, Xie busca um acordo baseado no compromisso feito com John Kerry, que vincula a redução de combustíveis fósseis ao aumento das energias renováveis. A questão central é a inclusão de petróleo e gás na declaração, que atualmente se concentra apenas no carvão. Há esperança de que um meio-termo seja alcançado, apesar da resistência de países produtores de petróleo. Xie, respeitado por sua dedicação à diplomacia climática, permanece otimista quanto a um resultado positivo na sua última COP. (Valor Econômico - 10.12.2023)
Link ExternoCOP 28: Compromisso do Canadá com descarbonização de combustíveis fósseis
Na COP 28, Sultan Al Jaber destacou a decisão do Canadá de reduzir as emissões da indústria de combustíveis fósseis em até 38% até 2030, como um avanço significativo na luta contra a mudança climática. A conferência está comprometida em implementar medidas que reduzam as emissões globais em 43% para manter a meta de 1,5ºC ao alcance, focando na descarbonização de indústrias de alta emissão e na expansão de energias renováveis e eficiência energética. Steven Guilbeault, ministro do Meio Ambiente do Canadá, expressou confiança em alcançar um consenso sobre a abordagem aos combustíveis fósseis, marcando um momento histórico nas negociações climáticas internacionais. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoArábia Saudita se opõe a redução gradual de combustíveis fósseis
Sultan Al Jaber, presidente da COP 28, convocou uma reunião especial de ministros para buscar um acordo inédito sobre a redução do uso de combustíveis fósseis. A reunião visa alcançar um consenso antes do término das negociações em 12 de dezembro, com muitos países, incluindo EUA e UE, exigindo a eliminação ou redução gradual desses combustíveis. A Arábia Saudita se opõe a um texto que peça a redução gradual, e Al Jaber busca um "majlis" para discutir as diferenças. As negociações ocorrem quase uma década após o Acordo de Paris, e há preocupações sobre a influência dos exportadores de petróleo nas negociações, especialmente com a presidência de Al Jaber, que também é chefe da petrolífera estatal de Abu Dhabi. (Valor Econômico - 10.12.2023)
Link ExternoMais de mil líderes globais pedem ações urgentes para limitar aquecimento global
No início da segunda semana da COP 28, uma carta assinada por mais de mil líderes globais foi entregue ao presidente da conferência, Sultan Al Jaber, instando ações alinhadas com a meta de limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C. A carta enfatiza que estamos em um ponto crítico e que a COP 28 deve resultar em compromissos fortes para uma transformação setorial, incluindo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, o triplo da capacidade de energias renováveis até 2030, e o dobro da eficiência energética. Além disso, pede financiamento ampliado, precificação do carbono, reversão do desmatamento e perda de biodiversidade até 2030, e sistemas alimentares resilientes. Os signatários, que incluem CEOs, políticos e líderes de várias áreas, defendem que essas metas sejam adotadas antes da COP 30 em 2025. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoImposto de carbono da UE gera debate na COP 28
A União Europeia (UE) propôs um imposto sobre a poluição de carbono para bens importados, gerando debate na COP 28 em Dubai, pois países em desenvolvimento temem impactos negativos em suas economias. O Mecanismo de Ajuste das Fronteiras de Carbono (CBAM) visa estabelecer um preço para o carbono emitido na produção de bens energo-intensivos e igualar as condições de mercado para produtos europeus sob normas ambientais mais estritas. Enquanto a UE defende o CBAM como essencial para atingir suas metas climáticas, países como a Índia se opõem, preocupados com o custo do comércio e o impacto econômico. Legisladores dos EUA também consideram medidas semelhantes, visando a justiça climática e a redução das emissões globais, apesar das preocupações dos países em desenvolvimento sobre as consequências comerciais e econômicas dessas políticas. (Valor Econômico - 10.12.2023)
Link ExternoRússia bloqueia candidaturas da UE para COP 29
Os países do ex-bloco soviético decidiram unanimemente que Baku, capital do Azerbaijão, sediará a COP 29. A escolha foi anunciada por Mukhtar Babayev durante a COP 28 em Dubai, após desacordos sobre qual país do grupo da Europa de Leste deveria ser o anfitrião. A Rússia bloqueou candidaturas de membros da União Europeia, mas apoiou a escolha de Baku. A decisão marca o terceiro ano consecutivo em que a conferência ocorrerá em um país autocrático produtor de combustíveis fósseis. O Azerbaijão, conhecido por sediar grandes eventos, vê a COP 29 como uma oportunidade para promover a transição energética, destacando seu histórico na indústria petrolífera e esforços recentes em energia renovável, como a construção de um cabo elétrico sob o Mar Negro. (Valor Econômico - 09.12.2023)
Link ExternoDireto da COP 28: propostas para manter as florestas em pé
Depois do Fundo de Danos Climáticos, anunciado logo no início da COP 28, outros anúncios importantes aconteceram nos primeiros dias do evento, principalmente no que diz respeito à preservação ambiental. Para o Brasil, o destaque fica por conta do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (FFTS), uma proposta para a criação de um novo mecanismo financeiro para conservação das florestas tropicais. Em suma, o governo brasileiro propõe que países com fundos soberanos aloquem recursos em um fundo fiduciário para a preservação das florestas tropicais. Essa ideia busca complementar o tradicional Fundo Amazônia – no qual países ricos doam dinheiro para países tropicais que demonstrem resultados na redução de desmatamento, por um fundo similar aos do mercado financeiro. Esse mecanismo captaria dinheiro de fundos soberanos e o faria render por meio de aplicações em projetos de economia verde (incluindo energia renovável, por exemplo). (Além da Energia – 07.12.2023)
Link ExternoGrupos indígenas pedem proteção de direitos na transição para energias limpas
Cem grupos indígenas e aliados divulgaram uma carta aberta para a COP 28, pedindo a proteção dos direitos indígenas na transição para energias limpas. A carta destaca a importância do consentimento das comunidades indígenas antes da exploração de suas terras ancestrais, enfatizando seus laços ancestrais e a necessidade de práticas sustentáveis. Alerta que a demanda por minerais para energia limpa, como lítio e cobre, pode afetar terras indígenas, onde 54% dos depósitos minerais estão localizados. A carta exige reconhecimento dos direitos indígenas, incluindo o consentimento livre, prévio e informado, e vê na COP 28 uma chance de promover um futuro mais inclusivo. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoArtigo de Arthur Ramos: "COP30 no Brasil: a grande oportunidade de reafirmar o protagonismo do país no debate climático"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Arthur Ramos (diretor executivo do BCG) trata das expectativas para a COP30 no Brasil e a importância do país nas discussões ambientais internacionais. Ele destaca a necessidade de manter o foco no presente, considerando o balanço geral dos esforços desde a COP21 em Paris e a urgência em reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa. Ramos relembra o papel histórico do Brasil em conferências ambientais, como a Rio-92, e enfatiza a oportunidade de o Brasil se tornar um exemplo global em sustentabilidade. Ele aponta para o potencial do país em áreas como recuperação florestal, agricultura sustentável, energia limpa e diplomacia climática. Ramos argumenta que é essencial transformar essas vantagens em ações concretas, com planejamento de "emissão zero", atuação proativa do setor privado e avanço para uma abordagem "Nature Positive". Ele conclui que o Brasil tem o potencial de liderar o movimento global em direção a um futuro mais sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 07.12.2023)
Ver PDFEntrevista com Luiz Eduardo Barata Ferreira: Energia limpa é essencial para aceitação internacional do combustível
Em entrevista ao Valor Econômico, Luiz Eduardo Barata Ferreira (presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia) trata das preocupações com o desenvolvimento da produção de hidrogênio verde no Brasil. Ele alerta que interesses específicos e grupos de pressão podem prejudicar a indústria ao favorecer subsídios e a expansão de usinas termelétricas, o que reduziria as vantagens das fontes renováveis na matriz energética do país. Barata enfatiza a necessidade de uma energia excepcionalmente limpa para a produção e distribuição do hidrogênio, a fim de que seja aceito internacionalmente como um combustível verde. Ele também menciona a intermitência das fontes eólica e solar e a possibilidade de recorrer a geração térmica, o que tornaria a matriz energética menos limpa. Por fim, Barata sugere que o Brasil deveria priorizar o desenvolvimento de sua indústria de hidrogênio para o mercado interno, além de considerar as oportunidades de exportação. (GESEL-IE-UFRJ – 07.12.2023)
Ver PDFEntrevista com Ana Toni: COP 28 será julgada pelo resultado sobre combustíveis fósseis
Em entrevista ao Valor Econômico, Ana Toni (secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente) trata da importância dos combustíveis fósseis na COP 28 em Dubai e das controvérsias que cercam o tema. Ela destaca que a COP será julgada pelo resultado em relação à inclusão dos combustíveis fósseis no texto final, com quatro propostas distintas em discussão. Toni menciona a dependência de países como Índia e China do carvão e as preocupações do Brasil com novas explorações de petróleo. A secretária também aborda a surpresa com a intensidade do debate sobre combustíveis fósseis, que passou a influenciar as negociações internas, e a necessidade de focar na adaptação climática, um tema urgente que frequentemente é deixado de lado nas conferências. (GESEL-IE-UFRJ – 10.12.2023)
Ver PDFEmpresas
Taesa: Operação de incorporação de 3 controladas aguarda aval da Aneel
A Taesa celebrou um Protocolo de Incorporação e Instrumento de Justificação para a anexação de suas controladas ATE III, Sant’Ana e Saíra. A operação integra a iniciativa de otimização de processos e simplificação da estrutura societária da transmissora e será submetida para deliberação da Assembleia Geral da companhia e depois da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro. Os custos envolvidos no processo somam cerca de R$ 800 mil. A Receita Anual Permitida (RAP) das controladas, por sua vez, somam mais de R$ 350 milhões, com impostos. Em comunicado, a Taesa declarou que a incorporação total do patrimônio das partes não tem riscos significativos e não implicará em aumento de capital e direito de recesso dos acionistas. A operação, por fim, está sujeita ao exame da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deve analisar o caso em reunião prevista para 12 de dezembro. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoIsa Cteep: Adesão à Ação Coletiva de Integridade do setor de energia elétrica
A Isa Cteep anunciou adesão voluntária à Ação Coletiva de Integridade do Setor de Energia Elétrica promovida pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, do qual a empresa é signatária desde 2011. A ação lançada em celebração ao Dia Internacional contra a Corrupção, 09 de dezembro, segundo a companhia, assinala um compromisso público que visa fortalecer a integridade no setor elétrico. Entre seus objetivos, a iniciativa mobiliza diversos agentes na promoção de um ambiente ético e saudável com estímulo leal à concorrência e transparência nas relações. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoIsa Cteep: Aporte recorde na renovação de ativos até setembro
A Isa Cteep aplicou R$ 784,4 milhões na renovação de seu parque de transmissão no acumulado do ano até setembro. Segundo a empresa, esse é o maior nível de aporte já realizado na modernização de seus ativos e, até 2027, a projeção é de mais de R$ 5 bilhões. Os investimentos para aumento da robustez do sistema são realizados com recursos captados junto ao BNDES e ao mercado de capitais. A gestão dos recursos, por sua vez, considera informação confiável e integrada e descarbonização. No período, 1.407 foram trocados e 38 projetos foram energizados. Mais 1.500 substituições são previstas até o fim do ano e 66 outros projetos já estão em obras. (CanalEnergia - 07.12.2023)
Link ExternoWEG reafirma compromisso com o crescimento verde
Alberto Yoshikazu Kuba foi indicado para suceder Harry Schmelzer Júnior como diretor-presidente da WEG, uma multinacional fabricante de equipamentos. Segundo Décio da Silva, presidente do conselho, não são esperadas mudanças significativas na gestão. A empresa busca manter o crescimento de dois dígitos, continuar com aquisições para explorar novos mercados e segmentos, com foco em mobilidade elétrica e armazenamento de energia. A transição já está em andamento e deve ser tranquila, pois Kuba está na WEG há 21 anos e está alinhado com as diretrizes da empresa. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoEquatorial: Grupo quer melhorar atendimento com IA generativa
A Equatorial Energia celebrou uma parceria com a startup de inovação em inteligência artificial (IA) generativa Onni.ai e a IBM. O projeto em desenvolvimento é a implantação de soluções baseadas na plataforma criada com a tecnologia Watsonx, que tem o objetivo de proporcionar melhorias no atendimento multicanal. A empresa é o terceiro maior grupo de distribuição em número de clientes no Brasil e, segundo ela, a transformação fará com que o atendimento seja ininterrupto e as tarefas operacionais sejam mitigadas, possibilitando, assim, maior dedicação a questões mais complexas e, portanto, ganhos de produtividade e melhoria da experiência do cliente. Ainda, a companhia explica que a solução projetada com IA conta com um conjunto de assistentes virtuais e uma estrutura aberta que permite sua integração aos mais diversos sistemas. (CanalEnergia - 07.12.2023)
Link ExternoWEG: Alberto Kuba será o novo presidente da companhia
A WEG anunciou em comunicado, em 08 de dezembro, que Alberto Yoshikazu Kuba assumirá o cargo de presidência da companhia deixado por Harry Schmelzer Júnior. O próximo líder tem mais de 21 anos de carreira na companhia e é o atual Diretor Superintendente da divisão de Motores Elétricos Industriais. O comando da companhia passará para ele em abril de 2024. O comunicado, também, afirmou que o nome do futuro ex-diretor será proposto na Assembleia Geral Ordinária como candidato a uma das cadeiras no Conselho de Administração para 2024 e 2025, reconhecendo os ótimos resultados verificados durante sua gestão. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoLeilões
Abinee: Subsídios chineses impedem indústria local de participar dos leilões da Aneel
A indústria brasileira não tem conseguido participar dos principais leilões dos linhões de transmissão promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em função de não conseguir concorrer com os preços de equipamentos chineses que entram no Brasil com preços subsidiados pelo governo daquele país. A afirmação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. De acordo com ele, a dificuldade ocorre porque quando se dá descontos para os preços básicos, os leilões não estão valorizando os produtos da indústria local. Ele disse que o setor tem conversado com o ministério de Minas e Energia e com a ministra da Gestão e da Inovação, Ester Dweck, para tentar reverter esta “invasão de equipamentos chineses”. E de acordo com Barbato, a solução não passa por imposição de barreiras tarifárias porque a China consegue baixar seus preços o quanto for necessário. (Broadcast Energia - 07.12.2023)
Link ExternoOferta e Demanda de Energia Elétrica
CCEE: PLD médio diário continua no patamar mínimo regulatório em todos os submercados
O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) médio diário continua no piso regulatório de R$ 69,04 por megawatt-hora (MWh) nesta quinta-feira, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O preço, que chegou a descolar do patamar mínimo na última segunda-feira, 04, não apresenta oscilações ao longo do dia em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), de forma que os PLDs médios, mínimos e máximos coincidem em todos os submercados do País. (Broadcast Energia - 07.12.2023)
Link ExternoRegião Sul diminui 0,2 p.p e opera com 97,7%
O submercado do Sul apresentou redução de 0,2 ponto percentual e estava operando com 97,7% da capacidade, na última quinta-feira, 07 de dezembro, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada marca 19.987 MW mês e ENA é de 23.994 MW med, equivalente a 189% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 99,54% e 97,03% respectivamente. A região Sudeste/Centro-Oeste contou redução de 0,1 p.p e está em 63,5%. Os reservatórios do Norte caíram 0,1 p.p e operam com 47,9% da capacidade. A Região Nordeste baixou 0,6 p.p e opera com 51,3% da sua capacidade. A energia armazenada indica 26.516 MW mês e a energia natural afluente computa 1.614 MW med, correspondendo a 17% da MLT. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoONS avalia medidas para preservar reservatórios devido a atraso do período de chuvas no Norte
A demora em se configurar o período úmido no Norte do País, que sofre a influência do fenômeno climático El Niño, pode levar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adotar medidas excepcionais em 2024, para preservar os reservatórios da região, disse ao Estadão/Broadcast o diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi. O diagnóstico sobre como o órgão vai lidar com a questão deve acontecer entre fevereiro e março do próximo ano, quando será possível fazer uma avaliação melhor do período úmido. Há alguns meses a região Norte enfrenta uma condição de seca, uma vez que o El Niño empurra as chuvas para o Sul, deixando o Norte e o Nordeste mais quentes. Segundo Ciocchi, os técnicos do ONS fazem um acompanhamento contínuo da situação e já levaram a questão ao Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE). Seca na região Norte atingiu o Amazonas, principal rio da região, e vários outros, incluindo os que são utilizados para geração de energia. (O Estadão - 08.12.2032)
Link ExternoMobilidade Elétrica
Vendas de veículos eletrificados devem crescer 80% em 2023
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) está otimista em relação ao ambiente econômico do Brasil em 2024, antecipando um crescimento de 7% nas vendas de veículos, totalizando 2,45 milhões de unidades. A produção interna será impulsionada, com uma expectativa de 2,7 milhões de veículos produzidos, um aumento de 4,7% em relação a 2023. A eletrificação dos veículos continua em ascensão, com um aumento de 80% nas vendas de carros híbridos e elétricos, alcançando 89 mil unidades este ano. Apesar da retomada da cobrança de Imposto de Importação para carros elétricos, a expectativa é que o volume de vendas aumente, e mais empresas passarão a produzir veículos híbridos no país. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoBMW planeja expandir sua linha de carros elétricos no Brasil
A BMW planeja expandir sua linha de carros elétricos no Brasil em 2024 com o lançamento do novo BMW i5 M60 xDrive, baseado na oitava geração do Série 5. O i5 M60 é um sedã estratégico para o mercado global, especialmente na Europa e na China, e competirá diretamente com o Tesla Model S. O modelo apresenta um design mais discreto, com uma grade frontal fechada e lanternas traseiras estreitas com acabamento cromado. O i5 terá duas versões mecânicas: a eDrive40 com 340 cv e autonomia de 582 km, e a M60 xDrive com 598 cv e autonomia de 516 km. A BMW também oferecerá uma versão perua Touring na Europa. A empresa enfrenta a concorrência da Tesla, que tem lidado com problemas de qualidade e processos judiciais. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoBMW mantém liderança no segmento premium no Brasil com foco na eletrificação
Maru Escobedo, CEO da BMW no México, destaca o sucesso contínuo da BMW no segmento premium no Brasil, liderando pelo quinto ano consecutivo, graças à eletrificação dos veículos. A equipe da BMW trabalha para desmistificar conceitos errôneos sobre carros elétricos, como a autonomia, que já ultrapassa 500 quilômetros em vários modelos, graças a baterias mais eficientes e frenagem regenerativa. A BMW não estabeleceu um prazo para cessar a produção de veículos a combustão, permitindo que os clientes escolham a tecnologia que preferem, enquanto investe em pontos de recarga públicos e mantém uma linha de produtos flexível, incluindo carros a gasolina, elétricos, plug-ins, híbridos e modelos flex. Cerca de 60% dos BMWs vendidos no Brasil são fabricados localmente, garantindo entregas mais rápidas e evitando problemas logísticos. A estratégia de oferecer veículos eletrificados tem atraído novos clientes e inclui a marca Mini, que oferece modelos totalmente elétricos importados. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoÍndia e EUA planejam introduzir 50 mil ônibus elétricos até 2027
A Índia, em colaboração com os Estados Unidos, planeja introduzir 50 mil ônibus elétricos até 2027, apoiada por um fundo de US$ 390 milhões que serve como garantia para fabricantes que procuram financiamento para aumentar a produção. Atualmente, a Índia possui 12 mil ônibus elétricos e o novo mecanismo de financiamento, composto por contribuições dos EUA e da Índia, visa reduzir o risco financeiro para os fabricantes. O governo indiano já havia implementado o modelo de “transporte como serviço”, permitindo que fabricantes alugassem ônibus a entidades públicas, mas isso levou a uma desaceleração na produção devido à incerteza dos retornos e ao peso das dívidas de longo prazo. O novo esquema busca aliviar esses riscos e incentivar o investimento em mobilidade elétrica, um passo que o enviado climático dos EUA, John Kerry, descreveu como “emocionante” e crucial para enfrentar o desafio da descarbonização. (Valor Econômico - 10.12.2023)
Link ExternoBYD pode ultrapassar Tesla em entregas globais
Em novembro, as entregas da Tesla na China cresceram 5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 65.504 veículos elétricos (EVs), impulsionadas pela expectativa de aumento nos preços dos carros. A Tesla, que tem ajustado os preços frequentemente, viu suas exportações caírem para 16.928 EVs em novembro, após enviar 43.389 EVs em outubro. A fábrica de Xangai, responsável por mais da metade da produção global da Tesla, entregou 82.432 EVs, uma redução de 18% comparado ao ano passado. Enquanto isso, a BYD Co. vendeu 170.150 veículos elétricos, um recorde que pode colocá-la à frente da Tesla em entregas globais. O mercado chinês de EVs, o maior do mundo, viu um aumento de 40% nas vendas de novos veículos energéticos em novembro, e as exportações de veículos de passageiros da China para a Rússia cresceram significativamente este ano. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoParceria visa fortalecer posição no mercado de veículos elétricos
Toshiba e Rohm unirão forças para produzir semicondutores de potência, com o apoio de um subsídio do governo japonês de até 120 bilhões de ienes. Eles visam fortalecer sua posição no mercado de componentes para veículos elétricos, com a Rohm focada em semicondutores de carboneto de silício de alta eficiência e a Toshiba em dispositivos de silício convencionais. A colaboração espera criar sinergias em desenvolvimento de produtos e vendas. A Rohm planeja investir 510 bilhões de ienes em seu negócio de carboneto de silício até 2027, enquanto a Toshiba se prepara para fechar o capital em dezembro. A parceria é vista como essencial para competir globalmente, especialmente contra a Infineon Technologies, que está investindo pesadamente em uma nova fábrica. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoInovação e Tecnologia
South Star Battery Metals inicia operações em mina de grafite no Brasil
A South Star Battery Metals, visando a crescente demanda global por grafite, está prestes a iniciar operações em sua mina de Santa Cruz, na Bahia, Brasil, que possui uma das maiores reservas do mineral. O início da produção de concentrado de grafite está planejado para janeiro, caso os preparativos pré-operacionais sejam concluídos com sucesso. O presidente da empresa, Richard Pearce, discutiu o projeto brasileiro e outros empreendimentos nos EUA com investidores em São Paulo. O grafite é essencial para diversas indústrias, incluindo a fabricação de baterias para veículos elétricos, e a South Star está em negociações com vários setores, incluindo a montadora chinesa BYD. A empresa já investiu cerca de R$ 75 milhões no projeto baiano, com uma segunda fase planejada que requer R$ 180 milhões, dos quais R$ 90 milhões já foram assegurados. Este projeto é considerado o primeiro do tipo nas Américas desde 1996. (Valor Econômico - 11.12.2023)
Link ExternoEnergias Renováveis
Brookfield investe R$ 1,2 bi em parque solar de 300 MWp no Brasil
A Brookfield investirá R$ 1,2 bilhão para criar um parque solar de 300 MWp em 12 meses, após adquirir o controle da IVI Energia. O investimento é parte do BGTF, que levantou US$ 15 bilhões para a transição energética. Serão mais de 100 usinas em diversos estados brasileiros. A Brookfield agora possui 90% da IVI, com o restante com o fundador e CEO Chris Sattler. A primeira fase inclui 23 usinas totalizando 60 MWp, com planos de alcançar 150 MWp até abril de 2024 e um objetivo final de 500 MW. A energia será vendida para clientes comerciais e distribuidores, com a intenção de expandir para consumidores residenciais. A Brookfield busca alavancar os projetos entre 40% e 60%, e enfrenta desafios com as concessionárias para conexões à rede.(Valor Econômico - 11.12.2023)
Link ExternoEnergisa mira 530 MWp de geração solar até 2026
A (re)energisa, divisão da Energisa, adquiriu a Agric por R$ 60 milhões e planeja operar uma usina de biometano em Campos Novos, Santa Catarina, com capacidade de 25 mil m³/dia, visando atender à crescente demanda por fontes renováveis. A vice-presidente Roberta Godoi destaca que o biometano complementa outros negócios do grupo e faz parte da estratégia de diversificação da Energisa. A capacidade de biometano deve alcançar 6,6 milhões de m³/dia até 2029. A (re)energisa também expandiu seu portfólio de geração distribuída com 30 novas usinas solares fotovoltaicas em 2023, totalizando 136 MWp e 14 mil clientes. A meta é atingir 530 MWp até 2026, reduzindo 63 mil toneladas de CO2 anualmente. Além disso, a empresa firmou 300 novos contratos no mercado livre de energia, crescendo 800% em vendas de contratos no ano. (Valor Econômico - 11.12.2023)
Link ExternoVeracel amplia autossuficiência com fonte solar
A Veracel Celulose inaugurou cinco usinas de energia solar em diferentes pontos de suas unidades produtivas no Sul da Bahia, reforçando sua autossuficiência energética na fábrica e expandindo o modelo para áreas externas. As novas unidades, com capacidade média de 1,2 MWpico, visam reduzir até 100% do consumo atual de energia elétrica da empresa. A matriz energética da Veracel tem foco em sustentabilidade, e as usinas solares complementam as iniciativas para ampliar o uso de energia limpa, estando localizadas em diversos pontos da companhia, incluindo o Núcleo Florestal, o Terminal Marítimo de Belmonte e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel. A empresa exporta o excedente de energia para a rede básica, gerando eletricidade a partir do "licor preto," cascas e resíduos de madeira, além de biomassa proveniente de resíduos abundantes na região, como o caroço de açaí e o bagaço da cana de açúcar. (CanalEnergia - 08.12.2023)
Link ExternoAcelen planeja investir R$12 bi em biocombustíveis nos EUA
A Acelen, empresa de energia do Mubadala Capital, abriu um escritório em Houston, Texas, com o objetivo de entrar no mercado de biocombustíveis dos EUA. A empresa, que já tem um memorando de entendimento com a Petrobras para explorar cooperação e potencial investimento em um projeto de biocombustíveis no Brasil, planeja investir mais de R$12 bilhões nos próximos dez anos. O projeto visa produzir anualmente, a partir de 2026, um bilhão de litros de SAF (combustível sustentável de aviação) e diesel renovável usando culturas agrícolas. (Valor Econômico - 09.12.2023)
Link ExternoGás e Termelétricas
Aneel aprova extensão da UTE Porto do Itaqui por 355 dias
A Aneel aprovou a extensão dos contratos de comercialização de energia da UTE Porto do Itaqui por 355 dias, com validade até 21 de dezembro de 2027, e o prolongamento da outorga da usina até 3 de maio de 2044. A decisão foi uma resposta ao pedido da Eneva para a recomposição do prazo perdido devido a um evento de força maior ocorrido em 2012. Localizada em São Luís, a UTE Porto do Itaqui iniciou suas operações em 2013, possui uma capacidade instalada de 360 MW e comercializa 315 MW médios, garantindo uma receita fixa anual de R$ 538 milhões. (Valor Econômico - 08.12.2023)
Link ExternoPrysmian: Contrato de R$ 530 mi para entregar 170 km de umbilicais para a Petrobras
A Prysmian vai chegando ao final de 2023 com bons motivos para comemorar. A empresa, que atua fabricando sistemas de cabos de energia e telecomunicações, acaba de fechar um contrato de mais de 100 milhões de euros (cerca de R$ 530 milhões) com a Petrobras. Pelo acordo, a Prysmian vai fornecer 170 km de umbilicais eletro-hidráulicos em águas profundas e os serviços especializados offshore e logísticos relacionados. Os tubos de aço de águas profundas e os umbilicais termoplásticos serão projetados, produzidos, testados e entregues entre 2024 e 2027 pelo centro de excelência Offshore Specialties da Prysmian para tecnologias dinâmicas em Vila Velha (ES). A Prysmian disse que tem investido nos últimos anos na expansão de seus ativos industriais na fábrica de Vila Velha e nas suas opções de entrega logística, bem como em todo o seu processo de geração de valor ponta a ponta, desde a modelagem de P&D até os serviços offshore, para melhor atender às necessidades de seus clientes oferecendo soluções de cabos tecnologicamente avançadas. (Petronotícias - 08.12.2023)
Link ExternoMercado Livre de Energia Elétrica
Com volatilidade do PLD, volume de energia negociada na BBCE cresce 54% em novembro
A volatilidade do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) horário ao longo do mês passado impulsionou os negócios do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE). Com o PLD oscilando entre o piso regulatório de R$ 69,04 por megawatt-hora (MWh) e R$ 415,34/MWh ao longo do mês, foram transacionados 34.128 gigawatts-hora (GWh), alta de 54,6% em relação a novembro do ano passado. O número de contratos chegou a 2.866, 47,7% maior, na mesma comparação. Com isso, o tíquete médio - que é o valor médio da energia transacionada em cada operação - ficou em 11,91 GWh. Em termos financeiros, os negócios na BBCE movimentaram R$ 3,28 bilhões em novembro, 45,4% acima do registrado no mesmo período do ano passado. (Broadcast Energia - 07.12.2023)
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