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IFE
11/09/2023

IFE Transição Energética 33

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
11/09/2023

IFE nº 33

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 33

Dinâmica Internacional

BNEF: Investimento global em energias renováveis atinge recorde histórico

Nos primeiros seis meses de 2023, os investimentos globais em energias renováveis atingiram a marca de 358 bilhões de dólares, representando um aumento significativo de 22% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse valor representa um recorde histórico para um período de seis meses e destaca o contínuo impulso na transição para fontes de energia limpas. A energia solar foi a principal impulsionadora desses resultados excepcionais, com um investimento total de 239 bilhões de dólares em sistemas de larga e pequena escala. Isso representa dois terços do investimento global em energias renováveis durante o primeiro semestre de 2023, marcando um aumento impressionante de 43% em relação ao primeiro semestre de 2022. A China liderou esse investimento, seguida pelos Estados Unidos. Em resumo, os investimentos em energias renováveis estão em alta, impulsionados principalmente pela energia solar, mas é necessário um aumento significativo nos investimentos para atingir as metas de emissões zero até 2050. (BNEF – 21.08.2023)
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IEA: Impacto do setor de transporte rodoviário em economias emergentes

Este relatório analisa o impacto do setor de transporte rodoviário na demanda de energia, nas emissões de CO2 e na poluição do ar em várias economias emergentes ao longo das próximas décadas, considerando diferentes cenários da Agência Internacional de Energia (AIE). O Cenário de Promessas Anunciadas (APS) avalia o progresso em direção às metas de emissões líquidas zero até 2050 com base nas ambições anunciadas. Para alcançar a descarbonização do transporte rodoviário em países como Brasil, China, Índia, Indonésia, México e África do Sul, será necessário fortalecer as políticas existentes e introduzir novas medidas inovadoras. Identifica seis áreas políticas críticas e oferece recomendações para fortalecer o financiamento do setor, destacando boas práticas e medidas já implementadas em outras economias emergentes. (IEA – Agosto de 2023)
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IRENA: Redução do preço de energias renováveis é maior do que a de combustíveis fósseis em 2022

Segundo o “Renewable Power Generation Costs in 2022”, relatório anual sobre o custo da produção de energia renovável publicado pela Agência Internacional para Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês), o custo das energias renováveis continuou caindo em 2022, apesar da inflação e do aumento dos preços dos materiais e equipamentos. Somente os custos da energia eólica offshore e da energia hidrelétrica aumentaram 2% e 18% respectivamente. Isso aconteceu, em parte, pela menor participação chinesa na implementação de eólicas offshore e “aos excessos de custos em um conjunto de grandes projetos hidrelétricos”, diz a nota à imprensa. “O ano de 2022 foi um ponto de virada na implantação de energias renováveis”, diz Francesco La Camera, diretor-geral da Irena, na nota à imprensa. “Sua competitividade nunca foi tão grande, apesar da persistente inflação dos custos das matérias-primas e equipamentos no mundo todo.” Cerca de 86% (187 gigawatts) de toda a capacidade renovável encomendada em 2022 teve custos mais baixos do que a eletricidade produzida a partir de combustíveis fósseis. (Valor Econômico - 30.08.2023)
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GWEC: Eólica offshore bate recorde global em 2022

O relatório Global Offshore Wind Report 2023, publicado pelo Global Wind Energy Council (GWEC), destaca que a indústria eólica offshore global teve o segundo melhor ano em termos de nova capacidade em 2022, com 8,8 GW conectados à rede mundialmente. O relatório projeta a construção de 380 GW em nova energia eólica offshore até 2032, com quase metade desses projetos concentrados na região Ásia-Pacífico. A Austrália lidera com mais de 50 GW identificados. O relatório enfatiza a necessidade de colaboração global para superar desafios regulatórios e de cadeia de abastecimento, e aponta os riscos políticos e regulatórios que afetaram previsões de curto prazo na Europa e América do Norte. No Brasil, o relatório destaca o potencial de 700 GW em locais de até 50 metros de profundidade, enfatizando a importância da regulamentação adequada e estratégica para a indústria eólica offshore no país. (Canal Energia – 29.08.2023)
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UE: Recorde de importação de GNL da Rússia

Países da União Europeia (UE) estão importando volumes recordes de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, segundo levantamento do ONG Global Witness. O relatório mostrou que, entre janeiro e julho deste ano, países da UE compraram 40% a mais de GNL do que no mesmo período de 2021 – antes do início da guerra na Ucrânia. A alta das compras pela UE de GNL russo foi maior do que o aumento na média global, de 6% durante o mesmo período, segundo a Global Witness. O volume maior foi favorecido por uma base de comparação baixa, já que, até a guerra, grande parte do gás russo vendido para a Europa era encanado. A situação mudou depois que Moscou fechou o fornecimento deste tipo de gás como forma de pressionar países europeus a reduzir sanções impostas pela invasão da Ucrânia. A alta nas vendas de GNL acontecem no momento em que o bloco estabeleceu a meta de acabar com o consumo de combustíveis fósseis russos até 2027. (Valor Econômico - 30.08.2023)
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China: Aprovação para construção de novas usinas termelétricas a carvão

A China vem aprovando a construção de novas usinas termelétricas movidas a carvão em ritmo recorde, gerando temores de afastamento da meta de se tornar neutra na emissão de gases de efeito estufa até 2060, segundo levantamento do Monitor Global de Energia (GEM, na sigla em inglês) com o Centro de Pesquisa para Energia e Ar Limpo (CREC, na sigla em inglês). O levantamento mostrou que no primeiro semestre de 2023 as autoridades chinesas aprovaram a construção de usinas que juntas podem produzir 52 GW, iniciaram a construção de mais 37 GW em capacidade produtiva e retomaram projetos que juntos podem adicionar mais 8 GW à rede elétrica do país. O grande ritmo de produção de novas usinas movidas a carvão é uma tendência chinesa desde 2022, quando o país aprovou a produção de 106 GW em capacidade de produção de energia via termelétricas. (Valor Econômico - 29.08.2023)
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Nacional

GESEL na mídia: Agenda verde carece de visão estratégica do governo federal, afirma Nivalde de Castro

O Plano de Transformação Ecológica do governo, foco da equipe econômica no Congresso nos próximos meses, tem recebido bastante atenção nas últimas semanas. Especialistas alertam, porém, que essa agenda carece de uma coordenação mais forte e alinhada para sair do papel, por ser muito ampla, envolver diversos ministérios e, consequentemente, diversos interesses. O Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (GESEL), Nivalde de Castro, aponta que "há em curso um esforço muito grande, ainda que descoordenado, para alinhar o Brasil com o movimento mundial de transição energética. As iniciativas estão indo na direção certa, mas estão descoordenadas. Cada projeto é como se fosse parte de uma orquestra. Está faltando um maestro”. Castro afirma que falta uma “visão estratégica do governo federal” para alinhar as dezenas de projetos, que incluem regulamentação do mercado de carbono e combustíveis sustentáveis. Ele ressalta que uma ação mais coordenada, sobretudo da Casa Civil, é importante porque as medidas vão despertar conflitos de interesses divergentes, sobretudo econômicos. Ele reforça, porém, a importância das medidas, com destaque para o hidrogênio verde, um combustível limpo obtido por meio de um processo químico conhecido como eletrólise. “O hidrogênio é o mais importante para as metas de descarbonização”, afirma. Já há textos no Congresso sobre esse tema e o governo pretende aproveitá-los, bem como o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), do MME. (Estadão - 25.08.2023)
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Artigo GESEL: "Lições do “apagão” frente à expansão das fontes renováveis no Brasil"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Alessandra Amaral (Consultora do GESEL e ex-diretora da Energisa e Light) e Roberto Brandão (Pesquisador Sênior do GESEL-UFRJ) partem do recente apagão para tratar dos desafios que se colocam para o SEB e em especial para o ONS, com o cenário em que eólica e solar irão representar 93% dos 129,5 GW de acréscimo na capacidade de geração do país com entrada em operação prevista para o período entre 2023 e 2029. Segundo os autores, "há uma certeza, a de que inovações regulatórias precisam ser adotadas para acolher o inevitável e desejável crescimento das fontes renováveis no país, de modo a manter a sua posição exemplar na geração, transmissão e distribuição de uma energia limpa e segura. E nesta direção as usinas hidrelétricas reversíveis terão um papel relevante". (GESEL-IE-UFRJ – 04.09.2023)
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Artigo de Cristhine Samorini e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira: "Brasil tem o gás para seu crescimento"

Em artigo publicado no Valor Econômico, Cristhine Samorini, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), abordam a questão da reinjeção do gás natural no Brasil. Para os autores, o país tem o "potencial de triplicar a oferta nacional de gás natural no horizonte 2030. No cenário que considera a redução da reinjeção para níveis técnicos, ou seja, somente o volume necessário para garantir a especificação do gás natural, teríamos a oportunidade de adicionar em torno de 30 milhões de metros cúbicos do energético diariamente na oferta". Além disso, os autores sublinham que a estagnação da oferta de gás natural retarda a transição energética da indústria brasileira: "Em outras palavras, o aprisionamento do gás natural nos reservatórios aumenta o CO2 emitido pelo país nas atividades industriais". Por fim, os autores apontam que com a ampliação da oferta e demanda pelo gás natural no país, torna-se necessário uma adequação do preço do produto: "Nesse ponto, não faz sentido persistir com a Paridade de Preço Internacional (PPI) para o gás natural cujo único destino é o mercado nacional. Preço esse que, por sinal, pode chegar até dez vezes um preço de referência de molécula no Brasil, conforme dados públicos e chega até três vezes o preço do gás natural, considerando todas as variáveis que compõem o preço final ao consumidor - transporte, distribuição e impostos". (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2023)
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CIBiogás: Expansão do biogás e do biometano

Um levantamento realizado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás) revelou que 114 novas unidades de biogás entraram em operação no Brasil em 2022, representando um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Atualmente, o país possui 936 plantas de biogás, das quais 885 estão em operação, produzindo cerca de 2,8 bilhões de metros cúbicos de biogás por ano com aproveitamento energético. O destaque foi para a produção de biometano, que registrou um aumento de 82% no número de unidades em operação. O biometano é uma fonte renovável que pode substituir o gás natural e o diesel, especialmente em veículos pesados, contribuindo para a redução das emissões de carbono. O setor agropecuário é apontado como um dos principais impulsionadores do crescimento do biogás no Brasil. (Valor – 04.09.2023)
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Transição energética aquece a corrida por insumos estratégicos

O aumento da demanda mundial por energia limpa está acelerando os investimentos na exploração de jazidas dos chamados minerais críticos ou estratégicos no Brasil. Nos próximos cinco anos, o país deve investir aproximadamente US$ 8 bilhões nos principais minerais estratégicos, segundo Júlio Nery, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). É um avanço natural, aponta Vitor Saback, secretário nacional de geologia, mineração e transformação mineral do MME. “O Brasil tem subsolo rico e grandes chances de ser um dos principais fornecedores de metais como cobre, níquel, cobalto, lítio e elementos de terras raras”, diz ele. “Possui grandes reservas dos principais minerais necessários para transição energética e energia limpa e renovável capaz de implementar um processo verde de produção”, salienta. O lítio, por exemplo, usado para fazer baterias - desde as pequenas para celulares até as de carros e ônibus -, é considerado um metal estratégico devido à sua crescente demanda mundial. O Brasil já se destaca como o quinto maior produtor, com reservas estimadas em 1 milhão de toneladas. (Valor Econômico - 29.08.2023)
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Vale do Lítio aguarda pelas promessas de mais prosperidade

Considerado essencial para a transição energética e para atender a indústria de tecnologia na fabricação de baterias, ligas metálicas, cerâmica e vidro e na produção de fármacos, o lítio chegou em novembro à cotação recorde de US$ 84 mil por tonelada. No Brasil, um dos países com maior potencial de extração, retirou da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o controle sobre o mineral em julho de 2022, liberando sua exportação e as de seus derivados. Esses fatores geraram uma corrida de projetos para exploração na região batizada pelo governo de Minas Gerais como Vale do Lítio, composta por 14 cidades do médio Vale do Jequitinhonha. A área reúne cerca de 45 depósitos do mineral, segundo estudos do Serviço Geológico do Brasil. Para o governo mineiro, a região pode se desenvolver com a exploração. “Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, disse o governador Romeu Zema em maio, no lançamento do Vale do Lítio. O governo mineiro afirma que já foram confirmados investimentos de mais de R$ 5 bilhões para a região, com potencial de criar mais de 3.000 empregos. As projeções até 2030 situam-se entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões em investimentos. Os interessados incluem as nacionais Sigma Lithium e Companhia Brasileira de Lítio (CBL), a americana Atlas Lithium, a australiana Latin Resources, a canadense Lithium Ionic e a holandesa AMG Critical Materials, que já opera como AMG Brasil no limite dos municípios de Nazareno e São Tiago. (Valor Econômico - 29.08.2023)
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Intermitência das fontes renováveis desafia órgãos do setor elétrico

O caráter intermitente das fontes de energia eólica e solar (fotovoltaica), que lideram os novos projetos de geração até 2029 no Brasil, desafia os órgãos do setor elétrico a buscarem novas estratégias para evitar falhas no fornecimento. O ONS garante que investe na qualificação do corpo técnico e na atualização de equipamentos e softwares para lidar com a nova realidade do setor. “Nosso grande desafio é ter previsão de uma coisa que não se controla, que não tem um botãozinho de liga e desliga, e que na maioria das vezes seguem as leis da natureza”, afirma o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi. Luiz Augusto Barroso, presidente da consultoria PSR, destaca que o fator de intermitência das fontes renováveis exige que o ONS tenha “capacidade de dar resposta rápida à variação horária ou infra-horária da produção e consumo”. Segundo ele, isso possibilita o “balanceamento e regulação de frequência” que a rede de transmissão demanda. Para Barroso, as hidrelétricas ainda podem contribuir com o funcionamento seguro da rede de transmissão, oferecendo o que os técnicos do setor chamam de “reserva operativa” e “inércia”. Porém, as usinas têm perdido “flexibilidade” de operação por ter que atender outros setores, como navegação, irrigação e turismo. (Valor Econômico - 28.08.2023)
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Abraceel: Fontes solar e eólica serão 93% da energia nova até 2029

A expansão da geração de energia elétrica no Brasil seguirá sendo puxada pelos projetos de usinas eólica e solar (fotovoltaica) nos próximos anos. Dados de julho indicam que as duas fontes representam 93% dos 129,5 GW de acréscimo na capacidade de geração do país, com entrada em operação programada entre 2023 e 2029. Estes empreendimentos somam investimentos de R$ 424 bilhões. De acordo com levantamento da Abraceel, entidade que representa as comercializadoras de energia, as usinas eólicas e solar aumentaram este ano a participação no conjunto de novos projetos em 11 pontos percentuais em relação ao ano passado. Os investidores do mercado livre, onde os grandes consumidores podem escolher de quem comprar energia, respondem por 92% dos projetos que serão concluídos até 2029. (Valor Econômico - 28.08.2023)
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Pré-sal tem óleo de baixa emissão, dizem especialistas

O uso de combustíveis fósseis tem sido um dos temas de debate frente ao curto horizonte de tempo para corte de emissões. Para especialistas da área energética, um aspecto que tem sido considerado é que a exploração e produção no pré-sal pode ser um caminho para viabilizar os elementos da transição pelo baixo teor de carbono das reservas. O presidente do IBP, Roberto Ardenghy, diz que o petróleo do pré-sal é um dos mais descarbonizados do mundo, o que pode ser um fator positivo no mercado global da commodity. Ele acrescenta que enquanto o Canadá produz petróleo com emissão média de 70 kgCO2eq/barril, o Brasil extrai do pré-sal um óleo com lançamento médio de 11 kgCO2eq/barril. “À medida que a Petrobras produz um petróleo mais descarbonizado, ela pode deslocar petróleos mais carbonizados no mercado. É uma oportunidade". Para o ex-diretor-geral da ANP David Zylberstajn, a transição energética que se desenha será diferente do que se previu: “Isso [a transição energética] vai durar mais do que se imaginava em um primeiro momento.” Para ele, os analistas “erraram feio” nas previsões e as elevadas cotações do petróleo no mercado internacional beneficiam um avanço das energias alternativas aos fósseis, de modo que se possa usar “energia suja finita” para transformar o Brasil num país “com energia limpa e perene”. (Valor Econômico - 01.09.2023)
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EPE: Emissões brasileiras no consumo de energia caem 5% em 2022

As emissões de GEE associadas à produção e consumo de energia no Brasil caíram 5% no ano passado em comparação com 2021, mostra o Boletim Energético Nacional (BEN) elaborado pela EPE. Em 2022, a matriz energética brasileira atingiu 423 milhões de toneladas de CO2 equivalente, a maior parte vinda do setor de transportes, que emitiu 210 MtCO2eq. Nos últimos dez anos, o setor avançou mantendo suas emissões de efeito estufa sob controle. Os dados da EPE apontam que em 2013 chegaram a 53 milhões de toneladas de dióxido de carbono, atingiram o pico em 2014, com 71 milhões, e caíram para 22 milhões de toneladas no ano passado. Em 2021, quando na crise hídrica as térmicas a gás natural chegaram a responder por 30% da geração de eletricidade do país, ficaram em 55 milhões de toneladas. (Valor Econômico - 31.08.2023)
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Brasil ocupa a sexta posição no ranking de capacidade instalada de energia eólica

O Brasil hoje está em sexto lugar no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica onshore (terra), com 26 GW. Em 2012, o país estava em 15º lugar. Com ventos contínuos e intensos, as usinas eólicas nordestinas chegam a operar em boa parte do tempo com fator de capacidade superior a 60%, o dobro da média mundial. As instalações eólicas até junho de 2023 foram de 2,3 GW, representando 44,5% das adições à matriz elétrica nacional. Segundo dados da Aneel, 153 parques eólicos estão em construção atualmente no Brasil, com potência projetada de 6 GW. “A demanda da eólica é forte no Brasil nos próximos cinco a seis anos”, diz Alexandre Negrão, presidente da Aeris, fornecedora de equipamentos para o setor. (Valor Econômico - 31.08.2023)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Artigo Ensaio Energético: Oportunidades e desafios para transição energética através da eletrificação da economia

O artigo aborda o desafio da transição energética para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) através da eletrificação da economia. A difusão de fontes renováveis na geração elétrica está impulsionando essa transição, prevendo-se uma descarbonização da matriz elétrica e maior participação da eletricidade verde, chegando a 50-60% do suprimento energético global até 2050. Nos setores de transporte pesado, veículos elétricos e combustíveis sintéticos ganham destaque, enquanto na construção civil e na indústria, a eletrificação verde é crucial para reduzir emissões. Superar desafios técnicos, como a produção de calor em temperaturas elevadas, será essencial, exigindo políticas sofisticadas e colaboração entre setores público e privado na transição energética brasileira. (Ensaio Energético – 05.09.2023)
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Os carros elétricos atingem um marco decisivo em 5 novos países

Um estudo da Bloomberg Green analisou as taxas de adoção global de veículos elétricos (VEs) e revelou que 5% de participação nas vendas totais de automóveis é o ponto de inflexão para a adoção em massa dessa tecnologia. No final de 2022, cinco novos países, incluindo Canadá, Austrália, Espanha, Tailândia e Hungria, juntaram-se aos Estados Unidos, China e países europeus nesse grupo. A partir desse ponto, a trajetória de 5% para 25% de participação de mercado para os VEs leva apenas quatro anos, em média. O estudo também menciona que atingir 10% de vendas combinadas de carros elétricos e híbridos plug-in marca o início da massificação desses veículos, e os EUA, Canadá e Austrália estão próximos desse marco. A análise destaca as diferentes dinâmicas de adoção de VEs em todo o mundo e prevê que as vendas de veículos plug-in tripliquem até 2027. (InsideEVs – 29.08.2023)
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Brasil/ABVE: VEs ganham tração no mercado brasileiro

Números da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) mostram que os VEs vêm ganhando tração no mercado brasileiro. Em julho deste ano, os emplacamentos de veículos eletrificados representaram 3,5% do total, com um aumento de 87% em relação à participação de 1,9% no ano passado. Neste sentido, ampliar a circulação de veículos com menos pegada de carbono é relevante para o Brasil cumprir o compromisso assumido no Acordo de Paris de reduzir emissões de CO2 em 50% até 2030 em relação a 2005. A meta é um desafio, porque o setor de transportes é o quarto maior emissor de CO2 no país, respondendo por mais de 13% das emissões totais no território nacional. O processo de descarbonização, no entanto, está caminhando. Circulam pelas ruas brasileiras mais de 200 modelos elétricos e híbridos, que contam com recarga em eletropostos públicos de 3,5 mil equipamentos. Também consta na agenda governamental incluir infraestrutura adequada nas rodovias para recarga de VEs nas próximas concessões ao setor privado, de acordo com o Ministério dos Transportes. (Valor Econômico - 31.08.2023)
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BYD: Elevada demanda por VEs transforma montadora em uma das maiores do mundo

A chinesa BYD juntou-se às dez maiores empresas de automóveis do mundo em vendas pela primeira vez, ultrapassando Mercedes-Benz e BMW, num sinal de como os VEs estão remodelando a indústria automotiva. As vendas globais de veículos novos da BYD cresceram 96% no ano, para 1,25 milhão de automóveis no primeiro semestre de 2023, colocando-a em 10º lugar, atrás da japonesa Suzuki Motor, mostram dados da empresa de pesquisa MarkLines e das montadoras. A montadora chinesa, que parou de fabricar carros movidos a gasolina em 2022, ficou em 16º lugar em vendas no ano passado e nem chegou ao top 20 em 2021. A BYD conquistou mais participação de mercado ao expandir sua linha tanto de baixo quanto de alto padrão, com foco em VEs e híbridos plug-in. (Valor Econômico - 28.08.2023)
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Montadoras buscam parcerias para suprimento de minerais críticos para VEs

O aquecimento do mercado de VEs tem levado as montadoras a buscarem alternativas de suprimento de minerais críticos. Com isso, a Stellantis expandiu para até 65 mil toneladas anuais o contrato para a compra de hidróxido de lítio monoidratado, assinado junto à CTR em 2022. “Hoje, temos parcerias para garantir um fornecimento estável de materiais importantes para um futuro eletrificado”, diz Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul. A Stellantis não é a única. Desde 2021, a GM fechou acordo de fornecimento com a CTR e também com a americana Livent, para ter acesso à produção de lítio na América do Sul. E em janeiro deste ano, fechou novo investimento de US$ 650 milhões, desta vez com a canadense Lithium Americas, para o desenvolvimento da mina Thacker Pass, em Nevada. A Ford, por sua vez, fez acordos com a chilena SQM, com a americana Albermale e com a canadense Nemaska Lithium. Na Europa, a Renault tem um contrato com a Vulcan Energy para compra de um volume entre 6 e 17 mil toneladas métricas anuais de lítio, com entregas previstas a partir de 2026. (Valor Econômico - 29.08.2023)
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EUA: Incentivo de US$ 12 bilhões para fábricas produzirem carros elétricos e conectados

Os Estados Unidos anunciaram um plano de investimento de US$ 12 bilhões para a indústria automotiva, visando promover o desenvolvimento de veículos avançados e tecnologias sustentáveis. O plano oferecerá subsídios e incentivos fiscais para empresas envolvidas no desenvolvimento de veículos elétricos, híbridos e inovações automotivas. Além de fortalecer a competitividade da indústria automotiva dos EUA globalmente, o objetivo é reduzir as emissões de carbono e promover energias renováveis. A iniciativa busca impulsionar a pesquisa, criar empregos de alta qualidade e fomentar a colaboração entre fabricantes e fornecedores. A medida foi bem recebida pelas montadoras e empresas de tecnologia, embora alguns críticos questionem a distribuição justa e transparente dos fundos para beneficiar tanto grandes empresas quanto startups que contribuem para a inovação na mobilidade. (InsideEVs – 31.08.2023)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Artigo GESEL/AHK: Financiamento nacional para o desenvolvimento da cadeia de produção do hidrogênio renovável

Foi publicado novo artigo GESEL no Portal de Hidrogênio Verde da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK). O texto, assinado por Nivalde José de Castro (Coordenador do GESEL), Luiza Masseno Leal (Pesquisadora Plena do GESEL) e Vinícius José da Costa (Pesquisador Jr. do GESEL) é intitulado “Financiamento nacional para o desenvolvimento da cadeia de produção do hidrogênio renovável”. Segundo os autores, “a priorização do financiamento, como evidenciado no PNH2, e a participação ativa de instituições públicas financeiras, com destaque para o BNDES, serão cruciais para impulsionar a promissora indústria do hidrogênio, abrangendo todas as fases da sua cadeia produtiva”. (GESEL-IE-UFRJ – 04.09.2023)
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Brasil: Um dos únicos países que poderá oferecer H2V a um custo inferior a US$ 1/kg até 2030

O hidrogênio verde desponta nos próximos anos como uma das principais promessas de energéticos para a descarbonização da economia. Com uma matriz em que renováveis como hidrelétricas, solares e eólicas respondem por mais de 80% da eletricidade gerada, o Brasil desponta como potencial força no mapa geopolítico energético mundial. A competitividade do país em energia renovável pode conferir uma vantagem na produção de hidrogênio verde, porque o custo da energia renovável é de 70% do custo da produção do energético. Estudo da BloombergNEF projeta o país como um dos únicos capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo até 2030. O Brasil pode se tornar um dos maiores produtores mundiais devido ao baixo custo de seus recursos naturais e de sua rede de energia limpa e integrada, que exigem menor investimento em bens de capital. Para completar esse cenário favorável, a demanda doméstica por hidrogênio verde pode representar cerca de 60% da oferta total de energia, segundo estudo da McKinsey. Isso cria um mercado adicional potencial de até US$ 5 bilhões e US$ 20 bilhões em 2030 e 2040, respectivamente. Como combustível e matéria-prima industrial, o hidrogênio verde contribuirá para descarbonizar a matriz energética mundial. (Valor Econômico - 31.08.2023)
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Brasil/MME: Projeto de Lei do Hidrogênio é apresentado ao Comitê Gestor do PNH2

O Projeto de Lei (PL) do Hidrogênio foi apresentado, na terça-feira (29/08), pelo MME ao Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges PNH2). A expectativa é que o texto esteja pronto em um mês para ser enviado ao Congresso Nacional. Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o hidrogênio de baixa emissão de carbono é uma nova agenda de desenvolvimento econômico, social e ambiental do país. “Estamos falando de maior segurança energética, novas oportunidades e empregos, descarbonização da indústria e dos transportes, que ajudarão a criar um mercado internacional desse vetor da ordem de bilhões de dólares. O Programa Nacional do Hidrogênio também é um marco fundamental na estratégia do Brasil para liderar a transição energética no mundo”, afirmou o ministro. Esta é a primeira reunião de discussão da minuta do projeto de lei. A ideia do comitê é seguir a discussão dessa versão inicial do PL durante as reuniões semanais para elaboração do documento. “Durante o mês de setembro, pretendemos fechar o texto e esperamos que tenha um consenso no âmbito governamental”, destacou o secretário substituto da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento (SNTEP) do MME, Leandro Albuquerque. (MME - 29.08.2023)
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UE: Banco Europeu de Hidrogênio publica termos e condições para próximo leilão de hidrogênio

A Comissão publicou os Termos e Condições (T&C) para o seu leilão piloto dedicado à produção europeia de hidrogênio renovável. O leilão será financiado pelo Fundo de Inovação sob o amparo do Banco Europeu de Hidrogênio e está previsto para ser inaugurado em 23 de novembro de 2023. O leilão atribuirá até 800 milhões de euros a produtores de hidrogénio renovável no Espaço Económico Europeu (EEE). O apoio assumirá a forma de um prêmio fixo em euros/kg de hidrogênio renovável produzido ao longo de dez anos de operação, visando assim a diferença entre os custos de produção e a disponibilidade de pagamento da procura. (Comissão Europeia - 30.08.2023).
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Brasil/Aneel: GD já representa 11% de toda energia gerada

A geração de eletricidade pelos próprios consumidores, por meio da geração distribuída (GD), alcançou 23 GW de capacidade instalada em agosto, segundo dados da Aneel. Com o uso de painéis solares, estes consumidores reúnem 11% de toda a geração do país (210,7 GW). Com incentivo financeiro à disposição, a GD assumiu o posto de terceira maior fonte de geração do país, atrás das hidrelétricas, com 52%, e da geração eólica, com 13%. Esta expansão colocou um ingrediente a mais à complexidade para operação do sistema, que já conta com o desafio de gerir geração intermitente dos parques de energia eólica e solar. Questionado na semana passada sobre como lidar com a GD no sistema, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, disse que é percebida uma mudança recorrente no “perfil de carga”. “Nós precisamos calcular a carga líquida, que é a diferença entre o que está sendo consumido e o que está sendo injetado pela geração distribuída”, afirmou Ciocchi. (Valor Econômico - 29.08.2023)
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Brasil/TSE: Defesa de investimentos em segurança cibernética

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu investimentos do Poder Judiciário em segurança digital e em tecnologia da informação para prevenir, combater e responsabilizar ataques eletrônicos a sistemas e dados de instituições. Para Moraes, atacar a segurança dos tribunais superiores é atacar a soberania nacional, contexto agravado pelo fato de que – conforme também salientou – na América Latina houve 75% de aumento no número de ataques cibernéticos às instituições. Por isso, o ministro reiterou que o investimento em segurança cibernética deve contemplar as vertentes de prevenir os ataques e de responsabilizar os respectivos autores, passando também pelo treinamento de equipes. (TSE - 28.08.2023)
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UE: As prioridades de pesquisa e inovação energética definidas para 2025-2028

A Europa revelou sua agenda de pesquisa e inovação energética para o período de 2025-2028, com um orçamento estimado de cerca de 1,1 bilhão de dólares. O plano abrange 19 "conceitos de projetos prioritários" (PPCs) para entrega a partir de 2024, juntamente com 13 PPCs adicionais previstos para o ano seguinte. Esses PPCs são agrupados em "casos de uso de alto nível" e definem as necessidades mais urgentes de pesquisa e inovação (I&I) para alcançar um sistema energético neutro em carbono até 2050, enfocando a eletrificação, eficiência energética, energias renováveis, redes inteligentes e acoplamento setorial de energia. Mais planos de implementação de I&I estão planejados até 2030. (Smart Energy – 25.08.2023)
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Centrais Elétricas Virtuais (VPPs) e aplicações em edifícios comerciais

As Centrais Elétricas Virtuais (VPPs) surgem como uma solução para lidar com a intermitência das energias renováveis, possibilitando que edifícios comerciais contribuam para uma fonte de energia mais sustentável e confiável. Os edifícios comerciais consomem consideráveis quantidades de energia devido a sistemas como refrigeração, aquecimento, iluminação e computadores. Os VPPs reúnem múltiplas fontes de energia, como painéis solares e baterias, criando uma rede flexível que pode ser controlada de acordo com a demanda, aproveitando energia barata e abundante, e fornecendo energia de volta à rede quando necessário. Isso minimiza os riscos da dependência de fontes de energia sensíveis, tornando possível uma solução de energia inteligente e econômica para edifícios comerciais e a transição para uma fonte de energia mais verde. (Smart Energy – 25.08.2023)
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Reino Unido/Cornwall Insight: Medidores inteligentes são essenciais para flexibilidade da rede elétrica

Uma pesquisa da Cornwall Insight revelou que uma flexibilidade residencial, impulsionada por medidores inteligentes, poderia resultar em reduções significativas no pico de consumo de energia, equivalente à capacidade de quatro novas usinas de gás. A investigação enfoca o potencial de benefícios para famílias individuais, o sistema energético nacional e o meio ambiente. Medidores inteligentes podem reduzir o consumo de pico em 3 GW, resultando em economia anual de £ 14,1 bilhões até 2040 para consumidores e o sistema energético. A liberdade permitida por esses medidores também poderia economizar 52% nos custos atacadistas de eletricidade para famílias com ativos inteligentes até 2040. Além disso, a economia de carbono aumenta em 45% com a participação da flexibilidade das famílias. (SmartGrid - 25.08.2023)
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Impactos Socioeconômicos

Brasil/Cebds: País foi responsável por 12% do total de créditos de carbono em 2021

A gerente de clima do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Letícia Lorentz, diz que em 2021 o mundo emitiu 380 milhões de créditos de carbono (cada crédito corresponde a uma tonelada de CO2eq). O Brasil respondeu por 12% do total, concentrados em energia e uso do solo, como agricultura e floresta, contra 3% em 2019. A natureza jurídica e tributária do crédito regulado está em pauta. “A tendência é um ativo fungível do mercado de capitais, com tributação de renda variável”, avalia Carlos Takahashi, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O diretor de economia e inteligência setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Luciano Rodrigues, defende alguma compatibilização com o modelo adotado do programa Renovabio e isonomia tributária com os Cbios, créditos que correspondem a toneladas de CO2 não emitidas e são pagos pelas distribuidoras de combustíveis fósseis. (Valor Econômico - 31.08.2023)
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Brasil/Abrasca: Pauta verde e climática é importante na atração de investimentos

O presidente do conselho de administração da Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Luis Henrique Guimarães, afirmou que "ter atividade para descarbonização é [fator] fundamental no sucesso de produtos de serviço de todas as empresas". Conforme Guimarães, "a pauta verde e climática para os negócios é muito importante na atração de investimentos nacionais e estrangeiros". O Brasil, apontou o executivo, exibe um potencial "gigante" para a atração de investimentos ligados aos temas ESG devido à grande biodiversidade, à matriz energética limpa e renovável, além dos recursos naturais. Guimarães ressaltou ser muito importante o Brasil participar dos movimentos globais de padronização dos temas de sustentabilidade. "Acho que é muito importante o Brasil participar e influenciar toda essa normatização que vem acontecendo, porque há iniciativas que beneficiam competitivamente outros países e não beneficiam o que o Brasil tem de mais importante como nossa capacidade incrível de gerar crédito de carbono". (Valor Econômico - 23.08.2023)
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Perspectivas de investimentos em minerais estratégicos entre 2023 e 2027

A indústria mineral programa investimentos de US$ 50,4 bilhões no Brasil entre 2023 e 2027 e esse valor, o maior em uma década, está aquém do potencial de recursos que o país pode atrair. Lideranças setoriais calculam que os investimentos podem dobrar, chegar à casa dos US$ 100 bilhões em próximos períodos quinquenais. “Estamos diante de uma enorme janela de oportunidades. Cabe ao Brasil saber aproveitá-la”, diz Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). As oportunidades estão relacionadas à expansão exponencial do consumo de minerais classificados como estratégicos para a transição energética por meio do uso de fontes renováveis como energia eólica e solar fotovoltaica e VEs. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que nos próximos 20 anos, para atender a essa demanda, a produção de lítio deverá crescer mais de 40 vezes, e a necessidade de níquel, cobalto e grafite vai ser entre 20 e 25 vezes maior do que a atual. O mercado global de minerais críticos pode saltar de US$ 320 bilhões para US$ 1 trilhão já em 2030. (Valor Econômico - 29.08.2023)
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Eventos

Financiamento e Investimento Mundial em Hidrogênio

Com o mercado de produção de hidrogênio estimado para crescer a uma taxa anual de 9,2% até 2030, há uma urgente necessidade de financiamento e investimento em hidrogênio de baixo carbono para impulsionar a transição para fontes menos dependentes de combustíveis fósseis. O evento online explorará como os investidores e financiadores podem desempenhar um papel crítico na transição energética do hidrogênio, investigando fatores para alcançar a viabilidade financeira e decisões de investimento, bem como o apoio governamental necessário para criar estruturas de mercado e mecanismos de mitigação de riscos. Acontecerá em 6 de setembro de 2023, com sessões abordando navegação e proteção do financiamento de projetos de hidrogênio em diferentes partes do mundo e estudos de caso específicos, seguidos de perguntas e respostas sobre esses estudos. 
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Cuiabá vai sediar o primeiro Encontro Nacional de Inovação das Indústrias de Bioenergia

A FS, uma das principais produtoras de etanol e nutrição animal no Brasil, estará presente no Bioenova - Encontro Nacional de Inovação das Indústrias de Bioenergia. O evento visa reunir produtores rurais, empresários e especialistas para discutir temas relacionados à sustentabilidade e inovação nas áreas industrial e agrícola, além de abordar questões de bem-estar e segurança no trabalho. A participação da FS inclui palestras sobre a importância da biomassa na matriz energética e o papel dos biocombustíveis na economia circular, bem como a presença em painéis de sustentabilidade. O evento acontecerá em Cuiabá, Mato Grosso, nos dias 24 e 25, com diversas sessões abordando tópicos como renovabio, tecnologias para redução de pegada de carbono, gestão de riscos elétricos e perspectivas para profissionais da área de SSMA, entre outros. (Petronotícias – 24.08.2023)
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A evolução do mercado de Hidrogênio Verde – H2V no Brasil

No dia 19 de setembro de 2023, o Instituto de Engenharia sediará o evento "A Evolução do Mercado de Hidrogênio Verde - H2V no Brasil". Este evento será híbrido, oferecendo participação tanto presencialmente no endereço Av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana, São Paulo, quanto online por meio do canal do Instituto de Engenharia no YouTube. O evento abordará as diversas facetas do Hidrogênio Verde (H2V), com enfoque nas implicações técnicas e econômicas, incluindo considerações sobre políticas ESG, energias alternativas e descarbonização. A programação abrangente incluirá painéis com especialistas que explorarão tópicos relevantes para o mercado brasileiro de H2V.
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5º Webinário Internacional de Certificação de Hidrogênio: Procedimentos de Certificação para empresas brasileiras

O último workshop da série de Workshops Internacionais de Certificação de Hidrogênio, programado para 20 de setembro de 2023, abordará os desafios enfrentados pela indústria brasileira na busca pela certificação de hidrogênio para atendimento ao mercado internacional. Este evento é uma iniciativa do projeto H2Brasil, parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e pelo Ministério de Minas e Energia, com financiamento do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O workshop será transmitido ao vivo pelo Canal AHK RIO no YouTube.
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IEA: Reforma dos mercados de energia na China para acelerar a transição para energia limpa

Este webinar, agendado para o dia 13 de setembro de 2023, das 09h30 às 11h30, horário de Paris, discutirá as reformas necessárias nos mercados energéticos da China à medida que as energias renováveis, como eólica e solar, ganham mais importância. Serão exploradas possíveis inspirações da proposta de reforma do mercado de eletricidade da União Europeia e como novas entidades podem ser integradas para aproveitar recursos de flexibilidade. Além disso, serão abordados instrumentos de mercado e medidas regulatórias para lidar com desafios como volatilidade de preços e mudanças em sistemas baseados em energias renováveis. A troca internacional de conhecimentos desempenha um papel crucial na orientação dessas reformas na China.
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