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IFE
26/07/2023

IFE 5.770

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Leonardo Gonçalves, Maria Luísa Michilin, Sofia Paoli e Vinícius José

IFE
26/07/2023

IFE nº 5.770

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Leonardo Gonçalves, Maria Luísa Michilin, Sofia Paoli e Vinícius José

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IFE 5.770

Regulação

Artigo GESEL: Análise das propostas de política pública do Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável

O surgimento de uma indústria nascente como do Hidrogênio renovável (Verde) no Brasil suscita instrumentos de políticas públicas para dar competitividade. Para contribuir com estas definições o GESEL publicou artigo no Broadcast Energia da Agência Estado de São Paulo, dia 20 de julho, analisando proposta formulada por três associações – ABEÓLICA, ABSOLAR e ABIOGÁS em documento intitulado Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável.
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Artigo de Jerson Kelman e Gabriel Moreira Pinto: "Distribuidoras de energia: lucros ou riscos excedentes?"

Em artigo publicado no Valor Econômico, Jerson Kelman, ex-Diretor-Geral da Aneel, CEO da Light e Interventor na Enersul, e Gabriel Moreira Pinto, mestre em Administração de Empresas pela Yale University, abordam o cenário do segmento de distribuição de eletricidade brasileiro. Inicialmente, os autores sublinham que nos últimos anos, 21 das 53 distribuidoras enfrentaram questões financeiras. Tal instabilidade seria resultado da eficiência da gestão e a capacidade econômico-financeira de cada grupo, mas também do modelo regulatório e o contexto econômico, político e institucional. Os autores também indicam que o furto de energia compromete a performance das distribuidoras: "cada residência irregular gera, em média, de R$ 5.000 a 15.000 de receitas perdidas a valor presente. Segundo a Aneel, apenas em 2022, o custo do furto de energia no país foi da ordem de R$ 8,7 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões absorvidos pelas distribuidoras". Por fim, os autores frisam que o histórico de quebras revela que não é trivial manter uma distribuidora equilibrada no Brasil, quanto mais obter rendimentos superiores aos esperados. Dessa forma, "tão importante quanto investigar os drivers de rentabilidade, é investigar os riscos associados à estrutura das concessões. Com uma visão ampla, será possível preparar o arcabouço contratual e regulatório para dar respostas às grandes questões do setor".
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Transição Energética

Inteligência artificial reduz desperdício na distribuição

A IA tem sido aplicada no setor para redução de custos com energia elétrica, otimização de despesas operacionais e previsibilidade de eventos que podem influenciar a quantidade e qualidade do abastecimento. O potencial para outros ganhos é imenso à medida que a tecnologia é escalada e sua aplicação diversificada. Em parceria com as startups Scubik e C3D, a Sanepar implementou uma plataforma para otimizar o consumo de energia nos sistemas de abastecimento de água. Para isso, projetou gêmeos digitais para simular o sistema hidráulico de Passaúna na região metropolitana de Curitiba. Segundo o gerente de pesquisa e inovação da Sanepar, Gustavo Possetti, com a digitalização é possível simular virtualmente o que acontece com a infraestrutura na prática. Além de dados históricos, a Sanepar coleta dados de sensores instalados e, assim, alimenta um algoritmo que estabelece previsões de consumo de água para cada um dos reservatórios. “A partir desse algoritmo e fazendo leituras em tempo real, nós começamos a entender quais são os parâmetros ótimos de operação”, diz Possetti. A previsibilidade permite otimizar a operação do sistema onde o kWh de energia é mais barato. Segundo Possetti, o projeto conseguiu economizar 19% em energia elétrica durante os seis meses que a prova de conceito foi desenvolvida. (Valor Econômico - 26.07.2023)
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Artigo de Rafael Vega e Luca Salvoni: "Hidrogênio verde e seus desafios tributários"

Em artigo publicado no Valor Econômico, Rafael Vega e Luca Salvoni, sócios do Cascione Advogados, abordam a questão dos desafios tributários relacionados ao desenvolvimento da cadeia de hidrogênio verde (H2V). Os autores sublinham que o desenvolvimento da cadeia de H2V se apresenta como uma grande oportunidade para o Brasil dado o potencial do país em gerar energia renovável. No entanto, a tributação surge como um dos maiores problemas. O primeiro exemplo é o ICMS sobre a aquisição da energia para a produção do H2V. O imposto é não cumulativo e não é cobrado em exportações, mas, em uma indústria em que os maiores insumos são água e energia, projeta-se enorme acúmulo de créditos fiscais sem que haja procedimento eficiente de uso/ressarcimento. Os autores apontam que outro exemplo de insegurança jurídica na cadeia das energias renováveis que fatalmente impactará o H2V é a indefinição sobre a incidência de tributos sobre o imóvel que recebe as plantas de energia eólica ou solar (em especial). Em poucas palavras: sobre imóveis urbanos, paga-se IPTU (mais caro), e, sobre imóveis rurais, paga-se ITR (mais barato). Em geral, quem define isto são os municípios, que estabelecem por lei os limites da zona urbana. Neste sentido, os autores defendem uma solução mais global para o impasse: um marco legal em nível nacional sobre a tributação em áreas de geração de energia limpa, definindo que esta se considera uma forma de atividade rural, para fins fiscais. Por fim, os autores destacam que "uma vez ultrapassados estes desafios, destravaremos a vocação natural do Brasil para a liderança no fornecimento de energia verde para o mundo".
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Empresas

Eletrobras tem potencial de investir até R$ 80 bi em cinco anos

A Eletrobras informou que há um potencial de investimentos entre R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões em um período de cinco anos. Desse montante, na prática são R$ 17,1 bilhões já contratados em geração e transmissão em novos projetos além de investimentos em manutenção de ativos existentes. A meta é de reconquistar o protagonismo de crescimento no setor elétrico brasileiro, segundo justifica a empresa. Nesse grupo de investimentos já contratados estão ativos de geração que somam aportes de R$ 2,4 bilhões. “Vale ressaltar que a realização de tais investimentos está atrelada à possibilidade de agregar novas receitas à Companhia e que todos os investimentos e transações feitos pela Eletrobras buscarão disciplina de capital e os melhores retornos ajustados, levando-se em conta o risco intrínseco de cada negócio”, acrescentou ao finalizar o comunicado. (CanalEnergia – 25.07.2023) 
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Neoenergia: Lucro de R$ 728 mi no segundo trimestre de 2023

A Neoenergia reportou lucro líquido de R$ 728 milhões, entre abril e junho de 2023, uma queda de 32,28% quando comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o resultado positivo é de R$ 1,9 bilhão, retração de 17,4% ante os R$ 2,3 bilhões do mesmo intervalo de 2022. O resultado ebtida caixa ficou em R$ 2,4 bilhões no trimestre e aproximadamente R$ 4,97 bilhões no primeiro semestre, com variação positiva em relação aos mesmos períodos do ano passado, de 5% e de 6%, respectivamente. A energia injetada, incluindo geração distribuída, foi de 19.873 GWh no segundo trimestre, com alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 40.382 GWh no semestre deste ano, com variação positiva de 2,6% comparada ao primeiro semestre de 2022. A distribuidora na Bahia ficou dentro do limite regulatório de perdas aprovado na revisão tarifárias de abril deste ano pela ANEEL. A concessionária apresentou perdas totais de 12 meses de 14,6% no segundo trimestre. Dessa forma, quatro das cinco distribuidoras da Neoenergia estão abaixo do limite regulatório. Já em termos de investimentos a Neoenergia executou um valor de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre, e de R$ 2,2 bilhões no segundo trimestre. Do total, R$ 2,4 bilhões foram destinados à distribuição, sendo R$ 1,5 bilhão na expansão de redes nas cinco concessionárias para suportar o crescimento orgânico das distribuidoras. Em geração, foram destinados valores ao Complexo Renovável Neoenergia, na Paraíba, com capacidade instalada de 149MWp. Já em Oitis, informa que o empreendimento conta com 103 aerogeradores que estão 100% construídos. Assim Neoenergia fechou o segundo trimestre com 44 parques eólicos em operação, com capacidade instalada de 1.520MW. Assim, o lucro líquido registrado em negócios renováveis foi de R$ 110 milhões no segundo trimestre, e R$ 185 milhões no primeiro semestre. Esse desempenho representa um crescimento de 25% e de 23% em relação aos mesmos períodos do ano passado, respectivamente. Em transmissão, no primeiro semestre, o Capex neste segmento somou R$ 1,6 bilhão, 78% acima do realizado no mesmo período do ano passado, sendo integralmente dedicado à construção das linhas e subestações de lotes.  (CanalEnergia – 25.07.2023) 
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EMAE terá RAG de R$ 396,9 milhões em 2023/2024

A EMAE anunciou nesta terça-feira, 25 de julho, que a Aneel homologou as receitas anuais de geração para o ciclo 2023-2024, resultantes da 2ª revisão das receitas anuais de geração (RAG) das usinas enquadradas no regime de cotas de garantia física e de potência. Segundo a companhia, os valores homologados são resultado da aplicação de nova metodologia de cálculo, presente no submódulo 12.1 do Procedimento de Revisão Tarifária (PRORET) e prevê um redutor de 0,7038% a.a. sobre a parcela destinada à operação e manutenção, a título de fator de compartilhamento de eficiência e uma redução progressiva sobre a parcela de recursos do ciclo anterior para investimentos na concessão para as usinas sob gestão da EMAE. Com isso, a RAG resultante para o ciclo 2023-2024 é de R$ 396,9 milhões, sendo operação e manutenção (R$ 195,7 milhões), investimentos na concessão (R$ 185,3 milhões), gestão bens móveis e imóveis (R$ 11,9 milhões) e bônus por desempenho das usinas ( R$ 4 milhões). (CanalEnergia – 25.07.2023) 
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TotalEnergies compra 70% restantes da Total Eren por € 1,5 bilhão

A TotalEnergies anunciou a aquisição da parte de outros acionistas na Total Eren, divisão de geração de energia renovável. A companhia passou de 30% para a totalidade das ações da geradora. A justificativa para a aquisição é a de que está buscando seu crescimento lucrativo no setor de energia renovável. A integração deve resultar em um aumento na Receita Operacional Líquida de Energia Integrada da TotalEnergies de cerca de € 160 milhões e CFFO de cerca de € 400 milhões em 2024. Como parte desta transação, aponta que a Total Eren é avaliada em um Enterprise Value de € 3,8 bilhões com base em um múltiplo EBITDA considerado atraente que foi negociado no acordo estratégico inicial assinado em 2017. A aquisição de 70,8% representa um investimento líquido de cerca de € 1,5 bilhão para a TotalEnergies. Segundo comunicado divulgado na terça-feira, 25 de julho, às equipes da Total Eren serão totalmente integradas à unidade de negócios Renewables. O negócio segue o acordo estratégico assinado entre as organizações ainda em 2017, que concedeu à TotalEnergies o direito de adquirir a totalidade da Total Eren (anteriormente EREN RE) após um período de cinco anos. (CanalEnergia – 25.07.2023) 
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Total: Aquisição de empresa de energias renováveis

A TotalEnergies SE concordou em comprar as ações restantes da desenvolvedora francesa de energia limpa Total Eren por 1,5 bilhão de euros (US$ 1,66 bilhão) da Eren Groupe SA e de um grupo de investidores financeiros, impulsionando a incursão da petrolífera em energia renovável. O CEO, Patrick Pouyanne, prometeu gastar US$ 5 bilhões este ano em energias de baixo carbono – quase um terço do total das despesas –, à medida que a empresa reduz sua exposição ao petróleo com vendas contínuas de ativos de areias betuminosas canadenses e algumas de suas estações de serviço europeias. Ao comprar os 71% da Total Eren que ainda não possui, a TotalEnergies ganha o controle total de uma empresa que possui 3,5 GW de ativos solares, eólicos e hidrelétricos operacionais, com um pipeline de projetos de mais de 10 GW. A compra deve aumentar o lucro operacional líquido de sua divisão de energia em cerca de 160 milhões de euros no próximo ano e o fluxo de caixa operacional em cerca de 400 milhões de euros. A empresa de energia renovável, fundada em 2012 por Paris Mouratoglou e David Corchia, opera em mais de 20 países, incluindo Brasil, Índia e Grécia. (Valor Econômico - 25.07.2023)
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Equatorial GO: Proposta de revisão prevê aumento de 6,56%

A proposta de revisão tarifária da Equatorial Goiás prevê aumento médio de 6,56% na fatura dos consumidores. Para os atendidos em baixa tensão, o efeito médio a ser percebido é de 10,62%, sendo que os clientes residenciais, que fazem parte desse grupo, podem ter uma correção de 10,02%. Para a alta tensão, onde estão consumidores de grande porte, é esperada redução média de 3,91%. A diferença entre os dois grupos, segundo a Aneel, deve-se principalmente à nova estrutura tarifária que está sendo definida agora na revisão, e também aos investimentos mais elevados que foram feitos para atendimento ao grupo de baixa tensão desde 2018,quando a distribuidora ainda pertencia à Enel. O resultado definitivo da revisão tarifária vai entrar em vigor em 22 de outubro. Antes disso, o processo passará por consulta pública de 26 julho a 1º de setembro, com audiência pública em Goiânia no dia 17 de agosto. (CanalEnergia – 25.07.2023) 
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Bracell conquista seu primeiro selo I-REC

A Bracell recebeu o selo I-REC (International REC Standard), que atesta a integridade da energia 100% renovável gerada por sua operação localizada em Lençóis Paulista, em São Paulo. O documento foi emitido pelo Instituto Totum. De acordo com o vice-presidente de sustentabilidade e comunicação corporativa da Bracell, Marcio Nappo, o recebimento do selo I-REC atesta a transparência sobre a origem da energia renovável da empresa. A energia verde que a Bracell gera é capaz de atender 750 mil residências ou cerca de três milhões de pessoas. Desde dezembro de 2021, a Bracell possui aprovação oficial – emitida pelo ONS e pela Aneel, para a operação comercial de sua usina termelétrica, com 409,3 MW de capacidade instalada. Em sua unidade localizada na Bahia, a companhia também trabalha com geração de energia a partir de fontes renováveis, também gerada a partir da biomassa de eucalipto, por meio do licor negro gerado neste processo produtivo. A energia gerada abastece a fábrica e o excedente é comercializado. Em 2022, a empresa comercializou o total de 892.491,094 MWh em suas operações no Brasil. (CanalEnergia – 25.07.2023)  
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Revisão da carga do SIN deve ficar estável ou ter ligeira redução

A previsão para o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deste ano deve ser mantida ou terá leve redução na próxima Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética - 2023-2027, segundo o Termômetro Broadcast Energia, realizado pelo Broadcast Energia. O relatório sobre a carga é feito em conjunto entre o ONS, a EPE e pela CCEE, e na primeira revisão, em 28 de março, a estimativa era de que a carga alcançasse 71.569 MWmed. A divulgação dos próximos dados está prevista para o dia 10/08. A manutenção é estimada por 67% dos participantes da pesquisa Termômetro Energia, com comercializadoras e agentes do setor elétrico. E, para 22% deles, o ONS fará um ajuste para baixo na projeção. Na perspectiva dos participantes da pesquisa, caso o Operador revise para baixo a previsão, essa redução será entre 251 e 500 Mwmed. (Broadcast Energia - 25.07.2023) 
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CCEE: PLD médio diário mantém-se no patamar mínimo regulatório, de R$ 69,04/MWH, em todo o País

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) segue no patamar regulatório mínimo de R$ 69,04 por MWh nesta terça-feira, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já são dez meses no piso regulatório, que em 2022 era de R$ 55,70 por MWh. O preço não apresenta oscilações ao longo do dia em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), de forma que os PLDs médios, mínimos e máximos coincidem em todos os submercados do País. O cálculo do PLD considera os limites máximos e mínimos para cada período e submercado. O valor reflete os modelos computacionais do setor, que levam em conta fatores como carga, incidência de chuvas e o nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. (Broadcast Energia - 25.07.2023) 
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Mobilidade Elétrica

Wallbox e E-Wolf: Parceria para atuar no mercado nacional de eletromobilidade

A E-Wolf, empresa brasileira de infraestrutura para a mobilidade elétrica que oferece soluções de recarga para carros híbridos e elétricos, será a distribuidora oficial para fornecer no mercado nacional, a linha completa de produtos da Wallbox. A parceria envolvendo a empresa espanhola, fornecedora global de soluções de carregamento, com a E-Wolf, do grupo WMP, prevê investimento em torno de R$ 10 milhões, e inclui no portfólio o lançamento do Supernova, um modelo de carregador rápido disponível em versões de 60 kW que pode adicionar 100 km de autonomia em menos de 15 minutos e 150 kW que adiciona 100 km de autonomia em menos de 7 minutos, e que promete movimentar o mercado nacional. (Inside EVs – 25.07.2023)  
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Especialistas apontam que bateria é um limitador para veículos de carga

Líder do centro da mobilidade do futuro da consultoria McKinsey, Felipe Fava diz que é difícil viabilizar a eletrificação de caminhões acima de 22 toneladas de carga. O especialista afirma que a quantidade de baterias é proporcional ao peso da carga, o que eleva o custo do veículo e também da operação, já que exige maior tempo de carregamento. “A bateria de um carro elétrico pesa 500 quilos, o que sobe para duas toneladas em um caminhão médio. Em um caminhão pesado, a depender da distância e do peso de carga, as baterias podem chegar a cinco toneladas”, diz. Por mais que se use carregamento rápido, diz Fava, um caminhão elétrico desse porte requer de seis a oito horas de recarga, o que dificulta operações contínuas, caso do trabalho em minas. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro, afirma que a correlação da quantidade de baterias com o peso do veículo inviabiliza as antigas aspirações da Vale. Ele diz, ainda, que a falta de infraestrutura é um limitador, sobretudo no caso das ferrovias, que teriam de ser amplamente eletrificadas. Segundo Castro, uma das rotas de descarbonização do transporte mais promissoras é a do hidrogênio verde. “Há um cenário de transição que é testar o óleo diesel com uma porcentagem de hidrogênio, entre 5% e 15%, o que reduz significativamente as emissões. Nessa linha, a amônia, que pode ser considerada um derivado do hidrogênio, vai bem também, porque é mais fácil para transportar e armazenar”, diz ele, sobre a solução em estudo pela Vale para trens. Sobre o etanol para caminhões, ambos os especialistas dizem ser opção viável, mas que depende de adaptações no motor. (G.V.) (Broadcast Energia - 23.07.2023) 
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Sigma: Embarque de lítio para o exterior

A Sigma Lithium, dona de um complexo industrial de lítio “verde” junto à mina Grota do Cirilo no Vale do Jequitinhonha (MG), realizou o primeiro embarque do mineral processado, um insumo pré-químico premium que vale dezenas de vezes mais que o minério, e de rejeitos ultrafinos, um subproduto do processo industrial também obtido a partir de processos sustentáveis, para a chinesa Yahua International Investment and Development. Com o embarque das 30 mil toneladas (15 mil de lítio grau bateria e 15 mil de ultrafinos), a empresa inicia nova fase, de companhia geradora de caixa e lucrativa, destacou a CEO e copresidente do conselho de administração, Ana Cabral-Gardner. O investimento no projeto é de R$ 3 bilhões. As 15 mil toneladas de rejeitos fazem de um acordo mais amplo com a Yahua, para venda de até 300 mil toneladas/ano por até três anos. “A Sigma inicia esse novo ciclo com lucro no primeiro ano com o reaproveitamento integral dos produtos”, disse a CEO. (Valor Econômico - 26.07.2023)
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Mitsubishi: Teste de troca de baterias em caminhões elétricos

A Mitsubishi Fuso Truck and Bus trabalhará com uma empresa dos Estados Unidos em um teste de caminhões elétricos com baterias que podem ser trocadas em cinco minutos. A Mitsubishi Fuso modificará seu caminhão elétrico eCanter para permitir a troca de bateria, com o teste marcado para o inverno no Japão. Seu parceiro no esforço é a Ample, com sede na Califórnia, que fornece sistemas de troca de bateria para veículos elétricos nos Estados Unidos e em outros lugares. O sistema da Ample será instalado em postos de gasolina na região de Kansai, no oeste do Japão. Nos pontos de troca automatizada, um robô retirará a bateria descarregada do caminhão e a substituirá por uma carregada, com o objetivo de colocar o veículo de volta na estrada em cinco minutos. Eliminar o obstáculo do carregamento ajudaria a espalhar o uso de caminhões elétricos em um setor em que os veículos precisam estar constantemente na estrada. (Valor Econômico - 26.07.2023)
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CATL: Lucro sobe 63% em meio ao boom de vendas de VEs

O lucro trimestral da fabricante chinesa de baterias Contemporary Amperex Technology Co. disparou, impulsionado pelo aumento das vendas de veículos elétricos em todo o mundo e pela estabilização dos preços de materiais importantes como o lítio. O lucro líquido aumentou 63%, para 10,9 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) nos três meses até junho, com base em um cálculo da Bloomberg do balanço financeiro do primeiro semestre da empresa divulgado na terça-feira. A receita aumentou 56%, para 100 bilhões de yuans. Ambos os números superam as estimativas dos analistas. As vendas trimestrais recordes do principal cliente Tesla Inc., que responde por 12% da receita da CATL, de acordo com dados da cadeia de suprimentos compilados pela Bloomberg, ajudaram a impulsionar o crescimento do lucro da empresa com sede em Fujian. (Valor Econômico - 25.07.2023)
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Energias Renováveis

Solar recebe liberação comercial no RN

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a operação comercial da central fotovoltaica Ster Bom Filial Casquinho, com capacidade instalada de 550 kW, localizada em Macaíba (RN). Além disso, foram autorizadas três usinas de teste no Piauí, totalizando 1,2 MW de potência, da empresa Jorge Batista & CIA LTDA. No setor eólico, a Aneel publicou deliberações para três parques, incluindo um de 23,2 MW em Xique-Xique (BA), um de 5,7 MW em Lajes (RN) e outro de 4,5 MW em São Tomé (RN). (CanalEnergia – 24.07.2023)
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Albioma inicia a construção de projetos de GD solar

A Albioma está em processo de construção de novos projetos de geração distribuída, com o objetivo de adicionar 100 MWp de energia solar fotovoltaica ao seu portfólio existente de 31,6 MWp. A empresa assinou um contrato para o suprimento de 50 MWp em equipamentos, incluindo um modelo de tracker nacional elegível para financiamento por bancos de fomento. Além disso, novos projetos estão prestes a iniciar a construção para cumprir os prazos regulatórios de interconexão previstos na lei 14.300. A empresa está focada em áreas de interesse em diferentes estados do Brasil, visando viabilizar clusters para capturar ganhos de escala na implantação e gestão dos futuros ativos. (CanalEnergia – 24.07.2023)
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Eólica da Alupar recebe autorização para início de operação comercial

A Eólica do Agreste Potiguar I, controlada pela Alupar, recebeu autorização para iniciar a operação comercial do parque eólico AW São João, localizado no Rio Grande do Norte. O empreendimento é composto por seis unidades geradoras de 4,2 MW, totalizando 25,2 MW de potência instalada e garantia física de 14,1 MW médios. O parque estava em fase de testes desde junho de 2023, fornecendo energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e sendo remunerado pelo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) no Submercado Nordeste, com base na energia efetivamente gerada nesse período. (CanalEnergia – 24.07.2023)
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Gás e Termelétricas

Oferta de gás no Brasil pode triplicar até 2030, aponta estudo entregue ao MME

O Brasil pode triplicar a oferta de gás até 2030, aponta estudo realizado pelo Instituto de Energia da PUC-Rio e apresentado ao Ministério de Minas e Energia (MME) no início deste mês. Segundo a análise, a oferta de gás extraído do pré-sal poderia duplicar de imediato se houvesse melhores condições de logística e infraestrutura na região. A pesquisa foi encomendada pela Coalizão pela Competitividade do Gás Natural como Matéria-Prima e servirá como um insumo para que o governo eventualmente revise as políticas públicas no campo energético. (Broadcast Energia - 24.07.2023) 
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Gas Bridge recebe aval para importar 6 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural da Bolívia

A Gas Bridge Comercializadora foi autorizada pela ANP a importar 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural da Bolívia, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 25. Segundo a publicação, a operação tem como mercado potencial as regiões Sul e Sudeste e se dará via gasoduto. O insumo será entregue no Brasil na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O aval vale por dois anos e se estende apenas à operação de importações do insumo na forma gasosa. A companhia deverá apresentar até o dia 25 de cada mês um relatório detalhado sobre as operações realizadas no mês imediatamente anterior. (Broadcast Energia - 25.07.2023) 
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Mercado Livre de Energia Elétrica

CCEE: Mercado livre ganhou 3,3 mil novas adesões no primeiro semestre deste ano

O mercado livre de energia (ACL) ganhou 3,330 mil novas unidades consumidoras no primeiro semestre deste ano, aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano passado, batendo novo recorde de migrações, informou a CCEE. A maior parte dessas novas migrações é do ramo de comércio, serviços e alimentos, principalmente do Sudeste e do Sul do País, regiões onde a industrialização é mais intensa. Com esse movimento, o ACL chegou a 34,4 mil consumidores. "No mercado livre os clientes podem escolher o seu fornecedor. Essa liberdade permite negociar prazos, valores, comprar energia sob demanda e de fontes renováveis. Ainda é um segmento restrito aos grandes consumidores, mas estamos trabalhando para que fique acessível para toda a sociedade", diz Talita Porto, Vice-Presidente do Conselho de Administração da CCEE. (Broadcast Energia - 24.07.2023) 
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