16/05/2023
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GESEL na mídia: “Light está entre a cruz e a espada”, diz Nivalde de Castro

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, não acredita em qualquer tipo de jogo ou má intenção da empresa ao entrar com pedido de recuperação judicial. Ele afirma que a Light está “entre a cruz e a espada”, e que o problema das perdas na área de concessão tem se agravado porque a cidade do Rio vem perdendo espaço cada vez mais para o tráfico e a milícia. “Se não tiver uma renovação com tratamento diferenciado para perdas não técnicas, a Light corre o risco de intervenção.(…) Não sabemos como vai ser. Para ter um cenário visível teria que renovar a concessão. Aí ganha outra dimensão.” O coordenador do Gesel também considera que a possibilidade de intervenção administrativa na companhia pode não ser uma boa alternativa, uma vez que o problema deixa de ser da Aneel com o acionista e passa a ser do governo com a sociedade. Segundo Castro, hoje 58% da baixa tensão está nas chamadas Asro (Áreas Severas de Restrição Operacional), que são áreas de risco. Ao longo dos anos, a Aneel tem feito um esforço para aumentar a parte do subsídio ao crime que o consumidor fluminense paga na tarifa de energia. Como a criminalidade cresce mais que a cobertura tarifária, fica sempre um déficit para a concessionária, disse o economista. Outro dado é a crise econômica que afetou a empresa. A dívida conhecida da Light com alguns credores é de R$ 11 bilhões, considerando o endividamento resultante de financiamentos passados, mas há no mercado quem diga que pode chegar a algo da ordem de R$ 18 bilhões. Na rolagem dessa dívida, o que era financiamento transformou-se em compromissos com debenturistas. “Os bancos foram saindo aos poucos. Então, a rolagem que a Light fez foi captando recursos por meio de debêntures e com juros cada vez mais altos”, destacou o coordenador do Gesel. Por meio de uma medida cautelar anterior ao pedido de recuperação judicial, a empresa conseguiu suspender temporariamente os pagamentos a esses credores. (GESEL-IE-UFRJ – 16.05.2023)

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