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IFE Transição Energética 11
Dinâmica Internacional
IPCC: Ações urgentes são necessárias para enfrentar a ameaça das mudanças climáticas
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aprovou um relatório síntese de 37 páginas que alerta que as mudanças climáticas representam uma ameaça séria ao bem-estar humano e à saúde do planeta. O relatório afirma que a década atual é crucial na luta contra as mudanças climáticas e, embora tenha havido progresso, as emissões de gases de efeito estufa, principalmente provenientes de combustíveis fósseis, não estão sendo reduzidas rapidamente ou profundamente o suficiente. O relatório do IPCC destaca também que algumas das mudanças associadas à crise serão irreversíveis por séculos ou até milênios, embora a intensidade dos impactos ainda deva ser determinada. O relatório deixa claro que, para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus até o final do século, as emissões mundiais de gases de efeito estufa precisarão diminuir rapidamente, e os planos governamentais atuais levarão a um aumento de temperatura de 2,8 graus. O estudo também confirma que as mudanças climáticas foram “inequivocamente” causadas pela atividade humana e que as comunidades vulneráveis são as mais afetadas. O relatório guiará os governos na próxima cúpula climática da ONU em Dubai no final do ano. (El País – 20.03.2023)
Link ExternoUNCTAD: Comércio global desacelera, mas a demanda por produtos verdes atinge recorde
De acordo com um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o comércio global desacelerou no segundo semestre de 2022. No entanto, o comércio de produtos verdes, classificados como tal devido ao seu baixo uso de recursos e poluição, cresceu 4% no segundo semestre de 2022, atingindo um recorde de US$ 1,9 trilhão. Os produtos verdes com maior crescimento foram veículos elétricos e híbridos, embalagens não plásticas e turbinas eólicas. A UNCTAD estima que até 2030, o valor do mercado de tecnologias verdes quadruplicará, atingindo US$ 2,1 trilhões, e a receita do mercado de veículos elétricos aumentará cinco vezes, dos atuais US% 163 bilhões para US$ 824 bilhões. No entanto, a organização alerta para um aumento do risco de desigualdade econômica entre países em desenvolvimento e desenvolvidos, o que pode afetar sua capacidade de criar subsídios para a produção e consumo de bens de baixo carbono. (EPBR - 23.03.2023)
Link ExternoUNCTAD: Revolução verde apresenta risco para a população de baixa renda
A Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) alertou recentemente que as nações mais pobres perderão benefícios econômicos associados às tecnologias verdes e a desigualdade entre países ricos e pobres deve se aprofundar, a menos que a comunidade internacional dê a essas nações em desenvolvimento acesso à economia de baixa emissão. A entidade ressaltou que os países mais prejudicados estão principalmente na América Latina, Caribe e África Subsaariana. “Os países em desenvolvimento devem capturar mais do valor que está sendo criado na atual revolução tecnológica para fazer crescer suas economias”, disse a secretária da Unctad, Rebeca Grynspan. (Valor Econômico - 17.03.2023)
Link ExternoKPMG: Avanços e desafios na integração de metas ESG na indústria de mineração e metalurgia
De acordo com um relatório da KPMG baseado em entrevistas com mais de 320 líderes globais no setor de mineração e metalurgia, 30% das empresas no setor integraram metas ESG (ambientais, sociais e de governança) em suas estratégias de negócios, enquanto outros 48% desenvolveram metas ESG, mas não as incluíram na estratégia geral da empresa. O relatório também descobriu que 75% dos executivos afirmaram que suas empresas estabeleceram metas para emissões líquidas de carbono zero, com um prazo até 2030 em 69% dos casos. Uma falta de regras consistentes sobre relatórios ESG foi citada como um dos maiores desafios para alcançar as metas ESG, e as prioridades das empresas incluíam a redução das emissões de carbono, a adoção de energia limpa, a melhoria da gestão de resíduos e a garantia de maior diversidade e inclusão em cargos de liderança. (Valor Econômico – 20.03.2023)
Link ExternoIRENA: Crescimento recorde em energias renováveis alcançado apesar da crise de energia
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês), a capacidade global de energia renovável atingiu 3.372 GW no final de 2022, com um aumento recorde de 295 GW ou 9,6% adicionados no ano. Cerca de 83% de toda a capacidade de energia adicionada em 2022 veio de fontes renováveis. Apesar das incertezas globais, a energia renovável continua crescendo em níveis recordes, confirmando a tendência de queda na geração de combustíveis fósseis. A maior parte do crescimento está concentrada em alguns países e regiões, como Ásia, Estados Unidos e Europa. As energias solar e eólica dominaram a nova capacidade renovável, contribuindo com 90% do total. No entanto, a IRENA adverte que as adições anuais de capacidade renovável precisam triplicar os níveis atuais até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5°C. (IRENA – 21.03.2023)
Link ExternoAgenda ESG impulsiona venda de ativos de energias renováveis por bancos de investimento
Nos últimos meses, gestoras de investimentos vêm colocando diversos negócios do setor de energia a venda, sobretudo na área de geração e distribuição de energia, sendo que os ativos de renováveis são a maioria. "A temática de transição energética e a consequente maior demanda por ativos de renováveis fizeram com que muitas empresas colocassem ativos à venda”, afirma o corresponsável pelo banco de investimento do Bank of America, Hans Lin. É por essa razão, segundo o presidente do UBS BB, Daniel Bassan, que investidores europeus tendem a ser compradores e têm apetite pelos ativos ligados ao ESG, tal como as renováveis. “Na Europa, desde 2022, não há 'net new money’ que não seja verde”. (Valor Econômico - 22.03.2023)
Link ExternoEuropa
Comissão Europeia: Proposta de design do mercado de eletricidade integra o compartilhamento de energia
A Comissão Europeia propôs revisões ao projeto de Desenho do Mercado de Eletricidade da UE visando abordar os impactos agudos da atual crise energética. As propostas incluem abrir o compartilhamento de energia para todos os domicílios e pequenas e médias empresas e permitir mais vendas de energia renovável local por meio de contratos de compra de energia (PPAs). No entanto, as propostas ignoram o papel da produção local e da autoprodução de energia (geração distribuída) aliadas às fontes renováveis como suporte às comunidades a se protegerem contra os efeitos da crise energética à medida em que se avança em direção a um futuro 100% renovável. A proposta também abre as portas para utilização da energia nuclear junto com as renováveis. (Energy Cities - 15.03.2023)
Link ExternoComissão Europeia: Flexibilidade será elemento-chave da reforma do mercado de eletricidade
A Comissão Europeia propôs reformas ao projeto do mercado de eletricidade da União Europeia visando acelerar o crescimento de energias renováveis, incentivar a flexibilidade e tornar a indústria de energia do continente mais limpa, mais competitiva e acessível aos consumidores. As reformas propostas introduzem medidas que incentivam contratos de longo prazo com produção de energia limpa e trazem soluções flexíveis ao sistema, como resposta à demanda e sistemas de armazenamento. Com isso, espera-se diminuir a participação dos combustíveis fósseis na matriz elétrica dos países e garantir que o menor custo das energias renováveis reflita nas contas de eletricidade. As reformas visam promover uma concorrência aberta e eficiente nos mercados atacadistas europeus de energia, reforçando a transparência e integridade do mercado. (Smart Energy - 15.03.2023)
Link ExternoComissão Europeia: Projetos de lei em resposta aos subsídios dos EUA
A Comissão Europeia (CE) divulgou dois projetos de lei em resposta aos subsídios dos EUA que a Comissão teme estarem atraindo empresas europeias de tecnologia limpa para a América do Norte. A Lei Europeia de Matérias-Primas Críticas ajudaria o bloco a garantir o fornecimento dos metais necessários para construir baterias, turbinas eólicas e outras tecnologias verdes. A Lei de Matérias-Primas Críticas foi apresentada paralelamente à Lei da Indústria Líquida Zero, que visa aumentar a fabricação da UE de tecnologias neutras em carbono ou “líquidas zero” para garantir cadeias de abastecimento seguras, sustentáveis e competitivas para energia limpa em vista de alcançar as ambições climáticas e energéticas da UE. Além de uma lista atualizada de matérias-primas críticas, a Lei de Matérias-Primas Críticas identifica uma lista de matérias-primas estratégicas que são cruciais para tecnologias importantes para as ambições ecológicas e digitais da Europa e para aplicações espaciais e de defesa, ao mesmo tempo em que estão sujeitas a riscos potenciais de fornecimento no futuro. O regulamento estabelece referências claras para as capacidades domésticas ao longo da cadeia estratégica de abastecimento de matérias-primas e para diversificar o abastecimento da UE até 2030. (Green Car Congress - 17.03.2023)
Link ExternoProdução de energia eólica bate recordes em vários mercados europeus
Os preços de quase todos os mercados de eletricidade europeus caíram na segunda semana de março devido à diminuição da demanda por eletricidade e preços de gás, juntamente com um aumento na produção de energia eólica. Houve um aumento significativo na produção de energia solar no mercado italiano, mas diminuiu em outros mercados, especialmente na Alemanha, França e Espanha. A produção de energia eólica aumentou em todos os mercados europeus, com Portugal registrando o maior aumento, seguido pela Itália. No entanto, alguns mercados registraram produção recorde de energia eólica, como a França e a Itália. A demanda por eletricidade caiu na maioria dos mercados europeus, com a França registrando a maior diminuição. O aumento das temperaturas médias na segunda semana de março contribuiu para a queda na demanda por eletricidade na maioria dos mercados europeus. Em termos de preços, quase todos os mercados de eletricidade europeus caíram em comparação com a semana anterior, exceto o mercado Nord Pool dos países nórdicos, e o preço médio mais alto foi o do mercado britânico, enquanto o mais baixo foi no mercado espanhol. (EV Wind – 15.03.2023)
Link ExternoAlemanha e França divergem sobre regra de proibição de motores a combustão em 2035
Alemanha e França, as duas maiores economias da União Europeia, estão travando uma 'batalha' sobre a melhor forma de cumprir a meta da UE que proíbe a venda de carros com motores a combustão na região de partir de 2035. Na verdade, as duas potências têm opiniões divergentes sobre a questão de permitir exclusivamente a venda de veículos elétricos e com zero emissão na região. Em linhas gerais, a Alemanha quer uma exceção que possibilite motores a combustão com combustíveis sintéticos, enquanto a França é contra essa abertura. O ministro alemão critica ainda o fato da França não levar em conta que os carros elétricos a bateria são mais caros que os equivalentes a combustão, o que tornará a mobilidade elétrica menos acessível. No entanto, muitos especialistas apontam que os combustíveis sintéticos serão viáveis apenas para veículos de alto desempenho e modelos clássicos, devido ao enorme gasto de energia envolvido na sua produção a partir de hidrogênio e dióxido de carbono recapturados. Nesse cenário, a Alemanha suspendeu a aplicação da nova regra para 2035 até que a Comissão Europeia apresente uma proposta vinculativa que exclua os veículos que funcionam com combustíveis sintéticos - essa linha de pensamento é apoiada por países como Itália, República Checa, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia. Por fim, o ministro francês diz que a Europa está entre 5 e 10 anos atrasada em relação à China no desenvolvimento de veículos elétricos. Nesse cenário, é necessário passar uma mensagem clara para a indústria automotiva local. (Inside EVs - 20.03.2023)
Link ExternoAcordo provisório para reduzir consumo de energia na Europa
A União Europeia (UE) e negociadores do Parlamento Europeu chegaram a um acordo provisório com o objetivo de reduzir o consumo de energia no bloco formado por 27 países. Pelo acordo, os países da UE terão a meta coletiva de garantir uma redução no consumo de ao menos 11,7% em relação a projeções para 2030 que foram anunciadas três anos atrás. O acordo, que faz parte de planos da UE de se tornar neutro em termos climáticos até 2050, precisa ser formalmente adotado pelo Parlamento e pelo Conselho - que reúne ministros dos governos de cada país da UE - para entrar em vigor. Braço executivo da UE, a Comissão Europeia elogiou o acordo provisório, que também prevê medidas para combater a pobreza energética. Pelas regras definidas, países da UE terão de promover planos locais de aquecimento e resfriamento em cidades com mais de 45 mil habitantes. (Broadcast Energia - 10.03.2023)
Link ExternoTransformação da rede de gás em rede de hidrogênio na Europa
Os Operadores de Sistemas de Transmissão (TSO, na sigla em inglês) da Espanha (Enagás), França (GRTgaz e Teréga) e Portugal (REN) assinaram a iniciativa 'Green2TSO' para transformar a rede de gás em uma rede de hidrogênio. Esta iniciativa está alinhada com as iniciativas Green Deal, Fit for 55 e REPowerEU da Comissão Europeia. Os TSOs visam se tornar transportadores de hidrogênio como um vetor de energia eficiente, seguro e limpo, usando sua infraestrutura em grande escala. O CEO da Enagás afirmou que a colaboração em inovação é crucial para o desenvolvimento da infraestrutura de gases renováveis na Europa. Ele destacou que a iniciativa irá reforçar as capacidades necessárias para o desenvolvimento das atividades da Rede de Operador de Hidrogênio (HNO, na sigla em inglês). O projeto visa acelerar o desenvolvimento da economia do hidrogênio e promover a independência energética, conforme declarado na Estratégia Europeia REPowerEU. Esta iniciativa é um passo crucial para alcançar o objetivo da União Europeia de descarbonizar a economia. (GRTGaz - 06.03.2023)
Link ExternoReino Unido: Chanceler revela incentivos nucleares e de captura de carbono
O Orçamento da Primavera do Reino Unido alocou até £20 bilhões para captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS) e usinas nucleares, em vez de oferecer novos incentivos para projetos de energia eólica e solar. O financiamento para CCUS ajudará a cumprir os compromissos climáticos do governo, com uma lista de projetos a ser anunciada ainda este mês. A energia nuclear foi classificada como ambientalmente sustentável e receberá os mesmos incentivos de investimento que as energias renováveis. Também foi anunciado o lançamento da Great British Nuclear, uma empresa estatal para apoiar novas construções nucleares. O Orçamento não definiu com clareza o destino dos parques eólicos offshore que garantiram Contratos de Diferença em 2022, e não houve novos incentivos fiscais para energia renovável. Alguns no setor de energia renovável ficaram desapontados que o governo não tenha dado mais atenção à energia renovável e ao armazenamento de energia para alcançar as metas de zero líquido. (ReNews – 15.03.2023)
Link ExternoAlemanha: Governo revela estratégia para expansão solar acelerada
O Ministro da Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, apresentou um projeto de estratégia para acelerar a implantação da energia solar. O projeto inclui medidas para apoiar a expansão da capacidade de geração fotovoltaica (PV) em telhados residenciais, simplificações nos códigos de construção. O objetivo é aumentar a capacidade instalada de energia solar da Alemanha para 215 GW até 2030, o que exigirá a triplicação das novas instalações solares para 22 GW anualmente. O projeto está aberto para consulta até 24 de março de 2023, com a versão final esperada para ser apresentada no início de maio. (Renewables Now – 10.03.2023)
Link ExternoAlemanha e Bélgica: Acordo para conectar redes de hidrogênio
A Alemanha e a Bélgica concordaram em conectar suas redes de hidrogênio, dobrar o fluxo de gás natural liquefeito (GNL) para a Alemanha e explorar a possibilidade de um segundo interconector de eletricidade de alta tensão para fluxos transfronteiriços. Os dois países também planejam desenvolver infraestrutura de hidrogênio entre eles e examinar possibilidades de captura e armazenamento de carbono (CCS). Eles irão intensificar a cooperação em energia offshore no Mar do Norte e focar em projetos conjuntos híbridos e transfronteiriços offshore. Os dois países cooperam em energia há anos, e o primeiro interconector entre eles entrou em operação no final de 2020. (Clean energy wire - 15.02.2023)
Link ExternoIrlanda: Política para a segunda fase da energia eólica offshore
O governo irlandês publicou o quadro e a política para a chamada Fase Dois do desenvolvimento de energia eólica offshore na Irlanda, que foi aprovada em 7 de março, com críticas da associação setorial Wind Energy Ireland (WEI). A Fase Dois permitirá a realização de leilões de energia eólica offshore e será lançada no final de 2023. No entanto, a WEI afirma que as mudanças na política governamental ameaçam o cumprimento das metas de energia eólica offshore de 2030, especialmente devido à exigência de que todas as futuras fazendas de energia eólica offshore sejam construídas em áreas marinhas designadas que ainda não foram identificadas e a proposta de que futuras fazendas de energia eólica offshore não se conectem a pontos em terra. (Renewables Now – 10.03.2023)
Link ExternoÁsia
RMI: Relatório aborda descarbonização do sistema de energia do noroeste da China
O sistema de energia da província de Qinghai tem a maior penetração de energia limpa e o maior potencial de desenvolvimento renovável no noroeste da China. A província anunciou um plano de ação para estabelecer um sistema de energia de carbono quase zero até 2030. Para apoiar essa meta, o relatório publicado pela RMI, “Descarbonização do sistema de energia do noroeste da China: um estudo de caso sobre o desenvolvimento de um sistema de energia com carbono zero na província de Qinghai”, propõe recomendações sobre aspectos técnicos e design de mercado com base nos recursos disponíveis de Qinghai e nas características do sistema de energia. A implementação dessas recomendações em Qinghai pode ser usada como modelo para acelerar o processo de descarbonização para províncias ou regiões com alta penetração de energias renováveis. O relatório também fornece informações e recomendações sobre a descarbonização do sistema de energia que podem ser usadas em outras províncias ou países. (RMI - 13.03.2023)
Link ExternoIRENA: Perspectivas de transição energética da Malásia
Em relatório publicado pela IRENA, “Perspectiva de transição energética da Malásia”, é apresentado que a Malásia está posicionada de forma única para desenvolver um sistema de energia sustentável baseado em energia renovável que pode apoiar o desenvolvimento econômico, lidar com as mudanças climáticas e atingir metas de segurança energética, universalização e acessibilidade a eletricidade. Até 2050, o fornecimento de energia na Malásia deverá aumentar em 60% em relação a 2018, enquanto a população do país deverá aumentar para mais de 40 milhões de pessoas. O relatório explora a rápida expansão da geração renovável, soluções de eficiência energética, o papel de tecnologias emergentes, como hidrogênio e baterias limpas, bem como a importância de expandir a integração regional do setor de energia, tanto dentro do país quanto com vizinhos países. (IRENA - 13.03.2023)
Link ExternoÁsia: Governos devem ser pragmáticos sobre a transição energética
Os Ministros de Estado da área de energia da Ásia estão pedindo aos governos que sejam pragmáticos quando se trata da transição energética e que busquem soluções diversificadas para a segurança energética. Discursando na CERAWeek da S&P Global realizada em Houston, Texas, que teve início no dia 6 de março, Shin Hosaka, comissário da Agência de Recursos Naturais e Energia do Ministério de Economia, Comércio e Indústria do Japão, disse que a transição energética na Ásia deve avançar de uma forma que é com base nas condições asiáticas. (UP Stream Online - 07.03.2023)
Link ExternoJapão: Governo apoia projeto australiano de exportação de H2 com US$ 1,6 bilhão
O governo japonês comprometeu JPY 220 bilhões ($1,6 bilhão) ao projeto Hydrogen Energy Supply Chain (HESC), que visa exportar hidrogênio da Victoria, Austrália, para o Japão. Os fundos serão disponibilizados para a Japan Susio Energy (JSE), composta pela Kawasaki Heavy Industries e Iwatani Corporation, para facilitar as exportações de hidrogênio produzido pela joint venture JPSC JV. J-Power e Sumitomo Corporation estudarão a viabilidade da produção de hidrogênio a partir do carvão com captura e armazenamento de carbono (CCS) no vale de Latrobe, que poderia produzir até 30 mil toneladas por ano. A intensidade de carbono do hidrogênio produzido será verificada pelo esquema Guarantee of Origin, que está sendo desenvolvido pelo governo australiano em linha com os mercados globais de hidrogênio. O hidrogênio produzido em Latrobe será fornecido a uma instalação de liquefação e transporte de propriedade da JSE no porto de Hastings, Victoria, antes da exportação. O compromisso de financiamento é um passo importante na comercialização do HESC, que em 2022 viu a primeira exportação de hidrogênio do porto de Victoria para o Japão a bordo do navio transportador de hidrogênio líquido Susio Frontier. (H2 View – 10.03.2023)
Link ExternoChina: Início do projeto de hidrogênio verde com maior capacidade da Ásia
A HYCAP anunciou que está iniciando um projeto de hidrogênio verde de 500 MW na região autônoma de Ningxia Hui, na China. O projeto será alimentado por energia eólica e quando estiver concluído, será a maior capacidade de produção de hidrogênio verde da Ásia e uma das maiores do mundo. O projeto utilizará tubulações para transportar o hidrogênio verde produzido por meio de energia eólica para pontos de uso. O projeto está previsto para começar a produzir em 2023. (Hydrogen Central - 04.03.2023)
Link ExternoÍndia: Diretrizes do Ministério de Energia sobre UHRs
O Ministério de Energia da Índia emitiu diretrizes preliminares com intuito de obter energia de projetos de Usinas Hidrelétrica Reversíveis (UHRs) para melhor integrar a capacidade de energia renovável na rede. De acordo com o documento divulgado pelo ministério da energia, o país prevê a instalação de 18 GW de capacidade em UHRs. Estima-se que uma das principais contribuições seja no atendimento da demanda de pico de energia usando energia renovável. (Clean Technica – 08.03.2023)
Link ExternoIndonésia: Criação de programa de subsídios para VEs
O governo indonésio anunciou recentemente a criação de um programa de subsídios para carros elétricos, scooters e ônibus em seu último movimento para impulsionar a adoção de veículos elétricos no país e ajudar a fechar acordos de investimento com fabricantes globais de veículos elétricos, como a americana Tesla e a chinesa BYD. De acordo com o programa que entrará em vigor em 20 de março, a compra de uma scooter elétrica será elegível para um subsídio de 7 milhões de rúpias (cerca de US$ 460). A mesma quantia será oferecida aos consumidores que converterem scooters com motor de combustão interna em elétricas. Autoridades disseram que o governo está preparando o subsídio para um total de 250 mil e-scooters este ano. Também serão concedidos subsídios para cada compra de VEs e ônibus. O governo se prepara para subsidiar a compra de até 35.900 VEs e 138 ônibus elétricos em 2023. (Valor Econômico - 07.03.2023)
Link ExternoAmérica do Norte
EUA: Instalação de sistemas de armazenamento bate recorde em 2022
O setor de armazenamento de energia dos EUA implantou 4,8 GW em 2022, próximo ao montante combinado instalado em 2020 e 2021, de acordo com a última edição do US Energy Storage Monitor da empresa de pesquisa de mercado Wood Mackenzie e do grupo comercial American Clean Power Association. O relatório, que cobre o quarto trimestre de 2022, mostrou que, apesar de uma ligeira queda no número de instalações no final do ano passado, o armazenamento de energia está em uma curva de rápido crescimento e é um componente essencial de uma rede resiliente capaz de suportar a difusão das fontes renováveis de energia no país. Com relação ao armazenamento em larga escala, foi registrado um aumento de 80% na capacidade cumulativa de armazenamento. (Energy Storage - 15.03.2023)
Link ExternoEUA: Redes elétricas mais flexíveis com mecanismos baseados em desempenho
Um relatório divulgado pela National Association of Regulatory Utility Commissioners, órgão federal dos EUA, explora como os estados podem encorajar o desenvolvimento de uma rede elétrica mais flexível por meio de tarifas baseadas em desempenho. Em particular, o relatório examina abordagens que promovem a flexibilidade da demanda e edifícios eficientes interativos em rede. Os reguladores estão cada vez mais interessados em como encorajar as concessionárias a desenvolver tecnologias capazes de mudar e reduzir cargas por meio de estruturas regulatórias alternativas. Um desafio é que os programas tradicionais de gerenciamento do lado da demanda “muitas vezes carecem de incentivo para aumentar os investimentos, já que os investimentos da concessionária historicamente resultaram em um repasse simples”, observa o relatório. (Utility Dive - 01.03.2023)
Link ExternoEUA: Plano prioriza a segurança cibernética para a infraestrutura de carregamento de VEs
O plano Infraestrutura Nacional de Veículos Elétricos (NEVI) da Administração Biden, apoia a criação de um corredor nacional de carregamento de VEs com o objetivo de os EUA alçarem 500 mil estações de carregamento de VE até 2030. Embora este programa seja projetado para ajudar a atender à crescente demanda de carregamento de VE, as concessionárias locais devem estar preparadas para acompanhar a integridade e os serviços da rede, incluindo ataques cibernéticos. Este é um desafio complexo que exigirá esforços públicos e privados para resolver, mas que deve ser enfrentado com urgência. A Lei Bipartidária de Infraestrutura, que apoiou o lançamento do programa NEVI, também apresenta a implementação obrigatória de segurança cibernética e orientações que devem ser incluídas em todas as propostas instalações, de forma que garanta que a estação ou veículo não seja comprometido por atores mal-intencionados. (TD World – 07.03.2023)
Link ExternoEUA: Impactos das leis federais de energia limpa para o setor de energia
Uma análise do Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL) prevê um aumento na implantação de energia limpa e uma redução rápida de emissões até 2030 devido à aprovação recente de projetos federais nos Estados Unidos, que incluem mais de US$ 430 milhões para energia limpa e mitigação das mudanças climáticas de 2022 a 2031. O NREL, que utilizou um modelo avançado de planejamento de sistemas de energia, projeta que as parcelas de eletricidade geradas por fontes renováveis podem aumentar de 41% em 2022 para uma faixa de 71% a 90% da geração total até 2030, impulsionadas principalmente pela energia solar e eólica. No entanto, a interconexão atrasada e as restrições de transmissão podem reduzir significativamente a taxa de implantação de eletricidade limpa. (Renewable Energy Now - 16.03.2023)
Link ExternoAmérica do Sul, Central e Caribe
TDSE nº111 GESEL: “A crescente importância dos recursos de flexibilidade frente à expansão acelerada das fontes renováveis variáveis: o papel do armazenamento de energia”
O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) intitulado “A crescente importância dos recursos de flexibilidade frente à expansão acelerada das fontes renováveis variáveis: o papel do armazenamento de energia”. O texto observa que a inserção de mais recursos de flexibilidade no sistema é uma oportunidade, sejam eles do lado da geração, do consumo ou do armazenamento. Segundo os autores, “os recursos de armazenamento, que oferecerem tanto potência como carga ao sistema, se mostram particularmente importantes, na medida em que conseguem contribuir para a confiabilidade do sistema e para a otimização do uso dos recursos energéticos, pelo aumento da carga em momentos em que há excesso de oferta, com alta sinergia com a geração variável”. Portanto, “o armazenamento deve ser visto, portanto, como um tema essencial da agenda regulatória”. (GESEL-IE-UFRJ – 20.03.2023)
Link ExternoArtigo GESEL/AHK: Hidrogênio e as oportunidades industriais no Brasil
Em artigo publicado pelo Portal de Hidrogênio Verde da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), Nivalde José de Castro (Coordenador do GESEL), Luiza Masseno Leal (Pesquisadora do GESEL-UFRJ) e Bruno Elizeu (Pesquisador Júnior do GESEL) analisam as oportunidades industriais no Brasil com o desenvolvimento da economia do hidrogênio.
Link ExternoArtigo GESEL: A energia nuclear em favor da descarbonização
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, intitulado: “A Energia Nuclear em favor da descarbonização”, os autores Nivalde de Castro (Professor do IE da UFRJ e coordenador do GESEL), Isadora Verde (Pesquisadora Júnior do GESEL-UFRJ) e Pedro Ludovico (Pesquisador Júnior do GESEL-UFRJ) analisam o papel dessa fonte de energia enfocando os pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês) que, podem proporcionar uma maior flexibilidade e segurança operacional, sem impactar o meio ambiente. (GESEL-IE-UFRJ – 20.03.2023)
Link ExternoIRENA/OIT: Profissionais qualificados são cada vez mais requisitados com o aumento da demanda por energia renovável
Um relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês), produzido em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), classificou o Brasil como o quinto país que mais gera empregos em energia renovável. Segundo o levantamento, foram cerca de 115 mil posições abertas entre 2020 e 2021. Uma das empresas responsáveis por disponibilizar vagas na área é a dinamarquesa Vestas, que tem escritórios em 88 países e produz turbinas de energia eólica. Kerstin Knapp, vice-presidente executiva de pessoas e cultura da companhia, conta que a organização lançou recentemente o seu primeiro programa de estágio na América Latina. Knapp acredita que treinar os profissionais para que eles possam trabalhar com transição energética é responsabilidade das empresas do setor, mas considera essa apenas uma parte da equação. “Se observarmos tudo o que está acontecendo na indústria de energias renováveis, veremos que precisamos de muita força de trabalho. Mas também necessitamos da ajuda do setor público para preparar as pessoas", afirma. (Valor Econômico - 20.03.2023)
Link ExternoBrasil: País entra no ranking dos dez maiores países com energia solar do mundo
O Brasil entrou na lista dos dez países com maior potência instalada acumulada da fonte solar fotovoltaica, com 24 GW de potência operacional solar, e assumiu a oitava colocação no ranking internacional. Entre 2021 e 2022, o Brasil subiu cinco posições no ranking mundial, saindo da 13ª colocação em 2021 para a oitava em 2022, com 24 GW de potência de energia solar. O setor solar atraiu mais de R$ 45,7 bilhões de novos investimentos em 2022, um crescimento de 64% em relação aos investimentos realizados no setor em 2021. A energia solar é a segunda maior fonte na matriz elétrica nacional e responsável por mais de R$ 128,5 bilhões em investimentos e mais de 783,7 mil empregos acumulados desde 2012. (O Estado de São Paulo – 21.03.2023)
Link ExternoBrasil: Petrobras discute investimentos em energia eólica offshore
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se reuniu com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, para discutir os investimentos da companhia em energia eólica offshore e exploração da Margem Equatorial, que envolvem o estado. Em parceria com a Equinor, a empresa planeja instalar um parque eólico offshore na costa do Ceará, e também possui operações nos estados do Norte do Brasil que podem ser replicadas no Ceará e outros cinco estados. A reunião também discutiu o potencial de novos investimentos em operações existentes, como a instalação de regaseificação de navios da Petrobras no Porto do Pecém e a refinaria Lubnor no Porto de Mucuripe. Prates destacou a necessidade de diversificar a matriz energética da empresa e fortalecer suas operações atuais na produção de petróleo e gás. (O Povo – 16.03.2023)
Link ExternoBrasil: País puxa crescimento de VEs e híbridos na América Latina
Na América Latina, uma reportagem da Bloomberg Línea destaca que as vendas de carros híbridos, híbridos plug-in e elétricos, apresentaram crescimento de 21,7% entre 2021 e 2022. Isso considerando os dados dos oito países principais que enviaram seus dados por meio de associações locais. Ao todo, foram vendidos 143.281 veículos híbridos e elétricos na região, um crescimento de 21,7 % sobre as 117.742 unidades emplacadas em 2021. Os dois principais mercados da América Latina foram Brasil e México, com 49.261 (+40,8%) e 39.477 (-18,8%) unidades, respectivamente, ainda com uma forte prevalência dos híbridos, mas com os elétricos em forte crescimento. Mas há outros mercados em destaque, como Chile e Peru, que registraram importantes avanços. (Inside EVs - 20.03.2023)
Link ExternoBrasil: Frente parlamentar quer incentivar políticas públicas para tecnologia nuclear
O segmento nuclear está se movimentando no Congresso Nacional para a criação de uma frente parlamentar para estimular políticas públicas para o desenvolvimento de tecnologias e atividades nucleares. A proposta é encabeçada pelo deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ) e tem o apoio da Abdan, que acredita que a nova legislatura da Câmara dos Deputados debaterá mais o tema. Um dos objetivos da frente parlamentar é consolidar a participação política das empresas que fazem parte da cadeia produtiva de base nuclear, como as de bens de capital, de construção e montagem, do segmento de consultoria e engenharia, de operação de usinas e de unidades fabris de sistemas e equipamentos. “Na geração de energia, a principal pauta será a viabilidade das usinas nucleares, em termos econômicos e técnicos. Também queremos pautar a questão da irradiação de alimentos, um tema importante em todo o mundo. Diversos países não aceitam mais produtos que não estejam irradiados. E o Brasil, hoje, perde uma oportunidade enorme de exportar seus produtos com maior valor agregado. Então é um tema importante ainda a ser trabalhado”, afirma o presidente da Abdan, Celso Cunha. (Valor Econômico – 08.03.2023)
Link ExternoBrasil: Fórum sobre SMRs discutiu aspectos de localização de reatores modulares no país
A nova reunião do Fórum Permanente sobre SMRs (sigla para pequenos reatores modulares), realizada nesta semana, discutiu os aspectos críticos para localização de plantas nucleares desse tipo no Brasil. O debate técnico foi conduzido pelo Analista de Pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Clayton Borges. Para lembrar, o Fórum Permanente sobre SMRs foi lançado em 2021 pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN). O objetivo do colegiado é reunir atores de destaque no processo de preparação para eventuais aplicações da tecnologia de pequenos reatores, a partir do compartilhamento de conhecimento, experiências e estudos ou avaliações complementares. A abertura da reunião desta semana do fórum foi realizada pelo presidente da ABDAN, Celso Cunha, e pelo diretor da EPE, Giovani Machado, representando a presidente interina Angela Livino. Além disso, o encontro teve ainda a participação de Jefferson Borges (CNEN) e executivos de empresas associadas à ABDAN (EDF, Holtec, Rosatom e Westinghouse). (Petronotícias - 17.03.2023)
Link ExternoÁfrica e Oriente Médio
África do Sul: País emite licitação para armazenamento em bateria de 513 MW
O Departamento de Recursos Minerais e Energia da África do Sul abriu uma chamada para Licitação de Capacidade de Armazenamento de Energia em Bateria para o Programa de Aquisição de Produtores Independentes de Energia. A licitação exige uma capacidade mínima de armazenamento de 4 horas em subestações na província do Cabo Norte. A Avaliação de Capacidade de Conexão de Geração da Rede de Transmissão de 2023 da Eskom destacou que os corredores de energia do Cabo Norte estão altamente saturados e requerem um fortalecimento substancial da rede. Com isso, projetos de bateria poderiam aliviar a congestão de transmissão e distribuição na região. (Clean Technica - 02.03.2022)
Link ExternoEventos
Seminário: Hidrogênio verde como fonte energética ao transporte sustentável e solução à descarbonização da economia
O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), por meio do seu Conselho Assessor de Mobilidade Urbana, e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio do projeto H2Brasil, implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, colocam em pauta um tema fundamental no contexto da urgência reconhecida globalmente de combate às mudanças climáticas. A discussão técnica fundamenta-se nas oportunidades apresentadas pela Lei Municipal 16.802/2018, que dispõe sobre a transição para fontes de energia menos poluentes pela frota de transporte coletivo urbano do Município de São Paulo. (SEESP - Março de 2023)
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