A bandeira tarifária será mantida verde em novembro, sem custo adicional para os consumidores, segundo informou nesta sexta-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É o sétimo mês consecutivo em que a bandeira verde será sinalizada na conta de luz. A decisão foi tomada porque os principais reservatórios de hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentam níveis satisfatórios para geração de eletricidade e, assim, atendimento da demanda do país. Isso diminui a necessidade de acionamento do parque termelétrico, que eleva o custo da energia para o consumidor. (Valor Econômico - 28.10.2022) 

A menos de uma semana do início da COP-27, no Egito, o MME propôs uma meta de descarbonização dos transportes no país para 2023 menor do que a vigente neste ano. A Pasta propôs nesta segunda-feira que a meta do próximo ano seja de 35,45 milhões de toneladas de carbono de emissões mitigadas, 1,4% abaixo da estabelecida para 2022, que é de 35,98 milhões de toneladas de carbono. As metas fazem parte do programa RenovaBio, e as distribuidoras de combustíveis têm que cumpri-las por meio da compra de Créditos de Descarbonização (CBios) gerados por produtores de biocombustíveis. Cada CBio equivale à mitigação de uma tonelada de emissões de gases de efeito estufa, equivalentes em carbono, através da substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis. A proposta para 2023 também ficou 16,3% abaixo do centro da meta que já havia sido indicada em 2021 para o próximo ano, e que era de 42,35 milhões de toneladas de carbono mitigadas. A proposta se aproxima do piso da banda da meta indicada anteriormente, que era de 33,85 milhões de toneladas de carbono. O topo da meta era 50,85 milhões de toneladas de carbono. (Valor Econômico - 31.10.2022) 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje que a Comissão irá liberar cerca de 500 bilhões de euros do projeto NextGenerationEU, dos quais 250 bilhões de euros serão para apoiar a transição verde. A presidente von der Leyen, em discurso inicial na Conferência da União Europeia sobre o Investimento Sustentável 2022, destacou ainda que a criação do projeto REpowerEU irá não só acelerar os investimentos de energia limpa, mas acabar com a dependência da Europa em relação à energia fornecida pela Rússia. Ela reforçou a necessidade de investimentos públicos com a mobilização de capital privado e o "empoderamento" de trabalhadores com habilidade para a transição verde. (BroadCast Energia – 28.10.2022) 

À medida que as preocupações climáticas aumentam e o mundo procura se reunir no Egito na COP27 no início de novembro para fornecer uma resposta coletiva à crise, um novo relatório descreve um roteiro abrangente de energia para acelerar os recursos de energia renovável e transição energética na Indonésia. Uma colaboração entre a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e o Ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia, o Panorama da Transição Energética da Indonésia baseia-se nas perspectivas recentes da IRENA para a ASEAN e traça uma estrada de descarbonização para a Indonésia até 2050 e alinha o país ao Clima de Paris metas. De acordo com as principais conclusões do relatório, se a Indonésia acelerar sua transição energética para um sistema baseado principalmente em energia renovável, o país poderá atingir suas ambiciosas metas de longo prazo, um caminho neutro para o clima, além de reduzir o custo que gasta em energia. (IRENA – 31.10.2022) 

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) iniciou sua vigésima quarta reunião do Conselho no dia 27 de outubro em Abu Dhabi. A reunião bianual de dois dias, presidida este ano pelo Uruguai, reúne mais de 400 delegados de 108 países para discutir a transição energética mundial antes da Conferência Anual de Mudanças Climáticas da ONU (COP27) em Sham el-Sheikh, Egito. Apesar do crescimento contínuo da capacidade de energia renovável na última década, a IRENA considera o ritmo da mudança inadequado para limitar o aumento das temperaturas a 1,5 graus. De acordo com o World Energy Transitions Outlook da Agência , uma transição energética centrada nas energias renováveis é a única maneira realista de cumprir o prazo de 2030 para redução de emissões estabelecido pelo IPCC, bem como os objetivos do cronograma de 2030 para o desenvolvimento sustentável. Triplicar os investimentos em energias renováveis será fundamental para que a escala e o ritmo da transição energética atinjam os níveis necessários para atingir as metas do Acordo de Paris. (EE Online – 31.10.2022) 

Prospect, uma plataforma de dados e transações de código aberto, foi lançada com o apoio da União Europeia, Alemanha, Suécia, Holanda e Áustria. A plataforma automaticamente coleta, agrega, analisa e exibe dados em soluções modernas de energia sustentável. O programa foi lançado pelo Access to Energy Institute (A2EI) e pelo programa europeu GET.invest durante o Global Off-Grid Solar Forum e Expo 2022 em Kigali, Ruanda. Espera-se que a Prospect otimize a coleta, análise e visualização de dados em tempo real para apoiar as partes interessadas em energia sustentável no fornecimento de acesso a energia limpa e acessível para todos. O Prospect é apoiado pela União Europeia, Alemanha, Suécia, Holanda e Áustria. De acordo com a GET.invest, a plataforma é a primeira plataforma global de dados e transações de código aberto, independente de produto, em tempo real e gratuita que coleta, agrega, analisa e exibe automaticamente dados de todas as soluções modernas de energia sustentável. (Smart Energy – 31.10.2022) 

A Eletrobras anunciou que estuda uma proposta de conversão das ações preferenciais classe B (ações PNB) em ações ON. Segundo a companhia, isso se dá em relação à consolidação da negociação das ações na B3 exclusivamente em ações ordinárias como passo para implementação da migração para o novo mercado. Por outro lado, em relação às ações preferenciais classe A, a companhia informa que está analisando todas as alternativas ao seu alcance em busca daquela que melhor atenda aos interesses da Eletrobras e dos seus acionistas, levando em consideração, inclusive, as características peculiares dessa classe de ações, sobretudo a sua baixa liquidez no mercado secundário, que a difere das ações PNB. De acordo com a Eletrobras, a realização de potencial migração para o novo mercado, bem como seus termos e condições (incluindo a conversão e a razão de conversão), seguem sob análise da administração da companhia. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

As distribuidoras da Enel Brasil localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Ceará lançaram uma campanha de negociação de dívidas com condições especiais para seus clientes. Até o dia 30 de novembro, esses consumidores poderão negociar suas dívidas com parcelamentos que podem chegar em até 21 vezes sem juros no cartão de crédito. Segundo a companhia, o objetivo da ação é facilitar o pagamento dos débitos pelos consumidores inadimplentes, evitando a suspensão do fornecimento de energia, principalmente agora no período em que a Copa do Mundo se aproxima. Clientes com faturas vencidas há mais de 61 de dias poderão parcelar as contas em atraso em até 12 vezes (entrada + 11 parcelas) sem juros. Quem preferir, pode negociar em até 21 parcelas sem juros no cartão de crédito. Já aqueles com faturas vencidas há mais de 180 dias poderão parcelar em até 6 vezes (entrada + 5 parcelas) com desconto de até 30% sobre o débito total (após atualização de IPCA e juros mora). A Enel Brasil ainda destaca que os clientes que já possuem um parcelamento em andamento não poderão aderir a esta campanha. A iniciativa só é válida para novas negociações. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

A TSEA Energia inaugurou as operações de sua nova fábrica destinada à reforma de transformadores de potência, com foco nos equipamentos de até 138kV. Instalada em Betim (MG), a nova unidade oferece ao mercado serviços de manutenção e reforma para as distribuidoras de energia e indústrias em geral. O ciclo de investimentos previsto até 2024 será de R$ 13 milhões. O primeiro aporte na fábrica prevê uma capacidade de até 12 transformadores de potência reformados por ano. A partir de 2024, quando todo o aporte tiver sido realizado, esse volume mais do que dobrará, chegando a 30 unidades por ano ou mais. A ideia é contar não somente com uma equipe técnica de alta capacidade, mas também com uma excelente infraestrutura para fornecer os melhores serviços de pós-vendas. Segundo a companhia, esse crescimento impactará positivamente também nas contratações, que devem aumentar de 22 colaboradores atualmente para 38 até o fim de 2022, chegando a 60 ao final do ciclo. Já as perspectivas apontam para um faturamento de R$ 30 milhões no primeiro ano de funcionamento da nova unidade, valor que deverá dobrar em três anos. Inauguração contou com a presença do secretário de governo, Fernando Passalio, e da vice-prefeita de Betim, Cleusa Lara (TSEA). Na prática, até 2024 a empresa prevê multiplicar por 2,5 vezes a capacidade de reformar os transformadores de potência, com uma infraestrutura capaz de realizar e entregar todos os serviços de campo, principalmente em relação a ensaios de alta tensão. Com relação às reformas, o foco se dará nos equipamentos classificados como “A”, até 50 MVA. Esses transformadores são comuns nas companhias distribuidoras, indústrias e pequenas centrais hidrelétricas. Já os transformadores de maior porte, conhecidos como “B” e “C”, também serão reformados, porém na fábrica de Contagem (MG), em operação desde 1968. No que diz respeito aos serviços de campo e fornecimento de peças sobressalentes, a TSEA afirma que agora consegue atender os fabricantes de forma mais efetiva ao ofertar todos os portes de transformadores e de qualquer marca, aumentando as equipes próprias e criando parcerias. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

A Light definiu Alexandre Nogueira Ferreira como novo diretor da companhia, após reunião do conselho de administração. Conforme o comunicado ao mercado, o executivo tomará posse em 1º de novembro e assumirá as funções de Diretor de Regulação e de Relações Institucionais. Ferreira é graduado em Economia pela Universidade Federal de Viçosa e possui MBA em Finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC Rio). Antes de ingressar na Light, fez sua carreira no Grupo Energisa, tendo ocupado diversas posições e, por último, como responsável pelas áreas de regulação e relacionamento institucional. Além do conhecimento e de atuações profissionais nas áreas de finanças e de comercialização de energia, o profissional possui mais de duas décadas de ampla experiência no Setor Elétrico Brasileiro, principalmente nas áreas de regulação e de relacionamento institucional. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

O valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) desta segunda-feira, 31, é de R$ 55,70 por MWh para todos os submercados do País, segundo informações da CCEE. O indicador segue neste mesmo patamar, que é o mínimo regulatório, desde 14 de setembro. Não há oscilação no valor praticado ao longo do dia, de modo que os preços médios, mínimos e máximos são coincidentes em todos os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN). O PLD considera os limites máximos e mínimos para cada período e submercado. O valor reflete os modelos computacionais do setor, que consideram fatores como carga, incidência de chuvas sobre os reservatórios e o nível de armazenamento nas usinas hidrelétricas. (BroadCast Energia – 31.10.2022) 

As temperaturas mais baixas ao longo das duas primeiras semanas de outubro resultaram em queda do consumo de energia no período, apontam dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A redução é de 2% no período, para 63.644 Mwmed. A diminuição tem sido puxada pelo mercado regulado, no qual estão alocadas residências e os pequenos comércios. Nele, foram consumidos 40.406 MWmed, 4,4% a menos que na comparação anual. Já no mercado livre, o consumo foi de 23.238 MWmed, um aumento de 2,6% maior em relação ao ano anterior. Para a CCEE, o aumento da produção em alguns ramos de atividade econômica é um dos fatores que explicam a ampliação no uso da energia no mercado livre, que concentra grandes consumidores. (BroadCast Energia – 31.10.2022) 

Os reservatórios do Sul apresentaram redução de 0,1 ponto percentual e operavam com 92% da capacidade na última quinta-feira, 27 de outubro, em relação ao dia anterior, aponta o boletim do ONS. A energia armazenada marca 18.838 MW mês e ENA é de 15.197 MW med, equivalente a 93% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. Os reservatórios do Norte viram os níveis reduzir em 0,9 p.p e trabalham com 60,8%. A energia armazenada aparece com 9.311 MW mês e ENA é de 2.047 MW med, equivalente a 69% da MLT. Na região Nordeste o volume útil caiu 0,3 p.p para 61,2%. A energia armazenada indica 31.569 MW mês e a energia natural afluente computa 1.985 MW med, correspondendo a 65% da MLT. No Sudeste/Centro-Oeste do país a redução foi de 0,2 p.p e o armazenamento admite 49,9%. A energia armazenada mostra 102.172 MW mês e a ENA é de 21.344 MW med, valor que corresponde a 106% da MLT. (CanalEnergia – 28.10.2022) 

A primeira versão do Programa Mensal de Operação (PMO) de novembro, divulgada nesta sexta-feira, 28 de outubro, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostra um cenário que não se via há mais de um ano. Todos os submercados apresentam o custo de operação zerado em todos os patamares de carga o que indica que o período úmido 2022/2023 começa com um viés otimista. As afluências para o país estão em um nível próximo à média histórica no maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste. A previsão inicial é de que em novembro a energia natural afluente nessa que é a mais importante região em termos de armazenamento do país fique em 96% da média de longo termo. Esse é o mesmo índice esperado para o Sul. No Norte está o maior volume com 173% da MLT e no Nordeste o menor com 45%. (CanalEnergia – 28.10.2022) 

A demanda por energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ficar em 69.926 MWm em novembro, queda de 0,6% em relação a igual mês em 2021, segundo dados da atualização semanal do boletim mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A projeção é de que a carga no subsistema Sudeste/Centro-Oeste fique em 39.941 MWm, estável em relação ao ano passado. No Sul, a expectativa é de um consumo de 11.590 MWm, retração de 5,7% na comparação anual, enquanto no Nordeste a previsão é de 11.601 MWm, queda de 2,7%. Há perspectiva de aumento de 10,1% na carga no Norte, com uma projeção de 6.794 MWm. (Valor Econômico - 28.10.2022) 

O núcleo do índice de preços de gastos com consumo nos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) acelerou em setembro, conforme dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento de Comércio do país. Em seu recorte mensal, o núcleo avançou 0,5% em setembro ante agosto (enquanto na leitura anterior aumentou 0,6%). O núcleo do indicador PCE, que exclui a volatilidade de preços de alimentos e energia, é o preferido do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para acompanhar a evolução da inflação. No acumulado de 12 meses, o dado subiu 5,1% (enquanto na leitura anterior havia avançado 4,9%). Enquanto a variação mensal ficou dentro do esperado pelo consenso de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, o recorde anual ficou ligeiramente abaixo dos 5,2% esperados. (Valor Econômico - 28.10.2022) 

Já pode ser votado, em 1º turno, o projeto de lei que obriga a utilização de veículos elétricos na prestação de serviços públicos a partir de 2028. A medida teve parecer favorável da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas, nesta segunda-feira (31/10). O PL 392/2022 obriga a utilização de veículos elétricos na prestação de serviços públicos a partir de 2028. Pelo texto, são considerados os serviços públicos exercidos diretamente pelo Município e os prestados por terceiros por meio de concessão, permissão ou autorização, incluindo o transporte coletivo, táxi e veículos à disposição de órgãos e agentes públicos da administração municipal. Na justificativa do PL, os autores defendem “mais esse passo em direção à sustentabilidade ambiental e à inovação” e argumentam que, embora outros entes federativos já tenham adotado veículos elétricos de forma isolada, BH será “a primeira a tomar uma ação concreta para substituição integral da frota por veículos elétricos". Na comissão, o relator Pedro Patrus (PT) considerou que o projeto possui adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias, que preveem dispositivos para a “garantia da mobilidade sustentável e da acessibilidade no espaço urbano" e "aprimoramento da política de logística urbana por meio do incentivo ao uso de tecnologias menos poluentes, de modos sustentáveis de transporte com baixas emissões e da integração da discussão e da busca por soluções que englobam a relação direta entre mobilidade urbana, mudanças climáticas, gases de efeito estufa e poluição local, visando à promoção de maior acessibilidade física e econômica no espaço urbano”. O parecer favorável de Patrus, foi acompanhado pelo colegiado. A medida agora aguarda para ser levada ao Plenário, onde precisará do voto favorável de 21 vereadores para a sua aprovação. Caso obtenha o quórum, retornará para análise de 2º turno nas comissões e só então poderá ter votação definitiva. (Câmara Municipal de BH - 31.10.2022) 

A BYD deve produzir automóveis elétricos e híbridos no Brasil, provavelmente nas instalações da Ford, em Camaçari (BA), que foi desativada no início do ano passado. A empresa, uma das maiores fabricantes de veículos da China, assinou um protocolo de intenções com o governo da Bahia para fabricar carros, caminhões e ônibus eletrificados no País, além de atuar no processamento de lítio e ferro fosfato. A carta de intenções foi assinada na quinta-feira, às vésperas do pleito que elegeu o candidato petista Jerônimo Rodrigues como governador do Estado. A informação foi divulgada um dia depois pelo atual governador, Rui Costa, também do PT, via redes sociais. Segundo ele, o projeto prevê investimentos de R$ 3 bilhões, geração de 1,2 mil empregos e três unidades fabris. O local não foi citado, mas há vários meses o grupo vem mantendo conversas com a Ford para a compra de sua fábrica. A previsão é de que parte do projeto inicie operações em 2024. A Ford não comentou o assunto, e a BYD apenas confirmou nesta segunda-feira, 31, a assinatura do protocolo, mas disse que “há pendências a serem resolvidas com o governo e, enquanto isso não for resolvido não vai se manifestar sobre o assunto”. (O Estado de São Paulo - 31.10.2022) 

A empresa de energia CPFL, que atende mais de 10 milhões de clientes em 687 municípios brasileiros, tem se destacado na promoção de sua agenda ESG. Um projeto pioneiro nesse sentido está sendo realizado na cidade paulista de Indaiatuba, onde a companhia criou um Laboratório de Mobilidade Elétrica e acaba de concluir a substituição de toda a sua frota de veículos operacionais por carros e caminhões elétricos. É a primeira e, por enquanto, única experiência do gênero realizada por uma empresa de energia no país. Com 96% de sua energia gerada de fontes renováveis, a CPFL tem a matriz energética mais sustentável do país. A companhia vem implementando um amplo plano para impulsionar a transição para uma forma mais sustentável e inteligente de produzir e consumir energia, com investimentos de R$ 1,8 bilhão previstos até 2024. Desde 2007 a empresa desenvolve projetos relacionados com a eletrificação veicular, como a também pioneira instalação de postos de recarga, ou eletropostos, em rodovias que ligam a capital paulista ao município de Campinas. Em 2020, a companhia decidiu acelerar esse trabalho, anunciando investimentos de R$ 60 milhões em iniciativas de mobilidade elétrica em quatro anos. O projeto de Indaiatuba é um deles. A empresa investiu R$ 9,6 milhões em pesquisa e desenvolvimento e na substituição de todos os veículos a combustão por 22 veículos (incluindo caminhões VW e seus respectivos implementos), utilitários e caminhões elétricos, que exigiram o desenvolvimento de equipamentos específicos, como guindaste com cesto aéreo para elevação dos eletricistas até a rede de energia. A CPFL também vem investindo no desenvolvimento do primeiro caminhão elétrico com PTO (power train output) 100% nacional e na compra de mais 53 veículos para pesquisas sobre seus riscos e impactos na rede elétrica, além de outras iniciativas. O projeto é realizado no âmbito do Programa de P&D da Aneel e conta com a parceria de institutos de pesquisa, universidades e integrantes da indústria. (Exame - 31.10.2022) 

Poucos mercados são eletrizantes como a China, onde os EVs passaram de menos de 1% das vendas de veículos comerciais leves para 10% apenas nos últimos dois anos. As vendas atingiram um recorde de quase 18.000 em agosto e devem continuar subindo nos últimos meses do ano. A China é o maior mercado de veículos comerciais do mundo, então o que acontece lá move a agulha globalmente. Com 10% de participação elétrica, a China está bem à frente de quase todos os outros países neste segmento. Apenas a Coreia do Sul tem uma taxa de adoção mais alta, com mais de 20% de suas vendas de veículos comerciais leves já elétricas até agora em 2022. A curva de adoção de vans e caminhões elétricos leves na China começou a se parecer um pouco com o que aconteceu com os veículos de passageiros alguns anos antes, quando a combinação de apoio político, mais disponibilidade de modelos e um aumento no investimento em infraestrutura de carregamento levou o mercado a decolar. O impulso continuou no lado dos veículos de passageiros, com os veículos plug-in atingindo 29% de todas as vendas em setembro. Os elétricos completos foram 22% do mercado. (BNEF – 28.10.2022) 

O início da produção de hidrogênio verde no México, em pequena escala, para projetos industriais ou de mobilidade, está próximo e poderá ser produzido durante o primeiro semestre do próximo ano, conforme anunciado pela Associação Mexicana de Hidrogênio ( H2mex ). O presidente da H2mex, Israel Hurtado, destacou em entrevista à Forbes México que essa primeira produção pode vir principalmente de projetos industriais de pequena escala para descarbonizar suas operações ou do transporte de cargas e passageiros. O México pode produzir hidrogênio verde a um custo até 65% menor que outros países, segundo Hurtado, e, além de promover a descarbonização industrial do país, exportá-lo para outros países, principalmente Estados Unidos, mas também Europa e Ásia. (Energías Renovables - 31.10.2022) 

O Corredor Basco de Hidrogênio, BH2C, é um projeto compartilhado por organizações públicas e privadas do País Basco, com mais de 70 entidades associadas, que visa promover o hidrogênio como uma indústria de energia. A Associação considera que este gás (H2) é um elemento essencial no País Basco e na Europa na transição energética para a neutralidade climática. De acordo com a Associação, o hidrogênio verde é “um player relevante” por três razões estratégicas: Proporciona uma solução para a incorporação massiva de energias renováveis no sistema elétrico; Oferece uma solução para o desafio da descarbonização; e contribui para reduzir a dependência de países produtores de combustíveis fósseis. (Energías Renovables - 31.10.2022) 

O Ministério de Minas e Energia aprovou o projeto da central fotovoltaica Pajeú 1 como prioritário, somando 22 MW entre 22 unidades geradoras e sistema de transmissão de interesse restrito. Conforme a Portaria, o empreendimento, de posse da Total Eren, será construído na Bahia até março de 2025. Com a declaração, a empresa poderá realizar emissão de debêntures de infraestrutura para financiar os recursos necessários, com debêntures que apresentam vantagens fiscais aos investidores. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

A Sabesp informou que constituiu a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Cantareira SP Energia, que atuará na produção e comercialização de energia elétrica. Essa SPE, onde a Sabesp terá participação de 49%, implantará quatro usinas de geração de energia fotovoltaica sobre estruturas flutuantes nos reservatórios da companhia. A primeira será no reservatório Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, com capacidade de 5MW e com previsão de entrada em operação em 2023, informou a empresa em comunicado ao mercado. (BroadCast Energia – 31.10.2022) 

O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, avaliou que o resultado da eleição presidencial de ontem, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aponta para uma “boa oportunidade de aceleração de uso de fontes renováveis” no País. A avaliação se deve ao fato de que a “Carta para o Brasil do Amanhã”, com 13 compromissos para o País, divulgada na semana passada, bem como o programa de governo apresentado durante a campanha do petista, estabelecem o desenvolvimento sustentável como uma das diretrizes centrais da futura gestão. Sauaia destacou, em particular, o compromisso indicado na carta de “zerar as emissões de gases de efeito estufa na matriz elétrica nacional”. O dirigente observou que essa diretriz não estava originalmente prevista no programa de governo de Lula, mas foi incorporada após o primeiro turno, como aceno a programas de partidos que se alinharam à candidatura do ex-presidente. Durante o período eleitoral, a Absolar encaminhou uma carta aberta aos presidenciáveis, na qual recomendava a inclusão da fonte solar fotovoltaica como ferramenta estratégica para desenvolvimento social, econômico e ambiental do País. (BroadCast Energia – 31.10.2022)

A vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial contra Jair Bolsonaro (PL) trouxe boas perspectivas para associações do setor. Mostrando-se otimista com o futuro, a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, Élbia Gannoum, lembrou que o governo Lula foi o que implantou o Proinfa e realizou o primeiro leilão de eólicas. Segundo ela, o eleito e sua equipe já conhecem a temática do clima e da transição energética. Para o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, Guilherme Chrispim, a avaliação quanto ao cenário a médio e longo prazo é muito positiva. Ele lembrou da criação da Resolução 482/ 2012, que trouxe as bases para a GD no Brasil. A RN foi criada durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Chrispim lembra que a GD é uma alternativa democrática e social de geração de emprego e renda, o que pensa ir ao encontro das diretrizes do novo governo. Para ele, a GD cumpre bem esse papel, podendo ser uma importante alternativa no setor em franco crescimento. A Absolar recomendou que o próximo Governo inclua a fonte solar fotovoltaica como ferramenta estratégica para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, afirmou estar confiante que "o Brasil vai entrar em rota virtuosa de crescimento e desenvolvimento econômico e social, com investimentos em energias renováveis", tendo em vista a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um novo mandato. "Estou muito confiante que ele vai cuidar da questão do clima e da questão energética e vai trazer olhar para a questão de posicionar o Brasil na liderança da transição energética, porque o Brasil tem potencial para liderar esse processo, pela quantidade de recursos renováveis que possui". A presidente da Abeeólica também fez parte do Fórum da Geração Ecológica, iniciativa do presidente da Comissão do Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que teve seus trabalhos divulgados em julho passado. Durante 12 meses, concluídos no primeiro semestre deste ano, esse fórum discutiu e elaborou um plano de transição ecológica, em cinco diferentes áreas temáticas, sendo energia uma delas. (BroadCast Energia – 31.10.2022) 

A Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) espera que o biogás e o biometano continuem a receber apoio do Governo Federal para o desenvolvimento do setor e inserção dessas fontes na matriz elétrica brasileira. Em nota, a entidade disse acreditar que há uma série de ações que podem ser adotadas pelo novo governo e pelo Congresso Nacional para apoiar o setor, e que a pauta é importante para ampliar a geração de energia renovável contribuindo para as metas do Acordo de Paris. A entidade disse, ainda, que o biogás e o biometado estão presentes nos principais debates relacionados à sustentabilidade e devem ser tratados como política de Estado. (BroadCast Energia – 31.10.2022) 

A superintendência de fiscalização dos serviços de geração da Aneel decidiu liberar as unidades geradoras UG7 e UG8 da central eólica Ventos de São Caio, totalizando 8,8 MW de capacidade instalada nos municípios de Betânia do Piauí e Paulistana, ambas no Piauí e outorgadas à Votorantim Energia. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 31 de outubro. (CanalEnergia – 31.10.2022) 

A Statkraft Global lançou o seu relatório anual de baixas emissões e apontou a importância da conjunção entre sustentabilidade, acessibilidade e segurança energética para se alcançar a transição para energias renováveis. O estudo mostrou que a transição para um sistema de energias renováveis significa deixar de ser dependente de combustíveis fósseis. Segundo o relatório, os preços temporariamente elevados dos metais aumentaram os custos atrelados à energia solar e eólica, mas não afetaram a competitividade destas tecnologias renováveis em comparação com as tecnologias de energia fóssil, como os preços de petróleo, gás e carvão, que tiveram um ritmo de elevação superior ao do início de 2020. Além disso, a demanda de energia global mais do que dobrará até 2050, e as energias solar e eólica serão responsáveis por dois terços do total. O estudo mostra que as energias renováveis suprirão 80% do sistema energético mundial em 2050. (CanalEnergia – 31.10.2022)

A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) organizam uma missão empresarial à Argentina, de 1º a 5 de novembro. O objetivo é a troca de experiências sobre a sobre a exploração de gás não convencional. A técnica aplicada para a exploração é inédita no Brasil. Com isso, a publicação recente do edital para o Poço Transparente apresenta requisitos para selecionar Operadores dos Contratos de Concessão firmados com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) que sejam aptos a gerar, por meio da perfuração do Poço Transparente, conhecimento sobre a viabilidade técnica e ambiental da exploração e produção em reservatórios de baixa permeabilidade em bacias sedimentares terrestres no Brasil. Estima-se que o Brasil é o 10º país com maior volume potencial de produção de shale gas no mundo. (Valor Econômico - 30.10.2022)  

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, David Sheppard, editor de energia do Financial Times, dialoga sobre o cenário do gás na Europa, sua atual situação e as possibilidades futuras do setor no continente. A queda dos preços do gás no mercado europeu nas últimas semanas, os estoques cheios  e o clima mais quente que o normal, que adiou o começo da estação de aquecimento, não são suficientes para acreditar que a crise energética de alguma forma foi resolvida, dada a escala do desafio restante. O fator clima pesa sobre o mercado de gás e significa que não se pode dizer que o pior já passou. Se o inverno for brando, então a Alemanha, maior economia da Europa, poderá terminar o inverno com seus estoques quase cheios. Mas, se for um pouco mais frio que o normal, então os estoques de gás da Alemanha ficarão quase zerados até o fim de março, possivelmente exigindo um racionamento no fim do inverno ou cortes no fornecimento. (GESEL-IE-UFRJ – 01.11.2022)

A abertura do mercado de energia elétrica deverá movimentar investimentos de R$ 110 bilhões em dez anos, calcula Thymos Energia. Desse montante, R$ 103 bilhões seriam movimentados em geração renovável para atender os novos consumidores. Além dos aportes para produzir energia, o sócio e diretor da Thymos, Alexandre Viana prevê que as empresas investirão mais de R$ 6,5 bilhões para a captação de clientes. Além disso, a Thymos também analisou o cronograma proposto pela Consulta Pública aberta pelo MME. O texto prevê que, em 1º de janeiro de 2026, todos os consumidores da baixa tensão, exceto os das classes residencial e rural, serão livres para escolher o seu fornecedor de energia. E, a partir do primeiro dia do ano de 2028, o direito à portabilidade da conta de luz será concedido a todos os consumidores. Segundo o diretor, o cronograma é conservador. Apesar da maturidade do processo, Viana acredita que adaptações serão necessárias, por isso, não seria possível abrir imediatamente. (CanalEnergia – 28.10.2022)