ESCONDER ÍNDICE
IFE
28/10/2022

IFE Transição Energética 1

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
28/10/2022

IFE nº 01

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

Ver índice

IFE Transição Energética 1

Europa

Europa tem energia para sobreviver ao inverno, mas com incertezas para 2023

De acordo com pesquisa da empresa Wood Mackenzie, entre outubro de 2021 e outubro de 2022, a participação da Rússia nas importações de gás natural na União Europeia caiu de 36% para 9%. Contudo, a região já conseguiu acumular o suficiente para o próximo inverno europeu, entre dezembro e março, aumentando as importações de países como a Noruega e a Argélia. Segundo a Gas Infrastructure Europe, as instalações de armazenamento de gás estão 91% cheias, maior do que a meta estabelecida pelas autoridades da UE de 80%. A busca por outras fontes acabou elevando os preços da energia, que agora estão 265% mais altos do que em 2021, fazendo com que governos tenham que financiar enormes subsídios. Apesar de haver estoques cheios para 2022, se a Rússia decidir interromper entregas de gás restantes a partir de outubro, provavelmente haverá interrupções no fornecimento de energia do bloco em 2023, indica relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). Além disso, com uma esperada aceleração da economia chinesa no ano que vem, acompanhado de uma maior demanda por GNL, o preço do gás natural deve levar a novos aumentos, gerando incertezas sobre a matriz energética europeia para 2023. (CNN Brasil - 13.10.22) 
Link Externo

Preços elevados da energia impactam as cadeias produtivas intensivas em energia

Uma pesquisa da Rystad Energy revela que 35 GW de fabricação solar e mais de 2 terawatts-hora de capacidade de fabricação de células de bateria na UE podem ser desativados, a menos que os preços da energia voltem ao normal. A natureza intensiva em energia desses processos de fabricação está levando alguns operadores a fechar ou abandonar temporariamente as instalações de produção à medida que o custo dos negócios aumenta. Rystad afirmou que, a menos que os preços mudem em breve, os planos da Europa de reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados, aumentando a capacidade instalada de geração renovável e o uso de veículos elétricos (VE) podem ser descarrilados. (PV Magazine - 04.10.2022)
Link Externo

UE propõe criação de novo benchmark para preços de gás natural no bloco

A Comissão Europeia, anunciou novas medidas para reduzir os preços de gás natural e os custos gerais de energia na União Europeia (UE). Entre as medidas estão o "desenvolvimento de um novo benchmark" para os preços do gás natural liquefeito (GNL) e um mecanismo para limitar os "preços excessivos" da commodity, enquanto o novo benchmark não é lançado. A precificação atual do GNL na UE é feita por Mecanismo de Transferência de Títulos, que já não é um "reflexo adequado das realidades do mercado, uma vez que é indevidamente influenciado pelos estrangulamentos da infraestrutura de gasodutos no Noroeste da Europa e, portanto, pela manipulação russa do fornecimento de gás natural à UE". A Agência Europeia para Cooperação de Reguladores de Energia (Acer) terá de criar um novo mecanismo de precificação em até duas semanas após a promulgação das novas regras, e um novo benchmark para importações de GNL da UE até 31 de março, diz o comunicado. (BroadCast Energia – 18.10.2022) 
Link Externo

UE propõe compras conjuntas de gás natural para melhorar segurança energética entre membros

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), propôs a criação de um mecanismo de compras conjuntas de gás natural liquefeito (GNL) para "reduzir licitação não coordenada de fornecimento de gás entre os Estados-membros". Na prática, a ferramenta mira melhorar o acesso de países da UE à commodity energética. Segundo comunicado da Comissão, a proposta será "particularmente relevante para apoiar o reabastecimento dos estoques de GNL dos países europeus, em face da menor oferta da Rússia, em meio à guerra na Ucrânia. A proposta da UE também contém "regras padrão de solidariedade" a serem aplicadas entre os Estados-membros, em caso de ausência de acordos bilaterais. Uma fórmula para os preços do gás também será estabelecida para "proteger suprimentos de emergência da volatilidade dos preços do mercado à vista", complementa a UE, em comunicado. (BroadCast Energia – 18.10.2022) 
Link Externo

Europa: Corrida ao lítio ganha peso com a disseminação de veículos elétricos

Chamado de “ouro branco”, o lítio conta com perspectivas de se tornar mais importante que petróleo e gás, segundo a chefe da Comissão Europeia Ursula von der Leyen. Entre 2015 e 2021, a produção de lítio triplicou globalmente, chegando a 100 mil toneladas no final do último ano, e espera-se um aumento de até sete vezes para 2030, com a Europa necessitando de 35 vezes mais lítio em 2050 do que hoje. Com diversos países traçando suas rotas para a transição energética, aumenta-se exponencialmente a necessidade de metais como lítio, necessários para o armazenamento de energia em baterias. Espera-se que a partilha global do lítio não ocorra sem tensões, aumentos de custos e, possivelmente, dificuldades para atingir oferta necessária em diversos momentos. Tais desafios apontam para alternativas como um foco na disseminação e barateamento de processos alternativos de extração, reciclagem de baterias e refinamento de lítio, que trariam curvas de aprendizado mais eficientes e empregos formais com altos salários. a. (France 24 – 19.10.2022)
Link Externo

Flexibilização pelo lado da demanda economizará até 71 bilhões de euros para os consumidores

Um estudo da DNV avaliou todas as economias que o consumidor final pode fazer se flexibilizar pelo lado da demanda. Esse total pode ser cerca de até 71 bilhões de euros para os consumidores da UE. Para isso, a administração deve encorajar os consumidores a investir em soluções e as tecnologias, que permitem que a flexibilidade da demanda seja totalmente implantada. Outras conclusões do estudo são que seriam economizadas 37,5 milhões de toneladas de emissões anuais de gases de efeito estufa e entre 11,1 e 29,1 bilhões de euros seriam economizados anualmente em investimentos na rede de distribuição. (Energias Renovables - 14.10.2022)
Link Externo

Aliança solar fotovoltaica com meta de 30 GW até 2025

A Comissão Europeia formalizou, no dia 11 de outubro, a Aliança Indústria Solar Fotovoltaica. O objetivo é alcançar 30 GW de capacidade anual até 2025 e desenvolver mais tecnologias relacionadas a componentes solares fotovoltaicos. A ideia do projeto é reunir membros da indústria, institutos de pesquisa, associações de consumidores e ONGs envolvidas na cadeia de energia solar fotovoltaica da União Europeia. A iniciativa deriva do Plano RePowerEU, tendo como meta atingir 600 GW de capacidade solar fotovoltaica até 2030. (MegaWhat Energy - 13.10.22)
Link Externo

Mapeamento das microrredes da Europa e seu papel na transição energética

O pesquisador de doutorado da Universidade de Groningen, Jamie Behrendt, começou a mapear microrredes existentes e em desenvolvimento em toda a Europa. A iniciativa, realizada como um desdobramento de sua pesquisa sobre a regulação de microrredes do ponto de vista jurídico e econômico, visa fornecer uma visão mais completa possível das implementações de microrredes em um formato acessível. A questão central da pesquisa de Behrendt é como as microrredes devem ser regulamentadas na União Europeia (UE) de forma a minimizar os custos de transação e maximizar a segurança jurídica, a fim de contribuir de forma eficaz e eficiente para a transição energética. As microrredes têm um papel fundamental na transição energética, fornecendo uma rota para os consumidores se tornarem prosumidores ao se envolverem na compra e venda de eletricidade. No entanto, os custos de transação são determinados pelo quadro jurídico, atualmente inexistente na UE, o que aumenta os custos devido à incerteza. (Power Engineering Int– 12.10.2022)
Link Externo

Alemanha: 640 MW de energia solar fotovoltaica em agosto de 2022

A Alemanha adicionou 640 MW de nova capacidade fotovoltaica em agosto, de acordo com os últimos números da Agência Federal de Redes (Bundesnetzagentur). Isso se compara a 434,5 MW em agosto de 2021 e 535 MW em julho. Nos primeiros oito meses de 2021, os desenvolvedores conectaram 4,8 GW de energia solar à rede, em comparação com 3,6 GW no mesmo período do ano anterior. A capacidade solar acumulada do país ultrapassou 60,5 GW no final de agosto. Cerca de 516 MW das novas adições mensais foram representados por instalações fotovoltaicas que foram construídas ao abrigo dos regimes de incentivo às energias renováveis do país. O restante da capacidade veio de sistemas fotovoltaicos construídos fora desses programas de incentivo. (PV Magazine - 04.10.2022)
Link Externo

Alemanha: Veículos elétricos surpreendem chegando a cerca de 20% do mercado

De acordo com a Autoridade Federal de Transportes Motorizados, 44.389 novos veículos elétricos foram vendidos em setembro de 2022 na Alemanha. Este é o segundo melhor resultado histórico de emplacamentos no país europeu, superado por pouco em dezembro de 2021. Segundo o órgão, um total de 224.816 automóveis de passageiros foram emplacados na Alemanha em setembro. Os referidos 44.389 carros elétricos correspondem a uma quota impressionante de 19,7 %. Entre janeiro e setembro de 2022, foram registrados 272.473 veículos elétricos no país. Isto significa que, ao contrário do mercado global em queda (-7,4%), as compras de elétricos cresceram 15% em comparação com o mesmo período do ano passado. A quota de mercado BEV (Battery Electric Vehicle) aumentou de 11,7% nos primeiros meses de 2021 para 14,6%. Para os híbridos plug-in (PHEVs), foram registados cerca de 215.600 novos emplacamentos entre janeiro e setembro de 2022, o que corresponde a uma quota de 11,5 %. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, os novos registos de PHEV diminuíram 10,6%. A dinâmica de crescimento dos PHEVs parece estar estagnada cada vez mais. Quando os subsídios forem eliminados no próximo ano, é provável que esta tendência se intensifique. Para o fechamento de 2022, o Centro de Gestão Automotiva (CAM) prevê 400.000 BEVs. Isto corresponde a um aumento de 12% em comparação com o ano anterior. (Inside EVs - 10.10.2022)
Link Externo

Alemanha: país estenderá vida útil de suas últimas usinas nucleares até abril de 2023

A Alemanha estenderá a vida útil de suas últimas três usinas nucleares em funcionamento para além do fim de 2022. O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, anunciou, em um comunicado, que as usinas vão funcionar até o dia 15 de abril de 2023, revertendo a política alemã que previa fechar todas as unidades produtoras de energia a base de fissão nuclear. A decisão chega num momento em que a Alemanha busca garantir o fornecimento de energia para o país durante o inverno sem o gás da Rússia, que, antes da guerra com a Ucrânia, era responsável por mais de um terço do combustível usado no país. Segundo o comunicado, o governo criará uma “base legal” para permitir que as usinas nucleares Isar 2, Neckarwestheim 2 e Emsland funcionem até o dia 15 de abril de 2023. (Valor Econômico - 17.10.2022) 
Link Externo

Ásia

Índia: País atinge o marco de 5 milhões de medidores inteligentes

O marco de cinco milhões de medidores inteligentes foi ultrapassado na Índia no último dia de setembro, de acordo com estatísticas da National Smart Grid Mission. A maioria dos medidores, mais de 3,7 milhões, está nas mãos de concessionárias, públicas e privadas, sendo o restante implementado em vários projetos-piloto do governo. A maioria foi instalada pela Energy Efficiency Services Ltd, uma joint venture governamental com a responsabilidade de fornecer iniciativas de eficiência energética, incluindo o programa nacional de medição inteligente. No entanto, ainda existem vários estados, principalmente na região central da Índia, nos quais não há medidores inteligentes registrados. O programa nacional de medição inteligente tem a ambição de substituir 250 milhões de medidores convencionais por medidores inteligentes. (Smart Energy– 05.10.2022)
Link Externo

Índia: Setor de energias renováveis cresce no país

O setor de energias renováveis da Índia está crescendo e o país está projetando adicionar 35 a 40 gigawatts de energia renovável anualmente até 2030, o suficiente para abastecer até 30 milhões de residências a cada ano, segundo o Institute for Energy Economics and Financial Analysis and Climate Energy Finance. O Instituto também estimou que a Índia, o terceiro maior país consumidor de energia do mundo, atingirá 405 gigawatts de capacidade de energia renovável até 2030. Espera-se que ultrapasse a meta do governo de produzir 50% de sua energia elétrica a partir de fontes limpas até o final da década. As próprias projeções do governo indiano estimam que o país produzirá ainda mais energia renovável – 500 gigawatts – no mesmo período. Atualmente, os combustíveis fósseis representam 59% da capacidade instalada de energia da Índia, mas devem representar apenas 31,6% da matriz energética até 2030. (Renewable Energy World - 14.10.2022)
Link Externo

Índia e China: Aumento nas importações de petróleo da Rússia entre julho e agosto

As exportações russas de petróleo para a China e a Índia aumentaram significativamente neste ano, ajudando a Rússia a repor as perdas causadas pelas sanções impostas pelo Ocidente. As sanções fizeram com que as vendas de petróleo para os Estados Unidos, Europa e Japão caíssem acentuadamente. O valor das exportações de energia da Rússia para a China aumentou 17% - cerca de 30 milhões de euros - no período entre julho e agosto na comparação com o período entre fevereiro e março, de acordo com uma análise de dados do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo. As exportações de carvão aumentaram 53%, enquanto os embarques de petróleo aumentaram 16%. As importações de petróleo da Índia aumentaram 5,7 vezes no mesmo período, o equivalente a 40 milhões de euros. Esse foi o maior aumento de exportações da Rússia em todo o mundo. (Valor Econômico - 11.10.2022) 
Link Externo

China: Importação de gás deixa país vulnerável

A dependência da China do gás importado está aumentando, apesar dos esforços do governo para aumentar a produção interna, criando um problema para a energia e a segurança nacional. A produção de gás da China aumentou 6% nos primeiros oito meses de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021, segundo a Agência Nacional de Estatísticas. A produção subiu depois que o governo encorajou o desenvolvimento de grandes campos em Sichuan, Xinjiang e a Bacia de Ordos. A população com acesso ao gás aumentou de 170 milhões em 2010, para 286 milhões em 2015 e para 413 milhões em 2020, segundo o “Anuário Estatístico da China”. O gás respondeu por mais de 8% do consumo primário de energia da China em 2020, em comparação com 4% de 2010 e de apenas 2% em 2000. aumento de 4% em 2010 e de só 2% em 2000. (Valor Econômico - 10.10.2022) 
Link Externo

China: Difusão da mobilidade elétrica no mercado automobilístico chinês

Este ano, 25% de todos os automóveis novos comprados na China serão veículos completamente elétricos ou modelos híbridos plug-in. Existem, segundo algumas estimativas, mais de 300 empresas chinesas produzindo carros elétricos, que vão desde ofertas promocionais abaixo de US$ 5 mil até modelos de ponta. Existem aproximadamente 4 milhões de pontos para recarga de automóveis no país, o dobro do número de um ano atrás, e há mais deles a caminho. Enquanto outros mercados ainda dependem bastante de subsídios e incentivos financeiros, a China entrou em uma nova fase: os consumidores estão avaliando as vantagens dos VEs em comparação com aqueles movidos a gasolina com base nas funcionalidades e no preço, sem levar muito em consideração o apoio estatal. O principal líder chinês, Xi Jinping, declarou em 2014 que a produção de veículos elétricos era a única maneira de a China se transformar “de um país com grande mercado automobilístico em uma potência automobilística”. Enfatizando suas ambições, a China estabeleceu uma meta ambiciosa: 20% das vendas de carros novos seriam veículos elétricos até 2025. E provavelmente alcançará essa meta este ano, três antes do previsto. O país já é o maior mercado de elétricos e também um dos que mais crescem, com a expectativa de as vendas dobrarem este ano para cerca de 6 milhões de carros – mais do que o restante do mundo somado. Como parte de seu plano de estímulo econômico, a China disse que continuaria a investir nos automóveis elétricos. Pequim afirmou no mês passado que estava prorrogando uma renúncia fiscal para carros novos elétricos até 2023 com um custo total de US$ 14 bilhões, em vez de encerrá-la este ano, conforme programado. (O Estado de São Paulo – 13.10.2022) 
Link Externo

China: país deve aumentar produção de carvão até 2025 para evitar apagões

A China pretende manter incentivos à produção interna de carvão até 2025 como uma maneira de garantir que o país não sofra com apagões, como os ocorridos neste ano em decorrência de uma forte seca que afetou a produção energética do país por hidrelétricas. A informação foi dada por Ren Jingdong, diretor do Gabinete Nacional de Administração Energética, durante coletiva de imprensa ocorrida durante o Congresso do Partido Comunista da China, segundo relato da “Associated Press” (AP). Ao continuar a incentivar a produção de carvão - e consequentemente a queima do produto para produzir energia - a China se distancia de sua meta para reduzir suas emissões de carbono até 2030. (Valor Econômico - 17.10.2022) 
Link Externo

RMI: Reforma do mercado de energia e do mecanismo de preços na China

Em todo o mundo, as tecnologias de geração de energia com zero carbono estão se tornando cada vez mais competitivas em termos de custos. Ao mesmo tempo, soluções para equilibrar fluxos de diversas fontes de energia para usuários finais estão avançando de forma constante, aumentando a confiabilidade do sistema. O relatório Power Market and Pricing Mechanism Reform in China, ajuda a construir uma ponte para ajudar os mercados a apoiar melhor esta nova era de inovação. Ele se concentra em três desafios: (1) desenvolvimento de capacidade de energia com zero carbono, (2) consumo de energia com zero carbono e (3) adequação do sistema ao crescimento de energia com zero carbono. O estudo revela como o desenvolvimento do mercado e a reforma dos preços de energia podem ajudar a enfrentar esses desafios por meio de contratos de eletricidade plurianuais, comércio interprovincial e otimização de tarifas de transmissão e preços de capacidade para adequação do sistema. (RMI - outubro 2022)
Link Externo

África e Oriente Médio

EUA: Investimentos em resiliência energética diante de eventos climáticos extremos

Após o furacão Ian, os EUA se deparam com impactos do aquecimento global, que tem levado a um aumento acentuado no número de desastres climáticos – incluindo furacões mais fortes, ondas de calor e incêndios florestais mais pronunciados e tempestades de inverno severas - causando prejuízos de bilhões de dólares no país. Nesses desastres, os moradores locais (especialmente as comunidades de baixa renda) ficam sem acesso à eletricidade, muitas vezes com consequências trágicas. Para isso, é necessário aumentar a implementação de geração distribuída, armazenamento de energia, garantindo a resiliência energética. Além disso, com a Lei da Redução da Inflação e a Lei do Emprego, os incentivos e financiamentos fornecidos para a implementação viabilizam o investimento em recursos que garantam a resiliência do fornecimento de energia. (RMI - 05.10.2022)
Link Externo

EUA: Microrredes criaram ‘santuários’ elétricos em meio à devastação do furacão Ian

As microrredes criaram ‘santuários’ elétricos na Flórida, Geórgia, Virgínia e Carolinas depois que o furacão Ian atingiu o sudoeste da Flórida no dia 27 de setembro. A tempestade interrompeu o fornecimento de energia de mais de 2 milhões de pessoas, destruiu casas e provocou inundações e escassez de água. As microrredes mantinham o fluxo de energia em pelo menos três comunidades residenciais, além de estabelecimentos de varejo, instalações médicas, uma universidade, operações de fabricação nos quatro estados, além da operação de serviços críticos que vieram a ser necessários. Trabalhando para fornecer eletricidade para atender às necessidades daqueles que prestam serviços de atendimento intensivo e se encontram em emergência estava o FootPrint Project, uma organização sem fins lucrativos que fornece sistemas de energia limpa, como microrredes durante emergências. A organização em parceria de outras empresas implantou trailers de microrredes solares em diversos pontos do desastre. (Microgrid Knowledge– 07.10.2022) 
Link Externo

EUA: Armazenamento de energia é pré-requisito para a transição energética

Um brief divulgado pela ESS Inc., empresa fabricante de baterias, detalha a necessidade crítica de armazenamento de energia de longa duração (LDES) para criar um sistema de energia eficiente e de baixo carbono, bem como para evitar o curtailment de recursos de energia renovável. O estudo Long-Duration Energy Storage: The Key to Making the Most of Zero-Carbon Electricity analisa dados de redução de operadoras de rede dos EUA, ilustrando a incompatibilidade entre o fornecimento de energia renovável e a demanda da rede. De acordo com o resumo, há uma variedade de opções tecnológicas para expandir os recursos de armazenamento de longa duração. A maior parte do armazenamento de grande escala reside em usinas hidrelétricas reversíveis, que atualmente respondem por 95% do armazenamento em grande escala nos EUA. (Smart Energy - 05.10.2022)
Link Externo

EUA: Frota militar vai adotar veículos elétricos

A UIT, empresa de inovação militar dos EUA, contratou a gigante General Motors (GM) para desenvolver veículos militares elétricos. O objetivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis, segundo informações do site Electrek. Um relatório do órgão lançado na quinta-feira (6) classificou as mudanças climáticas como uma “questão de segurança nacional”. Os veículos devem servir o Departamento de Defesa, que inclui o Exército, Marinha, Fuzileiros Navais e Força Aérea dos EUA. No primeiro momento, os veículos serão funcionais – ou seja, de assistência e uso interno. No futuro, o objetivo é abandonar os combustíveis fósseis em veículos táticos, usados em operações das forças armadas. O plano é que os carros elétricos da GM para o exército norte-americano sigam os moldes do GMC Hummer EV. O próximo passo, agora, é o desenvolvimento de baterias que sustentem os serviços pesados da prática militar. A GM, por sua vez, diz que vai usar sua plataforma Ultium, uma arquitetura de veículos elétricos, para atender aos padrões da Defesa dos EUA. Os modelos têm opções de bateria que variam de 50 kWh até 200 kWh, com espaço para até 24 módulos adaptáveis. (giz_br - 12.10.2022)
Link Externo

Nova York: impulso para a transição para o transporte limpo

Nova York iniciou o processo para implementar medidas regulatórias que irão proibir as novas vendas de veículos leves com motor de combustão interna até 2035, seguindo o exemplo da Califórnia. A Governadora Kathy Hochul orientou o Departamento de Conservação Ambiental de Nova York a desenvolver regras preliminares exigindo que uma porcentagem crescente de vendas de veículos leves novos sejam veículos de zero emissão, começando com 35% em 2026. Além disso, Nova York está investindo mais de US$ 1 bilhão em veículos de zero emissões, incluindo diversas iniciativas como o Drive Clean Rebate Program, o Climate Smart Communities Program e a a iniciativa "EV Make Ready". de modo geral, as iniciativas buscam facilitar a compra de novos VEs e expandir a infraestrutura de recarga. (Electric Energy Online – 03.10.2022)
Link Externo

Michigan: plano para redução das emissões e promoção de tecnologias de baixo carbono

Michigan é agora um dos vários estados dos EUA, que propuseram um plano ambicioso para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, ao mesmo tempo, reforçar a confiabilidade da sua produção, revitalizar a indústria automobilística com uma transição para veículos elétricos e trabalhar para proteger seus robustos tesouros e recursos naturais. O Plano de Clima Saudável de Michigan inclui uma variedade de propostas para ajudar o estado a atingir sua meta de redução de emissões em toda a economia – incluindo metas de geração de eletricidade limpa (60% até 2030), prometendo eliminar gradualmente as usinas a carvão remanescentes até 2030 e criando incentivos para veículos elétricos e estações de carregamento. (RMI - 06.10.2022)
Link Externo

América do Sul, Central e Caribe

Relatório prevê como será a energia da América Latina em 2050

De acordo com relatório de transição energética da empresa de gerenciamento de risco DNV, deve haver um aumento de mais do que o dobro na demanda final de energia da América Latina até 2050. Tal aumento seria a reflexão do crescimento populacional e de um aumento na renda per capita, fazendo com que haja maior uso de veículos. Espera-se que a geração cresça de 18% em 2020 para 32% em 2050. As estimativas indicam que ainda haverá, contudo, 47% de participação da energia fóssil na demanda final de energia. A América Latina se tornará grande exportadora de hidrogênio, tendo, como previsão, que cerca de 25 milhões de toneladas de hidrogênio e derivados serão exportados da região. Também há grande potencial para que os combustíveis importados sejam substituídos para biocombustíveis, como bioetanol. (EPBR - 21.10.22)
Link Externo

Brasil: Artigo de Paula Suanno, “Diversificação das fontes de energia: para onde estamos indo”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Paula Suanno, Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Assuntos Regulatórios da Statkraft Brasil, trata da diversificação das fontes de energia. Segundo a autora, “com o esgotamento no Brasil dos recursos hídricos para geração de energia elétrica em grandes usinas, aliado aos custos socioambientais crescentes, à pressão de movimentos mundiais pela redução na emissão de carbono, bem como à redução orgânica dos custos das fontes eólica e solar, abriu-se uma oportunidade para a diversificação de fontes, talvez única no mundo”. Ela conclui que “o Brasil entendeu a urgência da redução de emissão de carbono e vem implementando rapidamente uma matriz de fontes renováveis, com a iniciativa de governos, agentes do setor Elétrico, da cadeia produtiva e de associações e apoio da sociedade em geral, trazendo a necessária segurança energética a preços competitivos.” (GESEL-IE-UFRJ – 10.10.2022)
Link Externo

Brasil: Artigo de Winston Fritsch, "O “vale da morte” na transição ao baixo carbono"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Winston Fritsch aborda os riscos dentro do mercado na transição de baixo carbono. Segundo o autor, “a vida da empresa em seus estágios iniciais, não é vivida sem riscos. De fato, o risco pode ficar crítico no vale da morte quando ainda não aconteceu a transição à geração líquida de caixa no tempo planejado e já se enfrenta crescentes requisitos de investimento para cumprir o plano de negócios, que vão além do patrimônio e/ou do apetite de risco dos fundadores e seus investidores iniciais”. Por fim, concluiu-se que “por isso, em uma hora em que o próximo governo, seja ele qual for, terá que regular novos setores e criar incentivos financeiros e mercados de créditos de carbono para incentivar um grande ciclo de investimentos para a transição ao baixo carbono, a boa regulação da infraestrutura e a coordenação de políticas relacionadas a estes investimentos deve ser uma prioridade”. (GESEL-IE-UFRJ – 11.10.2022)
Link Externo

Brasil: Governo define diretrizes para início de projetos de geração eólica no mar

O Ministério de Minas e Energia publicou na quinta-feira (10) portarias que avançam com a regulamentação da geração de energia eólica offshore no Brasil, enquanto empresas como Shell e Neoenergia aguardam maior segurança regulatória para iniciar projetos. Uma das portarias define normas e procedimentos complementares da cessão de uso de áreas fora da costa (offshore) para geração de energia elétrica, além de delegar à agência reguladora Aneel competências para firmar os contratos de cessão de uso. Em outra portaria, o governo estabeleceu a criação de um portal digital para gestão das áreas offshore. Segundo o ministério, o balcão único servirá para acompanhamento do uso do bem público e da evolução dos projetos pela sociedade, investidores e interessados em desenvolver empreendimento da fonte no Brasil. (Folha de São Paulo – 20.10.2022) 
Link Externo

Brasil: País deve atender 47,8% da demanda global de créditos de carbono

De acordo com estudo Oportunidade para o Brasil em Mercados de Carbono estima que o Brasil deve atender 47,8% da demanda global de créditos de carbono no mercado voluntário e 28% no mercado regulado até 2030. Algumas barreiras para atingir o potencial brasileiro seriam: ausência de um mercado regulado no Brasil, questões políticas e econômicas, pouca maturidade do mercado de carbono, assimetria e falta de transparência no mercado. Tendo em vista os problemas citados, o estudo indica recomendações para que o mercado de carbono brasileiro evolua, como o apoio dos entes federativos para desenvolver metodologias que considerem a realidade climática do país. Em relação a projetos de carbono, a maior parte lida com energia renovável, florestais, tratamento de resíduos e pecuária. (MegaWhat Energy - 13.10.22)
Link Externo

Brasil: Capacidade instalada de geração distribuída solar avança em 2022

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou o boletim mensal de energia referente ao mês de julho de 2022 e mostrou uma tendência de aumento de mais de 80% na capacidade instalada de fonte fotovoltaica referente à geração distribuída (GD) em relação ao ano anterior. De acordo com o ministério, o forte aumento da GD é reflexo de políticas públicas de incentivo às fontes de energia renováveis e da Micro e Mini Geração Distribuída, como a Lei nº 13.203/2015 e a Lei nº 14.300/2022. “Considerada o marco-legal da GD, a Lei 14.300 gerou uma “corrida” no setor, diante da oportunidade de assegurar a gratuidade da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD)”. (CanalEnergia – 11.10.2022)
Link Externo

Brasil: GD bate recorde de crescimento e alcança 14 GW

A Geração Distribuída (GD) alcançou a marca de 14 GW de capacidade no Brasil, mesma potência instalada da usina de Itaipu, maior hidrelétrica em operação e responsável por cerca de 10% da energia consumida no país. De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), esse é um marco histórico para a modalidade de geração própria de energia, visto que a binacional levou aproximadamente dez anos desde o início de sua construção, em 1974, até a operação da primeira turbina, assim como a GD que levou os mesmos 10 anos para alcançar a capacidade de Itaipu e também fornece energia limpa e renovável para o Brasil. Além de consolidar sua expansão, a modalidade adicionou 1 GW de capacidade ao sistema (de 13 GW para 14 GW) em apenas 38 dias, o crescimento mais rápido já registrado. (CanalEnergia – 13.10.2022)
Link Externo

Brasil: Caixa fecha parceria e amplia linhas de crédito para energia solar

A Caixa Econômica Federal assinou uma parceria com a Absolar para ampliação da oferta de linhas de crédito com condições diferenciadas para o setor fotovoltaico brasileiro. Os recursos e serviços bancários disponibilizados visam viabilizar novos investimentos em geração de energia própria em todo território nacional, além de buscar estimular a criação de mais empregos e renda para a população. O acordo também tem como mote o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio para empreendedores, além de expandir o acesso à tecnologia de energia solar aos consumidores residenciais, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos. (CanalEnergia – 17.10.2022)
Link Externo

Brasil: Projeto abre crédito de R$ 26,5 mi para Indústrias Nucleares

O Congresso Nacional vai analisar um projeto de lei que abre crédito especial de R$ 26,5 milhões no orçamento de investimentos para a empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Caso a proposta (PLN 36/2022) seja aprovada, os recursos serão usados para assegurar o desempenho operacional e a consecução dos empreendimentos prioritários estabelecidos para 2022. Parte do dinheiro deve ser aplicada na segunda fase de implantação da unidade de enriquecimento de urânio das usinas de Angra 1, 2 e 3. Os recursos também serão usados na fabricação de combustível nuclear e na manutenção e adequação de imóveis, veículos, máquinas, ativos de informática, informação e teleprocessamento. O PLN 36/2022 é um desdobramento da Medida Provisória (MP) 1.133/2022, que prevê o controle da INB pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar). (Agência Senado – 18.10.2022) 
Link Externo

Brasil deve emitir 7% mais metano até 2030, mas seria capaz de reduzir em 36%, diz relatório

Se o Brasil adotar políticas de combate ao desmatamento ilegal, erradicar os lixões e ampliar práticas já existentes na agropecuária, pode chegar em 2030 cortando em 36% as emissões de metano, um poderoso gás-estufa. Se continuar como está, contudo, a estimativa é que em oito anos emita 7% mais metano do que em 2020. Os cálculos são de novo relatório do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima, principal rede da sociedade brasileira sobre agenda do clima com 77 organizações. O estudo, de 82 páginas, analisa o quadro atual das emissões nacionais de metano e aponta soluções. (Valor Econômico - 17.10.2022) 
Link Externo

África e Oriente Médio

IEA: Transições de energia limpa no Grande Chifre da África

A Agência Internacional deEnergia (AIE) está apoiando ativamente a elaboração de políticas energéticas baseadas em evidências nos países africanos com o objetivo de alcançar energia limpa e acessível, de acordo com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 7 das Nações Unidas. Este ODS inclui a garantia do acesso à energia para todos, promover o aumento da segurança energética e acessibilidade, e acelerar o desenvolvimento de sistemas de energia limpa em toda a África, através de uma transformação sustentável e acelerada do sistema de energia regional. O relatório Clean Energy Transitions in the Greater Horn of Africa centra-se nos países: Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda. O estudo recomenda caminhos para acelerar as transições de energia limpa e analisa as tendências energéticas em toda a região. Também destaca as melhores práticas relevantes para as políticas para acelerar o acesso à energia, o desenvolvimento do setor de energia e a transição para fontes de energia mais limpas. (IEA - outubro, 2022)
Link Externo

África: Parceria sobre energia verde na região inclui armazenamento de energia

Os EUA e a União Europeia fizeram uma nova promessa de apoiar a energia verde na África, que inclui armazenamento de energia e sistemas de energia fora da rede em sua competência. A colaboração visa apoiar o crescimento da energia sustentável na África Subsaariana. Seu objetivo é contribuir para a construção da “autonomia estratégica de nossos parceiros africanos”, disse a Comissária da Comissão Europeia (CE) para Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen. A parceria indica como objetivos: promover uma transição energética justa e equitativa para a região, reduzir a pobreza energética e permitir o acesso a energia acessível e confiável fornecida por meio de tecnologias modernas. Em termos de tecnologias, eles se concentrarão na geração de energia em pequena escala e fora da rede a partir de fontes de energia renováveis, que inclui eletrificação de escolas e unidades de saúde, negócios liderados por mulheres e jovens e famílias rurais. Eles também se concentrarão no armazenamento de energia, eficiência energética e desenvolvimento de sistemas de transmissão. (Energy Storage – 17.10.2022)
Link Externo

África do Sul: país aprova plano de US$8,5 bilhões em investimentos para transição energética

O governo sul-africano aprovou um plano para acelerar a transição do país em direção a energias limpas e de baixo-carbono. O plano, que decorre de mais de um ano de negociações entre o governo sul-africano com países da Europa e América do Norte, deve ser publicado oficialmente na Cop27, próxima cúpula para o clima das Nações Unidas. O país é pressionado por manter uma parcela de 80% de sua matriz elétrica dependente do carvão, mas acordos têm sido adiados por conta de discordâncias no financiamento, incluindo indicadores como redução da dívida pública e criação de empregos formais. O plano de mais de US$8 bilhões em bolsas e empréstimos tem como foco o setor elétrico, a manufatura de veículos elétricos e o desenvolvimento de hidrogênio verde, com a estatal Eskon esperando reverter as consequências do fechamento recente de suas plantas de extração de carvão, expandindo sua rede de transmissãp e formando trabalhadores que perderam seus empregos.. (Climate Home News – 20.10.2022)
Link Externo

Oceania

Austrália: país aprova legislação de mudança climática depois de uma década

A primeira legislação sobre mudanças climáticas da Austrália em uma década foi aprovada no parlamento com o apoio do governo e de ambientalistas do país. O projeto inclui as metas nacionais de reduzir as emissões em pelo menos 43% até 2030 (em comparação com 2005) e chegar a zero líquido até 2050. Além de ser uma ação nacional, a legislação é um recado ao mundo de como o país da Oceania está empenhado em reduzir as emissões e em colher as oportunidades econômicas da energia renovável acessível. A legislação recém-anunciada ocorre mais de oito anos depois que o governo revogou uma lei climática que incluía esquema de preços de carbono em toda a economia australiana. (Engie – 07.10.2022)
Link Externo

Artigos

OMM: Investimento em renováveis deve triplicar até 2050 para atingir emissão zero de carbono

Para colocar o mundo em uma trajetória de emissões líquidas de carbono zero até 2050, relatório da Organização Meteorológica Mundial, ligada às Nações Unidas, conclui que os investimentos em energia renovável devem triplicar até lá. No entanto, os fluxos de finanças públicas internacionais para países em desenvolvimento em apoio à energia limpa só diminuíram, aponta a pesquisa. O nível caiu em 2019, pelo segundo ano consecutivo, para US$ 10,9 bilhões - 23% abaixo dos US$ 14,2 bilhões fornecidos em 2018 - e menos da metade do pico de US$ 24,7 bilhões em 2017, diz a organização. Para limitar o aumento da temperatura global, a eletricidade extraída de fontes de energia limpa deve dobrar nos próximos oito anos, afirma o estudo. Com o setor de energia responsável por cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa, o chefe da organização, Petteri Taalas, afirma que mudar para geração de energia mais limpa e melhorar a eficiência energética - é "vital se quisermos prosperar no século 21". (BroadCast Energia – 11.10.2022)
Link Externo

Consultorias indicam que a transição energética se fortalece, apesar de crise global

Projeções feitas por diversas consultorias – incluindo a Rystad Energy, DNV GL, International Energy Agency e U.S. Energy Information Administration – convergem para a durabilidade da transição energética frente aos tumultos globais. Os investimentos em solar e eólica devem alcançar mais de US$494 bilhões em 2022, frente a US$446 bilhões no ano anterior, um aumento de 10,8%, ultrapassando petróleo e gás pela primeira vez este ano. Mesmo um aumento repentino em direção ao carvão em países emergentes não se compararia no longo prazo ao custo decrescente de fontes renováveis, o processo de eletrificação e aumentos continuados na precificação do carbono. As estimativas se assemelham no aspecto de crescimento de eletricidade de baixo carbono, com uma diminuição da parcela de geração fóssil. A queda contínua de custos das energias solar e eólica aparecem como catalisadores de médio prazo para a transição energética. Além disso, a atração das renováveis se dá por não necessitar de custos com combustíveis, além de serem produzidas domesticamente, aumentando a garantia de suprimentos num contexto de instabilidades geopolíticas. Segundo a DNV, mesmo fora da Europa, onde um maior custo de energia deve significar alguns países priorizando menos questões climáticas, os motores da transição continuam: quedas contínuas nos custos de renováveis, processo de eletrificação e preços crescentes atribuídos ao uso do carbono. (E&E Climate Wire – 17.10.2022)
Link Externo

Oxford Energy: Títulos vinculados à sustentabilidade e seu papel na transição energética

Os títulos vinculados à sustentabilidade (SLBs) estão surgindo como um importante instrumento de financiamento sustentável, principalmente, para empresas em setores de difícil descarbonização. Esses setores usam SLBs como uma alternativa a instrumentos de financiamento mais restritivos, como títulos verdes. Para empresas em setores econômicos com grandes emissões de títulos verdes, como finanças e serviços públicos, os SLBs representam um instrumento complementar às suas carteiras de financiamento de sustentabilidade. A principal característica dos SLBs é incorporar incentivos financeiros para que as empresas atinjam metas específicas de sustentabilidade. Ao vincular metas de sustentabilidade a incentivos financeiros no nível da empresa, os SLBs resolvem a tensão interna nos títulos verdes entre o benefício ambiental no nível do projeto e o alinhamento de toda a empresa com a sustentabilidade. (Oxford Energy - Outubro 2022)
Link Externo

BNEF: Mercado global de armazenamento de energia crescerá 15 vezes até 2030

As instalações de armazenamento de energia em todo o mundo devem atingir um acumulado de 411 GW (ou 1.194 GWh) até o final de 2030, de acordo com a última previsão da empresa de pesquisa BloombergNEF (BNEF). Segundo a BNEF, esse crescimento é impulsionado, principalmente, por desenvolvimentos recentes de políticas. As novas políticas mais notáveis incluem a Lei de Redução da Inflação dos EUA, uma legislação histórica que fornece mais de US$ 369 bilhões em financiamento para tecnologias limpas, e o plano REPowerEU da União Europeia, que estabelece metas ambiciosas para reduzir a dependência do gás da Rússia. Estima-se que 387 GW/1.143 GWh de nova capacidade de armazenamento de energia serão adicionados globalmente de 2022 a 2030 – mais do que toda a capacidade de geração de energia do Japão em 2020. (BNEF - 12.10.2022)
Link Externo

BNEF: Capacidade para captura de CO2 deve aumentar seis vezes até 2030

A capacidade global para captura de carbono deve aumentar seis vezes até 2030, atingindo 279 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) capturadas por ano, prevê o último relatório da BloombergNEF (BNEF). O estudo aponta que o crescimento drástico do mercado levou a um incremento de 44% na capacidade prevista para daqui oito anos, em comparação com as perspectivas do ano passado. Mesmo tendo mais de US$ 3 bilhões investidos até agora em 2022 e aceleração significativa no segmento nos últimos dois anos, a pesquisa indica que a capacidade mundial para a atividade não está sendo implantada com rapidez suficiente para atingir as metas climáticas no final da década. A captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) é uma tecnologia essencial necessária para descarbonizar setores mais complicados, como petroquímico e cimento, e fornecer energia limpa 24 horas por dia, sete dias por semana, por meio de usinas de gás equipadas com equipamentos de captura. (CanalEnergia – 18.10.2022) 
Link Externo

FMI: Países emergentes terão de investir US$ 1 tri/ano em energia limpa para serem carbono zero

Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento terão de investir ao menos US$ 1 trilhão em energia limpa por ano nas próximas duas décadas se quiserem almejar o status de carbono zero até 2050, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI). Juntos, esses países respondem por dois terços das emissões globais de gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas. Dessa forma, os países emergentes e em desenvolvimento, grupo que inclui o Brasil, têm um desafio maior que economias desenvolvidas para zerar ou, ao menos, neutralizar suas emissões. "Essas economias precisarão de financiamento climático significativo nos próximos anos para reduzir suas emissões e se adaptar aos efeitos físicos das mudanças climáticas", avalia o FMI. (BroadCast Energia – 07.10.2022)
Link Externo