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A crise energética da Europa é bastante preocupante. O inverno se aproxima e a redução quase completa do fornecimento de gás da Rússia, por conta das sanções europeias ao país, traz bastante incerteza. Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da UFRJ, há pouca margem de manobra para os governos fugirem da crise no curto prazo. “Reverter no curto prazo é muito difícil. O gás russo é o mais barato do mundo”, explica o professor. “O cenário de estagflação obriga a Europa a adotar medidas heterodoxas, aumentando a dívida pública, tabelando preços de energia e estatizando empresas do setor para que a crise não se agrave”, acrescenta. Se por um lado há o risco de milhares de pessoas passarem frio nos próximos meses, a crise para a indústria europeia, uma das mais competitivas do mundo, já começou. “A guerra na Ucrânia foi o elemento catalisador para a transição energética na Europa. A grande dependência por energia no continente o fez ser o líder da bandeira por sustentabilidade no mundo”, explica Castro. (Agência CMA – 05.10.2022)
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