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IFE
03/10/2022

IFE Energia Nuclear nº 13

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Lucca Zamboni
Pesquisadores: Cristina Rosa, Isadora Correa e João Pedro Gomes
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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03/10/2022

IFE nº 13

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Lucca Zamboni
Pesquisadores: Cristina Rosa, Isadora Correa e João Pedro Gomes
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Energia Nuclear nº 13

Políticas Públicas e Regulatórias

ABDAN: Candidatos a presidência recebem estudo sobre potencial da tecnologia nuclear

No documento, Cunha reforça ainda que o Brasil tem uma história nuclear e uma base produtiva que permite o avanço e a consolidação do país como grande player no cenário mundial da tecnologia nuclear, ressaltando que este avanço depende da execução de planos de investimentos onde o estado brasileiro tem um papel primordial. Somente na construção de novas usinas já previstas no Plano Nacional de Energia 2050 que estima a adição entre 8 GW e 10 GW de energia nuclear no país, os investimentos, se houver flexibilização das regras, podem atingir entre US$ 56 bilhões e US$ 70 bilhões. Dentre outros temas, a associação diz que a participação da iniciativa privada na construção de Angra 3 e na extensão da vida útil de Angra 1 e 2, e a edificação de novas usinas, seria beneficiada pela flexibilização do marco regulatório. Para justificar a expansão, o estudo da Abdan destaca que o custo da energia nuclear pode ser cinco vezes menor do que o gerado pelas usinas a gás. (ABDAN - 21.09.2022) 
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Brasil: MCTI e instituições de pesquisa nuclear discutem investimentos no Reator Multipropósito

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações se reuniu, por videoconferência, com representantes da Sociedade Brasileira de Física e da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares. O tema da audiência foi o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), empreendimento que tem o objetivo de construir um reator de pesquisa nacional e laboratórios para uso da tecnologia nuclear em diferentes aplicações. No encontro, o titular da pasta afirmou que o RMB é uma infraestrutura de pesquisa de grande importância, que poderá aplicar a tecnologia nuclear para a área de radioisótopos, usados na medicina e na indústria, materiais, alimentos e energia. (MCTI - 23.09.2022) 
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Ibama: Licença de instalação para Angra 3

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) concedeu a licença de instalação para a usina termonuclear Angra 3, com 1.405 MW de potência, localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Conforme aviso publicado no Diário Oficial da União no dia 20 de setembro, a licença tem validade de seis anos, contados a partir de 25 de agosto de 2022. Na semana passada, como parte dos esforços para a retomada das obras da usina, a Eletronuclear assinou um contrato para complementação do projeto eletromecânico do empreendimento com o consórcio liderado pela empresa Themag Engenharia, que venceu o processo licitatório. Este serviço consiste em complementar o projeto de engenharia eletromecânica da usina, utilizando um sistema de computação em modelo 3D. (ABDAN - 23.09.2022) 
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ABDAN e AIEA: Ampliação de parceria para a troca de experiências sobre tecnologia nuclear

A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) está ampliando sua relação de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A entidade brasileira assinou um Partnership Agreement com a AIEA, de olho em trocas de experiências sobre tecnologias de irradiação de alimentos. O novo acordo garante também a prorrogação, até 2026, da parceria existente entre as duas instituições firmada no ano passado. Nos últimos anos, a associação está aumentando seus laços com instituições internacionais para trocar experiências e conhecimentos sobre as tendências e rumos da tecnologia nuclear. (Petronotícias - 23.09.2022) 
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AIEA: Diretrizes para avaliação de programas de segurança de usinas

A AIEA publicou neste mês uma edição atualizada das diretrizes PROSPER. O documento é um guia para revisão por pares e autoavaliação de programas de melhoria de desempenho de segurança em usinas nucleares. O estudo, publicado periodicamente desde o ano 2000 pela agência, visa fornecer aconselhamento e assistência aos Estados Membros para aumentar a segurança das usinas nucleares ao longo de seu ciclo de vida operacional, desde a construção e comissionamento até o descomissionamento. Os aspectos reforçados pelo documento vão desde Design conservador, fabricação cuidadosa e construção sólida até gestão eficaz, políticas, procedimentos e práticas sólidas, instruções abrangentes, recursos adequados e capacidade e confiabilidade do pessoal de comissionamento e operação. (IAEA - 01.09.2022) 
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Argentina: Projeto nuclear chinês depende de produção de combustível nacionalmente

Meses após o anúncio de que a China construiria e financiaria boa parte de uma usina nuclear de US$ 8 bilhões fora de Buenos Aires, o acordo empacou com a exigência da Argentina de que seus engenheiros sejam autorizados a fabricar o combustível para o reator no país. Tornar-se a primeira nação autorizada a produzir combustível para o reator Hualong One da China seria um grande avanço para o programa atômico argentino. Além disso, a China também está disposta a licenciar tecnologia para parceiros comerciais, seguindo os passos de fabricantes nucleares americanos. Segundo a Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina, tem-se tentado estabelecer as melhores condições para transferir o conhecimento para a fabricação do combustível. (Valor Econômico - 19.09.2022) 
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Bélgica: Primeiro reator presente em plano de eliminação gradual é desligado

De acordo com a legislação da Bélgica sobre a eliminação gradual da energia nuclear, a unidade 3 da usina nuclear de Doel foi desconectada da rede às 21h31 do dia 23 de setembro de 2022. Nesse caso, a Doel 3, reator de água pressurizada de 1006 MWe (líquido), é o primeiro de sete reatores belgas a ser retirado de serviço nos próximos anos. Este reator já vinha operando a cerca de 60% de sua capacidade em modo "stretch-out" - método no qual a reatividade adicional é introduzida pela redução da temperatura do moderador e pela diminuição da carga - nos últimos dois meses e meio. Deste modo, o desligamento do reator foi supervisionado pela Agência Federal de Controle Nuclear (FANC). (WNN - 27.09.2022) 
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Canadá: Revisão do design de microreator eVinci

A Westinghouse Electric Company assinou um contrato de serviço com a Comissão Canadense de Segurança Nuclear (CNSC), iniciando uma revisão de projeto de fornecedor de pré-licenciamento (VDR) de seu projeto de microreator eVinci. O CNSC oferece o VDR como um serviço opcional para fornecer uma avaliação de um projeto de usina nuclear com base na tecnologia de reator de um fornecedor. Nesse caso, as três fases do processo de VDR envolvem uma avaliação pré-licenciamento da conformidade com os requisitos regulamentares; uma avaliação de quaisquer potenciais barreiras fundamentais ao licenciamento; e uma fase de acompanhamento que permite ao fornecedor responder às descobertas da segunda fase. Apesar disso, esta etapa não é uma parte obrigatória do processo de licenciamento para uma nova usina nuclear. Segundo a Westinghouse, as fases 1 e 2 do VDR serão executadas como um programa combinado, sinalizando o design e a maturidade tecnológica do microreator eVinci. (WNN - 28.09.2022)
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DOE: Financiamento para aprendizado sobre armazenamento de combustível nuclear usado

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE/EUA) convidou as comunidades interessadas a solicitar uma parte de US$ 16 milhões em recursos para ajudá-los a aprender mais sobre a localização baseada em consentimento de gerenciamento de combustível nuclear usado e armazenamento temporário. Enquanto isso, o Estado de Nevada busca a retomada dos procedimentos de licenciamento do repositório Yucca Mountain - com o objetivo de garantir o fim permanente do projeto. Nesse caso, o departamento está trabalhando para criar uma abordagem baseada em consentimento para a localização de um local de armazenamento provisório para o combustível nuclear usado nos EUA. (WNN - 22.09.2022) 
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Emirados Árabes Unidos: Nova unidade da usina de Barakah começa a funcionar

De acordo com a Emirates Nuclear Energy Corporation (ENEC), a unidade Barakah 3 está agora produzindo calor a partir da fissão nuclear e será conectada à rede elétrica dos Emirados Árabes Unidos nas próximas semanas. Além disso, uas unidades no local, na região de Al Dhafra, no Emirado de Abu Dhabi, já estão em operação comercial. Nesse caso, o carregamento de combustível começou no mês de junho em Barakah 3, depois que a Autoridade Federal de Regulação Nuclear dos Emirados Árabes Unidos (FANR) aprovou a licença de operação da unidade e progrediu por meio de um programa de testes abrangente sob supervisão da FANR. Na próxima etapa, o mesmo será conectado à rede e passará pelo processo de Power Ascension Testing (PAT). Isso significa que seus operadores aumentarão gradativamente a potência da unidade, com monitoramento e testes constantes, até atingir a produção máxima de eletricidade. (WNN - 22.09.2022) 
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Empresas

Eletronuclear: Angra 1 volta ao SIN após parada para reabastecimento

A usina nuclear Angra 1 foi conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) às 5h17 no dia 22 de setembro de 2022, após a realização de uma parada programada de reabastecimento de combustível. Esta informação foi dada pela Eletronuclear, empresa responsável pela operação e construção das usinas termonucleares no Brasil. A unidade estava desligada do SIN desde 11 de agosto e deve alcançar 100% de potência no dia 25 de setembro. Com capacidade para geração de 640 MW elétricos, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma cidade de um milhão de habitantes. A unidade entrou em operação comercial em 1985. (Agência Brasil - 22.09.2022)  
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NNL e Jacobs: Reforma de instalações de pesquisa nuclear do Reino Unido

O grupo de engenharia Jacobs foi selecionado como parceiro de entrega de ciclo de vida completo para apoiar projetos de renovação de infraestrutura em várias instalações administradas pelo National Nuclear Laboratory (NNL), de propriedade do governo do Reino Unido, mas operacionalmente independente. Este contrato é estimado em US$ 11 milhões. O prazo inicial do contrato é de um ano com opções para três extensões adicionais de um ano. Por sua vez, o escopo do contrato inclui o trabalho de projeto, construção e reforma nos Laboratórios Windscale e Central em Sellafield em Cumbria, uma instalação especializada em serviços analíticos e química de processo em Preston, Lancashire, e um centro de testes em Workington, Cumbria. (WNN - 22.09.2022) 
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Oklo Inc: Pedido de licença para novo reator

Oklo Inc, empresa com sede na Califórnia, apresentou um Plano de Projeto de Licenciamento (LPP) à Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC) descrevendo o seu compromisso proposto de apoiar futuras atividades de licenciamento de reatores. Nesse caso, interações de pré-licenciamento como essa apoiarão um processo de revisão eficiente e eficaz, levando à comercialização de tecnologia avançada de projeto de reatores. Segundo Jacob DeWitte, CEO da Oklo, a empresa está trabalhando para apresentar esses recursos de forma similar a como o NRC licencia reatores de água leve. Apesar de ter um pedido negado antes, este fato não impediu a Oklo de reenviar uma licença voltada a uma aplicação futura. (WNN - 20.09.2022) 
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Rolls-Royce: Treinamento de engenheiros nucleares

A Rolls-Royce Submarines abriu uma nova academia de habilidades nucleares para treinar 200 engenheiros todos os anos. A empresa, com sede em Derby, no Reino Unido, fornece energia para todos os submarinos nucleares da Marinha Real britânica nos últimos 60 anos. A companhia juntou-se a especialistas da indústria e educação para criar o centro especializado na cidade e aumentar a capacidade nuclear no Reino Unido. O novo centro treinará 200 aprendizes todos os anos, pelo menos nos próximos 10 anos, em um projeto apoiado pelo Nuclear Advanced Manufacturing Research Centre, o National College for Nuclear, a University of Derby e o Derby City Council. Segundo Steve Carlier, presidente da Rolls-Royce Submarines, a crescente demanda por energia limpa e livre de carbono e os contratos de submarinos provavelmente sustentarão o departamento no próximo século. (BBC - 27.09.2022) 
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SaskPower: Seleção de local para implantação de SMRs

A SaskPower, concessionária canadense, identificou duas áreas na província de Saskatchewan - Estevan e Elbow - visando um estudo mais aprofundado para determinar a viabilidade de hospedar um pequeno reator modular (SMR). Para identificar essas áreas de estudo, a SaskPower usou critérios técnicos baseados nos requisitos das várias tecnologias SMR que a concessionária avaliou no início deste ano. Alguns desses critérios incluem a proximidade de um abastecimento de água adequado, infraestrutura de energia existente, força de trabalho, regulamentos e padrões nucleares. A partir disso, o trabalho de avaliação que vem pela frente está pautado nas avaliações ambientais e de impacto e no Processo de Avaliação Regional (REP). Este processo compartilhará informações atuais sobre o projeto com grupos indígenas potencialmente afetados, organizações regionais e de partes interessadas, bem como coletará informações sobre identidade regional, considerações de localização, desenvolvimento econômico potencial e preferências futuras de participação pública para apoiar seu processo regulatório e de localização. (WNN - 21.09.2022) 
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Turquia: Reator de Akkuyu 2 é instalado

A segunda unidade da usina nuclear de Akkuyu, na Turquia, teve a instalação de seu vaso de pressão do reator (RPV) concluída. A embarcação do reator - que mede 11,45 metros por 5,6 metros e pesa 343 toneladas - foi instalada em posição em uma operação que durou cerca de seis horas, usando um guindaste de esteira Liebherr 13.000, disse Akkuyu Nuclear, da Rosatom. Antes da instalação, um anel de suporte foi montado no prédio do reator para suportar o peso da embarcação. Segundo Sergey Butskikh, primeiro vice-diretor geral do Akkuyu Nuclear JSC e diretor do NPP em construção, a instalação do vaso do reator da unidade 2 é um dos principais eventos deste ano. (WNN - 22.09.2022) 
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Westinghouse: Cooperação para produção de reatores na Polônia

A Westinghouse Electric Company assinou Memorandos de Entendimento (MoUs) com 22 empresas na Polônia que permitem a cooperação na potencial construção de reatores AP1000 no país, bem como outros projetos potenciais na Europa Central. Segundo Mirosław Kowalik, o envolvimento da indústria polonesa na criação da indústria nuclear no país e sua primeira usina é absolutamente crucial. Além disso, o mesmo acredita que a indústria e as empresas polacas têm uma vasta experiência e know-how na construção de unidades de energia de todos os tipos, bem como muitas delas têm experiência em trabalhar em projetos nucleares em toda a Europa. (WNN - 23.09.2022) 
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Inovação e Tecnologia

Artigo GESEL: “O papel dos Pequenos Reatores Nucleares na Transição Energética: Uma visão a partir de aplicações industriais”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Lucca Zamboni (Pesquisador Sênior do GESEL), Vinicius Botelho (Pesquisador do GESEL), João Pedro Gomes (Pesquisador do GESEL) e Cristina Rosa (Pesquisadora Junior do GESEL) abordam o papel dos pequenos reatores nucleares na transição energética. Segundo os autores, “Observa-se, assim, que a crescente expectativa de retomada de construções de usinas nucleares impõe desafios relacionados à viabilização desses empreendimentos. Porém, mesmo que tecnicamente ainda em fase de testes pilotos, os SMRs apresentam múltiplas soluções em direção a um futuro de zero emissões líquidas de GEE. Neste sentido, o potencial de aplicação desta tecnologia para a cogeração é uma forma de aumentar a competitividade e as perspectivas de sua instalação, cujo investimento é elevado e os riscos associados ainda geram preocupação.” (ABDAN - 27.09.2022) 
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AIEA: Avanços em tecnologias de SMR

A Agência Internacional de Energia Atômica publicou uma nova edição de seu livreto bienal com atualizações sobre o desenvolvimento de tecnologias de SMR’s. O objetivo do documento é fornecer aos Estados-membros uma visão geral recente do status dos projetos de SMR. A edição atual abrange reatores refrigerados a água terrestres e marítimos, reatores refrigerados a gás de alta temperatura, reatores de espectro de nêutrons rápidos refrigerados a metal líquido, reatores de sal fundido e uma subcategoria chamada microrreatores com energia elétrica tipicamente de até 10 MW(e). Pela primeira vez, também, a cartilha fornece alguns insights sobre os desafios econômicos em implantação de SMRs, um resumo sobre como habilitar recursos de design para facilitar o descomissionamento de SMRs e um resumo sobre testes experimentais para verificação e validação de projetos. (AIEA - 26.09.2022) 
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AIEA: Transformações no setor nuclear por meio de inteligência artificial

A Agência Internacional de Energia Atômica publicou nesta quinta (22) um texto que abordava diferentes frentes nas quais inteligências artificiais podem atuar de modo a transformar as tecnologias nucleares. Entre os segmentos afetados encontra-se a energia nuclear: segundo a agência, a indústria pode aumentar eficiência e reduzir custos das operações ao combinar simulações digitais de instalações nucleares reais com sistemas de IA. O uso desses sistemas também auxilia nas manutenções preditivas, no monitoramento de processos e na identificação antecipada de anomalias. É possível, ainda, que os setores de segurança nuclear e proteção contra radiação se beneficiem das inteligências artificiais. (IAEA - 22.09.2022) 
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AIEA: Iniciativa sobre tecnologias inovadoras no descomissionamento

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) lançou uma iniciativa global destinada a impulsionar o papel de tecnologias novas e emergentes no descomissionamento de instalações nucleares. Esta iniciativa - um projeto colaborativo entre organizações envolvidas no planejamento ou implementação de descomissionamento e atividades de pesquisa associadas - visa fornecer informações sobre as novas e emergentes ferramentas e tecnologias digitais utilizadas na gestão de dados, planejamento, licenciamento e implementação de descomissionamento. Como muitas áreas do setor nuclear, o descomissionamento enfrenta um avanço tecnológico envolvendo o uso de tecnologias de ponta como inteligência artificial (IA), automação e digitalização. (WNN - 21.09.2022) 
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China: Mineral achado na Lua pode contribuir para fusão nuclear

A China revelou que um novo mineral descoberto no solo da Lua em 2020, chamado Chanhesita-(Y), após análises das amostras de sua missão espacial Chang’e-5, na teoria, pode gerar energia por fusão nuclear. Mas outro material encontrado pode permitir o uso ilimitado de energia proveniente de fusão nuclear. De acordo com reportagem da “Vice”, a mídia estatal chinesa, as amostras também contêm Hélio-3, uma versão do elemento Hélio que pode ser uma futura fonte de combustível nuclear. Este tipo de geração de energia aproveita o poder liberado por átomos que se fundem sob enormes pressões, como as dos interiores das estrelas. Porém, o caminho até lá não é tão fácil. Recentemente, a Korea Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR) chegou a registrar uma temperatura de íons acima de 100 milhões de graus Celsius – ainda que por apenas 30 segundos – por conta da instabilidade envolvida em uma fusão nuclear, o que a torna altamente desafiadora. A esperança é de que o Hélio-3, escasso na Terra, possa ser abundante na Lua, o que tornaria esse tipo de produção de energia viável. (Petronotícias - 25.09.2022) 
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EUA: NRC publica documento sobre regulamentação de fusão nuclear

A equipe da Comissão Reguladora Nuclear (NRC) dos Estados Unidos divulgou um white paper intitulado “Licenciamento e regulação de sistemas de energia de fusão”. O documento apresenta opções para regular os dispositivos de energia de fusão. Estabelecer uma estrutura legal clara para acomodar a indústria será fundamental para permitir que a incipiente indústria americana de fusão nuclear prospere nos próximos anos. O lançamento do white paper representa um importante passo inicial neste processo. Um dos desafios enfrentados atualmente decorre da Lei de Inovação e Modernização Nuclear. Nela, a definição da lei de um “reator nuclear avançado” inclui tecnologias de fissão e fusão. Dado os perfis de risco muito diferentes associados a essas duas tecnologias, regulá-las juntas sob a mesma estrutura pode não fazer sentido. Todas as usinas nucleares em operação no mundo atualmente utilizam fissão, enquanto a fusão ainda não é uma tecnologia viável ou comprovada. (Forbes - 17.09.2022) 
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EUA: Financiamento para pesquisas sobre fusão nuclear com fins lucrativos

O Departamento de Energia (DOE) anunciou no último Fórum Global de Ação de Energia Limpa, em Pittsburgh, que US$ 50 milhões serão destinados a empresas privadas de fusão nuclear em parcerias público-privadas. É a primeira vez que quantias substanciais são destinadas para projetos com fins lucrativos; o governo dos EUA, contudo, investe dinheiro federal em pesquisa científica de fusão desde a década de 1950, majoritariamente para laboratórios e universidades nacionais e para o principal projeto de pesquisa internacional na França, o ITER. Segundo Andrew Holland, CEO do grupo comercial da indústria de fusão, o DOE faz aporte de US $ 700 milhões por ano em pesquisa de fusão. A medida é mais uma sinalização de que o governo americano pretende investir massivamente em alternativas verdes para produção de energia. Embora o programa seja atualmente financiado em US$ 50 milhões nos próximos 18 meses, o Congresso autorizou gastos de até US$ 415 milhões em orçamentos futuros. O programa de financiamento público-privado foi autorizado pela primeira vez na Lei de Energia de 2020. (CNBC - 26.09.2022) 
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Framatome: Componente de aço feito em impressora 3D é instalado em reator sueco

A Framatome, empresa francesa de reatores nucleares, concluiu a instalação do primeiro componente de combustível de aço inoxidável impresso em 3D na usina nuclear de Forsmark de Vattenfall, na Suécia. Em colaboração com o fabricante alemão de bombas e válvulas KSB, as grelhas superiores Atrium 11 foram projetadas, fabricadas e instaladas na unidade Forsmark 3 para um programa de irradiação de vários anos. Nesse caso, localizada na parte superior do conjunto de combustível Atrium 11, a grade da placa de amarração superior é um componente de suporte de peso não estrutural que prende as hastes de combustível e impede que detritos maiores entrem no conjunto de combustível pela parte superior. Em suma, as grades das placas de amarração superiores são facilmente inspecionadas e as amostras são acessíveis para qualificar este novo processo de fabricação para uso no reator, conforme necessário. (WNN - 21.09.2022) 
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Geração nuclear se apresenta como alternativa para produção de Hidrogênio

Outro setor que também olha para a produção de hidrogênio é o de geração de energia nuclear. Em julho deste ano, um grupo de mais de 40 organizações da indústria nuclear, organizações não governamentais (ONGs), governos e academia lançou a Iniciativa do Hidrogênio Nuclear (NHI, na sigla em inglês), coalizão internacional para discutir o uso da fonte nuclear para a produção de H2. Isso porque é possível usar a eletricidade gerada pela fonte nuclear na eletrólise tradicional para produzir hidrogênio. A energia nuclear não usa combustíveis fósseis, por isso, é vista como solução para produzir o combustível sem emissão de carbono. (Valor Econômico - 21.09.2022) 
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UNECE: Interação tecnológica, energia nuclear e o conceito de neutralidade de carbono

Segundo o novo relatório da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), a energia nuclear desempenha um papel significativo para a obtenção da neutralidade de carbono na América do Norte, Europa e Ásia Central. O relatório – intitulado "Carbon Neutrality in the UNECE Region: Technology Interplay sob o Carbon Neutrality Concept" – identifica uma série de soluções tecnológicas e políticas para a região atingir a neutralidade de carbono até 2050. Para isso, o documento apresenta três cenários: um cenário de referência, um cenário base de neutralidade de carbono e um cenário de inovação de neutralidade de carbono. A partir da observação destes, conclui-se que se reatores avançados, como os SMRs, forem implantados com sucesso para complementar reatores nucleares de grande escala e houver progresso na introdução de infraestrutura de hidrogênio de baixo carbono, o papel da energia nuclear será ainda maior no processo de neutralidade. (WNN - 21.09.2022)  
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Romênia: Conclusão da revisão de projeto para SMR

Uma equipe de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concluiu uma revisão de segurança do processo da Romênia para selecionar o local de implantação de um SMR, que pode se tornar o primeiro construído na Europa. A missão SEED — que ocorreu de 22 a 24 de agosto — foi a primeira missão SEED da IAEA a analisar a seleção de locais para um SMR. Missões SEED são designadas para auxiliar os Estados Membros da AIEA em diferentes estágios no desenvolvimento de um programa de energia nuclear. A equipe da missão forneceu algumas recomendações adicionais para o projeto romeno, incluindo uma possível fase de coleta de dados adicionais para seleção do local e uma abordagem graduada adequada para seleção da tecnologia específica do SMR. O local avaliado atualmente pela equipe da Romênia é a comuna de Doicești, que fica a cerca de 90 km da capital Bucareste. (IAEA - 15.09.2022) 
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Meio Ambiente

AIEA: Sistema de alerta precoce para desastres naturais

O EENS baseado na web não incluirá apenas informações sobre eventos ocorridos, mas também preverá alguns eventos e seu impacto potencial nos principais centros populacionais e instalações nucleares. Durante o lançamento, Günther Winkler, oficial do sistema de resposta a incidentes e emergências da AIEA (IEC), afirmou que EENS foi projetado para fornecer avaliações iniciais da gravidade de eventos externos em instalações nucleares, fornecendo o potencial de identificação dos riscos naturais que podem afetar a segurança nuclear ou radiológica para este equipamento. Em suma, o sistema auxiliaria na troca de informações ou na coordenação da assistência internacional entre os Estados Membros. (WNN - 28.09.2022) 
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UNECE: Interação tecnológica, energia nuclear e o conceito de neutralidade de carbono

Segundo o novo relatório da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), a energia nuclear desempenha um papel significativo para a obtenção da neutralidade de carbono na América do Norte, Europa e Ásia Central. O relatório – intitulado "Carbon Neutrality in the UNECE Region: Technology Interplay sob o Carbon Neutrality Concept" – identifica uma série de soluções tecnológicas e políticas para a região atingir a neutralidade de carbono até 2050. Para isso, o documento apresenta três cenários: um cenário de referência, um cenário base de neutralidade de carbono e um cenário de inovação de neutralidade de carbono. A partir da observação destes, conclui-se que se reatores avançados, como os SMRs, forem implantados com sucesso para complementar reatores nucleares de grande escala e houver progresso na introdução de infraestrutura de hidrogênio de baixo carbono, o papel da energia nuclear será ainda maior no processo de neutralidade. Para ter acesso ao relatório na íntegra, clique aqui: https://unece.org/sites/default/files/2022-09/Technology%20Interplay_final_2.pdf. (WNN - 21.09.2022)
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Internacional

AIEA: Zona de segurança em usina nuclear na Ucrânia

O bombardeio na manhã de quarta-feira (21/9) no local da Usina Nuclear de Zaporizhzhya (ZNPP) da Ucrânia danificou os cabos que fornecem eletricidade para uma de suas seis unidades, forçando temporariamente este reator a depender de geradores a diesel de emergência para a energia necessária para funções essenciais de segurança. A AIEA foi informada no local pela equipe operacional ucraniana e o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, está em Nova York para consultas na ONU acerca da proposta de estabelecimento de uma zona de segurança e proteção nuclear ao redor da usina ucraniana. Estão em curso trabalhos de reparação dos cabos danificados e de restabelecimento da ligação da unidade afetada à linha de alimentação externa da usina. (IAEA - 21.09.2022) 
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AIEA: Nova projeção de crescimento da energia nuclear até 2050

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, diz que as mudanças climáticas e a crise energética levaram mais países a ver a energia nuclear como uma solução, à medida que a AIEA aumenta sua previsão para capacidade nuclear futura. A partir disso, ao levar em conta o aumento do interesse pela energia nuclear em todo o mundo, a AIEA revisou para cima em 10% sua projeção voltada ao crescimento da capacidade de geração de energia nuclear até o ano de 2050. Esta projeção prevê a capacidade mais do que dobrando para 873 GW. Além disso, Grossi espera continuar conversas detalhadas com a Ucrânia e a Rússia sobre uma zona de segurança em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia, apesar da nova ameaça da Rússia lançar mão de suas armas nucleares. (ABDAN - 28.09.2022) 
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Eventos

Conferência da AIEA: EBSE vê boas perspectivas de crescimento do setor nuclear brasileiro

O Brasil e o seu mercado de energia nuclear foram um dos destaques na 66ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Isso porque o aumento do uso da energia nuclear em vários campos de atuação, chamou a atenção das empresas brasileiras que integram a delegação que acompanha os debates e as reuniões plenárias, além dos encontros reservados que estão sendo realizados. De acordo com Marcelo Bonilha, presidente da empresa fornecedora de equipamentos para usinas nucleares brasileiras EBSE, pode-se dizer que o Brasil é um país de destaque nessa área com a proximidade de uma nova licitação para Angra 3 e o projeto do submarino nuclear que encontra-se a pleno vapor. (ABDAN - 29.09.2022) 
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Conferência da AIEA: ABDAN participa de sessão sobre avanços em SMRs

Um ano após o lançamento da Plataforma AIEA sobre Pequenos Reatores Modulares (SMRs) e suas Aplicações, especialistas da AIEA e de todo o mundo se reuniram em um evento durante a 66ª Conferência Geral da AIEA para avaliar suas conquistas e perspectivas no apoio ao desenvolvimento, implantação, licenciamento e supervisão de SMRs em todo o mundo. O evento incluiu uma visão geral das últimas atualizações na plataforma, bem como apresentações sobre a Estratégia de Médio Prazo para SMRs da AIEA e sobre a iniciativa de harmonização e padronização nuclear relacionada.Além disso, na coferência apresentou-se também o apoio da AIEA a SMRs ao Brasil e Jordânia e ao novo portal online da plataforma, além de duas novas publicações da AIEA: "Pequenos Reatores Modulares: Um Novo Paradigma de Energia Nuclear e a última edição da Advances in Small Modular Reactor Technology Developments." (ABDAN - 29.09.2022) 
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Eletronuclear e AIEA: Curso sobre descomissionamento de usinas nucleares

A Eletronuclear sedia nesta semana, na central nuclear de Angra dos Reis, um curso organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) – ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) – sobre o descomissionamento de usinas nucleares. Organizado todos os anos pela entidade ao redor do mundo, o treinamento está sendo realizado pela primeira vez em território brasileiro. Ao todo, 31 participantes de diversos países – incluindo Brasil, República Tcheca, Hungria, Paquistão, Egito e Indonésia, entre outros – integram a capacitação. Quatro instrutores da AIEA coordenam o curso: dois suecos, um alemão e um francês. (Eletronuclear - 19.09.2022) 
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