A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) encaminhou uma carta à diretoria-geral da Aneel em apoio ao pedido de sandbox regulatório — política experimental baseada em testes e simulação de hipóteses regulatórias — sobre open energy apresentado pela Lemon Energia. Com a aplicação do modelo de open energy, o consumidor pode compartilhar os dados de consumo de energia elétrica como e quando desejar, em linha com Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para isso, os dados precisam ser disponibilizados em formato de máquina com canal de comunicação unificado. A expectativa da associação é que a medida promova maior engajamento do consumidor de energia com as informações da conta de luz, além de uma maior atuação de empresas de tecnologia no setor elétrico, redução da assimetria da informação e redução dos custos operacionais, o que resultaria em tarifas menores. (epbr– 21.07.2022)

A Agência de Fomento Paulista (Desenvolve SP) triplicou os investimentos na linha ESG para projetos verdes, que incluem crédito para eficiência energética, energia renovável, água, saneamento e gestão de resíduos sólidos. Desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020, até junho de 2022, foram desembolsados R$ 273,5 milhões. Nos três anos anteriores à pandemia (2017, 2018 e 2019), os investimentos foram de R$ 90,5 milhões. O fomento faz parte da estratégia do estado de São Paulo para zerar emissões de gases de efeito estufa até 2050. A captação de recursos da agência inclui o financiamento de micro e pequenas empresas, projetos de eficiência energética, além de projetos para instalação de equipamentos para produção de energia renovável, placas solares, aerogeradores, caldeiras a biomassa, equipamentos para pequenas centrais hidrelétricas, gás e aterros, por exemplo. (epbr – 21.07.2022)

Os investimentos em tecnologias de transição energética, embora tenham atingido níveis recordes, ainda não são grandes o suficiente. De acordo com dados recentes da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), em 2021, cerca de 84% desses investimentos foram na China, Europa, Estados Unidos, Japão e Índia. O Oriente Médio e a África representaram 2% do total de investimentos. Os desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento na mobilização de capital existiam antes da pandemia, mas se intensificaram devido a problemas de acesso a financiamento, investimentos públicos e privados limitados e cumprimento das obrigações do serviço da dívida. Para discutir esses desafios, a IRENA, os governos da Alemanha e dos Emirados Árabes Unidos organizaram um evento no dia 13 de julho, reunindo várias partes interessadas do setor público e privado. Os participantes também discutiram várias plataformas de financiamento que oferecem possíveis soluções para os desafios. (IRENA – 21.07.2022)

Desde 2006, a China é o maior emissor mundial de dióxido de carbono. As 11 bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono liberadas em 2020 representam cerca de 30% das emissões globais naquele ano. Em contrapartida, a China também é um participante ativo nas discussões globais sobre como conter as mudanças climáticas. O último plano quinquenal do país, abrangendo 2021-2025, colocou a descarbonização e a “construção de um motor do desenvolvimento verde” no centro da formulação de políticas. Para atingir suas metas ambiciosas de pico de carbono e neutralidade de carbono, a China precisa fechar uma lacuna de financiamento anual, através do desenvolvimento de esquemas de financiamento verde muito mais sofisticados. Além disso, ao centro dessa transição, também é necessário o investimento em novas tecnologias para descarbonizar as indústrias pesadas no período 2020-2060. (World Economic Forum – 21.07.2022)

Preços altos no mercado de energia, consequências da guerra Rússia-Ucrânia, aceleram a mudança para as energias renováveis, porém, problemas e obstáculos para essa transição variam de acordo com a região. É possível observar no cenário atual que os preços elevados sustentados e as preocupações com a segurança energética aceleram a transição energética. Além disso, também é possível observar como a cadeia inflacionária norte americana e a cadeia de suprimentos impulsionam a diversificação tecnológica. Por fim, apesar de ter sido atenuada pelos novos bloqueios de Covid da China no segundo trimestre de 2022, a demanda de energia da Ásia-Pacífico deve retomar sua forte recuperação no segundo semestre do ano. Aumentos dramáticos de preços de GNL, carvão, óleo combustível e diesel irão gradualmente se refletir nos preços de energia do usuário final que, como em outros lugares, permanecerão altos até pelo menos 2025. (Wood Mackenzie – 22.07.2022)

A administração Biden-Harris anunciou a aprovação do Departamento do Interior para a construção do projeto Ten West Link Transmission Line, que facilitará o aumento do desenvolvimento e entrega de energia renovável no Arizona e na Califórnia. O projeto representa outro marco significativo nos esforços para reduzir os custos de energia dos consumidores e modernizar a infraestrutura de energia da América no Ocidente, permitindo pelo menos 25 GW de produção solar, eólica e geotérmica em terras públicas até 2025. O projeto fornecerá infraestrutura de transmissão crítica para apoiar o desenvolvimento de futuros recursos de energia solar em grande escala e aumentará a confiabilidade do sistema de energia em massa para milhões de clientes no centro do Arizona e no sul da Califórnia.(TD World – 19.07.2022) 

A ENGIE North America e os grupos de comércio de energia limpa estão apoiando uma proposta da ISO New England para exigir que os recursos energéticos distribuídos (RED) passem pela revisão da interconexão estadual em vez do processo do operador da rede. A proposta abordaria uma “barreira aguda” à participação no mercado, que prejudicou os desenvolvedores de RED na Nova Inglaterra, bloqueou o progresso em direção às metas da política estadual para o desenvolvimento de recursos distribuídos e criou encargos desnecessários para a ISO-NE, disse Economia de Energia Avançada em comentários apresentados na quarta-feira em Comissão Federal Reguladora de Energia (FERC). 

O Nordeste bateu mais um recorde de geração instantânea solar no dia 16 de julho, às 11h20, quando atingiu 2,984 GW, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O volume seria suficiente para abastecer 30,5% da demanda da região naquele minuto. Ainda de acordo com cenários traçados pelo ONS, o aumento crescente da micro e mini geração solar distribuída no Brasil, ou seja, a energia produzida pelos painéis solares que ficam nos telhados das residências, terrenos e empresas do país, deverá sair dos atuais 11,9 GW, em 2022 para 20 GW em 2025, segundo estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). (BroadCast Energia – 21.07.2022)

Startup do Rio de Janeiro busca simplificar e democratizar a utilização da energia solar, principalmente para quem mora em apartamento e não pode instalar painéis fotovoltaicos em sua propriedade. A Reverde investe em fazendas fotovoltaicas e por meio de um marketplace e entrega a energia nas residências através das concessionárias, com a economia vindo dos créditos gerados pela produção renovável e descontado nas tarifas. Por enquanto a solução vale para a capital fluminense e algumas regiões do interior, com o cliente que aderir aos planos de assinatura passando a receber uma nova fatura personalizada com redução de até 15% no valor e que automaticamente quita o débito com a distribuidora, no caso a Light. A modalidade é conhecida como Geração Distribuída Compartilhada. (CanalEnergia – 18.07.2022) 

A derrubada dos vetos presidenciais na Lei no. 14.300, o marco legal da geração distribuída, foi comemorada pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A percepção é de que essa ação do Congresso Nacional ajudará a acelerar os investimentos na fonte solar no país com a redução de custo de CAPEX e ampliação das áreas potenciais de aportes. Na avaliação de Bárbara Rubim, vice-presidente de Geração Distribuída da Absolar, essa medida traz mais um estímulo ao mercado brasileiro e deve acelerar os investimentos em energia solar no país. “Na prática, o enquadramento da geração própria de energia renovável como projeto de infraestrutura, também permite o acesso à financiamento mais competitivo pelo mercado, reduzindo o preço da energia aos consumidores”, aponta a executiva. (CanalEnergia – 15.07.2022)

Com a crescente demanda por instalações de autoconsumo, principalmente de energia fotovoltaica, as empresas devem se adaptar para poder atender às necessidades do setor. E neste sentido, a digitalização de todas as suas operações é fundamental para o seu desenvolvimento. Para atingir esse objetivo, a Wattwin fornece ferramentas técnicas que cobrem todo o ciclo de vida das instalações de energia renovável, desde a captura de oportunidades até o planejamento de sua manutenção. O mercado de autoconsumo vive um momento de crescimento exponencial. Os dados falam por si: em 2021 as instalações de autoconsumo na Espanha cresceram mais de 100%. “Por esta razão, e dado o enorme impulso que o setor está experimentando, todos os atores são obrigados a se antecipar e se adaptar a essas mudanças e oferecer às empresas soluções que atendam a essas novas necessidades”, explicam representantes da Wattwin. (Energias Renovables – 25.07.2022)

O governo da Macedônia do Norte melhorou recentemente o esquema de net metering para instalações solares e lançou um esquema de desconto de € 1 bilhão para apoiar a implantação de sistemas fotovoltaicos em telhados. O Ministério da Economia melhorou o regime de net metering, aumentando o tamanho máximo para sistemas fotovoltaicos residenciais elegíveis para injetar energia excedente na rede de 4 para 6 kW e de 20 para 40 kW para painéis solares comerciais. Quanto ao esquema de descontos, ele cobrirá até 30% dos custos de compra e instalação de um sistema fotovoltaico, com um valor máximo de MKD 62.000 (US$ 1.025) disponível para cada projeto. Além disso, foi informado que o chefe do órgão regulador de energia do país – o ERC – prometeu eliminar todas as taxas de rede que atualmente são aplicadas a consumidores residenciais e comerciais que instalam sistema fotovoltaico. (PV Magazine – 22.07.2022)

As implantações de armazenamento de energia da Tesla diminuíram 11% no segundo trimestre para 1,1 GWh, em comparação com o mesmo período do ano passado. A queda se deve, predominantemente, aos desafios relacionados à aquisição de semicondutores, informou a empresa na quarta-feira. A implantação solar, por sua vez, aumentou 25% ano a ano, atingindo 106 MW – a maior em quatro anos, de acordo com a Tesla. Embora a empresa ainda enfrente atrasos na importação de componentes solares, também ampliou sua base de fornecedores. “O limitador de taxa fundamental para a transição energética da Terra é a rapidez com que você pode aumentar a produção da bateria de íons de lítio por ano”, disse o CEO da Tesla, Elon Musk, na teleconferência de resultados da empresa na quarta-feira. “[Porque] você precisa de baterias para dois dos pilares da sustentabilidade – o armazenamento estacionário e para veículos.” (Utility Dive – 21.07.2022)

A concessionária polonesa PGE anunciou seu plano para construir um sistema de armazenamento de energia híbrida de 820 MWh na usina hidrelétrica reversível de Żarnowiec. A PGE está agora solicitando financiamento europeu e procurando investidores para financiar o projeto. De acordo com a PGE, o projeto integrará a usina reversível de 716MW existente em Żarnowiec com o novo sistema de armazenamento de energia por bateria (BESS), resultando em uma instalação híbrida com capacidade de 921MW. Isso fornecerá energia para aproximadamente 200 mil residências por pelo menos 5 horas e fornecerá serviços de balanceamento muito necessários para o sistema de energia polonês, especialmente à medida que mais energias renováveis são integradas. (Power Engineering International – 25.07.2022)

A Comissão de Serviço Público (PSC) do estado da Geórgia, EUA, aprovou o Plano de Recursos Integrados (IRP) de 2022 da concessionária estatal Georgia Power. O IRP mapeia como a empresa implantará mais energia renovável e tecnologia de armazenamento de energia nos próximos três anos, bem como fortalecer a rede do estado de linhas de transmissão e infraestrutura de rede. O plano fará com que a empresa implante 2,3 GW de novos recursos de energia renovável nos próximos três anos, com seu plano de longo prazo visando um total de 6 GW de recursos renováveis adicionais até 2035. Ele também verá 500 MW de armazenamento de energia em bateria implementado. No entanto, ao anunciar o arquivamento do plano em janeiro, a Georgia Power disse que havia solicitado o direito de possuir e operar 1 GW de armazenamento de bateria até 2030. (Energy Storage – 26.07.2022)

Embora tenha fechado suas fábricas no Brasil em janeiro de 2021, a Ford vem investindo em um Centro de Desenvolvimento e Tecnologia em território brasileiro. Com sede em Camaçari, na Bahia, a estrutura conta com mais de 1.500 pessoas que atuam nos projetos globais da marca. O centro possui estúdios de design, laboratórios de realidade virtual e de Teardown (onde ocorre a análise de componentes). Além disso, há um novo espaço para a D-Ford que, de acordo com a montadora, atua como uma startup focada em pesquisas de mercado, nas necessidades dos consumidores e no investimento necessário em inovação. A Ford esclarece que grande parte das pesquisas do centro são voltadas ao desenvolvimento de veículos eletrificados, softwares para carros autônomos e conectividade. (O Estado de São Paulo – 17.07.2022)

A companhia de estacionamentos brasileira Estapar firmou uma parceria com a Mobilize, unidade de negócios do Renault Group. A parceira visa o desenvolvimento de carregamento elétrico gratuito aos proprietários de veículos 100% elétricos da montadora. O carregamento gratuito será feito via Ecovagas, braço de carregamento elétrico da Estapar criado em parceria com a Enel Brasil. Inicialmente, o acordo prevê a inclusão gratuita por dois anos aos clientes da montadora. O modelo de parcerias tem sido uma estratégia bastante usada no setor para incentivar a popularização dos carros elétricos no país, cujas vendas têm crescido. Para além da Renault, a Ecovagas tem parcerias também com a Stellantis e Volvo. Os pontos de recarga da Ecovagas estão disponíveis para uso de todos os veículos eletrificados com plug padrão tipo 2, mas a gratuidade nos pontos de recarga é somente para os clientes das empresas parceiras da Estapar. (Valor Econômico – 20.07.2022) 

A produção de estações de carregamento de veículos elétricos (VEs) pela WEG, empresa global de equipamentos eletroeletrônicos, deve continuar focada no Brasil e na América Latina, disse o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, André Salgueiro. Durante a teleconferência sobre resultados do segundo trimestre do ano, Salgueiro lembrou a analistas que a empresa é a única a produzir esse tipo de equipamentos no Brasil e que tem construído parcerias com montadoras para continuar ampliando sua participação nesse mercado no país. Entre as parcerias com outros países, Salgueiro citou a Argentina e disse que com o crescimento desse mercado na região pode haver expansão para outros países. (Valor Econômico – 20.07.2022) 

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela agência de estatísticas da Noruega, Statistics Norway, os veículos elétricos à bateria somam, em média, mais quilometragem anualmente do que os carros movidos exclusivamente a gasolina ou diesel. Os VEs têm custos operacionais muito mais baixos, provocando uma mudança de preferência de utilização pelos motoristas. Outro ponto interessante é que os veículos híbridos também apresentam números relativamente altos, se posicionando atualmente lado a lado com VEs puros e veículos a diesel. Apesar do avanço, os VEs ainda representam apenas 17% de todos os quilômetros percorridos pela frota de automóveis de passageiros na Noruega e apenas cerca de 1,5% de todos os quilômetros percorridos pela frota global. (Bloomberg – 20.07.2022)

As vendas de veículos elétricos (VEs) na América Latina estão subindo, os números de vendas para o primeiro semestre de 2022 mostram um crescimento forte, embora desigual, impulsionado por uma combinação de fatores, como programas de incentivo do governo, aumento dos preços dos combustíveis convencionais e uma gama mais ampla de modelos de VE disponíveis. Brasil e México são os maiores mercados de VEs da região, mas mesmo nesses países, espera-se que os VEs atinjam apenas 2% e 4%, respectivamente, do total de vendas de veículos até 2025, prevê a Bloomberg New Energy Finance (BNEF), provedora de pesquisa estratégica. No Brasil, o crescimento foi impulsionado pela expansão da infraestrutura de recarga e pelo aumento dos custos de combustível. O México, apesar de ser o segundo maior mercado, oferece apenas alguns incentivos fiscais. (Argus Media – 20.07.2022)

O Joint Office of Energy and Transportation, Divisão de VEs do Governo dos EUA, anunciou um financiamento de US $ 1,5 milhão para a National Association of State Energy Officials (NASEO) e a American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO). O financiamento será utilizado para promover a colaboração no desenvolvimento e implantação de uma rede nacional de carregamento de VE nos EUA. As principais objetivos do projeto incluem: facilitar o compartilhamento de informações e diálogos regionais para aumentar a capacidade, elevar as melhores práticas e garantir a coordenação em uma rede nacional de carregamento de VEs que também reflita as necessidades locais; identificar e fornecer dados, assistência técnica e programática para desenvolver, implementar e refinar os planos estaduais de cobrança de VEs; aprimorar a comunicação entre as agências estaduais e federais para permitir o planejamento e a implementação de carregamento de VEs eficazes, coordenados e oportunos. (Electric Energy Online – 21.07.2022)

O Serviço Postal dos EUA (USPS) está acelerando os esforços para eletrificar sua frota de entrega e se comprometeu a transformar 40% do total em veículos elétricos (VEs). A decisão amplia um compromisso anterior de eletrificar 10% de seus novos veículos de entrega que foi recebido com resistência do governo Biden e uma ação judicial de grupos conservacionistas. Defensores do meio ambiente e de VEs comemoraram o anúncio, mas também disseram que o serviço postal deve se mover mais rápido. “Esse plano significa que a maioria da frota postal ainda funcionará com gasolina, para a qual não há justificativa razoável”, disse o diretor executivo da Zero Emission Transportation Association, Joe Britton. (Utility Dive – 21.07.2022)

A operadora de rede Netze BW anunciou a conclusão de seu projeto de eletromobilidade em Wangen, Alemanha, que forneceu informações sobre os efeitos do aumento da penetração de veículos elétricos (VEs) na rede, ao mesmo tempo em que retrata o potencial das plataformas de carregamento inteligente para alívio da rede. No projeto “NETZlabor Intelligentes Heimladen” (Carregamento doméstico inteligente), oito residências em Wangen, usaram um VE para todas as viagens ao longo de seis meses. O projeto teve como objetivo fornecer insights práticos importantes sobre como o controle por meio de um sistema de medição inteligente deve ser projetado para apoiar a integração de VEs na rede elétrica da melhor maneira possível. O operador da rede queria descobrir quais desafios a rede elétrica local enfrenta como resultado do aumento da eletromobilidade. (Smart Energy International– 21.07.2022) 

Uma startup nigeriana apoiada pela empresa de private equity Lightrock pretende implantar veículos elétricos (VEs) em cerca de oito países africanos até o próximo ano, à medida que cresce a demanda por investimentos em transporte de baixa emissão. A Metro Africa Xpress levantou US$ 31 milhões no ano passado para desenvolver um mercado de VEs no continente, uma tarefa desafiadora devido à escassez crônica de energia na região. A empresa planeja entrar em países como Egito, Camarões e Uganda até 2023, em comparação com apenas Nigéria e Gana agora, de acordo com o CEO Adetayo Bamiduro. O investimento expandirá o número de carros da empresa de 8 mil para 100 mil no próximo ano, com a porcentagem de VEs subindo para de 4% para 20%, segundo o CEO da empresa. Além disso, Bamiduro afirmou que a empresa pretende ter uma frota inteiramente composta de VEs nos próximos 10 a 15 anos. (Gulf Business – 21.07.2022)

A Volvo Trucks construirá um corredor rodoviário de carregamento na Califórnia para caminhões elétricos, médios e pesados, com estações acessíveis ao público em todo o estado. A construção do projeto começará este ano, com cinco novas estações em operação até o final de 2023. Com o estabelecimento do corredor, a Volvo espera estimular rotas de caminhões elétricos mais longas. A Califórnia tem sido líder no impulso para a eletrificação de caminhões, aprovando uma legislação em 2020 obrigando os fabricantes a venderem apenas caminhões médios e pesados com emissão zero a partir de 2040. Para ajudar na construção da infraestrutura necessária para alimentar esses caminhões, o estado lançou um programa de financiamento para soluções de carregamento de caminhões, cujo a Volvo recebeu US$ 2 milhões para realização do projeto. (Utility Dive – 25.07.2022) 

Em grande parte das Filipinas, conjunto de 7.641 ilhas, o acesso constante das famílias à eletricidade é algo difícil de ser alcançado. A fim de distribuir o fornecimento de energia elétrica nessas áreas foi criado o programa de Terceiros Qualificados (QTP). Por meio do programa empresas privadas que possuíam as qualificações exigidas foram autorizadas a gerar e distribuir energia. Nos primeiros anos do programa QTP, desenvolvedores privados usavam geradores movidos a diesel, porém, melhorias tecnológicas como o surgimento de microrredes abriram caminho para o ressurgimento do programa QTP e levaram ao uso de energia renovável como fonte de energia. Devido às vantagens de usar microrredes inteligentes em áreas fora da rede, o Microgrid Systems Act (MSA) entrou em vigor em janeiro de 2022 como uma versão mais simplificada do antigo programa QTP, e com cronogramas acelerados para o processo seletivo competitivo e execução de projetos. (BusinessWorld – 27.07.2022)

À medida que os governos estaduais e locais perceberam a vulnerabilidade de suas concessionárias de energia a desastres naturais, mudanças climáticas e até ataques cibernéticos, muitos deles vêm explorando o uso de microrredes para operações resilientes. As microrredes tiveram grandes investimentos nos EUA este ano, com destaque da Maryland Energy Administration (MEA), administradora dos programas e políticas sobre energia do estado de Maryland, que lançou três iniciativas em fevereiro de 2022 para aumentar sua implantação. A mais recente beneficiária do programa da MEA é a Frostburg State University (FSU), que recebeu uma doação de US$ 750 mil para instalar uma nova microrrede de energia limpa para proteger seu campus de interrupções e fornecer energia a um abrigo de emergência local. O projeto utilizará um sistema avançado de controle de microrrede para gerenciar os painéis solares, armazenamento térmico, sistemas avançados de troca de calor e estações de carregamento de veículos elétricos. (GovernmentTechnology – 26.07.2022)

Os primeiros trabalhos de engenharia começaram em um projeto de usina híbrida em uma mina de urânio na República do Níger, de acordo com o produtor independente de energia Enernet Global. O trabalho começou na microrrede do Projeto Dasa da Global Atomic Corporation, empresa do setor de metais e mineração, que fica dentro de uma das seis zonas para as quais a empresa possui licenças de exploração de urânio no país africano. A usina precisa fornecer 12 MW de pico de carga para a mina, que será feito com uma combinação de capacidade de geração fotovoltaica de 16MW, um sistema de armazenamento de energia por bateria de 15MW (BESS) e 16MW de geração a diesel para backup. É o mais recente de uma linha de projetos em locais remotos de mineração em todo o mundo, onde as necessidades de energia são grandes, mas o acesso a uma capacidade de rede elétrica confiável suficiente geralmente não é. (Energy Storage News – 25.07.2022)

O relatório, “2022 State of Reliability”, publicado pela North American Energy Reliability Corp. (NERC), organização responsável pela confiabilidade elétrica da América do Norte, descreve as vulnerabilidades da rede que estão comprometendo a confiabilidade elétrica da América do Norte. A preocupação com o estado da rede é parte do que está levando empresas, instituições e comunidades a instalarem suas próprias microrredes. Os cinco motivos apontados pelo relatório que mostram a preocupação com a confiabilidade elétrica incluem: a ocorrência de quedas de energia; o surgimento de novos problemas, com a interdependência entre as indústrias de eletricidade e gás natural; imprevisibilidade de quando a rede estará em risco, pela ocorrência de condições atmosféricas anormais que impactam a rede; o aumento de ataques cibernéticos e problemas não resolvidos em inversores, o que causa preocupação já que em algumas áreas o pico de demanda não pode ser atendido sem geração renovável. (Microgrid Knowledge – 25.07.2022)

Os prédios administrativos da cidade de Nova York expandiram sua participação nos programas de resposta da demanda gerenciados pela concessionária Consolidated Edison (ConEd) em um esforço para aliviar o estresse da rede e reduzir os custos de eletricidade. Cerca de 555 instalações em dezenas de agências e organizações estão participando do programa neste verão, incluindo 90 novos participantes. A cidade de Nova York participa do programa de resposta da demanda da ConEd desde 2013. Desde então, as agências da cidade obtiveram receitas do programa de mais de US$ 100 milhões. Coletivamente, a participação da cidade em edifícios e agências pode reduzir o pico de demanda de energia em 115 MW. Além disso, os prédios da cidade também estão participando de um programa de resposta da demanda de inverno para reduzir o uso de gás natural. (Utility Dive – 21.07.2022)

A Divisão de Energia (ED) da California Public Utilities Commission (CPUC) recomendou que a comissão adotasse políticas que promovam a adoção de soluções de gerenciamento de recursos energéticos distribuídos e programas focados na flexibilidade da demanda, com objetivo de resolver problemas associados à integração em larga escala da geração intermitente à rede da Califórnia. Um desses problemas seria a redução da capacidade de geração eólica e solar quando a oferta é maior que a demanda, logo, os programas de resposta da demanda podem ajudar a solucionar o problema, por meio da mudança do consumo de energia como forma de balancear as reduções, de acordo com a ED. Além de uma taxa baseada na flexibilidade da demanda, a comissão pode propor taxas diferentes para os clientes com base nos níveis de renda, aumentar a acessibilidade e reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir de abordagens criativas para o gerenciamento da demanda do cliente, segundo a presidente da CPUC, Alice Reynolds. (Natural Gas Intelligence – 21.07.2022)

A Nuvve Holding Corp., uma empresa global de tecnologia limpa, e a San Diego Gas and Electric anunciaram um acordo que ajudará a reduzir as restrições na rede de energia da Califórnia, apoiando os distritos escolares locais e combinando tecnologia e serviços Vehicle-to-Grid (V2G) da Nuvve com o Programa de Redução de Carga de Emergência (ELRP) da concessionária. Por meio dessa parceria, as frotas de ônibus escolares elétricos equipadas com carregamento V2G por meio da plataforma GIVe da Nuvve podem fornecer energia de volta à rede durante eventos de redução de carga de emergência, permitindo que os clientes participem dos esforços de conservação de energia em caso de emergência da rede e recebam o pagamento por seus resultados de redução de carga. Combinado com a tecnologia V2G da Nuvve, os clientes qualificados da SDG&E podem participar do ELRP e receber US$ 2 por kWh para redução de carga verificada no processo. (Electric Energy Online – 20.07.2022)

O novo relatório da Berkeley Lab, membro do sistema nacional de laboratórios apoiado pelo Departamento de Energia dos EUA, e o The Brattle Group, prestadora de serviços de consultoria em economia, finanças e regulação, analisa medidas econômicas de eficiência energética residencial (EE) em uma concessionária padrão dos EUA no sudeste com uma carga de pico de verão. Além disso, o estudo examinou vários cenários, incluindo condições de negócios usuais e programas de incentivo. Nesse caso, a relação custo-benefício é definida com a perspectiva da concessionária. (Power Grid – 20.07.2022)

Estudantes de pós-graduação, municípios e escolas se beneficiarão de um acordo mútuo entre a Jersey Central Power & Light (JCP&L), distribuidora de energia de Nova Jersey, e a Sustainable Jersey, um programa de certificação para municípios de Nova Jersey que querem se tornar mais ecológicos, através do financiamento do programa Climate Corps Fellowship do Environmental Defense Fund (EDF). Este programa coloca estudantes de pós-graduação em municípios e distritos escolares para avaliar e buscar projetos que melhorem o desempenho energético. Para a JCP&L, isso marca o segundo ano de patrocínio como uma das várias concessionárias de Nova Jersey que patrocinam a bolsa de 2022. Segundo Jim Fakult, presidente de operações de Nova Jersey da FirstEnergy, empresa controladora da JCP&L, melhorar a eficiência energética proporcionará benefícios ambientais e econômicos de longo prazo para as comunidades locais. (Daily Energy Insider – 22.07.2022)

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) reconheceu a Life Time, Inc., parceira do Better Buildings Challenge, pelos avanços em eficiência energética feitos em todo o seu portfólio de clubes atléticos. A equipe do DOE e a liderança da Life Time visitaram o clube Chanhassen da organização para ver em primeira mão as tecnologias e procedimentos que permitiram à Life Time aumentar sua eficiência energética em quase 40% em todo o portfólio de edifícios. Em 2017, o Life Time tornou-se o primeiro health club a aderir ao Better Buildings Challenge, comprometendo-se a reduzir a sua intensidade energética em 20% em 10 anos. Agora, a empresa atingiu esse objetivo três anos antes por meio de uma variedade de medidas de eficiência e conservação de energia e água. Para atingir sua meta de eficiência energética, algumas das medidas tomadas foram a adaptação da iluminação interna e externa para LED, e comissionamento de mais de 3 mil unidades de telhado. (EE Online – 20.07.2022)

Por meio de um Aviso de Intenção (NOI) cobrindo US$ 225 milhões para governos estaduais e locais, o Departamento de Energia dos EUA (DOE) se mudou para expandir a implementação dos mais recentes códigos de energia de construção e apoiar edifícios mais eficientes em termos de energia. De acordo com Jennifer Granholm, secretária de Energia dos EUA, elevar o padrão de eficiência dos novos edifícios da América trará economia nas contas de serviços públicos e fortalecerá o estoque de construção do país contra eventos climáticos extremos. Em suma, este investimento reduzirá as emissões de carbono, aumentará o foco em energia limpa e fornecerá de forma equitativa os benefícios de edifícios modernos para nossas comunidades. (Daily Energy Insider – 20.07.2022)

A Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC), agência reguladora de serviços do estado, em esforços contínuos para ajudar os consumidores a fazer escolhas informadas sobre seu fornecedor de energia elétrica, lançou a primeira fase de seu site de comparação de tarifas elétricas da Califórnia. O site oferece aos consumidores residenciais uma comparação das tarifas elétricas atuais que estão disponíveis para eles em concessionárias de propriedade de investidores e agregadores de escolha da comunidade. Os consumidores podem pesquisar informações sobre as taxas de serviços públicos usando um código postal, cidade, município ou o nome do provedor de energia. A próxima fase do site com funcionalidades adicionais será lançada no início de 2023. (Eletric Energy Online – 15.07.2022)

Três concessionárias de energia elétrica de Ohio de propriedade da FirstEnergy, holding apresentaram planos à Comissão de Utilidades Públicas de Ohio (PUCO) para expandir os investimentos em tecnologia de rede inteligente. As três concessionárias – Ohio Edison, Cleveland Electric Illuminating Company e Toledo Edison – propuseram um plano de investimento de US$ 626 milhões para quatro anos. O Ohio Grid Mod II baseia-se em atualizações do Grid Mod I realizado em 2019, que resultou em melhores tempos de restauração de interrupções para clientes em áreas onde a tecnologia foi instalada. O plano Grid Mod II inclui a instalação de equipamentos automatizados em cerca de 240 seções da rede de distribuição que podem isolar automaticamente os problemas, minimizar o número de clientes impactados por uma interrupção e restaurar rapidamente o serviço elétrico. Também inclui a instalação de cerca de 700 mil medidores inteligentes e descontos em termostatos inteligentes. (Daily Energy Insider – 20.07.2022)

A Administração de Segurança de Transportes (TSA) emitiu diretivas de segurança cibernética revisadas para fornecedores de petróleo e gás mais focadas em medidas baseadas em desempenho, após ampla contribuição de reguladores federais e partes interessadas do setor privado após o ataque de ransomware de maio de 2021 ao Colonial Pipeline. A agência exigirá que proprietários e operadores de gasodutos estabeleçam um plano de implementação de segurança cibernética; desenvolvam um plano de resposta a incidentes para responder a ataques; e estabeleçam um programa de avaliação de longo prazo para testar e auditar proativamente as medidas de segurança cibernética. “A diretiva estabelece um novo modelo que acomoda variações em sistemas e operações para atender aos nossos requisitos de segurança”, disse o administrador da TSA, David Pekoske, no anúncio.(Cybersecurity Dive – 22.07.2022) 

Expandir o acesso à cibersegurança de última geração é essencial para garantir o fornecimento confiável de eletricidade e combustível. Além disso, os riscos cibernéticos para a infraestrutura estão aumentando em meio à transição energética em andamento, e a expansão concomitante de dispositivos digitais no setor de energia. Pensando nisso, a Siemens Energy Inc, empresa de tecnologia de energia, anunciou que está se juntando à Amazon Web Services (AWS) e a Partner Network (APN), uma comunidade global que aproveita programas, conhecimentos e recursos para construir, comercializar, e vender ofertas de clientes. A solução de monitoramento e detecção industrial da Siemens Energy, a Managed Detection and Response (MDR), defende a infraestrutura crítica contra ataques cibernéticos, ajudando a proteger comunidades em todo o mundo contra interrupções na cadeia de suprimentos. A MDR ajudará os clientes a aproveitar a análise para proteger sua infraestrutura, reduzindo custos, melhorando a eficácia e reduzindo as emissões. (Hydrocarbon Engineering – 22.07.2022)

O relatório “Realizing America's Clean Energy Opportunity” apresenta os principais pilares necessários para que os Estados Unidos (EUA) acelerem uma estratégia regional de investimento em energia limpa, capitalizando os pontos fortes geográficos, criando receitas e empregos em todo o país. Isso porque os EUA podem competir na criação, fabricação e implantação de tecnologias de energia limpa de uma maneira que não apenas os coloquem no caminho da descarbonização, mas também impulsione o desenvolvimento econômico regional. O investimento regional em tecnologias de energia limpa, infraestrutura física e cadeias de suprimentos pode apoiar as economias regionais, acelerar o crescimento e promover uma sociedade dinâmica e inclusiva. (IEA – 07.2022)