O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), que ocorreu no dia 24 de junho, começou a julgar uma ação que questiona dispositivo da Constituição do Amazonas que veda a implantação de usinas nucleares e o tratamento de material radioativo no estado, a proibição da construção de depósitos de lixo atômico e de resíduos industriais tóxicos e corrosivos nos limites amazonenses. De acordo com o dispositivo constitucional do estado, a entrada de produtos explosivos e radioativos depende de autorização expressa do órgão estadual responsável pela política de meio ambiente. O julgamento teve como prazo final o dia 1º de julho. (R7 - 24.06.2022)

De acordo com a concessionária de energia, a estação de energia Koeberg da Eskom, poderá em breve adicionar 920 MW à rede, já que a partida do gerador da Unidade 2 progrediu com segurança e o trabalho planejado foi concluído. No entanto, a unidade não seria adicionada à rede até o final de junho, conforme planejado. Atualmente, espera-se que a unidade retorne ao serviço em meados de julho e levará cerca de dez dias para atingir a potência total. Além disso, este trabalho incluiu um grande escopo de trabalho de manutenção, bem como uma série de modificações de reforma da planta necessárias para a extensão da vida útil da Koeberg. (My Broad Band – 30.06.2022)

A perspectiva de escassez de gás neste inverno desencadeou uma disputa sobre a energia nuclear dentro da coalizão de governo da Alemanha. Os social-democratas (SPD) do chanceler Olaf Scholz e os tradicionalmente antinucleares Verdes da Economia e Ministro do Clima, Robert Habeck, se opõem a qualquer atraso no desligamento programado das três usinas nucleares restantes da Alemanha até o final deste ano. No entanto, os liberais democratas livres (FDP), que também estão na coalizão de Scholz, juntaram-se à oposição conservadora para pedir exatamente esse adiamento. Segundo 2Christian Dürr, chefe do grupo FDP no parlamento, Putin continua imprevisível, reforçando a necessidade de parar de gerar eletricidade a partir de gás, prolongar a vida útil das usinas nucleares e examinar a produção de gás no Mar do Norte. (Politico - 13.06.2022)

A guerra na Ucrânia impactos muito negativos nos mercados globais de energia, haja vista que a Rússia, desde o início da guerra, tem reduzindo severamente o fluxo de gás para a Alemanha, colocando o país em um estado de crise energética aguda, com os temores crescendo à medida que o próximo inverno se aproxima. Com isso, os líderes alemães enfrentaram um dilema: adiar o fechamento dos últimos três reatores nucleares restantes da Alemanha, que estavam programados para fechar até o final de 2022, ou tentar reativar usinas termelétricas movidas a carvão. Os legisladores alemães optaram pela segunda opção com o parlamento do país, notadamente com o apoio de membros do Partido Verde no governo de coalizão, aprovando uma legislação de emergência para reabrir usinas movidas a carvão, bem como outras medidas para aumentar a produção de energia renovável. Em suma, esta decisão representa um atraso para as metas climáticas de redução dos gases de efeito estufa da Alemanha.

Em artigo publicado na Nature, o pesquisador Nicolas Mazzuchi, discorre sobre a guerra na Ucrânia, a independência energética e sobre a energia nuclear. Segundo Nicolas, “há uma lição nisso tanto para o resto da Europa, quanto para o resto do mundo: a independência da energia russa é o caminho para evitar outra Ucrânia”. O pesquisador acredita que a melhor opção é investir em energia nuclear, ressaltando que “O Ocidente não desenvolveu uma estratégia clara sobre energia nuclear. Enquanto isso, um pequeno número de países avançou em suas tecnologias nucleares”. Por outro lado, a Rússia constrói mais de 30% dos novos reatores em todo o mundo, principalmente para Europa Oriental, Oriente Médio e subcontinente indiano. Outro player importante é a China, que também constrói cerca de 30% dos reatores, a maioria deles para própria China. Em termos de perspectivas futuras, destaca-se que as novas tecnologias nucleares são mais práticas e ágeis do que aquelas que existiam quando o fórum da Geração IV foi estabelecido. “Pequenos reatores modulares – aqueles com capacidade total de até 300 megawatts – são particularmente promissores. Eles oferecem flexibilidade em termos de projeto e manutenção da planta, pois podem ser substituídos módulo por módulo. Pequenos reatores poderiam trabalhar lado a lado com a energia verde e preencher lacunas de capacidade”. (Nature – 28.06.2022)

A Coreia do Sul retomará a construção de novos reatores nucleares na cidade industrial de Uljin, no leste do país, nos próximos dois anos, acelerando sua campanha de energia nuclear anunciada no início deste mês, disse o ministro da Energia em um briefing ao presidente Yoon Suk-yeol. De acordo com o ministro, Lee Chang-yang, a construção dos reatores Shin-Hanul nº 3 e nº 4 na província de Gyeongsang do Norte deve começar em 2024, acrescentando cerca de US$ 99 milhões em energia nuclear. O plano é uma continuação da mudança do governo Yoon na energia nuclear, revertendo a declaração feita pela administração anterior de Moon Jae-in de eliminar gradualmente a fonte de energia. Nesse caso, o projeto Shin-Hanul havia sido interrompido sob o plano de eliminação progressiva. Yoon disse que seu governo aumentará a parcela de energia nuclear gerada para 30% ou mais, até 2030. (ANN - 13.07.2022)

De acordo com uma empresa de energia nuclear do setor privado, uma usina nuclear pode estar operacional no nordeste da Estônia daqui a uma década,. A usina provavelmente utilizaria o novo tipo de reatores nucleares pequenos (SMR), que estão atualmente em desenvolvimento em outras partes do mundo. Embora a empresa Fermi tenha anunciado que estava apresentando um plano de inscrição no ano passado, a crise de energia no outono e no inverno passado e os temores de longo prazo sobre questões energéticas levantadas tornaram a questão mais premente. Porém, uma votação do Parlamento da UE resultou em alguns tipos de geração de energia nuclear permanecendo dentro da definição de sustentável. Kalev Kallemets, chefe da Fermi Energia, acrescentou que a usina não exigiria apoio estatal para sua construção, dizendo: "Se as decisões forem tomadas, será feito". (ERR – 08.07.2022)

A indústria nuclear dos Estados Unidos (EUA) está gerando menos eletricidade à medida que os reatores se aposentam, mas agora os operadores das usinas esperam quase dobrar sua produção nas próximas três décadas, de acordo com a associação comercial do setor. A expansão massiva prevista pelas concessionárias depende da funcionalidade de um novo tipo de reator nuclear que é muito menor do que os reatores tradicionais. Cerca de duas dúzias de empresas americanas estão desenvolvendo reatores avançados, com alguns que podem entrar em operação até o final da década se a tecnologia for bem-sucedida e os reguladores federais aprovarem. As concessionárias que são membros do projeto do Instituto de Energia Nuclear podem adicionar 90 GW de energia nuclear à rede dos EUA, com a maior parte entrando em operação até 2050, de acordo com a associação. (ABC News – 21.07.2022)

O financiamento para prolongar a vida útil da usina nuclear de Diablo Canyon faz parte de um projeto de lei controverso que visa abordar algumas das preocupações mais prementes do governador Gavin Newsom: manter a confiabilidade da rede elétrica cada vez mais tensa do estado da Califórnia e evitar a perspectiva de apagões. O projeto de lei negociado pelo governador Gavin Newsom e aprovado pelos legisladores na quarta-feira aloca um fundo de reserva de até US$ 75 milhões ao Departamento de Recursos Hídricos do estado para prolongar a operação de usinas de energia antigas, programadas para fechar. Como parte do pacote de energia do orçamento, os legisladores também estão negociando disposições que prolongariam o uso de quatro usinas a gás natural que agora estão programadas para começar a ficar offline no próximo ano. (Planetizen – 11.07.2022)

As sirenes ouvidas perto da usina nuclear de Seabrook, nos Estados Unidos, foram um alarme falso, de acordo com as autoridades locais e a empresa que opera a usina. De acordo com a Segurança Interna e o Gerenciamento de Emergências de New Hampshire, os funcionários da usina notificaram que uma ativação inadvertida da sirene aconteceu. Por fim, conclui-se que não havia emergência na fábrica e nenhum perigo para o público, não havendo necessidade de evacuação. Em suma, a ativação das sirenes foi enviada com erro durante o teste do sistema. (NHPR - 12.06.2022)

Não há razões ambientais que impeçam uma empresa com sede em Nova Jersey de construir uma instalação multibilionária, no sul do Novo México, para armazenar temporariamente toneladas de combustível nuclear usado de usinas comerciais em todo o país, disse a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA. A Comissão emitiu sua revisão ambiental final do projeto, marcando um passo importante à medida que a Holtec International busca uma licença para construir e operar a instalação. Apesar disso, uma revisão de segurança ainda está pendente e o governador do Novo México e membros da delegação do Congresso do estado têm se oposto ao projeto, argumentando que o estado pode se tornar uma zona de sacrifício se mais lixo nuclear for enviado de outros lugares. Eles levantaram preocupações sobre o fracasso do governo federal em identificar uma solução permanente para lidar com o material radioativo que vem se acumulando nas usinas nucleares. A instalação, inicialmente, armazenaria até 8.680 toneladas métricas de combustível de urânio usado. A expansão futura pode abrir espaço para o combustível usado ao longo de seis décadas. (AP News – 13.07.2022)

De acordo com um novo relatório especial da International Energy Agency (IEA), à medida que o mundo enfrenta uma crise energética global, a energia nuclear tem o potencial de desempenhar um papel significativo em ajudar os países a fazer a transição segura para sistemas de energia dominados por energias renováveis. Em países que optam por continuar ou aumentar seu uso de energia nuclear, há perspectivas de redução da dependência de combustíveis fósseis importados, das emissões de dióxido de carbono e de permitir, ainda, que os sistemas de eletricidade integrem parcelas maiores de energia solar e eólica. Construir sistemas de energia sustentáveis e limpos será mais difícil, arriscado e caro sem energia nuclear, de acordo com o novo relatório, “Energia nuclear e Transições Seguras de Energia: dos desafios de hoje aos sistemas de energia limpa de amanhã”. Segundo a IEA, para atingir emissões líquidas zero, até 2050, a energia nuclear deverá dobrar entre 2020 e 2050. Mesmo assim, em meados do século, a energia nuclear representará apenas 8% do mix de energia global, que será dominado pelas energias renováveis. (IEA – 30.06.2022)

Desde 2017, 87% dos novos reatores que foram inaugurados são projetos russos e chineses, disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, em comunicado na quinta-feira. A energia nuclear pode ser um ator dominante no cenário de energia limpa da próxima geração, mas isso exigirá uma ação concertada e foco dos governos e da indústria privada, o que não está acontecendo agora, de acordo com o chefe da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Enquanto isso, Rússia e China estão dominando o espaço já que, desde 2017, 87% dos novos reatores que foram inaugurados usam projetos russos e chineses. Todavia, há uma grande oportunidade para a energia nuclear se tornar um componente importante dos mercados globais de energia à medida que o mundo desperta para os efeitos das mudanças climáticas, já que a geração de energia nuclear não emite nenhum dos gases de efeito estufa que causam o aquecimento global. Além disso, a guerra na Ucrânia contribuiu para um aumento nos preços dos combustíveis fósseis, tornando a energia nuclear mais atraente economicamente. (CBNC – 06.07.2022)

O Reino Unido parece estar a todo vapor em seus planos de energia nuclear. O governo britânico está incentivando o desenvolvimento de uma variedade de desenvolvimentos nucleares, pois oferece apoio a uma ampla gama de projetos de energia limpa para solidificar o futuro de sua segurança energética doméstica. Após a invasão russa da Ucrânia e a subsequente introdução de sanções à energia russa, várias potências europeias estão correndo contra o tempo para aumentar sua produção de combustíveis fósseis e energia renovável para ajudá-los a evitar escassez e garantir sua segurança energética. Em junho, o governo do Reino Unido comprou uma participação de 20% na usina nuclear Sizewell C, em Suffolk, por US$ 100 milhões, demonstrando sua dedicação a um futuro com energia nuclear no mix de energia. (Oil Price – 10.07.2022)

O Parlamento Europeu apoiou as regras da União Europeia (UE) que rotulam os investimentos em usinas de gás e nucleares como favoráveis ao clima, rejeitando uma tentativa de bloquear a lei gerou divergências entre os países. A votação ocorreu no dia 6 de julho e abriu o caminho para a proposta da União Europeia ser aprovada, a menos que 20 dos 27 estados membros do bloco decidam se opor à medida, o que é visto como improvável. A Comissão Europeia no início deste ano fez a proposta como parte de seus planos para construir um futuro amigável ao clima, dividindo os países membros e provocando protestos de ambientalistas pelo que eles criticam como “lavagem verde”. Mas os legisladores europeus rejeitaram sua resolução em uma votação de 328 a 278, com 33 legisladores se abstendo. O resultado foi anunciado sob uma salva de aplausos. (Aljazeera - 06.07.2022)

Os SMRs podem desempenhar um papel importante na descarbonização da eletricidade nos EUA, fornecendo energia livre de carbono, equilibrando os recursos solares e eólicos e sendo instalados em usinas de carvão fechadas e outras usinas fósseis, de acordo com um estudo divulgado pelo Breakthrough Institute. O Breakthrough estimou que os custos cairão com o aumento da implantação, mas há outras barreiras que precisam ser derrubadas, como: leis estaduais que proíbem ou restringem novas usinas nucleares para permitir a instalação de pequenos reatores em várias regiões geográficas. Essas novas tecnologias, se produzidas em escala podem fornecer de 19 a 48 GW em 2035 nos EUA e atingir até 470 GW em 2050, de acordo com Adam Stein, diretor de Inovação e Energia Nuclear da Breakthrough. No entanto, para que isso aconteça, deve haver muitas novas implantações nucleares no final da década de 2020 e início da década de 2030. (Utility Dive – 06.07.2022) 

Um pequeno reator nuclear modular (SMR) de origem americana a ser construído na Romênia está entre os primeiros projetos a serem apoiados como parte dos US$ 200 bilhões que o governo Biden pretende arrecadar em cinco anos para parcerias com países de baixa e média renda. O prêmio de US$ 14 milhões para a NuScale Power e a SN Nuclearelectrica da Romênia será destinado a um estudo de projeto de engenharia para um SMR de seis módulos e 462 MWe na cidade de Doicești. Os parceiros fornecerão em conjunto uma quantia correspondente para financiar o estudo de oito meses, que deve fornecer dados específicos do local sobre custo, construção, cronograma e licenciamento. Anunciado durante a cúpula do G7, em junho na Alemanha, a doação segue um compromisso que John Kerry, o enviado presidencial para o clima, fez ao presidente romeno Klaus Iohannis na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU em dezembro passado em Glasgow, Escócia. O projeto SMR da NuScale é o primeiro a ser aprovado pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC), embora nenhum reator ainda tenha sido implantado comercialmente. (Financial Times – 08.07.2022)

A NuScale Power e a Paragon Energy Solutions assinaram um contrato de licença que permitirá o uso generalizado potencial da plataforma inovadora e avançada Highly Integrated Protection System (HIPS). A plataforma HIPS é uma arquitetura de sistema de proteção de reator desenvolvida em conjunto pela NuScale e Rock Creek Innovations (RCI), fornecedora de hardware de sistemas de proteção nuclear comercial, que foi adquirida pela Paragon em dezembro de 2021. Em 2017, a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) avaliou a plataforma HIPS desenvolvida para o SMR da NuScale, concluindo que é uma plataforma eficaz para instrumentação e sistemas de controle relacionados à segurança em aplicações nucleares. A assinatura desse contrato de licença permite que a indústria nuclear em geral implemente a plataforma HIPS aprovada pelo NRC. Destaca-se que este acordo impulsionará a indústria no cumprimento das metas globais de descarbonização no curto prazo, permitindo uma solução de proteção de reator eficiente, econômica e resistente à cibernética para outros projetos de reatores. (Financial Post – 12.07.2022) 

O SMR BWRX-300, da GE Hitachi Nuclear Energy (GEH), foi selecionado pela SaskPower para potencial implantação em meados da década de 2030. Jay Wileman, presidente da GEH salientou que "O BWRX-300 é a solução de tecnologia SMR ideal para a SaskPower e clientes que desejam causar impacto nas mudanças climáticas e na segurança energética em um prazo significativo". Em dezembro de 2021, a Ontario Power Generation (OPG) foi escolhida pela GEH como parceira de tecnologia para o Novo Projeto Nuclear de Darlington. A GEH está trabalhando com a OPG para implantar um BWRX-300 no site de Darlington que pode ser concluído já em 2028. "O Canadá tem uma robusta cadeia de fornecimento de energia nuclear que esperamos continuar a construir para apoiar a implantação global do BWRX-300", disse Lisa McBride, líder nacional da GEH SMR Technologies Canada, Ltd. O BWRX-300 não produz carbono durante a operação e foi projetado para atingir custos de construção e operação substancialmente mais baixos do que as tecnologias tradicionais de geração de energia nuclear. Essa combinação exclusiva posiciona a GEH para fornecer uma fonte de geração de energia de carga de base inovadora e livre de carbono nesta década. (Foro Nuclear – 08.07.2022)

A harmonização aprimorada das atividades regulatórias e a padronização das abordagens industriais são esperadas como resultado de uma nova iniciativa da IEAE, iniciada em junho. Reguladores nucleares seniores e líderes do setor se reuniram pela primeira vez sob a Iniciativa de Harmonização e Padronização Nuclear da IEAE (NHSI) nos dias 23 e 24 de junho. O objetivo foi discutir roteiros para acelerar a implantação segura de reatores nucleares avançados, com foco particular em pequenos reatores modulares (SMR). O NHSI visa facilitar a implantação segura de SMRs para maximizar sua contribuição nas busca pelo cenário de zero emissões líquidas de carbono até 2050. Na reunião inicial da semana passada, 125 participantes de 33 países trabalharam em duas faixas separadas, mas complementares - uma para reguladores e o outro para detentores de tecnologia e operadores – desenvolver um plano de trabalho conjunto até 2024. “Na energia nuclear, devemos ter os mais altos padrões de segurança e proteção nuclear – eles são indispensáveis para o público, governos e investidores. A segurança, a proteção e as salvaguardas nucleares serão o teste decisivo para reatores implantáveis na escala necessária. O NHSI não se trata de cortar custos – trata-se de acertar e chegar rápido”, afirmou o diretor-geral da IEAE, Rafael Mariano Grossi, durante a sessão de abertura. (IEAE – 04.07.2022)

A Comissão da NEA para a Segurança das Instalações Nucleares apoia o desenvolvimento da base de conhecimentos científicos e técnicos para a segurança das novas instalações nucleares (no caso, os SMRs). Em 2021, o CSNI estabeleceu um Grupo de Especialistas em Pequenos Reatores Modulares (EGSMR) para lidar com os desafios de segurança e desenvolver uma base científica sólida que apoie a demonstração de segurança das tecnologias avançadas e inovadoras usadas para SMRs. Para este fim, 39 especialistas, de 15 países, a Comissão Europeia, a AIEA e o Fórum Internacional Geração IV reuniram-se remotamente de 29 a 30 de junho para discutir a avaliação de segurança do SMR. O grupo abordou a ampla gama de tecnologias, desde reatores resfriados a água até reatores inovadores que estão atualmente em desenvolvimento. O evento ajudou a definir prioridades para futuras pesquisas de segurança nuclear a serem realizadas em conjunto pelos países membros da NEA. Esta pesquisa apoiará demonstrações de segurança de novos projetos de reatores e apoiará os esforços nacionais para progredir na avaliação da segurança dos SMRs. (Nuclear Energy Agency – 08.07.2022)

A Rolls-Royce, cliente da US Nuclear Corp. anunciou recentemente que seu novo reator nuclear é um Small Modular Reactor (SMR) e que eles selecionaram seis locais para construir uma nova fábrica para fabricar até 16 desses novos SMRs em um esforço para garantir um fornecimento de energia estável e atingir rapidamente as metas de zero líquido. A estratégia da Rolls-Royce de produção em fábrica para seus SMRs traz várias vantagens importantes em custo, segurança e velocidade de produção. As usinas nucleares convencionais são projetadas e construídas sob medida com um custo maior e podem não se beneficiar dos avanços modernos de produção que permitem que outras indústrias aperfeiçoem seus produtos ao longo do tempo. Espera-se que esses SMRs custem cerca de US $ 2 bilhões de dólares cada, que são menos caros do que as usinas nucleares tradicionais devido ao seu pequeno tamanho e produção em fábrica. (Barrons – 11.07.2022)

A Vattenfall iniciou um estudo piloto para explorar a construção de pequenos reatores modulares (SMRs) na Suécia para atender ao aumento da demanda por eletricidade. Estão sendo analisadas as condições para a construção de pelo menos dois SMRs adjacentes à usina nuclear de Ringhals, localizada na Península de Värö, cerca de 65 km ao sul de Gotemburgo. O estudo analisará as questões centrais para avaliar as condições para avançar com a decisão de desenvolver os SMRs e colocá-los em operação até o início da década de 2030. Vattenfall acredita que Ringhals é um local adequado para a nova energia nuclear, pois é permitido substituir os dois reatores Ringhals 1 e 2 que foram desligados e já existe infraestrutura de rede que simplifica a conexão da nova geração de energia. A CEO da Vattenfall, Anna Borg, disse: “Precisaremos de todas as fontes de energia isentas de fósseis para atender à crescente demanda por eletricidade na Suécia. O SMR é uma tecnologia livre de fósseis que percorreu um longo caminho nos últimos tempos, por isso queremos investigar as condições para a construção de pequenos reatores modulares nas proximidades da usina nuclear de Ringhals”. (Energy Live News – 29.06.2022)