l IFE: nº 01 – 11 de março de 2022 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Seção Nacional 1 Bento Albuquerque: “Rosatom pode integrar consórcio para concluir Angra 3” 2 Decreto legislativo de participação do Brasil em tratado nuclear é promulgado Seção Internacional 1 EUA: DOE preservará a infraestrutura de energia nuclear 2 EUA: Motivação para apoio a usinas nucleares deficitárias 3 EUA e Alemanha discordam sobre o papel da energia nuclear na transição verde 4 Reino Unido: Lord examina projeto de lei de energia nuclear 5 Reino Unido: A mudança proposta pelo novo plano de financiamento nuclear 6 Emirados Árabes Unidos: Regulador nuclear almeja licença de operação para o 3° reator 7 China: Projeto de fornecimento de vapor nuclear é lançado 8 Emirados Árabes Unidos: Licença de operação para terceiro reator nuclear em 2022 9 China: Novo projeto de fornecimento de vapor nuclear Small Modular Reactor 1 EUA: Ohio pode receber SMRs em breve 2 EUA: Indiana considera estrutura para reatores nucleares de pequena escala 3 EUA: Cooperativa de Wisconsin explorará a adição de SMR ao mix de geração 4 EUA e Estônia: Cooperação em programa nuclear de SMRs 5 IEEFA EUA: SMRs da NuScale não cumprem o que prometem 6 Rolls Royce: Construção de SMR em Lancashire é uma opção 7 NRC: Novas regras sobre prontidão para emergências 8 IAEA: Serviço de Revisão de Segurança Técnica se expande para abranger SMRs
Seção Nacional 1 Bento Albuquerque: “Rosatom pode integrar consórcio para concluir Angra 3” Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, afirmou nesta quarta-feira (16/02), em Moscou, que a empresa russa Rosatom poderá integrar um consórcio para a conclusão da usina nuclear Angra 3, no litoral fluminense. O ministro integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na viagem à Rússia. “Estamos procurando um parceiro para a conclusão de Angra 3. As obras já estão em andamento, mas agora estamos procurando uma empresa que seja especialista em operação de usinas nucleares, para ser parceira da Eletronuclear. A Rosatom é uma dessas empresas, que já vem conversando com a Eletronuclear há algum tempo, e poderá ser uma das empresas que vão participar desse consórcio” afirmou o mesmo. Por fim, Albuquerque disse que o objetivo do governo é que a usina nuclear entre em operação em 2026. (O Globo – 16.02.2022) (Russia Beyond – 17.02.2022)
<topo> 2 Decreto legislativo de participação do Brasil em tratado nuclear é promulgado O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), promulgou o Decreto Legislativo 3/22, que aprova a emenda que complementa a Convenção sobre a Proteção Física do Material Nuclear. A adesão à emenda foi assinada pelo governo brasileiro por ocasião de uma conferência internacional da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ocorrida em 2005, em Viena (Áustria), mas dependia de endosso do Congresso Nacional para ter validade no Brasil. O decreto legislativo é fruto de projeto (PDC 1154/18) aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Agora, caberá ao presidente Jair Bolsonaro ratificar definitivamente a adesão do Brasil ao tratado, o que é feito por meio de decreto presidencial. (Agência Câmara de Notícias – 24.02.2022)
<topo> Seção Internacional 1 EUA: DOE preservará a infraestrutura de energia nuclear Os Estados Unidos (EUA) encararam o fechamento antecipado de 12 reatores comerciais nos Estados Unidos desde 2013, resultando em um aumento nas emissões de carbono nessas regiões. Nesse contexto, o Departamento de Energia dos EUA (DOE) divulgou um Aviso de Intenção (NOI) e Solicitação de Informações (RFI) sobre a implementação do Programa de Crédito Nuclear Civil de US$ 6 bilhões da Lei de Infraestrutura Bipartidária. O programa de crédito nuclear apoia a operação contínua de reatores nucleares, a maior fonte de energia limpa do país, fornecendo 52% da eletricidade 100% limpa do país. Tanto o NOI quanto o RFI são os primeiros passos críticos para ajudar a evitar aposentadorias prematuras de reatores nucleares em todo o país, preservando milhares de empregos de energia limpa bem remunerados e evitando emissões de carbono. Segundo a administração de Joe Biden, presidente dos EUA, os 93 reatores nucleares existentes são um recurso vital para atingir a neutralidade de emissões líquidas de CO2 em toda a economia até 2050. (DOE EUA – 17.02.2022)
<topo> 2 EUA: Motivação para apoio a usinas nucleares deficitárias O programa do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) destinado a preservar a frota de reatores de energia nuclear dos EUA é necessário porque várias usinas nucleares estão em risco de fechamento antecipado e várias outras já fecharam prematuramente devido a circunstâncias econômicas. De acordo com Ben King, analista sênior da divisão de energia e clima do Rhodium Group (uma empresa de pesquisa de mercado) o preço do gás é um termometro para o desempenho da energia nuclear. Com isso, visto os preços atuais do gás é mais que necessário o programa de apoio nuclear, visto uma provável diminuição em cerca de 96 gigawatts em cerca de 60 instalações nucleares nos EUA para 60 gigawatts até 2030. Outro ponto favorável para a estabilização do programa da DOE é o fato do armazenamento de energia não está disponível em escala suficiente para auxiliar a energia renovável, beneficiando a defesa da energia nuclear. (CNBC – 17.02.2022)
<topo> 3 EUA e Alemanha discordam sobre o papel da energia nuclear na transição verde Alemanha e Estados Unidos entraram em confronto sobre a participação da energia nuclear fazer parte da matriz energética ou não, enquanto os países ricos correm para reduzir as emissões. Na Conferência de Segurança de Munique, John Kerry, enviado especial para o clima dos EUA, disse que cortar as emissões rapidamente exigia alguma dependência da energia nuclear, acrescentando que sem a tecnologia de captura de carbono, que depende do gás como combustível provisório, estará ignorando a causa raiz da crise climática. Por sua vez, Franziska Brantner, secretária de Estado parlamentar no Ministério da Economia e membro do ecologista Verdes, defendeu o plano da Alemanha de usar o gás como combustível de ponte à medida que elimina a energia nuclear e o carvão e expande as energias renováveis. Dentro desse conflito, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, vem pressionando a Alemanha a abandonar o projeto do gasoduto Nord Stream 2, que aumentaria a dependência do gás russo. (REUTERS – 18.02.2022) <topo> 4 Reino Unido: Lord examina projeto de lei de energia nuclear Os membros dos Lordes iniciaram sua verificação detalhada do Projeto de Lei de Energia Nuclear (Financiamento) na fase de comitê, na terça-feira (08/03). O Projeto de Lei de Energia Nuclear (Financiamento) fornecerá financiamento para novas usinas nucleares, introduzindo uma base de ativos regulados (RAB), que capacita o regulador econômico a cobrar encargos aos consumidores. Na etapa da comissão, ocorre a primeira chance de conferir o projeto em detalhes e fazer as alterações. Os membros que falaram no primeiro dia da fase da comissão apresentaram alterações (emendas) ao projeto de lei a serem discutidas. As possíveis modificações abrangem uma série de assuntos, incluindo: (I) as disposições do projeto de lei à geração de eletricidade por fusão nuclear; (II) a classificação das empresas para qualificação dentro do projeto de financiamento; e (III) instalação de eliminação geológica para resíduos nucleares de alto nível. (UK Parliament – 22.02.2022)
<topo> 5 Reino Unido: A mudança proposta pelo novo plano de financiamento nuclear Anteriormente, no mecanismo existente para apoiar novos projetos nucleares – o esquema de Contrato por Diferença (CfD) – os desenvolvedores tinham que financiar a construção de um projeto nuclear e só começar a receber receita quando a estação se inicia a geração de eletricidade. A abordagem CfD foi usada para financiar o Hinkley Point C, com o desenvolvedor concordando em pagar todo o custo de construção da usina, em troca de um preço fixo acordado para a produção de eletricidade quando a usina estiver online. No entanto, essa abordagem coloca todo o risco de construção sobre os desenvolvedores e levou ao cancelamento de outros projetos de novas construções em potencial, como o projeto da Hitachi em Wylfa Newydd no País de Gales e o da Toshiba em Moorside em Cumbria. Sob o novo modelo proposto no plano de financiamento nuclear de base de ativos regulados (RAB), uma empresa recebe uma licença de um regulador econômico para cobrar um preço regulado aos consumidores em troca do fornecimento da infraestrutura em questão. (World Nuclear News – 23.02.2022) <topo> 6 Emirados Árabes Unidos: Regulador nuclear almeja licença de operação para o 3° reator A Autoridade Federal para Regulação Nuclear dos Emirados Árabes Unidos (FANR) espera emitir a licença de operação para o 3° reator do país em 2022. Além disso, também almeja a quarta unidade provavelmente um ano depois, de acordo com o diretor-geral da FANR. Enquanto isso, o terceiro maior produtor da Opep busca produzir energia limpa de acordo com sua meta de neutralidade das emissões liquidas de gases do efeito estufa para 2050. O reator Barakah-1 atingiu 100% da capacidade em dezembro de 2020 após ser conectado à rede elétrica em agosto de 2020, enquanto o Barakah-2 foi conectado à rede em 14 de setembro de 2021 após seu startup em agosto de 2021 e está passando por testando enquanto aumenta os níveis de potência. “Se houver algum evento inesperado, pode demorar um pouco mais, mas se tudo correr bem, (a licença de operação para a unidade 3) certamente será emitida este ano”, disse Christer Viktorsson em um briefing de mídia virtual. (S&PGlobal – 23.02.2022)
<topo> 7 China: Projeto de fornecimento de vapor nuclear é lançado O projeto está sendo realizado em conjunto pela Jiangsu Nuclear Power Company, subsidiária da CNNC, e pela Base da Indústria Petroquímica de Lianyungang, no Novo Distrito de Xuwei, na cidade de Lianyungang. No projeto, o vapor gerado nas unidades 3 e 4 da planta de Tianwan será transportado para a Base Industrial Petroquímica de Lianyungang para produção e utilização industrial. O vapor será transportado através de uma tubulação isolada acima do solo. A perda de temperatura por quilômetro será controlada para ser menor que 2°C e a queda de pressão será menor que 0,03Mpa durante a transmissão de vapor de longa distância. Nesse caso, a projeção é que o projeto entre em operação até o final de 2023. Em suma, a previsão é fornecer 4,8 milhões de toneladas de vapor anualmente, o que reduzirá a queima de carvão padrão em 400.000 toneladas por ano, e a redução de emissões equivalente a 1,07 milhão de toneladas de dióxido de carbono, 184 toneladas de dióxido de enxofre e 263 toneladas de óxidos de nitrogênio. (World Nuclear News – 24.02.2022)
<topo> 8 Emirados Árabes Unidos: Licença de operação para terceiro reator nuclear em 2022 A Autoridade Federal para Regulação Nuclear dos Emirados Árabes Unidos, ou FANR, espera emitir a licença de operação para o terceiro reator do país em 2022 e para a quarta unidade provavelmente um ano depois, disse seu diretor-geral, enquanto o terceiro maior produtor da Opep busca produzir energia limpa de acordo com sua meta de emissões zero para 2050. O reator Barakah-1 atingiu 100% da capacidade em dezembro de 2020 após ser conectado à rede elétrica em agosto de 2020, enquanto o Barakah-2 foi conectado à rede em 14 de setembro de 2021 após seu start-up em agosto de 2021 e está passando por testando enquanto aumenta os níveis de potência. Quando todos os quatro reatores estiverem operacionais, poderão atender até 25% das necessidades de energia do país. (S&P Global – 23.02.2022)
<topo> 9 China: Novo projeto de fornecimento de vapor nuclear Um projeto foi iniciado na usina nuclear de Tianwan, na província chinesa de Jiangsu, para fornecer vapor a uma usina petroquímica próxima, anunciou a China National Nuclear Corporation (CNNC). Será o primeiro projeto de fornecimento de vapor de energia nuclear de uso industrial da China. O projeto está sendo realizado em conjunto pela Jiangsu Nuclear Power Company, subsidiária da CNNC, e pela Base da Indústria Petroquímica de Lianyungang, no Novo Distrito de Xuwei, na cidade de Lianyungang. No projeto, o vapor gerado nas unidades 3 e 4 da planta de Tianwan será transportado para a Base Industrial Petroquímica de Lianyungang para produção e utilização industrial. O projeto está programado para entrar em operação até o final de 2023. A previsão é fornecer 4,8 milhões de toneladas de vapor anualmente, o que reduzirá a queima de carvão padrão em 400.000 toneladas por ano, e a redução de emissões equivalente a 1,07 milhão de toneladas de dióxido de carbono, 184 toneladas de dióxido de enxofre e 263 toneladas de óxidos de nitrogênio. Quando todas as oito unidades estiverem em operação, Tianwan se tornará a maior usina nuclear do mundo, com oito unidades e uma capacidade total de geração de cerca de 8.100 MWe. (World Nuclear News – 24.02.2022) <topo> Small Modular Reactor 1 EUA: Ohio pode receber SMRs em breve A decisão da Intel de investir bilhões de dólares em Ohio para uma fábrica de classe mundial e de alta qualidade é uma ótima notícia para o estado de Buckeye. Este anúncio e o status de Ohio como líder em manufatura apresentam uma oportunidade em uma indústria com situação semelhante: energia limpa – não eólica ou solar, mas energia nuclear avançada. Os EUA estão comprometidos com uma rede elétrica 100% limpa dentro de 13 anos. Novos reatores nucleares, normalmente chamados de pequenos reatores modulares, estão relacionados a usinas tradicionais como as de Davis-Besse e Perry, mas são fabricados em fábrica, flexíveis e capazes de substituir diretamente usinas de combustível fóssil. Felizmente, Ohio já tem uma vantagem neste mercado em desenvolvimento. Ohio fabrica pequenos reatores modulares para a Marinha dos EUA. A Marinha opera dezenas de pequenos reatores modulares flexíveis – transformando recrutas adolescentes em operadores em pouco mais de um ano – e tem feito isso desde a década de 1950. O momento para o novo nuclear já está acontecendo. Indiana, Kentucky e West Virginia, recentemente adotaram leis que os disponibilizam para novas energias nucleares. A cidade carbonífera de Kemmerer, Wyoming, em breve abrigará um novo reator projetado para armazenar energia enquanto queima lixo nuclear. Alasca e Tennessee estão instalando novas construções. Quando os moradores de Ohio pensam em energia nuclear, a legislação de apoio como a Lei de Fissão para o Futuro de 2021 (projeto de lei 3428 do Senado) deve vir à mente primeiro. Nossos fabricantes, trabalhadores de energia e educadores estão prestes a reconstruir completamente a classe média e literalmente salvar o mundo no processo. (Dispatch – 22.02.2022)
<topo> 2 EUA: Indiana considera estrutura para reatores nucleares de pequena escala De infraestrutura de veículos elétricos a iniciativas de energia renovável, os legisladores de Indiana passaram grande parte desta sessão legislativa com os olhos em um futuro pós-combustível fóssil. Agora, os republicanos estão promovendo uma alternativa controversa – a energia nuclear. O Senado estadual aprovou um projeto de lei que estabelece uma estrutura para que as concessionárias construam e operem pequenos reatores modulares. Em uma reunião do comitê da Câmara na semana passada, o senador estadual Eric Koch, D-Bedford, disse que a medida ajudaria a pavimentar o caminho para a futura economia energética de Indiana. “Os Estados estão se movendo nessa direção; ninguém está se movendo na outra direção”, disse ele. “Os estados de todo o país estão dando passos nessa direção, e espero que você concorde que Indiana também deveria.” O projeto também concederia incentivos financeiros a empresas que operam e constroem reatores nucleares. Os opositores argumentaram que o custo de operação e construção das instalações seria repassado aos consumidores, e grupos ambientalistas expressaram preocupação com o lixo nuclear, que pode ser caro e difícil de descartar com segurança. (Public News Service – 23.02.2022)
<topo> 3 EUA: Cooperativa de Wisconsin explorará a adição de SMR ao mix de geração A NuScale Power e a Dairyland Power Cooperative assinaram um memorando de entendimento (MOU) para avaliar a potencial implantação da tecnologia nuclear de pequeno reator modular (SMR, sigla em inglês) da NuScale. A Dairyland, com sede em La Crosse, Wisconsin, fornece eletricidade para 24 cooperativas de distribuição e 17 concessionárias municipais em quatro estados do norte. A assinatura do MOU significa que a cooperativa explorará a adição do SMR da NuScale ao seu portfólio de geração. Em 2020, a NuScale recebeu a aprovação da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA em seu projeto SMR, a primeira aprovação de projeto para um pequeno reator nuclear comercial. Os SMRs têm uma pegada, capacidade e custo antecipado menores do que as usinas nucleares tradicionais de alta capacidade. (Power Engineering – 24.02.2022) <topo> 4 EUA e Estônia: Cooperação em programa nuclear de SMRs Os EUA e a Estônia devem cooperar sob a Infraestrutura Fundamental para o Uso Responsável da Tecnologia de Reator Modular Pequeno do Departamento de Estado dos EUA – também conhecido como FIRST – programa que é um programa de capacitação projetado para aprofundar laços estratégicos, apoiar a inovação energética e promover a colaboração técnica com nações parceiras em infraestrutura de energia nuclear segura e protegida. A embaixada dos EUA em Tallinn Encarregado de Negócios, Brian Roraff, elogiou a Estônia por sua iniciativa de ingressar no FIRST. “O programa FIRST traz ampla experiência do governo dos EUA, academia, laboratórios nacionais e indústria para autoridades estonianas à medida que exploram a viabilidade da tecnologia nuclear de maneira consistente com os mais altos padrões internacionais de segurança, proteção e não proliferação nuclear. Esta é uma grande decisão e apoiamos a consideração cuidadosa da Estônia de todas as alternativas viáveis de energia.” A Estônia não construiria uma usina nuclear convencional – a rede do país é simplesmente muito pequena para lidar com a grande usina. Em vez disso, alguns empresários sugeriram a construção de pequenos reatores modulares (SMR, sigla em inglês), baseados na mais recente tecnologia nuclear. Mas ainda não houve um debate público adequado sobre a possível introdução de energia nuclear na Estônia. (Estonia World – 26.01.2022)
<topo> 5 IEEFA EUA: SMRs da NuScale não cumprem o que prometem Um pequeno reator modular (SMR, sigla em inglês) que a NuScale vem desenvolvendo desde a virada do século, “veio tarde demais, é muito caro, muito arriscado e muito incerto”, de acordo com uma análise do projeto pelo Instituto de Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA, sigla em inglês). O primeiro SMR de seu tipo é uma séria ameaça financeira para as comunidades membros do Utah Associated Municipal Power System que se inscreveram para uma parte de sua energia e para quaisquer outras comunidades e serviços públicos que pensem em fazê-lo. A NuScale tem como objetivo otimista o custo da energia da nova usina em US$ 58 por megawatt-hora (MWh), embora algumas estimativas prevejam que os custos da energia dos novos SMRs possam chegar a US$ 200/MWh. Dado que os custos das fontes renováveis disponíveis estão caindo rapidamente e que o SMR não geraria eletricidade antes de 2029, o projeto deve ser abandonado, disse David Schlissel, diretor de análise de planejamento de recursos do IEEFA e autor do relatório. “A empresa insistiu que seus custos são firmes e que o projeto será econômico”, disse Schlissel. “Mas com base no histórico até agora e nas tendências passadas no desenvolvimento da energia nuclear, isso é altamente improvável.” Os riscos do projeto incluem: custos de construção crescentes; maior tempo de construção; desempenho operacional e; custos mais altos para concessionárias participantes. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (IEEFA – 17.02.2022) <topo> 6 Rolls Royce: Construção de SMR em Lancashire é uma opção O deputado de Pendle, Andrew Stephenson, saudou a notícia de que um acordo foi alcançado entre o sindicato e os chefes da empresa para fortalecer o futuro do local de Barnoldswick – e pediu um grande trabalho em uma frota planejada de pequenos reatores modulares a serem trazidos para o local A Rolls-Royce está sendo instada a escolher Lancashire como sede de uma nova usina nuclear de £ 210 milhões. O deputado de Pendle, Andrew Stephenson, convocou os chefes da empresa para trazer o grande desenvolvimento para seu distrito, Barnoldswick, e sua já ‘força de trabalho altamente qualificada’. A empresa anunciou recentemente que, após um aumento de capital bem-sucedido, o negócio Rolls-Royce Small Modular Reactor (SMR, sigla em inglês) foi estabelecido. A esperança é apresentar e entregar em escala a próxima geração de tecnologia de energia nuclear de baixo custo e baixo carbono. Ele disse em um comunicado que o Rolls-Royce Group, BNF Resources UK Limited e Exelon Generation Limited investiriam £ 195 milhões em um período de cerca de três anos. (Lancashire News – 27.01.2022)
<topo> 7 NRC: Novas regras sobre prontidão para emergências O NRC está dando um passo importante em direção a um regime de licenciamento inclusivo para uma nova geração de reatores. Em 3 de janeiro, a equipe do NRC submeteu à aprovação da comissão uma regra final recomendada sobre “Preparação de Emergência para Pequenos Reatores Modulares e Outras Novas Tecnologias”. Os regulamentos de preparação para emergências (EP) existentes na 10 CFR Parte 50 são principalmente adaptados para grandes reatores de água leve e reatores não elétricos e contêm requisitos determinísticos. A minuta da regra final, por outro lado, pretende ser orientada para as consequências, informada sobre os riscos, baseada no desempenho e inclusiva da tecnologia. Mais especificamente, de acordo com o projeto de regra final, conforme proposto pela equipe do NRC na SECY-22-0001 , os requerentes de licença para pequenos reatores modulares (SMRs, sigla em inglês), reatores avançados, instalações de radioisótopos médicos e reatores não elétricos, além de certos licenciados de reatores de potência, teriam a opção de desenvolver um programa de EP baseado em desempenho. (JDSupra – 25.01.2022)
<topo> 8 IAEA: Serviço de Revisão de Segurança Técnica se expande para abranger SMRs Os pequenos reatores modulares (SMRs, sigla em inglês) estão entre as tecnologias nucleares inovadoras em desenvolvimento, começando a ser implantadas para ajudar a atender a demanda de energia e as metas de emissões líquidas zero. Mais de 70 projetos comerciais de SMR em desenvolvimento em 17 países visam resultados variados e diferentes aplicações, como eletricidade, sistemas de energia híbrida, aquecimento, produção de hidrogênio, dessalinização de água e vapor para aplicações industriais. O surgimento desses projetos inovadores de reatores levou a IAEA (International Atomic Energy Agency) a expandir seu Serviço de Revisão de Segurança Técnica (TSR) para programas de energia nuclear, para incorporar as novas diretrizes para a revisão de segurança de projeto conceitual que agora cobre os projetos conceituais – os rascunhos em termos de função e forma – de reatores inovadores, incluindo SMRs. “Decidimos revisar o escopo das diretrizes para adicionar elementos adicionais para torná-los mais versáteis, não apenas para reatores refrigerados a água, mas também para outros tipos de tecnologias, como HTGRs, MSRs e reatores rápidos”, disse Alexander Duchac, IAEA Oficial de Segurança Nuclear. “Como muitas tecnologias inovadoras estão em um estágio inicial de projeto, percebemos que havia a necessidade de diretrizes de revisão de segurança de projeto para projetos conceituais.” (Mirage News – 24.02.2022)
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Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Lucca Zamboni e Vinicius Botelho Pesquisadores: Cristina Rosa e João Pedro Gomes Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |
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