l IFE: nº 58 -16 de novembro de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: Financiamento de US $ 15,5 milhões para a introdução de caminhões a hidrogênio 2 Austrália: Governo inclui infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio em um novo financiamento 3 Chile-Bélgica: Parceria entre países para criação de um corredor para hidrogênio verde 4 COP26: IRENA e Fórum Econômico Mundial apresentam roteiros de medidas facilitadoras para hidrogênio verde 5 Europa: Nova parceria investirá 820 milhões de euros para promover tecnologias limpas Produção 1 Austrália: O porto de Newcastle está desenvolvendo hub de 40 MW de hidrogênio verde 2 Brasil: Casa dos Ventos e Nexway se unem para desenvolver projetos de H2V no Brasil 3 Dinamarca: Siemens Gamesa começou a produzir hidrogênio verde 4 EDP: Empresa busca ter 1,5 GW de capacidade eletrolítica até 2030 5 EUA: Hyzon e TC Energy se unem para desenvolver unidades de produção de hidrogênio 6 Europa: Shell e Hydro assinam MoU para explorar projetos de produção de hidrogênio verde 7 Papua Nova Guiné: FFI vai desenvolver diversos projetos de H2V na região Armazenamento e Transporte 1 EUA: A desordem na superfície dos materiais é fundamental para melhorar armazenamento de hidrogênio Uso Final 1 Austrália-Cingapura: Patriot Hydrogen e CAC-H2 se juntam para desenvolver tecnologias de uso final de hidrogênio 2 Brasil: Embraer revela duas aeronaves conceito inovadoras movidas a hidrogênio 3 Coréia: Hyundai Oilbank e Haldor Topsoe desenvolvem parceria voltada para cadeia de valor do hidrogênio 4 Europa: Ballard fornecerá mais 40 módulos de células a combustível 5 Japão: Primeiro motor marítimo de dois tempos movido a hidrogênio a ser testado em um novo acordo 6 Malásia: H2X e SEDC Energy desenvolverão hub de mobilidade a hidrogênio 7 SAS, Vattenfall, Shell e LanzaTech para produzir SAF usando hidrogênio Tecnologia e Inovação 1 EUA: Catalisador em pellets podem produzir hidrogênio de baixo carbono com custo competitivo 2 Suécia: Smoltek fornece prova de conceito para materiais baseados em nanofibras para eletrolisadores Eventos 1 Hydrogen -Practical, Technical and Economic Aspects 2 Hydrogen Economy Europe 3 World Hydrogen Energy Summit 4 1st Brazilian Norwegian Hydrogen Forum 5 2º Congresso Brasileiro do Hidrogênio Artigos e Estudos 1 Relatório “Hydrogen for Net Zero” 2 Relatório “Policy toolbox for low carbon and renewable hydrogen” 3 IEA: Global Fuel Economy Initiative 2021 4 IEA: Tracking Energy Integration 2021: Hydrogen 5 Relatório GESEL: Observatório de Hidrogênio n° 1 Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: Financiamento de US $ 15,5 milhões para a introdução de caminhões a hidrogênio A Ark Energy H2, a Sun Metals e o governo de Queensland continuam a apoiar o desenvolvimento de soluções para transportes movidos a hidrogênio na Austrália, com um novo financiamento conjunto de US $ 15,5 milhões. Espera-se que o desenvolvimento do novo caminhão limpo reduza significativamente a emissão de carbono no setor, ao mesmo tempo que aumenta a indústria de hidrogênio em Townsville. O investimento para o projeto vem em dois pacotes, $ 12,5 milhões da Clean Energy Finance Corporation (CEFC) e $ 3,02 milhões da Australian Renewable Energy Agency (ARENA). Além disso, o financiamento facilitará a compra de cinco caminhões pesados de hidrogênio de 140 toneladas para apoiar as operações de mineração de zinco da Sun Metals perto de Townsville. Os $ 3,02 milhões adicionais da ARENA serão pagos para as comissões das instalações de reabastecimento e entrega dos cinco caminhões. Espera-se que o investimento e a introdução de caminhões a hidrogênio apoiem o hub SunHQ da Ark Energy, que deverá produzir até 159 toneladas de hidrogênio por ano, uma vez operacional. (H2 View – 08.11.2021) <topo> 2 Austrália: Governo inclui infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio em um novo financiamento A Austrália continua a se posicionar como uma nação líder em tecnologias de hidrogênio. Recentemente, o governo australiano revelou um investimento expandido do Fundo de Combustíveis do Futuro de A $ 250 milhões ($ 185 milhões), que inclui infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio. Anunciado no dia 09 de novembro, o financiamento faz parte da Estratégia Nacional de Combustíveis e Veículos do Futuro, que visa descarbonizar o setor de transporte da Austrália, investindo em uma variedade de soluções de baixo carbono, dentre as quais a infraestrutura de abastecimento de hidrogênio será uma prioridade do financiamento. O governo australiano disse que este investimento, que inclui A $ 178 milhões ($ 132 milhões) em novos fundos, terá como objetivo cumprir o recém-lançado Plano de Redução de Emissões de Longo Prazo no caminho para zero emissões líquidas até 2050. Para mais informações sobre o fundo, no site oficial da Agência de Energias Renováveis da Austrália, clique aqui. (H2 View – 09.11.2021) <topo> 3 Chile-Bélgica: Parceria entre países para criação de um corredor para hidrogênio verde O Chile assinou Memorandos de Entendimento (MoU) com alguns dos maiores portos da Bélgica, Antuérpia e Zeebrugge, para apoiar a produção de hidrogênio e criar um corredor de exportação de hidrogênio entre os continentes. Espera-se que, por meio desses MoU’s, o mercado de hidrogênio verde flua entre o Chile e a Europa Ocidental, uma vez que o acordo visa estabelecer a cadeia logística entre os continentes e a logística nos portos marítimos belgas. Ao estabelecer um corredor entre o Chile e a Bélgica, os dois portos terão como objetivo se tornar centros de energia renovável para apoiar a transição energética na Europa. Ao criar uma base para o hidrogênio a ser importado do exterior para a Europa, ele cria uma oportunidade de descarregar parte da produção planejada de hidrogênio do Chile, já que a nação sul-americana pretende se tornar uma entidade global de hidrogênio. O Porto de Antuérpia, o Porto de Zeebrugge e o Ministério do Chile colaborarão regularmente com o objetivo de trocar conhecimentos, experiências e outras informações para explorar ainda mais as possibilidades da cooperação. (H2 View – 08.11.2021) <topo> 4 COP26: IRENA e Fórum Econômico Mundial apresentam roteiros de medidas facilitadoras para hidrogênio verde Para apoiar a economia do hidrogênio verde, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e o Fórum Econômico Mundial lançaram uma série de roteiros com medidas capacitadoras para o hidrogênio verde na COP26. Os roteiros mostram as dez principais medidas e cronogramas críticos para sua implementação em áreas como redução de custos, crescimento da demanda, padrões internacionais, infraestrutura e desenvolvimento de tecnologia. Espera-se que o documento sirva como uma nova caixa de ferramentas para apoiar os formuladores de políticas na priorização de certas políticas para o hidrogênio verde, acelerando sua implantação. Acelerar a adoção do hidrogênio verde é essencial para combater o aquecimento global e manter a meta pretendida de limitar o aquecimento global a 1,5º. Ao fornecer roteiros que mostram medidas capacitadoras para impulsionar a economia do hidrogênio verde em todo o mundo, as agências acreditam que este pode ser o trampolim para aumentar a integração no sistema de energia atual. (H2 View – 05.11.2021) <topo> 5 Europa: Nova parceria investirá 820 milhões de euros para promover tecnologias limpas O hidrogênio terá um papel central em um novo acordo de parceria entre a Comissão Europeia, o Banco Europeu de Investimento (EIB) e a Breakthrough Energy, empresa chefiada por Bill Gates. O principal objetivo do acordo é promover parcerias em tecnologias para soluções climáticas como o hidrogênio, identificado como um dos principais pilares para avançar para um mundo de energia limpa. Formalizada com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU), a parceria mobilizará até € 820 milhões (US $ 1 bilhão) entre 2022 e 2026 para a implantação de tecnologias que contribuam para as ambições do Acordo Verde europeu e as metas climáticas da UE para 2030. O hidrogênio limpo é uma das áreas-chave neste desenvolvimento e, com o financiamento, acredita-se que os projetos e a adoção poderiam ser acelerados para criar um mercado e ecossistema diversificado para o hidrogênio. (EIB – 02.11.2021) <topo> Produção 1 Austrália: O porto de Newcastle está desenvolvendo hub de 40 MW de hidrogênio verde O Porto de Newcastle está desenvolvendo um projeto que visa alavancar um hub de hidrogênio verde em New South Wales, na Austrália. O hub vai conter, em sua fase inicial, eletrolisadores que vão somar uma capacidade eletrolítica de 40 MW, sendo todos eles alimentados por energia renovável, para produzir hidrogênio verde (H2V). O projeto ainda será ampliado futuramente, podendo chegar a até 1 GW de capacidade eletrolítica e produzir 150.000 toneladas de hidrogênio verde ao ano. Em termos de usos finais, o gás será utilizado na indústria, transportes, produção de eletricidade e será alvo de estudo para possíveis exportações. Por fim, é válido salientar que a Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA) está investindo US $ 1,5 milhão para apoiar o projeto. (Port of Newcastle – 08.11.2021) <topo> 2 Brasil: Casa dos Ventos e Nexway se unem para desenvolver projetos de H2V no Brasil A Casa dos Ventos, a maior desenvolvedora de projetos de geração de energia através de fontes renováveis do Brasil, e a Nexway Eficiência, participante do grupo Comerc Energia, firmaram um acordo para desenvolver projetos de hidrogênio verde (H2V) no Brasil. Pretendendo investir em, no mínimo, quatro estados brasileiros, as empresas estimam um investimento em torno de US$ 4 bilhões no período de 10 anos. As empresas afirmam que o Brasil contém um grande potencial para a produção do H2V devido aos recursos naturais e a participação de fontes renováveis na matriz elétrica, por isso estão escolhendo realizar este projeto. Em termos de usos finais, após o desenvolvimento das usinas de produção, o H2V poderá ser aplicado em 10 segmentos do mercado nacional e ainda poderá ser exportado. (Valor Econômico – 05.11.2021) <topo> 3 Dinamarca: Siemens Gamesa começou a produzir hidrogênio verde A Siemens Gamesa, empresa de engenharia eólica, acabou de concluir o desenvolvimento de seu projeto denominado de “Brande Hydrogen” e agora já está produzindo hidrogênio limpo. Localizado na Dinamarca, Brande Hydrogen está produzindo o hidrogênio verde (H2V) a partir da tecnologia de eletrólise sendo alimentada por energia eólica. Este é o primeiro projeto do mundo já em operação em que a energia eólica está produzindo H2V. Por fim, em termos de uso final, o gás já está sendo distribuído para utilização no setor de transporte, para abastecer os veículos movidos a célula a combustível. (Siemens Gamesa – 10.11.2021) <topo> 4 EDP: Empresa busca ter 1,5 GW de capacidade eletrolítica até 2030 A EDP, empresa líder global no setor de energia, se comprometeu com a H2Zero na COP26 e agora vai realizar diversos projetos de hidrogênio verde até atingir um total de, no mínimo, 1,5 GW de capacidade eletrolítica instalada até o ano de 2030. Essa nova ambição é uma extensão de outro plano, no qual a EDP já desejava conter uma capacidade eletrolítica de 250 MW até o ano de 2025. No entanto, essa nova meta é ainda mais difícil de ser concluída, visto que é uma grande capacidade. Para conseguir concluir a nova meta, a empresa vai precisar explorar potenciais de produção do H2V. Dessa maneira, países como o Brasil serão beneficiados, pois possuem um alto potencial e disponibilidade de recursos para produção do gás de maneira renovável. (H2 View – 10.11.2021) <topo> 5 EUA: Hyzon e TC Energy se unem para desenvolver unidades de produção de hidrogênio A Hyzon, empresa líder global em veículos elétricos movidos a célula a combustível, e a TC Energy Corporation, grande empresa de energia, se uniram para desenvolver um projeto que tem como intuito desenvolver diversas unidades de produção de hidrogênio nos Estados Unidos (EUA). As unidades irão diversificar no quesito da escolha da tecnologia e matéria para produção do hidrogênio, algumas dessas unidades vão utilizar gás natural com posterior captura de carbono, outras vão optar por biogás ou até mesmo desenvolver uma planta de eletrólise para uso de energia solar e energia eólica como fonte primária. Ademais, cada unidade de produção vai produzir, no máximo, 20 toneladas de hidrogênio por dia. Por fim, em termos de destinação, o hidrogênio produzido por essas unidades vai ser utilizado em veículos pesados. (Hyzon Motors – 10.11.2021) <topo> 6 Europa: Shell e Hydro assinam MoU para explorar projetos de produção de hidrogênio verde A Shell, empresa petrolífera multinacional, e a Hydro, empresa que atua no segmento da indústria de alumínio, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU), e já estão começando a desenvolver um projeto que tem como intuito explorar o potencial para construir plantas de hidrogênio na Europa. As plantas vão contar com eletrolisadores que serão alimentados por eletricidade renovável para produzir o hidrogênio verde. Assim que as unidades estiverem operacionais, o hidrogênio será utilizado no setor de transportes e fins próprios das empresas. Enquanto a Hydro pretende utilizar o gás para descarbonizar a sua produção de alumínio, a Shell deverá utilizar o gás em veículos. (Hydro – 09.11.2021) <topo> 7 Papua Nova Guiné: FFI vai desenvolver diversos projetos de H2V na região A Fortescue Future Industries (FFI), empresa atuante no segmento da produção do hidrogênio verde (H2V), assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Papua Nova Guiné, país pertencente à Oceania, para desenvolver projetos que vão produzir hidrogênio na região. Cada projeto pretende instalar uma planta de hidrogênio verde que será alimentada a partir eletricidade renovável produzida por hidrelétricas ou plantas geotérmicas. Paralelamente, a FFI vai construir novos projetos de geração de energia, sendo 7 hidrelétricos e 11 geotérmicos. Somando todas as unidades de hidrogênio espera-se uma produção de até 2,3 milhões de toneladas do gás por ano. Os projetos têm como intuito aproveitar o potencial de produção de energia renovável da Papua Nova Guiné e estabelecer o país como líder na transição energética mundial. (Fortescue Future Industrie – 05.11.2021) <topo> Armazenamento e Transporte 1 EUA: A desordem na superfície dos materiais é fundamental para melhorar armazenamento de hidrogênio Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL) descobriram que a desordem atômica em certos sistemas à base de boro pode melhorar potencialmente o armazenamento de hidrogênio, através da taxa de absorção. As superfícies do boreto metálico geralmente apresentam arranjo regular de átomos em temperaturas baixas a moderadas. A equipe do LLNL provou que, em muitos casos de compressão, esses átomos realmente se desordenam dinamicamente: um fenômeno surpreendente em contraste com a compreensão convencional, na qual a maioria das superfícies de estado sólido se comportam de forma diferente. A desordem da superfície significa que cada sítio atômico tem propriedades locais diferentes. De acordo com a pesquisa da equipe, alguns desses locais podem facilitar a dissociação de moléculas de hidrogênio, o que por sua vez deve acelera a ativação do material durante o armazenamento de hidrogênio. (LLNL – 04.11.2021) <topo> Uso Final 1 Austrália-Cingapura: Patriot Hydrogen e CAC-H2 se juntam para desenvolver tecnologias de uso final de hidrogênio A Patriot Hydrogen, empresa australiana envolvida com projetos de hidrogênio e financiada pela Liberty Energy Capital, estabeleceu uma joint venture com a CAC-H2, companhia de tecnologia de combustível renovável de Cingapura. A CAC-H2 fornecerá tecnologia para os projetos da Patriot Hydrogen e será um consultor técnico e mecânico para as unidades portáteis projetadas para produzir hidrogênio e outros gases na Austrália. As unidades serão construídas com tecnologia da CAC-H2. As unidades modulares de pirólise para hidrogênio (P2H) usam um processo de pirólise para converter os materiais descartados em gás de síntese, uma forma extremamente densa de hidrogênio e biochar. O P2H captura 2.000 kg de hidrogênio e 4.000 kg de biochar por ciclo, produzindo até 100 kg e até 300 kg/hora, respectivamente. Ambos os parceiros contrataram a Liberty Energy Capital para levantar fundos. A Patriot Hydrogen também tem como objetivo desenvolver ativos de hidrogênio com a Sweetman Renewables. A Sweetman já assinou um acordo com a CAC-H2 para estabelecer a primeira planta de produção de hidrogênio alimentado por madeira da Austrália. (Patriot Hydrogen – 03.11.2021) <topo> 2 Brasil: Embraer revela duas aeronaves conceito inovadoras movidas a hidrogênio A empresa brasileira Embraer apresentou a família Energia, quatro aeronaves conceito que funcionam com tecnologias inovadoras de propulsão de energia renovável com hidrogênio incluído. A companhia fez parceria, revelada no dia 08 de novembro, com um consórcio internacional de universidades de engenharia, institutos de pesquisa aeronáutica e pequenas e médias empresas para entender quais tecnologias são mais adequadas para a aviação sustentável. Duas das quatro aeronaves apresentam tecnologias de hidrogênio, ambas amplamente denominadas Energia H2 Fuel Cell (E19-H2FC) e Energia H2 Gas Turbine (E50-H2GT), com a meta de conclusão em 2040. Luis Carlos Affonso, Vice-Presidente Sênior de Engenharia da Tecnologia e Estratégia Corporativa da Embraer, disse que não há solução fácil ou única para chegar na ausência de emissões e que novas tecnologias e infraestrutura estarão disponíveis com o tempo. (Embraer – 08.11.2021) <topo> 3 Coréia: Hyundai Oilbank e Haldor Topsoe desenvolvem parceria voltada para cadeia de valor do hidrogênio A Hyundai Oilbank, subsidiária do Hyundai Heavy Industries Group, e Haldor Topsoe assinaram um Memorando de Entendimento para identificar conjuntamente oportunidades na cadeia de valor do hidrogênio azul e verde, reciclagem de resíduos plásticos, combustíveis sintéticos (e-fuel), biorrefinaria, CCUS e outras soluções para reduzir as emissões de carbono. As duas empresas vão priorizar a cooperação em P&D em e-fuel, produzido a partir do hidrogênio verde e dióxido de carbono capturado. A Hyundai Oilbank anunciou em agosto deste ano ter entrado na cadeia de valor do hidrogênio, desenvolvendo negócios com tecnologias voltadas para células a combustível, com foco em automóveis movidos a hidrogênio. A empresa tem crescido no setor, este ano anunciou a construção de uma unidade de produção de separadores para células a combustível e em breve pretende ampliar os negócios para membranas eletrolíticas, a partir do próximo ano. No longo prazo, ela também considerará entrar no desenvolvimento de camada de difusão de gás e separador de eletrodo, bem como em células a combustível para edifícios e equipamentos pesados. (H2 Bulletin – 08.11.2021) <topo> 4 Europa: Ballard fornecerá mais 40 módulos de células a combustível A Ballard Power Systems revelou, no dia 4 de novembro, que mais 40 ônibus elétricos com célula a combustível alimentadas por hidrogênio serão implantados em toda a Europa, em 2022. Quase 160 veículos pesados movidos a esse tipo de célula fabricadas pelo grupo já estão em serviço em toda a Europa, com mais 150 novas unidades encomendadas atualmente. Com isso, a empresa está apoiando a descarbonização do transporte rodoviário, fornecendo uma solução para aplicações em transporte público com emissão zero de carbono. (Ballard – 04.11.2021) <topo> 5 Japão: Primeiro motor marítimo de dois tempos movido a hidrogênio a ser testado em um novo acordo A Mitsui O.S.K. Lines, a MOL Drybulk e a Japan Engine Corporation (J-ENG) revelaram um novo acordo de cooperação no teste de um motor movido a hidrogênio em uma embarcação em serviço. O acordo visa enfrentar a urgência crescente de descarbonizar o setor marítimo com tecnologias de hidrogênio, reconhecidas como um combustível essencial para a transição para emissões zero. Em cooperação com a Kawasaki Heavy Industries e a Yanmar Power Technology, a J-ENG desenvolverá o primeiro motor de dois tempos e baixa velocidade do mundo movido a hidrogênio, para grandes navios oceânicos ou costeiros. Por meio desse acordo, as empresas conduzirão um teste com uma embarcação em serviço equipada com o motor movido a hidrogênio, com o objetivo de comercializar embarcações de zero emissão e promover sua ampla adoção na indústria de transporte marítimo. (Mitsui O.S.K. Lines – 09.11.2021) <topo> 6 Malásia: H2X e SEDC Energy desenvolverão hub de mobilidade a hidrogênio A H2X Global e a SEDC Energy, uma subsidiária da Sarawak Economic Development Corporation (SEDC), assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para formar uma joint venture que produzirá, montará e desenvolverá uma série de projetos estratégicos de transporte em Sarawak, na Malásia. A parceria começará imediatamente com a montagem de veículos relevantes, com a H2X fornecendo e montando veículos adicionais, incluindo mais de 50 ônibus nos próximos 18 meses, para atender à crescente demanda. A SEDC Energy tem como objetivo fazer de Sarawak um hub para o mercado emergente de hidrogênio da ASEAN. O estado já está bem à frente da maioria dos outros da região e vem avançando no estabelecimento da produção de hidrogênio para uso doméstico e exportação. O governo introduziu os veículos movidos a hidrogênio pela primeira vez no estado em 2019. A parceria se beneficiará da rede de distribuição de hidrogênio já instalada no estado de Sarawak. (AuManufacturing – 05.11.2021) <topo> 7 SAS, Vattenfall, Shell e LanzaTech para produzir SAF usando hidrogênio Vattenfall, SAS, Shell e LanzaTech explorarão conjuntamente a produção do primeiro combustível de aviação sustentável sintético (SAF) usando a tecnologia LanzaJetTM ‘Alcohol to Jet’ em grande escala na Suécia. O SAF sintético, também conhecido como eletrocombustível, será produzido a partir de eletricidade livre de fósseis e CO2 reciclado do aquecimento urbano, em vez de usar material fóssil virgem no processo de produção. A eletricidade será usada principalmente para produzir hidrogênio por meio da eletrólise. A nova unidade de produção produzirá cerca de 50 mil toneladas / ano de SAF sintético, desde que uma decisão de investimento seja feita posteriormente. Quando totalmente operacional, poderá fornecer até 25% de sua demanda global por combustível de aviação sustentável na década de 2030. Um estudo conjunto já mostrou condições promissoras para o projeto, e todas as empresas parceiras agora concordam em realizar análises aprofundadas. A ambição é comissionar a nova unidade de produção em algum momento entre 2026 e 2027 perto de Forsmark, na costa leste da Suécia. (Vattenfall – 03.11.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 EUA: Catalisador em pellets podem produzir hidrogênio de baixo carbono com custo competitivo Ao combinar a tecnologia do reator ZoneFlow com as soluções da Honeywell para produção de hidrogênio, as duas empresas anunciaram um acordo conjunto para comercializar a tecnologia. A tecnologia promete fornecer uma mudança radical na eficiência, custo e intensidade de carbono da reforma do metano a vapor, para a produção de hidrogênio, quando combinada com a captura de carbono. O resultado disso é o hidrogênio com baixo teor de carbono, que é muito mais competitivo em termos de custo com outras fontes alternativas de combustível, ajudando na transição para soluções mais limpas. A tecnologia é baseada em um novo módulo de catalisador estruturado que substitui pellets convencionais em tubos SMR, proporcionando melhor transferência de calor e desempenho de queda de pressão. Um teste piloto para esta nova forma de reatores catalíticos será conduzido com resultados esperados em meados de 2022. (Businesswire – 03.11.2021) <topo> 2 Suécia: Smoltek fornece prova de conceito para materiais baseados em nanofibras para eletrolisadores A produção de hidrogênio deverá receber um grande impulso com a tecnologia da Smoltek Nanotech, com significativo potencial para ser utilizada no desenvolvimento de uma nova geração de eletrolisadores de membrana de troca de prótons (PEM). O material proporcionará melhor eficiência superficial, o que pode impulsionar a produção de hidrogênio em eletrolisadores mais eficientes, em grande escala. As propriedades do material também o tornam adequado para outras aplicações relacionadas, que incluem o uso em células a combustível. Para ler o comunicado de imprensa da Smoltek Nanotech Holding AB clique aqui. (SMOLTEK – 30.09.2021) <topo> Eventos 1 Hydrogen -Practical, Technical and Economic Aspects Este curso de 12 horas será dividido em 3 dias seguidos, para quem pretende adquirir conhecimento e visão profunda sobre a popularidade do hidrogênio. Serão apresentadas sua natureza, sua produção através de matérias-primas convencionais e não convencionais, seu transporte e armazenamento, uso como produto químico e como combustível, sua economia, sua logística, seu uso para substituir vários combustíveis ou fontes de energia. Também serão discutidas as tendências futuras na cadeia de valor e o conhecimento adquirido será utilizado nas sessões de treinamento para tirar conclusões sobre onde estão as oportunidades futuras para o vetor energético. O evento ocorrerá de forma online do dia 12 de dezembro às 22h00 ao dia 15 de dezembro à 01h00. Para assistir ao conteúdo, deve-se inscrever através de pedido por este e-mail. (LinkedIn da Learn Direct Resources – Novembro de 2021) <topo> 2 Hydrogen Economy Europe O hidrogênio está transformando o cenário energético global e europeu. No ano passado, a Comissão Europeia colocou o hidrogênio na vanguarda da recuperação verde da Europa, com um plano ambicioso de alcançar 6 GW de hidrogênio renovável até 2024 e 40 GW até 2030. No entanto, o roteiro não é claro, já que o custo do vetor energético continua alto, o caso de negócios não foi definido e os requisitos de infraestrutura são colossais. Para construir a economia do hidrogênio na Europa, serão necessários investimentos de até € 470 bilhões nos próximos 30 anos. O evento abordará esses desafios de frente, reunindo líderes da indústria nos setores público e privado. Cobrindo política e regulamentação, ampliação da produção, infraestrutura e setores de uso final, os participantes sairão com as informações críticas e as parcerias de que precisam para a expansão na Europa. Ocorrerá do dia 02 de dezembro às 07h00 até o dia 03 de dezembro às 13h00. Inscreva-se aqui. (Reuters Events – Novembro de 2021) <topo> 3 World Hydrogen Energy Summit A Índia tem um enorme potencial para energia de hidrogênio. Com a liderança visionária e dinâmica do Primeiro Ministro Modi, o Presidente da Índia e diferentes governadores estaduais estão promovendo ativamente o desenvolvimento do Hidrogênio Verde por meio da Missão Nacional do Hidrogênio. A próxima Cúpula Mundial de Energia do Hidrogênio acontecerá nos dias 16 a 17 de novembro de 2021, a qual reunirá legisladores, reguladores, inovadores, tecnólogos, pesquisadores, investidores, expositores e outros participantes para dar mais estímulos à utilização do Hidrogênio Verde. O World Hydrogen Energy Summit será um evento global da Energy and Environment Foundation que oferece uma plataforma única para os participantes explorarem novos futuros de energia. O tema da cúpula é “Hidrogênio Verde: Combustível mais limpo e com emissão zero para uma economia verde sustentável”. Inscreva-se aqui. (LinkedIn da Fundação Energia e Meio Ambiente – Novembro de 2021) <topo> 4 1st Brazilian Norwegian Hydrogen Forum Diversos stakeholders irão se reunir para o Innovation Norway South America, no qual acontecerá também o Norway Brazil Weeks. O objetivo principal do Norway Brazil Weeks é criar pontos de encontro para fortalecer e desenvolver a cooperação entre os dois países por meio de uma agenda de diversos eventos e encontros em diferentes áreas. Dois dias serão reservados para o 1º Fórum Brasileiro de Hidrogênio da Noruega, que servirá como ponto de partida para uma discussão em que os projetos e oportunidades no Brasil serão descritos em detalhes, bem como os projetos e tecnologias disponíveis na Noruega, para apoiar o impulso da economia do hidrogênio no Brasil. Para se juntar a este passeio, mergulhar profundamente no nascimento das discussões sobre hidrogênio e entender como podemos construir uma ponte de colaboração frutífera entre a Noruega e o Brasil, basta acessar o site e se inscrever gratuitamente. O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro. <topo> 5 2º Congresso Brasileiro do Hidrogênio Sob o tem “Desenvolvimentos e Base Legal para Mercados de Tecnologias de Baixo Carbono”, a Associação Brasileira do Hidrogênio, ABH2, realizará o 2º. Congresso Brasileiro do Hidrogênio nos dias 8 e 9 de dezembro de 2021 e tem enorme satisfação em ter a participação ativa da comunidade brasileira interessada em energia do hidrogênio. O evento se realizará de forma integralmente virtual. O 2º. Congresso Brasileiro do Hidrogênio abordará temas com ênfase em políticas públicas, regulação e normatização; produção do hidrogênio com emissão baixa ou nula; nascente mercado de energia do hidrogênio no país; mobilidade sustentável e abertura de mercado no setor de transportes. O envio de resumos deve ser realizado até o dia 16 de novembro, através do site. <topo> Artigos e Estudos 1 Relatório “Hydrogen for Net Zero” O relatório, divulgado pelo Hydrogen Council, apresenta um cenário ambicioso de 2030 e 2050 para atingir o zero líquido em emissões de carbono, considerando o uso do hidrogênio na indústria, energia, mobilidade e edifícios. O cenário é descrito em termos de demanda de hidrogênio, suprimento, infraestrutura, assim como em termos de investimentos necessários comparados com o momento atual e os investimentos na indústria, para identificar as lacunas de investimento nas cadeias de valor e regiões geográficas. Segundo o estudo, o hidrogênio pode fornecer uma solução de baixo custo para a descarbonização de um quinto da demanda de energia final em meados do século, resultando em uma redução de 80Gt de CO2. O estudo destaca, que na próxima década, a demanda global de hidrogênio pode crescer 50%. Em 2030, isso significaria uma redução anual de emissões de CO2 equivalente ao volume de CO2 emitido pelo Reino Unido, França e Bélgica juntos. Mas para isso, é necessário um aumento significativo da produção, infraestrutura e usos finais. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (Hydrogen Council – 03.11.2021) <topo> 2 Relatório “Policy toolbox for low carbon and renewable hydrogen” O relatório, divulgado pelo Hydrogen Council em conjunto com o “Hydrogen for Net Zero”, é baseado em uma avaliação do desempenho das políticas de hidrogênio em diferentes estágios de maturidade de mercado e segmento da cadeia de valor. Ao todo, 48 políticas foram pré-selecionadas com base em sua eficiência e eficácia econômica. O estudo demonstra como um conjunto de políticas eficazes e medidas regulatórias podem fornecer visibilidade necessária aos investidores do curto a médio prazo, assim como no longo prazo, contribuindo para reduzir os riscos do projeto e, consequentemente, reduzindo os custos do hidrogênio, impulsionando a absorção e estimulando o comércio transfronteiriço de hidrogênio. O relatório também deixa claro a necessidade de levar em consideração os valores sociais e os benefícios da formulação de políticas associados ao desenvolvimento da economia do hidrogênio para contribuir com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (Hydrogen Council – 03.11.2021) <topo> 3 IEA: Global Fuel Economy Initiative 2021 O relatório, realizado pela Agência Internacional de Energia (IEA), acompanha o progresso da economia de combustíveis para veículos leves. Com uma boa base de dados, o relatório informa aos formadores de políticas, sobre quais medida seriam necessárias para alinhar o ritmo das melhorias na eficiência dos veículos leves com as ambições climáticas. Este estudo estende o escopo da análise, considerando o desempenho atual e potencial de diferentes opções de powertrain de veículos leves, quantificando as emissões de gases de efeito estufa (GEE) incorridas na produção, transporte e entrega de combustíveis convencionais para transporte e transportadores de energia, como eletricidade e hidrogênio. Segundo o relatório, as emissões de GEE de veículo a células a combustível variam dependendo principalmente de como o hidrogênio é produzido. Considerando a produção por meio da gaseificação do carvão, as emissões são tão altas quanto as de veículos com motor de combustão interna a gasolina. Enquanto os veículos que usam hidrogênio proveniente da reforma do metano a vapor do gás natural têm emissões iguais às dos veículos elétricos híbridos. (IEA – novembro de 2021) <topo> 4 IEA: Tracking Energy Integration 2021: Hydrogen Durante a pandemia, as tecnologias de hidrogênio se mostraram resistentes, recebendo de forma recorde, em 2020, ações políticas e incentivos para produção de hidrogênio de baixo carbono, com dez governos em todo o mundo adotando estratégias. Quase 70 MW de capacidade de eletrólise foram instalados, duplicando os valores obtidos no ano anterior, e duas instalações de produção de hidrogênio a partir de combustíveis fósseis com CCUS tornaram-se operacionais, expandindo a capacidade de produção em aproximadamente 15%. Apesar disso, esse progresso está aquém do necessário para atingir o cenário de zero líquido de emissões de carbono até 2050. Além disso, a demanda de hidrogênio com baixo teor de carbono para novas aplicações permanece baixa, limitada apenas ao transporte rodoviário. Portanto, mais esforços são necessários na criação de demanda e na redução das emissões associadas à produção de hidrogênio. A demanda de hidrogênio em 2020 foi de cerca de 90Mt, com mais de 70Mt usado como hidrogênio puro e menos de 20Mt misturados com gases contendo carbono na produção de metanol e fabricação de aço. Estima-se que a demanda de hidrogênio, para o setor de ferro e aço, irá triplicar atingindo para 18Mt até 2030. (IEA – novembro de 2021) <topo> 5 Relatório GESEL: Observatório de Hidrogênio n° 1 O hidrogênio (H2) tem sido reconhecido como um importante vetor energético, capaz de promover uma profunda descarbonização da economia mundial, especialmente em segmentos de difícil redução de emissões, como os setores industrial e o de transportes. Tendo em vista a evolução exponencial da economia do hidrogênio, o presente relatório tem como objetivo central apresentar um estudo analítico do acompanhamento sistemático do setor, atentando para as principais políticas públicas, diretrizes e projetos, bem como inovações tecnológicas e regulatórias de toda a cadeia de valor do hidrogênio. O relatório destaca análises referentes a dois, temas que tiveram maior relevância no mês de setembro, as diretrizes do Programa Nacional de Hidrogênio Brasileiro e uma análise do relatório da Agência Internacional de Energia, “Hydrogen in Latin America”. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – Setembro 2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ | |