l IFE: nº 60 – 25 de outubro de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Transição Energética e ESG 1 ONS aponta sequência de recordes na geração solar 2 Chile: Fontes renováveis não convencionais atingem quase 11 GW 3 AIE: “Transição para energias limpas é muito lenta” 4 A implantação de energia eólica é indispensável para uma transição energética bem-sucedida na França 5 Caminhos da energia solar: aumento da produção e queda do preço viabilizam mercado brasileiro 6 A usina siderúrgica do Colorado irá operar quase inteiramente com energia solar 7 DOE anuncia financiamento para pequenas empresas investirem em P&D de energia limpa 8 Concessionária de Portland mira em energia distribuída e rede inteligente para plano de zero emissões líquidas 9 Heineken inicia projeto de energia verde para bares e restaurantes Geração Distribuída 1 Absolar: GD solar atinge a marca de 7 GW 2 Governo de SP quer 50 usinas GD até o final de 2022 Armazenamento de Energia 1 Europa inicia a corrida pelo desenvolvimento de soluções de armazenamento em bateria 2 Nova Zelândia: Projeto de sistema de armazenamento de bateria se aproxima do início da construção 3 Enphase Energy lança sistemas de armazenamento de baterias Encharge na Bélgica Veículos Elétricos 1 O carro/casa movido a energia solar, chega a Madrid 2 Empresas europeias enfrentam gargalos para produzir baterias de carros elétricos 3 Brasil apresenta bateria de nióbio que permite recarga rápida de VEs 4 EUA: PG&E relata forte crescimento no acesso ao carregamento de VEs 5 Toyota construirá fábrica de baterias avaliada em US$ 1,29 bilhão Gestão e Resposta da Demanda 1 Energisa lança ferramenta para monitorar consumo 2 Concessionária de energia da Califórnia irá implementar o Programa Community Grid 3 EDP adiciona ferramenta digital para aprimorar gestão de energia do consumidor 4 EUA: National Grid expande uso de tecnologia de otimização de controle de fluxo de energia Eficiência Energética 1 MME abre consulta pública sobre novos índices de eficiência energética de condicionadores de ar 2 Paraná adota plano de redução de consumo através da implementação de medidas de eficiência energética Microrredes e VPP 1 AutoGrid anuncia US$ 85 milhões em financiamento para acelerar a implantação de investimentos em usinas de energia virtuais Tecnologias e Soluções Digitais 1 AES Brasil termina P&D de balcão em blockchain para comercialização de energia 2 Índia: Tata Power e Bluwave-ai realizam parceira para implementar IA em operações em tempo real 3 Índia: Laboratório de teste de medidores inteligentes da Tata Power ganha credenciamento nacional 4 EUA: FirstEnergy está desenvolvendo a implementação de equipamentos de realidade virtual em suas operações Segurança Cibernética 1 Planos de segurança da rede para energias renováveis do governo Biden podem atingir a barreira estadual 2 Como as empresas de serviços públicos devem realizar treinamento de segurança cibernética 3 Brasil: Atento é vítima da onda de ataques cibernéticos no país Eventos 1 Especial ENASE 2021 2 Transição energética passa pela modernização do setor 3 Brasil está no centro da transição energética 4 Preço da energia deve cair com a transição energética 5 Certificados de energia renovável devem se tornar tendência para descarbonizar a economia 6 CEOs a postos para a transição energética 7 Tecnologias disruptivas vão guiar a transição energética Artigos e Estudos 1 Artigo GESEL: “A importância da reciclagem de baterias para uma mobilidade elétrica sustentável” 2 GESEL: Relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais n° 1 3 NREL: relatório analisa o valor da participação das energias renováveis nos mercados de serviços ancilares 4 Artigo Valor “Crise expõe dificuldade para ‘limpar’ matriz”
Transição Energética e ESG
1 ONS aponta sequência de recordes na geração solar O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a geração solar média no Nordeste ficou em 1.001 MW, no dia 7 de outubro, representando 7,9% da demanda da região, um novo ponto máximo da fonte. Ainda no dia 5 de outubro foi a vez do Sistema Interligado Nacional (SIN) bater recorde, quando foram gerados 1.322MW médios. Neste dia, a solar foi responsável por atender a 1,8% da demanda por eletricidade do país. Além disso, de acordo com o ONS, o viés positivo também é registrado na região Sudeste. Logo no primeiro dia do mês, a geração instantânea atingiu 1.059 MW, às 11h34. O registro foi superado no dia 3 de outubro, quando o pico foi de 1.068MW, às 11h44. Atualmente, a energia solar representa 2,2% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 2,6% até o fim deste ano. (Canal Energia – 11.10.2021) <topo> 2 Chile: Fontes renováveis não convencionais atingem quase 11 GW A Associação Chilena de Energias Renováveis e Armazenamento (Acera) divulgou os dados estatísticos do setor referentes ao mês de setembro. Com relação às fontes renováveis não convencionais (NCRE), ou seja, excluindo as grandes hidrelétricas, destaca-se que a capacidade instalada de tais fontes atingiu 10.842 MW, representando 35,8% da potência do país. O relatório informa que no último mês o aumento da capacidade instalada das NCRE, como um todo, em relação ao mês anterior foi de 4,2%, principalmente devido à entrada em operação de novas usinas fotovoltaicas, 8,5% a mais em relação a agosto. Por tecnologia, é justamente a energia solar que lidera, com 5.647 MW instalados. A energia eólica continua com 3.923 MW; mini-hidrelétrica, 612 MW; biomassa, 414 MW; o termossolar, 110 MW; geotérmico, 73 MW; e biogás, 64 MW. (Energías Renovables– 08.10.2021) <topo> 3 AIE: “Transição para energias limpas é muito lenta” A Agência Internacional de Energia (AIE) advertiu que a transição para energias limpas está “muito lenta” e pediu mais investimentos em fontes renováveis para evitar a mudança climática e turbulências no mercado energético. A duas semanas da abertura da reunião de Cúpula do Clima COP26 da ONU e em plena escalada dos preços da energia elétrica na Europa, a agência apresenta, em seu relatório anual, sérias advertências diante da direção que o mundo está seguindo nesta questão. O relatório reconhece a emergência de uma nova economia de baterias, hidrogênio, ou carros elétricos, mas este progresso é contrastado pela resistência do ‘status quo’ e das energias fósseis. Petróleo, gás e carvão ainda estão na origem de 80% do volume total da energia consumida e são responsáveis por 75% dos desequilíbrios climáticos, completa o relatório. Até o momento, os compromissos climáticos anunciados pelos Estados permitiriam, se cumpridos, alcançar até 2030 apenas 20% da redução total de emissões de gases do efeito estufa necessária para manter o aquecimento sob controle. (G1 – 13.10.2021) <topo> 4 A implantação de energia eólica é indispensável para uma transição energética bem-sucedida na França Em apresentação realizada na 11 ª Colloque National Éolien em Paris, organizado pela Énergie éolienne, Giles Dickson, CEO da Wind Europe, afirmou que a energia eólica é indispensável para uma transição energética bem-sucedida na França e traz benefícios adicionais para os cidadãos. Além disso, a ministra da Transição Ecológica da França, Barbara Pompili, e representantes da indústria eólica apresentaram em conjunto 10 medidas para uma implantação “controlada e responsável” da energia eólica. Nesse caso, o objetivo irá garantir altos padrões de proteção ambiental, boa coexistência com as comunidades locais e preservação do patrimônio cultural da França. A parcela de eletricidade produzida pelo vento na França excedeu a dos combustíveis fósseis no ano passado pela primeira vez, sendo responsável por 8% da eletricidade da França e ocupando o segundo lugar na produção de energia renovável, depois da energia hidrelétrica. A França pretende ter 34 GW de energia eólica onshore até 2028, contra 18 GW atuais, de acordo com sua Programmation Pluriannuelle de l’Énergie (PPE). (REVE – 14.10.2021) <topo> 5 Caminhos da energia solar: aumento da produção e queda do preço viabilizam mercado brasileiro Um fator essencial para o crescimento da energia solar é a queda dos custos. Se, no começo, a energia solar era considerada uma alternativa cara, hoje esse conceito está superado. O preço médio nos leilões de energia no mercado regulado brasileiro caiu a um quarto no período entre 2013 e 2021, de US$ 103 para US$ 25,87 por MWh. Desde 2019, a energia solar se tornou a fonte mais competitiva dos leilões de energia realizados no país. Considerando-se a crescente demanda por fontes sustentáveis de energia, em sintonia com as metas corporativas de redução das emissões de carbono e os princípios ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), o cenário aponta para uma grande expansão da energia solar no Brasil ao longo da década que está começando. (O Estado de São Paulo – 15.10.2021) <topo> 6 A usina siderúrgica do Colorado irá operar quase inteiramente com energia solar A Lightsource bp anunciou que seu projeto Bighorn Solar de 300 megawatts posicionará a siderúrgica de Pueblo da EVRAZ como a primeira siderúrgica do mundo a operar quase inteiramente com energia solar. O projeto, que atualmente está gerando eletricidade à rede, deve ficar totalmente online em novembro e é a maior instalação solar local nos EUA dedicada a um único cliente. “Este projeto prova que mesmo setores difíceis de abater, como o aço, podem ser descarbonizados quando as empresas se unem com soluções inovadoras”, disse Kevin Smith, CEO da Lightsource bp das Américas. “Nossa colaboração com a Xcel Energy e a EVRAZ North America tornou a Bighorn Solar uma realidade. É um ótimo exemplo de parceiros que lidam com questões complexas que a indústria dos EUA enfrenta hoje, ao mesmo tempo que preserva empregos no setor manufatureiro”, completou a mesma. (Renewable Energy World – 15.10.2021) <topo> 7 DOE anuncia financiamento para pequenas empresas investirem em P&D de energia limpa O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) anunciou US$ 105 milhões em financiamento para pequenas empresas buscarem a implantação de tecnologias de energia limpa, como parte do compromisso da administração Biden-Harris de construir uma economia de energia limpa e alcançar o líquido zero emissões de carbono até 2050. Os projetos variam de tecnologia de energia e agricultura sustentável ao monitoramento atmosférico e remoção de carbono. “Como espinha dorsal de nossas comunidades, as pequenas empresas têm uma grande oportunidade de liderar a transição para uma economia de energia limpa”, disse a secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer M. Granholm. “Este investimento impulsionará a inovação, promoverá a próxima geração de diversos líderes de energia limpa de comunidades sub-representadas e estabelecerá nossos pequenos negócios para o sucesso à medida que transformamos e fortalecemos nossa infraestrutura de energia para combater as mudanças climáticas”, completou a mesma. (Electric Energy Online – 19.10.2021) <topo> 8 Concessionária de Portland mira em energia distribuída e rede inteligente para plano de zero emissões líquidas A concessionária Portland General Electric (PGE) traçou seus planos para alcançar meta de zero emissões líquidas. O plano da concessionária é reduzir as emissões em pelo menos 80% até 2030, 90% até 2035 e zero emissões até 2040. A empresa afirmou que o sucesso depende da triplicação dos ativos de energia limpa e da utilização de recursos energéticos distribuídos localizada no cliente para resiliência da rede. A PGE espera que 25% da energia necessária nos dias mais quentes e frios venha de recursos de energéticos distribuídos como energia solar, armazenamento de bateria e veículos elétricos até 2030. (Power Grid– 18.10.2021) <topo>
9 Heineken inicia projeto de energia verde para bares e restaurantes A Heineken iniciou um projeto que visa levar energia renovável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras, até 2030. O compromisso firmado pela marca faz parte da estratégia da cervejaria em alavancar o uso de fontes limpas de energia, iniciada a partir da produção da cerveja com energia 100% renovável, anunciado em dezembro de 2020. Agora, o objetivo é ir além da produção, facilitando o acesso a pontos de vendas, com benefícios aos negócios dos parceiros e maior impacto ao meio ambiente. A empresa informou que por meio da adesão à iniciativa, bares e pontos de vendas podem ter uma redução de até 40% em suas contas de energia. A participação é gratuita, sem taxas, instalação ou fidelidade. O estabelecimento só precisará se cadastrar em uma plataforma digital que vai conectá-lo a uma fonte de geração de energia verde. A distribuição de energia será feita normalmente pela rede da concessionária de energia, e o estabelecimento não terá nenhum tipo de custo ou necessidade de qualquer adaptação no sistema elétrico atual. (Canal Energia – 08.10.2021) <topo>
Geração Distribuída
1 Absolar: GD solar atinge a marca de 7 GW
A geração distribuída atingiu a marca de 7 GW de potência instalada no Brasil, equivalente a metade de toda a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a Absolar, o país possui atualmente mais de 611 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 765 mil unidades consumidoras. Em 2021 foram mais de R$ 35,6 bilhões em novos investimentos. Segundo a entidade, a tecnologia solar fotovoltaica está presente em mais de 5.369 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais (1.304 MW), São Paulo (888 MW), Rio Grande do Sul (849 MW), Mato Grosso (534 MW) e Paraná (383 MW). (Canal Energia – 14.10.2021)
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2 Governo de SP quer 50 usinas GD até o final de 2022
O governo do estado de São Paulo quer implantar 50 usinas de geração distribuída solar no estado até o final da atual gestão, que termina no final de 2022. Nesse caso, a ideia é aproveitar imóveis e terrenos ociosos. A informação foi confirmada pela Agência CanalEnergia, com exclusividade durante a inauguração do Complexo Solar da Pereira Barreto da EDP Renováveis, pelo subsecretário de Infraestrutura do estado de São Paulo, Cassiano Ávila. Atualmente, o governo gasta cerca de R$ 670 milhões por ano com energia elétrica. O executivo diz que a ideia é reduzir essa conta e também dar utilidade a esses lugares que estão sem aproveitamento. “Inicialmente as plantas terão até 5MW (…) a gente consultou a Cetesb para verificar se os imóveis que a gente já identificou se eles têm algum empecilho que impeçam o licenciamento do projeto”, afirmou o mesmo. (Canal Energia – 08.10.2021)
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Armazenamento de Energia
1 Europa inicia a corrida pelo desenvolvimento de soluções de armazenamento em bateria
Em uma entrevista à Smart Energy International, Benedikt Sobotka, co-presidente da Global Battery Alliance, disse que a corrida para desenvolver soluções de armazenamento para um futuro de energia limpa iniciou-se na Europa. Benedikt afirmou que as baterias podem permitir 30% das reduções necessárias nas emissões de gases de efeito estufa nos setores de transporte e energia, mas há uma necessidade de maximizar a produtividade das baterias por meio de maiores investimentos em inovação e no aumento da capacidade de fabricação. Ele acrescentou que as políticas devem promover o armazenamento da bateria permitindo a integração das energias renováveis, que pode ser tornar mais simples e econômico por meio de parcerias entres os setores de serviços públicos e de tecnologia de bateria. (Smart Energy– 15.10.2021)
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2 Nova Zelândia: Projeto de sistema de armazenamento de bateria se aproxima do início da construção
A distribuidora de energia WEL Networks e a desenvolvedora de energias renováveis, Infratec, estão nos estágios finais de avaliação do que será o primeiro sistema de armazenamento de energia de bateria de grande porte (BESS) da Nova Zelândia. WEL Networks disse que o projeto de 35 MW no distrito de Waikato, na parte alta da Ilha do Norte da Nova Zelândia, está sendo preparado para construção e deve ser comissionado em outubro de 2022. O BESS será projetado para servir toda a cadeia de valor da eletricidade, permitindo que mais energia renovável seja instalada e conectada à rede, armazenando energia solar e eólica, fortalecendo a confiabilidade do fornecimento de eletricidade local e permitindo uma reserva rápida para corrigir os desequilíbrios de oferta e demanda, ajudando a Nova Zelândia a alcançar sua meta de zero emissões líquidas até 2030. (Energy Storage News– 18.10.2021)
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3 Enphase Energy lança sistemas de armazenamento de baterias Encharge na Bélgica
Enphase Energy, Inc., uma empresa global de tecnologia de energia e fornecedora líder mundial de sistemas solares e de bateria baseados em microinversores, anunciou, no dia 18 de outubro, que começou a enviar seus sistemas de armazenamento de bateria, Encharge, para clientes na Bélgica, ampliando ainda mais a disponibilidade do produto no mercado europeu. O Encharge é um sistema de armazenamento de bateria que oferece configurações de armazenamento que variam de 3,5 kWh a um agregado de 42 kWh, junto com a capacidade de atualização durante a vida útil do sistema. A Enphase oferece uma solução de armazenamento solar mais segura projetada para não expor os instaladores ou proprietários de casas à corrente contínua de alta tensão. Os sistemas de armazenamento de bateria da Encharge também estão disponíveis para clientes na Alemanha e na América do Norte. (Eletric Energy Online– 19.10.2021)
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Veículos Elétricos 1 O carro/casa movido a energia solar, chega a Madrid Uma equipe de 22 pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven (Holanda) desenvolveu o Stella Vita, um protótipo de carro/casa alimentado exclusivamente por energia solar. O veículo, que percorre 3.000 km pela Europa, usa painéis solares que geram energia suficiente para dirigir, trabalhar e viver sem emitir CO2. O Stella Vita é uma entidade autônoma com total independência das estações de serviço, podendo acomodar dois passageiros e quando totalmente carregado tem um alcance de 730 km. Além disso, esse modelo pode atingir uma velocidade máxima de 120 km/h, estando equipado com painéis solares que se desdobram numa área de 17,5 metros. No interior encontra-se uma casa móvel equipada com cozinha, cama para duas pessoas, ducha e WC. O veículo começou a sua viagem na Holanda no dia 19 de setembro e fez escalas em Bruxelas, Paris, Le Mans, Île de Ré, Bordéus, Biarritz e Saragoça. Agora está em Madrid. (Energías Renovables – 08.10.2021) <topo> 2 Empresas europeias enfrentam gargalos para produzir baterias de carros elétricos Montadoras europeias têm tentado garantir o fornecimento de células de bateria na Europa e podem enfrentar um desafio ainda maior para encontrarem matéria-prima suficiente. Nesse caso, o fracasso em obter suprimentos adequados de lítio, níquel, manganês e cobalto pode retardar a mudança para veículos elétricos. Ainda que os anúncios de novas instalações para a produção de baterias ocorram rapidamente, e a EIT InnoEnergy lista quase 50 projetos planejados na União Europeia, o problema está nas matérias-primas como lítio, níquel, manganês e cobalto. Em um ano, o preço do carbonato de lítio mais que dobrou, explica Caspar Rawles, chefe de análise de preços e dados da Benchmark Mineral Intelligence (BMI). No caso do cobalto, onde os maiores depósitos estão localizados na República Democrática do Congo e às vezes são extraídos em condições de trabalho miseráveis, também é esperado um aumento no preço. No início da cadeia de abastecimento, leva cerca de sete anos para que novas minas sejam desenvolvidas. Até agora, o lítio vem principalmente da Austrália e do Chile, o cobalto do Congo e o grafite da China. (CNN Brasil – 13.10.2021) <topo> 3 Brasil apresenta bateria de nióbio que permite recarga rápida de VEs O Brasil é responsável por 95% das reservas de nióbio no planeta, de acordo com informações no site do Governo Federal. O mineral é utilizado para a composição de ligas metálicas e permite um material mais maleável e resistente ao calor e desgaste. Em setembro deste ano, a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) anunciaram parceria para o desenvolvimento e aplicação das baterias com o mineral para utilização em veículos elétricos da montadora, algo inédito na indústria automotiva mundial. A VW Caminhões e Ônibus vai desenvolver os controles da operação da bateria com nióbio no veículo, além de fabricar os veículos 100% elétricos utilizados no projeto e implantar a infraestrutura de recarga ultrarrápida. De acordo com a CBMM, a tecnologia que será empregada nas baterias é resultado de mais de três anos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a Toshiba, no Japão. (Diário do Nordeste – 10.10.2021) <topo> 4 EUA: PG&E relata forte crescimento no acesso ao carregamento de VEs A Pacific Gas and Electric Company (PG&E), empresa norte-americana de energia e gás, já instalou 4.827 pontos de carregamento de veículos elétricos (VEs) de nível 2 em todo o norte e centro da Califórnia através de seu programa EV Charge Network e outras iniciativas em um esforço para limitar as emissões de gases de efeito estufa do setor de transporte. Por meio do EV Charge Network, a PG&E fez parceria com empresas em 192 locais e com 11 empresas de carregamento de VEs em toda a sua área de serviço. Até setembro de 2021, a PG&E supriu com carregamento de energia o equivalente a mais de 1.400 carros tradicionais retirados das estradas por um ano. Além disso, com 39% dos novos carregadores localizados em comunidades carentes, a PG&E ajudou a trazer opções de carregamento de VEs para clientes que poderiam não ter condições. (Daily Energy Insider– 18.10.2021) <topo> 5 Toyota construirá fábrica de baterias avaliada em US$ 1,29 bilhão A Toyota planeja construir uma nova fábrica de US$ 1,29 bilhão nos EUA para fabricar baterias de veículos híbridos gás-elétricos e totalmente elétricos. A localização da fábrica não foi anunciada, mas a empresa disse que eventualmente empregará 1.750 pessoas e começará a fabricar baterias em 2025, expandindo gradualmente até 2031. A fábrica faz parte dos US$ 3,4 bilhões que a Toyota planeja gastar nos EUA em baterias automotivas durante a próxima década. A empresa não detalhou onde os US$ 2,1 bilhões restantes seriam gastos, mas parte disso provavelmente irá para outra fábrica de baterias. (Power Grid– 18.10.2021) <topo> Gestão e Resposta da Demanda 1 Energisa lança ferramenta para monitorar consumo O Grupo Energisa lançou uma nova ferramenta que pode ser acessada pelo site da companhia ou por qualquer dispositivo móvel, onde os clientes terão a possibilidade de monitorar sua redução de consumo entre setembro e dezembro de 2021, período estabelecido pelo Governo Federal para a campanha de redução de demanda voluntária para a baixa tensão. Desta forma, será permitido ao consumidor verificar qual o desconto aplicado em sua conta de energia, em janeiro de 2022, que poderá ser acumulado em até 20% do total reduzido. A companhia destacou que ao acessar os dados com código dos clientes haverá um banner alusivo à campanha no topo da página e um link “Acompanhe sua Meta”, no qual será possível visualizar, por cada endereço solicitado, a meta de consumo em kWh necessária para garantir o desconto. Neste local, o consumidor poderá ver seu desempenho, mês a mês, em relação à meta total, além de receber dicas de consumo caso esteja acima do previsto. (Canal Energia – 13.10.2021) <topo> 2 Concessionária de energia da Califórnia irá implementar o Programa Community Grid A Redwood Coast Energy Authority (RCEA), concessionária de energia da Califórnia, Estados Unidos, selecionou a Swell Energy para implementar seu Programa Community Grid. O programa é projetado para fornecer capacidade adicional e adequação de recursos para consumidores no condado de Humboldt. A Swell Energy irá alavancar o modelo e a experiência das usinas de energia distribuída para estabelecer 45 MWh de capacidade de armazenamento de energia, alimentada por energia solar atrás do medidor, para garantir a confiabilidade da rede na região. O negócio acompanha os consumidores da região que sofreram cortes de energia nos últimos anos devido a incêndios florestais e cortes de energia elétrica em prol da segurança pública. (Smart Energy– 16.10.2021) <topo> 3 EDP adiciona ferramenta digital para aprimorar gestão de energia do consumidor A concessionária portuguesa, EDP, adotou uma nova ferramenta para ajudar mais de 300 mil clientes a melhorar sua gestão e utilização de energia. Espera-se que a nova ferramenta, desenvolvida pela EDP Comercial, ajude os clientes signatários do serviço Pack Full a monitorar o uso de energia a cada 15 minutos e a tomar decisões informadas sobre como utilizam sua energia. A ferramenta funciona prevendo as contas mensais dos consumidores com base no uso atual de energia e dados históricos. A introdução da ferramenta permite a leitura automática do consumo de energia, possibilitando à EDP deixar de enviar pessoal para leitura de medidores de consumo no local. A concessionária afirma que o desenvolvimento está em linha com os esforços da empresa para introduzir tecnologias digitais que melhoram os serviços ao cliente, além de melhorar as capacidades da rede inteligente e ajudar a empresa a preparar-se para futuros casos de negócios. (Smart Energy– 18.10.2021) <topo> 4 EUA: National Grid expande uso de tecnologia de otimização de controle de fluxo de energia Após um projeto piloto bem-sucedido de tecnologia de controle de fluxo de energia, a National Grid Electricity Transmission, empresa estadunidense de transmissão de energia, está expandindo a implementação da solução para aumentar sua capacidade flexível de energia. Em um comunicado, foi dito que a implantação da tecnologia em uma escala mais ampla permitiu à concessionária otimizar o gerenciamento de uma quantidade crescente de capacidade de recursos energéticos distribuídos. No primeiro estágio, a empresa de energia implantou cerca de 48 válvulas inteligentes no norte da Inglaterra, um desenvolvimento que desbloqueou 1,5 GW de capacidade flexível – eletricidade suficiente para abastecer 1 milhão de residências no Reino Unido. A expansão do projeto deve desbloquear 500 MW adicionais de capacidade flexível – a eletricidade necessária para cerca de 300.000 residências. (Smart Energy– 19.10.2021) <topo> Eficiência Energética 1 MME abre consulta pública sobre novos índices de eficiência energética de condicionadores de ar Ministério de Minas e Energia (MME) abriu, até 15 de novembro, consulta pública sobre o novo Programa de Metas para Condicionadores de Ar de uso doméstico com o objetivo de estipular novas metas, com índices mínimos de eficiência energética para os aparelhos de ar condicionado no Brasil. Segundo o estudo de impacto regulatório, com a adoção dos novos índices mínimos nas datas propostas, estima-se uma economia de 119 TWh e de R$ 30 bilhões até 2040, em termos de valor presente líquido. Outro resultado positivo: com os novos índices, 72 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidos para a atmosfera. (MME – 19.10.2021) <topo> 2 Paraná adota plano de redução de consumo através da implementação de medidas de eficiência energética A intenção é reduzir o consumo de energia elétrica na administração pública estadual direta e indireta entre 10% e 20% no período que engloba outubro de 2021 a julho de 2022 em relação à média dos mesmos meses de 2018 e 2019. O decreto estabelece recomendações para uso do ar-condicionado, iluminação, tecnologia da informação, elevadores, geladeiras e congeladores, e também para novas contratações e aquisições de bens e serviços. A diminuição no consumo também vai gerar economia financeira ao Estado, que prevê déficit no orçamento do próximo ano. A partir disso, o acompanhamento das metas de redução do consumo de energia elétrica será feito por um grupo especial, criado para esse fim em cada órgão, que vai assessorar e monitorar os servidores na adoção das medidas previstas no decreto. Em suma, todos os grupos deverão permanecer funcionando até 30 de julho de 2022. (Canal Ernergia – 08.10.2021) <topo> Microrredes e VPP 1 AutoGrid anuncia US$ 85 milhões em financiamento para acelerar a implantação de investimentos em usinas de energia virtuais AutoGrid Systems Inc, fornecedora líder mundial de usinas de energia virtual, anunciou uma nova rodada de financiamento para acelerar a transição de energia por meio da adoção de veículos elétricos, armazenamento de bateria e geração de energias renováveis. O SE Ventures, o fundo de capital de risco de $ 500 milhões com sede na Califórnia, estabelecido pela Schneider Electric liderou a rodada da Série D-2. “Desde o dia em que fomos fundados, somos obcecados em tornar nossos sistemas de energia mais inteligentes em nossa busca para descarbonizar nossa sociedade”, disse o Dr. Amit Narayan, fundador e CEO da AutoGrid. “Este financiamento irá acelerar nossa visão de tornar as usinas de energia virtuais alimentadas por IA acessíveis a todos como uma ferramenta chave para catalisar a transição do mundo para a energia sustentável”, concluiu o mesmo. (Electric Energy Online – 19.10.2021) <topo> Tecnologias e Soluções Digitais 1 AES Brasil termina P&D de balcão em blockchain para comercialização de energia Após 18 meses de projetos de pesquisas e desenvolvimentos (P&D), a AES Brasil concluiu o “Projeto AES Brasil de Energy Intelligence”, em parceria com Fohat. O objetivo desse projeto era desenvolver, no país, o primeiro balcão organizado em blockchain para compra e venda de energia em um ambiente digital, com a existência de uma contraparte central, que garante a custódia e a liquidação de contratos bilaterais de energia para compradores e vendedores. O projeto teve início em outubro de 2019 e investimento de R$ 3,4 milhões, por meio do programa de P&D da Aneel. A nova solução impacta o mercado brasileiro, trazendo uma plataforma de trading 100% online e acessível, que agrupa todas as operações do backoffice do usuário. Além disso, oferece integração com outras soluções externas, possibilitando um balcão organizado na comercialização de energia e, também, dos certificados de energia renovável em blockchain. (Canal Energia– 15.10.2021) <topo> 2 Índia: Tata Power e Bluwave-ai realizam parceira para implementar IA em operações em tempo real Tata Power, a maior concessionária de energia integrada da Índia, anunciou que assinou um acordo comercial de três anos com a BluWave-ai, a primeira empresa mundial de inteligência artificial (IA) de energia renovável. A Índia recentemente implementou medidas para exigir uma programação de energia precisa e introduziu um mercado em tempo real para melhorar a integração de energia renovável na rede elétrica nacional. Como resultado, as empresas de distribuição de eletricidade agora enfrentam penalidades severas por desvio do uso de energia planejado, o que aumenta com a imprecisão na programação de energia. Sendo uma empresa inovadora em sua indústria, a Tata Power decidiu ativar o potencial de IA para otimizar a programação de energia e, assim, lidar com as novas mudanças regulatórias. (Electric Energy Online– 19.10.2021) <topo> 3 Índia: Laboratório de teste de medidores inteligentes da Tata Power ganha credenciamento nacional Espera-se que uma nova certificação concedida à Tata Power, concessionária de energia da Índia, ajude a aumentar o desenvolvimento e implantação de medidores avançados na Índia. O Laboratório de Calibração e Teste de Medidor Inteligente da Tata Power foi credenciado pelo National Accreditation Board for Testing and Calibration (NABL), a partir de sua banca de testes em Mumbai. A certificação confirma a capacidade do laboratório de teste da concessionária de fornecer testes seguros e um padrão de medidores inteligentes. A Tata Power usa a instalação automatizada para realizar conexão / desconexão remota, atualização remota de firmware, comunicação de dados do medidor, registro de evento de violação e teste de comparação entre laboratórios e medidores inteligentes. (Smart Energy– 19.10.2021) <topo> 4 EUA: FirstEnergy está desenvolvendo a implementação de equipamentos de realidade virtual em suas operações Como parte dos esforços contínuos da FirstEnergy, empresa estadunidense regulada de distribuição de energia, para aprimorar o fornecimento de energia, a empresa monitora tecnologias emergentes que podem ajudar a tornar o trabalho de campo mais seguro e eficiente. Uma das tecnologias que estão sendo exploradas é o equipamento de realidade virtual (RV), que sobrepõe imagens geradas por computador na visão do usuário. A funcionalidade do RV sobrepõe ativos digitais como imagens e vídeos em cima do que o usuário vê em campo. Isso pode incluir instruções, materiais de apoio e outros recursos referenciados para concluir um trabalho. O usuário pode abrir, mover ou fechar cada item de um menu usando o dedo ou a mão para navegar. Engenheiros de campo da FirstEnergy estão utilizando os equipamentos de RV em testes como parte de seu trabalho de manutenção. (T&DWorld– 18.10.2021) <topo> Segurança Cibernética 1 Planos de segurança da rede para energias renováveis do governo Biden podem atingir a barreira estadual O esforço do governo Biden para melhorar as defesas de segurança cibernética da rede estão se chocando com regulamentações em nível estadual que podem inviabilizar os esforços federais para proteger os recursos de energia renovável. Os departamentos de Segurança Interna e Comércio divulgaram, no mês passado, as “melhores práticas” destinadas a aumentar a segurança da infraestrutura crítica, seguindo um memorando presidencial de julho de 2021. Mas especialistas alertam que à medida que recursos distribuídos como energia solar e eólica são agregados a rede elétrica dos EUA, a crescente conectividade entre os sistemas de eletricidade oferece novas oportunidades para os hackers invadirem as redes de energia que estão fora do alcance da Casa Branca, mas estão sob a jurisdição das regras estaduais. (E&E News– 18.10.2021) <topo> 2 Como as empresas de serviços públicos devem realizar treinamento de segurança cibernética A segurança cibernética é uma área particularmente crucial de treinamento para empresas de serviços públicos. Vários hacks de alto perfil já prejudicaram o setor. É necessário ter as ferramentas certas, mas também é extremamente importante garantir que sua força de trabalho seja treinada para tomar as medidas certas. Especialistas apontam a necessidade de objetivos básicos para o treinamento, que incluem garantir que os operadores e administradores do sistema de controle entendam os conceitos de segurança cibernética, a terminologia, as atividades e o ambiente de ameaças associado à implementação das práticas recomendadas de segurança cibernética. Os operadores e o pessoal do sistema de controle também devem ser capazes de reconhecer os indicadores de comprometimento potencial e saber quais medidas tomar para garantir que uma investigação de segurança cibernética seja bem-sucedida. (BizTech- – 18.10.2021) <topo> 3 Brasil: Atento é vítima da onda de ataques cibernéticos no país No dia 17/10/2021, a multinacional espanhola de serviços de atendimento, Atento, foi a terceira vítima de ataques cibernéticos no Brasil nas duas últimas semanas, juntando-se à Porto Seguro e à CVC. A empresa, que atende 400 empresas em 14 países, comunicou ter interrompido seus serviços temporariamente, após um ciberataque a seus sistemas no Brasil. Diante do incidente que atingiu a Atento, clientes locais da companhia de call center como Azul, Banco Bmg, Itaú Unibanco e Vivo acionaram planos de contingência e direcionaram os atendimentos a canais on-line. A lista de companhias abertas vítimas de ataques de sequestro de dados desde o início da pandemia inclui Natura & Co, Braskem, Cosan, Embraer, Prudential, Westwing, JBS, Grupo Fleury e Lojas Renner. (Valor Economico– 19.10.2021) <topo> Eventos 1 Especial ENASE 2021 A 18ª edição do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (ENASE) ocorreu entre os dias 13 e 15 de outubro de 2021. Realizado pelo Grupo CanalEnergia, by Informa Markets, e co-promovido pelas principais associações do setor, o ENASE é considerado o principal evento político-regulatório do setor. <topo> 2 Transição energética passa pela modernização do setor O futuro do setor elétrico passa por uma renovação de seu marco regulatório, que está em discussão no Congresso Nacional. Isso leva à transição energética, que traz um modelo mais moderno e dinâmico com novas tecnologias e fontes de geração limpas sendo as protagonistas em um mercado aberto. Esse foi o tema principal das discussões no painel de abertura do ENASE 2021. As discussões giraram em torno de dois projetos em tramitação na Câmara dos Deputados: o PL 414 (antigo PLS 232 do Senado), que derivou da Consulta Pública 33; e o PL 1917, que trata da portabilidade da conta de luz a todos os consumidores de energia. Segundo o presidente do Fase, Mário Menel, ter o marco legal do setor elétrico é passo fundamental para que o setor possa viabilizar um novo modelo comercial para o país. (Canal Energia – 13.10.2021) <topo> 3 Brasil está no centro da transição energética O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o Brasil está bem posicionado para o processo de transição energética. Segundo o Ministro, a modernização do setor elétrico é um passo importante para esse caminho. Com a revisão do marco regulatório, o país poderá proporcionar ambiente para o desenvolvimento de novos modelos de negócios, atração de investimentos e adequação de mercados. Entre os pontos que colocam o Brasil na vanguarda mundial está a matriz energética, com alto nível de renovabilidade, capacidade industrial e o uso combinado das fontes renováveis, responsáveis por quase 50% das energias primárias, enquanto a média global é de 20%. Na matriz elétrica esse número é de 83% do total, ressaltou o Ministro em vídeo enviado para a abertura do ENASE. (Canal Energia – 13.10.2021) <topo> 4 Preço da energia deve cair com a transição energética Durante o Enase, o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, mostrou uma tendência de que o consumidor terá maior autonomia, mas que o preço da energia vai cair também. Mello acredita que o consumidor empoderado poderá gerar sua própria energia e o ambiente de serviços e recursos energéticos distribuídos, como autoprodução, pequena escala, automação, armazenamento, eficiência energética, entre outras coisas, devem crescer inversamente proporcionais ao preço da energia. Ele acrescenta ainda que os financiamentos de projetos seguros virão do mercado livre, que já é uma tendência que deve crescer muito no ano de 2024. Segundo Mello, a nova rota da transição energética até 2050 deve empoderar o consumidor, que vai demandar cada vez mais de serviço. Diante dessa nova realidade, a legislação vai precisar se adequar aos novos papéis dos consumidores. “O Brasil precisa de transição energética que vislumbre tempo, crédito, mercado. Esses são os desafios. A modernização deste arcabouço é fundamental”, afirma. (Canal Energia – 14.10.2021) <topo> 5 Certificados de energia renovável devem se tornar tendência para descarbonizar a economia Diante dos objetivos globais de transição energética para uma economia de baixo carbono, a busca dos agentes do setor elétrico por ativos ESG (Environmental, social and corporate governance) tem se tornado cada vez mais determinante no atual contexto. Essa foi uma das constatações do painel que debateu a eletrificação e descarbonização da economia pela visão do setor. O tema é objeto de estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que está em fase de conclusão de um relatório sobre a criação de um mercado de precificação de carbono. Nesse cenário, há consenso entre os players de que as novas fontes renováveis podem contribuir para a criação de um mercado de carbono no Brasil. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, conta que tem observado uma busca ao longo do desenvolvimento da indústria eólica no Brasil e certificados de energia, de carbono e atributos das fontes renováveis, tem gerado uma demanda crescente entre os agentes. (Canal Energia – 14.10.2021) <topo> 6 CEOs a postos para a transição energética Os players do setor elétrico mostraram disposição para a aceleração da transição energética. Em painel realizado no dia 14 de outubro, com a presença de executivos do setor, o tom foi o da necessidade dessa intensificação, considerada como irreversível. O CEO do Grupo Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, lembrou que os relatórios estão cada vez mais preocupantes. Para o executivo, o mundo não terá outra chance para avançar no caminho da transição e alcançar a descarbonização. Ruiz-Tagle elogiou a disposição do setor privado em participar, discutindo e engajando governos. Ainda de acordo com o CEO, a transição trará o desafio de como remunerar as novas tecnologias, criando conceitos e culturas nas empresas e na população. Em suma, a crise hídrica que o país passa, na visão do executivo, é um momento para mostrar a necessidade de um sistema de transmissão pujante. (Canal Energia – 14.10.2021) <topo> 7 Tecnologias disruptivas vão guiar a transição energética A inovação tecnológica será a principal vantagem para a transição energética, segundo uma das conclusões dos especialistas no último dia do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase). A pauta do encontro colocou o Brasil como um dos principais protagonista dessa revolução energética por conta das peculiaridades de uma matriz limpa e renovável, em relação ao resto do mundo. Na avaliação do diretor de Operações da Lactec, Lauro Elias, o contexto é pertinente para que isso aconteça. Ele destaca as tecnologias do hidrogênio, mobilidade elétrica, armazenamento, termosolar (armazenamento), inteligência artificial, além do volume de dados necessários para trazer informação em tempo real e de maneira mais inclusiva. Elias destaca que soluções baseadas em inteligência artificial serão cada vez mais necessárias em um sistema elétrico, que tem se tornado mais complexo com a expansão de fontes intermitentes e recursos energéticos distribuídos. (Canal Energia– 15.10.2021) <topo> Artigos e Estudos 1 Artigo GESEL: “A importância da reciclagem de baterias para uma mobilidade elétrica sustentável” Em artigo publicado pelo GESEL, Vinicius José da Costa (pesquisador júnior do GESEL), Brenda Corcino (pesquisadora júnior do GESEL) e Luiza Masseno Leal (pesquisadora do GESEL) analisaram os principais benefícios e desafios do processo de reciclagem de baterias. Conclui-se que a expectativa para os próximos anos é uma maior difusão do processo de reciclagem das baterias dos VEs, dado o seu papel fundamental para o desenvolvimento de uma cadeia de valor ambientalmente e economicamente sustentável para a mobilidade elétrica. Em suma, um conjunto de países já se posicionam no sentido de incentivar pesquisas e políticas públicas a favor da promoção da reciclagem de baterias. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 14.10.2021) <topo> 2 GESEL: Relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais n° 1 O Observatório de Tecnologias Exponenciais, contribuindo com a sistematização e a divulgação do conhecimento, identifica o papel das tecnologias exponenciais no processo de transição energética, assim como as estratégias e iniciativas que estão sendo adotadas no setor elétrico nacional e internacional para a sua aplicação, além de apresentar novos modelos de negócios e as mudanças comportamentais do consumidor. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.10.2021) <topo> 3 NREL: relatório analisa o valor da participação das energias renováveis nos mercados de serviços ancilares Um novo relatório do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley visa aconselhar os proprietários de ativos de energia renovável sobre o valor da participação em mercados de serviços ancilares como uma fonte de receita adicional e ferramenta de resiliência da rede. O estudo analisa implantações autônomas de energia eólica e solar nos sete mercados de eletricidade dos EUA, bem como energia eólica e solar híbridas combinadas com armazenamento de energia. Segundo o relatório, historicamente, a participação eólica e solar nos mercados de serviços ancilares tem sido “baixa ou inexistente”. Embora os autores do relatório tenham encontrado potencial para um valor significativo para proprietários de recursos eólicos e solares com a participação no mercado de serviços ancilares, eles determinaram que o mercado de AS estreitas poderia ficar saturado por projetos de armazenamento de energia em andamento. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Renewable Energy World – 15.10.2021) <topo> 4 Artigo Valor “Crise expõe dificuldade para ‘limpar’ matriz” Em artigo, publicado no Valor Econômico, Christopher Matthews, Collin Eaton e Bernoit Faucon, jornalistas da Dow Jones Newswires, analisam as dificuldades da transição energética evidenciada pelo choque nos preços internacionais da energia. Tal cenário expôs a fragilidade dos suprimentos mundiais à medida que os países se empenham em trocar os combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas, uma mudança que muitos investidores e governos tentam acelerar diante das preocupações com a mudança climática. Os problemas na cadeia de suprimentos restringem a rapidez com que o mundo pode expandir a geração de energia eólica e solar. Segundo executivos e analistas do setor, a transição dá sinais de que continuará sendo uma tarefa desafiadora nos próximos anos, em razão de uma dura realidade: embora o investimento em combustíveis fósseis esteja em queda, eles ainda representam a maior parte das fontes de energia – e os investimentos em fontes “verdes” não crescem rápido o suficiente para preencher a lacuna. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 20.10.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Lorrane Câmara e Luiza Masseno Pesquisadores: Cristina Rosa, Matheus Balmas e Pedro Barbosa Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |