l IFE: nº 38 – 25 de junho de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: governo busca feedback sobre Garantia de Origem para hidrogênio 2 Austrália: CEFC faz investimento em hidrogênio verde na Universidade de Wollongong 3 Brasil: MME/Albuquerque afirma que país terá normas para hidrogênio verde em até 30 dias 4 Dinamarca: seis grandes projetos de hidrogênio verde para o IPCEI 5 Egito: investimento bilionário para produção de hidrogênio verde 6 Eslováquia: país pretende implantar ônibus movidos a hidrogênio Produção 1 América Latina: Siemens Energy pretende desenvolver o hidrogênio verde na região 2 Austrália: Hydrogen Fuels Australia está desenvolvendo uma usina de H2V 3 Cingapura: Empresas assinam acordo de colaboração para projetos de hidrogênio 4 Chile: Empresas pretendem construir usina de H2V para produzir amônia verde 5 Espanha: Empresas pretendem construir usina de hidrogênio verde de 237 MW 6 Espanha: Enerfin desenvolverá planta de hidrogênio verde no Porto de A Coruna 7 Irlanda: empresas estão desenvolvendo a primeira usina de hidrogênio verde comercial do país 8 Lituânia: empresas realizam primeiro projeto de hidrogênio verde 9 Rússia: novo projeto para produção de hidrogênio 10 Rússia: exportação de até 200.000 toneladas de hidrogênio em 2024 11 Turquia pode ser exportadora de hidrogênio verde para Europa Armazenamento e Transporte 1 Airbus criará novas fábricas para produzir tanques criogênicos de hidrogênio 2 Hexagon Purus fornecerá sistemas de armazenamento de hidrogênio para projetos de motores Keyou IC 3 Consórcio de empresas do Reino Unido desenvolverá tanque de armazenamento de hidrogênio Uso Final 1 Austrália: ARENA e Rio Tinto vão estudar a integração de hidrogênio em refinarias de alumina 2 Brasil: Nissan e IPEN renovam acordo para desenvolver veículo movido a hidrogênio 3 França: Air Liquide, Airbus e Groupe ADP preparam aeroportos para a era do hidrogênio 4 França: GM e Liebherr desenvolverão sistemas baseados em células a combustível para aeronaves 5 Rússia: Empresas avaliam projeto conjunto para a produção de hidrogênio baixo carbono 6 Suécia: Volvo será a primeira montadora a explorar aço verde com SSAB 7 Wabtec e GM desenvolverão soluções avançadas de hidrogênio para indústrias ferroviárias Tecnologia e Inovação 1 A Titan Hydrogen está desenvolvendo tecnologia que impulsionará o uso dos veículos a hidrogênio 2 BMW inicia testes de rodagem com o X5 movido a hidrogênio Eventos 1 A transição energética em 2021: entrando em uma nova era 2 Brasil: País participou de cúpula sobre o hidrogênio verde com as nações do BRICS 3 Conferência Mundial de Política de Hidrogênio 4 Diálogo em Alto Nível: Brazilian Hydrogen Energy Compact Side Event 5 Evento: Estratégia nacional de hidrogênio da Alemanha 6 YES-EUROPE Energy Apéro: Hydrogen: Hype or Hope? Artigos e Estudos 1 Alemanha: relatório afirma aumento na demanda alemã por hidrogênio até 2032 2 Artigo “Brasil pode largar na frente na corrida pelo hidrogênio” 3 Artigo: Is direct seawater splitting economically meaningful? 4 Relatório: Analysing future demand, supply, and transport of hydrogen Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: governo busca feedback sobre Garantia de Origem para hidrogênio O Departamento Australiano de Indústria, Ciência, Energia e Recursos convidou, no dia 21 de junho, indústrias locais para se pronunciarem sobre o novo esquema de Garantia de Origem proposto para o hidrogênio. A nova abordagem permitirá a medição e o rastreamento das emissões da produção de hidrogênio e impulsionará a economia, criando um mercado competitivo para diferentes tipos de hidrogênio. O mercado se baseará em consultas anteriores às partes interessadas e no trabalho contínuo por meio da parceria internacional para o desenvolvimento da economia do Hidrogênio e de Células à Combustível. O governo está agora buscando feedback da indústria para moldar o desenho do novo esquema, como parte da Estratégia Nacional de Hidrogênio do governo. As inscrições estarão encerradas em 30 de julho de 2021. Em seguida, o Departamento de Indústria, Ciência, Energia e Recursos definido irá sediar um seminário no dia 15 de julho, das 10h00 às 11h30, para discuttir um documento e responder a perguntas. É possível ler o documento de discussão sobre o esquema de Garantia de Origem aqui. (H2 View – 21.06.2021) <topo> 2 Austrália: CEFC faz investimento em hidrogênio verde na Universidade de Wollongong Uma empresa chamada Hysata foi criada, na Universidade de Wollongong, para comercializar a tecnologia australiana de um eletrolisador de hidrogênio. A empresa fechou com sucesso uma rodada de investimentos de US $ 5 milhões, incluindo uma contribuição de US $ 750.000 da Clean Energy Finance Corporation – o primeiro investimento do banco verde em tecnologia relacionada ao hidrogênio. O eletrolisador é baseado na tecnologia desenvolvida por uma equipe do Centro de Excelência para Ciência de Eletromateriais (ACES) da ARC, liderada pelo especialista em catálise química e caracterização, Professor Gerry Swiegers. A Hysata disse que a eficiência do eletrolisador foi comprovada em escala laboratorial e que a empresa – que será baseada no Instituto Australiano de Materiais Inovadores da UOW – agora está focada no desenvolvimento e comercialização de um sistema em escala real. (Renew Economy – 17.06.2021) <topo> 3 Brasil: MME/Albuquerque afirma que país terá normas para hidrogênio verde em até 30 dias O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque prometeu que em até 30 dias, o Brasil anunciará através do Conselho Nacional de Política Energética suas diretrizes para produção e uso do hidrogênio verde no país. De acordo com Albuquerque, o país tem tudo para ser um grande protagonista na área. “O hidrogênio aparece com uma solução promissora”, avisa. Durante a sua fala, Albuquerque afirmou que o setor energético mundial passa por uma grande transformação e que falar da energia do amanhã envolve inovação, planejamento e oportunidades, principalmente para países da América Latina, a exemplo do Brasil. Ele reforçou a matriz limpa e renovável do Brasil e a meta da neutralidade em carbono até 2050. O ministro frisou ainda a importância do aspecto tecnológico aliado aos novos negócios de um mundo mais sustentável. (CanalEnergia – 22.06.2021) <topo> 4 Dinamarca: seis grandes projetos de hidrogênio verde para o IPCEI A Autoridade Empresarial Dinamarquesa nomeou seis projetos de hidrogênio para a participação do país em uma iniciativa de projetos pan-europeus de grande escala, conhecida como Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI). O IPCEI contribuirá para a transição verde apoiando o uso de hidrogênio tanto na indústria quanto no transporte pesado. Esses projetos ajudarão a iniciar o desenvolvimento de hidrogênio e outras tecnologias Power-to-X na Dinamarca. O governo alocou DKK 850 milhões para a participação dinamarquesa em um IPCEI sobre hidrogênio. A participação final no projeto pan-europeu de hidrogênio e, portanto, sua decisão sobre o auxílio estatal, dependerá do processo de matchmaking e da aprovação da Comissão Europeia. Em 8 de julho de 2020, a Comissão Europeia lançou uma Estratégia Europeia de Hidrogênio e a Aliança Europeia de Hidrogênio Limpo e em 16 de setembro de 2020, a Dinamarca juntou-se a Aliança Europeia de Hidrogênio Limpo. (H2 Bulletin – 21.06.2021) <topo> 5 Egito: investimento bilionário para produção de hidrogênio verde O Egito começa a dar passos importantes para se juntar ao conjunto de países produtores de hidrogênio, disse o Ministro do Petróleo e Recursos Minerais. O país planeja investir até US$ 4 bilhões em um mega projeto para gerar hidrogênio verde por meio da eletrólise, de acordo com as declarações de outra autoridade egípcia, o ministro de Eletricidade e Energia Renovável, Mohamed Shaker. O projeto será apresentado em sua forma definitiva nos próximos dias. Em comunicado à imprensa, Molla afirmou que o Egito tem grande potencial e vantagens competitivas que lhe permitem fazer incursões ousadas na indústria de hidrogênio, a meta estipulada pelo Ministério da Eletricidade e Energia Renovável do Egito é que 42% do total da energia produzida no país seja proveniente de fontes renováveis até 2035. Além de explorar o mercado interno de empresas nacionais com demanda de hidrogênio, o Egito aposta também na força dos seus portos no Mar Vermelho e Mediterrâneo. (Inside EVs – 19.06.2021) <topo> 6 Eslováquia: país pretende implantar ônibus movidos a hidrogênio A Eslováquia busca implantar ônibus movidos a hidrogênio com a intenção de descarbonizar seu setor de transporte. A Loop Energy está apoiando essa mudança e irá atender o pedido de módulo de célula a combustível S300 da Mobility & Innovation para abastecer o trem de força de um ônibus de trânsito de oito metros. A Mobility & Innovation, com sede na Eslováquia, explicou que esse é um “passo natural”, sendo o primeiro de um acordo comercial assinado entre as partes, que prevê mais de US $ 1,9 milhão em embarques de células a combustível da Loop Energy nos próximos dois anos e meio. János Onódi, CEO e co-proprietário da Mobility & Innovation, disse que a empresa está desenvolvendo uma plataforma de ônibus urbano leve e de emissão zero. Ao utilizar a tecnologia de célula a combustível da Loop Energy, nem o peso nem o alcance de seus ônibus serão comprometidos. (H2 View – 22.06.2021) <topo> Produção 1 América Latina: Siemens Energy pretende desenvolver o hidrogênio verde na região Enquanto na Europa a quantidade de recursos é insuficiente para conseguir produzir o hidrogênio verde (H2V) em larga escala, e assim suprir todo o consumo industrial, a América Latina possui abundância de recursos naturais para produzir o hidrogênio verde em um nível mais que suficiente. Nesse sentido, visando o potencial da região, a Siemens Energy está migrando seu foco de H2V da Europa para a América Latina. A empresa já analisa aplicar projetos em países como o Chile e a Colômbia, devido aos potenciais de produção renovável dos dois países, enquanto no Brasil, a empresa já está atuando sobretudo na aplicação do hidrogênio em processos industriais, como no setor químico. Dando um foco maior na relação da empresa com o Brasil, com a qual o país possui diversos projetos instalados, o projeto em parceria com a Braskem é um dos principais e prevê a instalação de uma unidade de cogeração movida a gás residual de processo com alto teor de hidrogênio. (Valor Econômico – 18.06.2021) <topo> 2 Austrália: Hydrogen Fuels Australia está desenvolvendo uma usina de H2V A Hydrogen Fuels Australia, em parceria com um aglomerado de empresas, está desenvolvendo a construção de uma usina de hidrogênio em Laverton, Victoria, Austrália. A usina ocupará um terreno de 5 hectares, sendo alimentada por energia solar proveniente de módulos fotovoltaicos da própria empresa e será capaz de produzir uma quantidade média de 75 kg de hidrogênio verde por dia. Posteriormente, o local será ampliado, fornecendo uma quantidade total de 3.000 kg de hidrogênio por dia, o que representa uma quantidade suficiente para abastecer mais de 100 veículos dentre 24 horas. A usina destinará o hidrogênio para alimentar a primeira unidade de abastecimento modular de hidrogênio do país. Cada empresa parceira vai colaborar em um segmento do projeto: a Nilsson Energy fornecerá sua tecnologia RE8760 para operação remota da microrrede, a Green Hydrogen Systems fornecerá seus eletrolisadores modulares para a produção do hidrogênio verde, enquanto a Plug Power fornecerá energia para o local. (Power Engineering International – 17.06.2021) <topo> 3 Cingapura: Empresas assinam acordo de colaboração para projetos de hidrogênio A DNV e a Keppel O&M acordaram cooperação com o objetivo de explorar a implementação segura de novas tecnologias em potencial, trabalhando em conjunto com agências governamentais relevantes para promover a introdução de hidrogênio no mercado de Cingapura. A ideia é promover o hidrogênio como fonte de energia para apoiar as metas de descarbonização do país. Alguns dos estudos de segurança e atividades piloto serão realizados dentro do Floating Living Lab da Keppel O&M, sendo o primeiro banco de testes flutuante desse tipo em Cingapura, que será uma plataforma para a indústria testar novas tecnologias de energia. (Reve – 17.06.2021) <topo> 4 Chile: Empresas pretendem construir usina de H2V para produzir amônia verde Com o intuito de desenvolver fertilizantes e produtos agrícolas com pegada de carbono nula para o consumo chileno, a Trammo, uma empresa líder internacional de merchandising, e a AustriaEnergy, grupo que tem se concentrado no desenvolvimento, construção, operação e gestão de usinas de energia renovável, realizaram um acordo. As empresas visam desenvolver uma usina de hidrogênio verde (H2V) em Magallanes, Chile. A usina será alimentada por um parque eólico de 2GW e, com a quantidade de energia que será fornecida, as empresas esperam conseguir produzir um milhão de toneladas de amônia verde a partir do H2V. A parceria já realizou a primeira etapa do projeto e planeja começar a operar e produzir amônia verde no Chile nos próximos cinco anos. (H2 View – 18.06.2021) <topo> 5 Espanha: Empresas pretendem construir usina de hidrogênio verde de 237 MW A Enagás, empresa espanhola de energia que opera rede de gás no país, a Fisterra Energy, especializada em investimentos de infraestrutura energética, e a White Summit Capital, especialista na transição energética, se juntaram para construir uma planta de hidrogênio na Baía de Algeciras, no sul da Espanha. A planta de eletrólise terá uma capacidade de 237 megawatts (MW) e será alimentada por energias renováveis, produzindo então o hidrogênio verde. Para facilitar a distribuição do gás aos destinos finais a planta será localizada em local estratégico, próxima a um gasoduto. Em termos de destinação, o hidrogênio verde será utilizado por usuários industriais, incluindo grandes consumidores de hidrogênio e gás natural. O hidrogênio também pode ser usado como combustível para veículos, ajudando a descarbonizar o transporte pesado na área do Porto de Algeciras, bem como o transporte público local. (Natural Gas World – 22.06.2021) <topo> 6 Espanha: Enerfin desenvolverá planta de hidrogênio verde no Porto de A Coruna A Enerfin, subsidiária de energia eólica da Elecnor, apresentou um pedido à Autoridade Portuária de A Coruña de concessão administrativa para construir e operar uma planta de produção de hidrogênio verde, a chamada ‘Green H2 Langosteira’. A expectativa da empresa é que a usina entre em operação no final de 2023, produzindo hidrogênio verde com diversas aplicações de uso final que ajudarão a alcançar uma redução significativa na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. O projeto Green H2 Langosteira insere-se na iniciativa “Porto Verde A Coruña” com o objetivo de se tornar um polo de descarbonização e uma referência para o abastecimento de hidrogênio verde na região. (H2 Bulletin – 18.06.2021) <topo> 7 Irlanda: empresas estão desenvolvendo a primeira usina de hidrogênio verde comercial do país A El-H2, em parceria com a Worley, está desenvolvendo uma usina de hidrogênio na Irlanda. A usina contará com uma capacidade de 50 megawatts (MW) e os eletrolisadores serão alimentados por energias renováveis, produzindo assim o hidrogênio verde. Com tamanha capacidade de produção eletrolítica, a usina, assim que concluída, produzirá 20 toneladas de hidrogênio por dia, deixando de emitir 63.000 toneladas de carbono anualmente. Espera-se que a planta esteja em operação no ano de 2023 e que ao ser concluída seja a primeira planta em escala comercial no país. O projeto será uma política de incentivo para cumprir com as metas da recente Lei do Clima da Irlanda, que determina reduções de emissões de 51%| até 2030. Por fim, deixando de lado o âmbito ambiental e adentrando ao econômico, o projeto irá gerar uma grande quantidade de empregos, desenvolvendo a economia local. (Power Engineering International – 17.06.2021) <topo> 8 Lituânia: empresas realizam primeiro projeto de hidrogênio verde A Europa está implementando e desenvolvendo a infraestrutura de hidrogênio, pois o vetor energético é considerado como uma alternativa para atingir a neutralidade de carbono no continente. Desse modo, a Lituânia obteve seu primeiro projeto para construção de uma usina de hidrogênio verde. O projeto está sendo implementado pela Amber Grid, a principal operadora de transporte de gás natural na Lituânia, a ESO, operadora do sistema elétrico da Grã-Bretanha e a SG Dujos Auto, empresa pioneira na aplicação de gás natural comprimido como combustível no sistema de transporte da Lituânia. A usina contará com a tecnologia Power-to-gas (P2G), isto é, a energia elétrica produzida por fontes renováveis alimentará o eletrolisador, promoverá o processo de eletrólise e assim o hidrogênio verde será produzido. Além disso, a usina contará com um sistema de armazenamento e será conectada ao sistema de gás da Lituânia, misturando então o gás natural com o H2. Espera-se que a planta entre em operação no ano de 2024. (Fuel Cells Works – 21.06.2021) <topo> 9 Rússia: novo projeto para produção de hidrogênio A empresa que opera as usinas nucleares russas, Rosenergoatom, irá testar uma bancada para a produção de hidrogênio na usina nuclear de Kola, norte da Rússia. A capacidade inicial das instalações será de 1 MW, mas espera-se que com o tempo essa capacidade aumente para 10 MW. A região de Kola foi escolhida pela capacidade de geração de energia elétrica a um baixo custo. No entanto, essa não é a única região do país com potencial para a produção de hidrogênio. Um parque eólico com capacidade de 201 MW está em construção em Kola que faz parte do projeto de produção de hidrogênio verde da Enel Rússia. Além disso, projetos estão sendo construídos na região de Sakhalin que avalia técnica e economicamente a viabilidade de produzir 30 mil a 100 mil toneladas de hidrogênio por ano. O governo também tem agido, desenvolvendo estratégias de longo prazo para apoiar o crescimento da demanda de hidrogênio no país. (Global Energy Prize – 22.06.2021) <topo> 10 Rússia: exportação de até 200.000 toneladas de hidrogênio em 2024 O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, em uma coluna da revista e site Energy Policy escreveu que a Rússia poderá exportar volumes de até 200.000 toneladas de hidrogênio até 2024. “Os volumes potenciais de exportação de hidrogênio da Rússia nos mercados mundiais podem totalizar até 200.000 toneladas em 2024, de 2 a 7 milhões de toneladas em 2035 e de 7,9 a 33,4 milhões de toneladas em 2050, dependendo da velocidade com que a economia mundial de baixo carbono se desenvolve e do aumento da demanda por hidrogênio nos mercados mundiais”, disse Novak. Acrescentou ainda, “A Gazprom e a Rosatom estão examinando a possibilidade de realizar projetos voltados para a exportação para a produção de hidrogênio usando tecnologias de reforma do metano a vapor e eletrólise de alta temperatura em usinas nucleares.” (Global Energy – 18.06.2021) <topo> 11 Turquia pode ser exportadora de hidrogênio verde para Europa A Turquia encontra- se numa posição estratégica no corredor de gás do sul, o que pode contribuir para torná-la um exportador de hidrogênio verde para Europa. A Europa tem visado o hidrogênio em sua estratégia para a transição energética, sendo sua força motriz para impulsionar o crescimento da demanda de hidrogênio. Isso cria uma oportunidade para Turquia que pode utilizar as rotas de exportação de gás existentes para atender a demanda europeia. O diretor de Economia Verde e Ação Climática do European Bank for Reconstruction and Development (EBRD), declarou que o EBRD acredita no potencial do país de se tornar um exportador de H2V na próxima década. Embora o país ainda não tenha uma estratégia nacional para o hidrogênio, esforços estão sendo realizados nesse sentido. (S&P Global Platts – 16.06.2021) <topo> Armazenamento e Transporte 1 Airbus criará novas fábricas para produzir tanques criogênicos de hidrogênio O projeto “Centros de Desenvolvimento de Emissão Zero”, desenvolvido pela fabricante europeia Airbus, visa a construção de duas novas fábricas, instaladas na Alemanha e na França, voltadas à produção de tanques criogênicos para o armazenamento de hidrogênio, com o objetivo de lançar futuramente aeronaves com emissões zero em carbono movidas a hidrogênio. As primeiras instalações estão previstas para serem inauguradas em 2023, e a previsão é que em 2025 possam realizar o primeiro voo de teste. Com planos para lançar a primeira aeronave comercial ZEROe do mundo até 2035, a Airbus afirma que as aeronaves ainda irão depender de motores a jato convencionais até pelo menos 2050. (Aeroflap – 16.06.2021) <topo> 2 Hexagon Purus fornecerá sistemas de armazenamento de hidrogênio para projetos de motores Keyou IC A Hexagon Purus, fornecerá sistemas de armazenamento de hidrogênio para Keyou (uma empresa alemã de mobilidade limpa). Ambas as empresas compartilham um objetivo comum que é impulsionar a transição energética e alcançar um ar limpo. As primeiras entregas serão em novembro de 2021, as quais irão fornecer sistemas de armazenamento de hidrogênio para o motor de combustão H2 DEMO Bus da KEYO e para projetos de caminhão. Michael Kleschinski, da Hexagon Purus, disse: “À medida que mais países e cidades europeias anunciam políticas estratégicas para promover a descarbonização da mobilidade, mais veículos comerciais – especialmente ônibus urbanos e caminhões pesados – farão uma transição rápida”. (Globe Newswire – 18.06.2021) <topo> 3 Consórcio de empresas do Reino Unido desenvolverá tanque de armazenamento de hidrogênio Um consórcio, de empresas do Reino Unido que uniram forças, foi formado para desenvolver um novo tanque de armazenamento de hidrogênio de alta pressão destinado ao uso em grandes veículos de mercadoria (HGV), ônibus e aplicações fora de estrada. O projeto, liderado pela Ultima Forma, reúne um novo revestimento metálico integrado eletroformado e envolto em composto que trará redução de peso e outras vantagens sobre as soluções atuais do mercado hoje. A parede fina revestida fornece uma membrana de hidrogênio impermeável na qual a fibra de carbono estrutural foi enrolada pela Lentus Composites usando equipamento automatizado de bobinar filamento. Em 2022, ano o qual o consórcio espera que o tanque adquira competitividade, os parceiros irão então desviar a atenção para a comercialização e teste de certificação de produtos de primeira entrada no mercado. (H2 View – 18.06.2021) <topo> Uso Final 1 Austrália: ARENA e Rio Tinto vão estudar a integração de hidrogênio em refinarias de alumina A Rio Tinto se associou à Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA) para conduzir um estudo em refinarias de alumina, de viabilidade da substituição do gás natural por hidrogênio, apoiando as metas de descarbonização desse setor . O estudo será financiado por ambas as instituições, sendo $A 1,2 milhão e $A 580 mil, da Rio Tinto e ARENA, respectivamente. O hidrogênio será utilizado no processo de calcinação na Refinaria de alumina Yarwun em Gladstone, Austrália. O estudo também incluirá o uso de hidrogênio no Centro de Desenvolvimento Técnico de Bundoora da Rio Tinto, em Melbourne. Dois pacotes distintos comporão o trabalho: i) estudo preliminar de engenharia e design para atender os requisitos de construção e operacionais de um projeto de demonstração na refinaria de Yarwun; e ii) simulação do processo de calcinação usando um reator em escala de laboratório no Centro de Desenvolvimento Técnico de Bundoora. Após a conclusão, o estudo ajudará a informar a viabilidade de um projeto de demonstração com a Rio Tinto tendo apresentado patentes para o processo de calcinação de hidrogênio. (H2 View – 16.062021) <topo> 2 Brasil: Nissan e IPEN renovam acordo para desenvolver veículo movido a hidrogênio A Nissan, marca japonesa, firmou um novo acordo com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) com o objetivo de pesquisar combustíveis para modelos de veículos movidos a hidrogênio e etanol combinados. Utilizando a tecnologia das Células a Combustível de Óxido Sólido (SOFC), o veículo será movido a uma célula a combustível assim como veículos a hidrogênio, mas gerando energia na hora. A tecnologia tem sido testada tanto no Brasil quanto no Japão. Um dos desafios existentes para o desenvolvimento do protótipo é integrar um reformador que receberá o etanol, no qual acontecerá uma reação química responsável por separar o hidrogênio e uma parte pequena de CO2. O hidrogênio é utilizado na SOFC para gerar energia para o motor elétrico, enquanto um pouco de vapor de água e CO2 saem pelo escapamento. Integrar o reformador no veículo reduziria o tamanho do mecanismo e o deixaria mais barato. A utilização desse tipo de sistema combinado com a alta eficiência dos motores elétricos e o sistema de baterias garante aos veículos uma autonomia superior a 600km com apenas 30 litros de etanol. (Olhar Digital – 16.06.2021) <topo> 3 França: Air Liquide, Airbus e Groupe ADP preparam aeroportos para a era do hidrogênio A Air Liquide, a Airbus e o Groupe ADP assinaram um memorando de entendimento (MoU) para preparar os aeroportos para a movimentação de combustível limpo, deixando a infraestrutura de abastecimento de aeronaves com propulsão a hidrogênio. O MoU é o primeiro passo para que a Airbus atinja a ambição de ter a primeira aeronave comercial de emissão zero no mundo em operação até 2035. Um estudo envolvendo um painel representativo de aproximadamente 30 aeroportos em todo o mundo será lançado para avaliar as configurações potenciais para a produção, fornecimento e distribuição de hidrogênio líquido. A partir do estudo, serão elaborados cenários e planos detalhados para os dois principais aeroportos de Paris: Paris-Charles de Gaulle e Paris-Orly. Acredita-se que esses planos são essenciais para determinar a infraestrutura adequada. (H2 View – 21.06.2021) <topo> 4 França: GM e Liebherr desenvolverão sistemas baseados em células a combustível para aeronaves A General Motors e a Liebherr-Aerospace firmaram uma parceria para desenvolver um sistema demonstrador de geração de energia baseado em células a combustível de hidrogênio para aeronaves. As empresas vão explorar as possibilidades de desenvolver um sistema integrado, customizado para o desempenho e requisitos econômicos de aeronaves comerciais. A mudança do sistema convencional para um sistema utilizando tecnologias de hidrogênio exigirá grandes modificações nos sistemas a bordo da aeronave, que podem resultar num desempenho melhor e mais eficiente das aeronaves. As aeronaves serão um teste de potência da tecnologia de células a combustível HYDROTEC da GM. A construção e os testes do protótipo serão realizados em um laboratório especializado em testes de integração de sistemas múltiplos na Liebherr-Aerospace em Toulouse, França. (Green Car Congress – 18.06.2021) <topo> 5 Rússia: Empresas avaliam projeto conjunto para a produção de hidrogênio baixo carbono A Rosatom, a Metalloinvest e a Air Liquide assinaram um Memorando de Entendimento para avaliar um projeto conjunto de produção de hidrogênio de baixo carbono na Rússia. Os parceiros irão avaliar os aspectos técnicos e comerciais para atender a demanda de hidrogênio das fábricas da Metalloinvest, de produtos de minério de ferro como o ferro briquetado a quente (HBI). Estima-se que o volume de hidrogênio a ser consumido pelas unidades da Metalloinvest pode chegar a 150 mil toneladas por ano. Considera-se produzir hidrogênio através da eletrólise da água utilizando eletricidade de baixo carbono e/ou reforma a vapor do metano combinado com tecnologias de captura de carbono. Além disso, a parceria planeja elaborar os modelos mais econômicos possíveis para organizar a produção de hidrogênio, estimar os custos de capital e fazer uma estimativa preliminar do custo de produção de hidrogênio e dos recursos necessários para converter a empresa para o uso de hidrogênio com baixo teor de carbono. (Green Car Congress – 21.06.2021) <topo> 6 Suécia: Volvo será a primeira montadora a explorar aço verde com SSAB A SSAB e a Volvo Cars irão se unir para desenvolver aço verde, para aplicar na indústria automotiva. Nesse sentido, a Volvo será a primeira montadora de automóveis a utilizar o aço livre de combustíveis fósseis, produzido por meio de uma nova tecnologia da SSAB usando redução de ferro com hidrogênio verde na planta piloto Hybrit, na Suécia. Inicialmente, o aço será utilizado para fins de teste e pode ser usado em um carro-conceito, o que resultará em um carro de impacto climático muito menor do que o fabricado com material convencional. Para a Volvo, as emissões de CO2 associadas à produção de aço e ferro em seus carros é de cerca de 35% em um carro com motor de combustão interna e 20% em um carro totalmente elétrico. A SSAB planeja fornecer aço isento de fósseis em escala comercial em 2026. (H2 Bulletin – 16.062021) <topo> 7 Wabtec e GM desenvolverão soluções avançadas de hidrogênio para indústrias ferroviárias A Wabtec Corporation e a General Motors irão colaborar para desenvolver e comercializar a tecnologia de bateria Ultium da GM e os sistemas de célula a combustível HYDROTEC, para uso nas locomotivas Wabtec. Os módulos de energia de célula a combustível hidrogênio HYDROTEC da GM são compactos e fáceis de embalar e podem ser usados em uma ampla gama de aplicações, incluindo locomotivas. Essa colaboração, proporcionará a abertura de caminhos para a indústria ferroviária, fornecendo a possibilidade de descarbonização e o caminho para as locomotivas de emissão zero, aproveitando as duas importantes tecnologias de propulsão. (Green Car Congress – 16.06.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 A Titan Hydrogen está desenvolvendo tecnologia que impulsionará o uso dos veículos a hidrogênio Visando elevar o uso dos veículos movidos a hidrogênio no cenário global, a Titan Hydrogen está desenvolvendo uma tecnologia de célula a combustível que pode ter um potencial de liderança na Austrália e no mundo. A tecnologia é impactante, pois irá gerar mais eletricidade com a mesma quantidade de hidrogênio do que qualquer outra aplicação, com um aumento de mais de 60% na eficiência da célula a combustível. A tecnologia das células a combustível com membrana polimérica (PEM), tem uma série de fatores negativos com eficiência nos usos de veículos pesados, no entanto, a Titan Hydrogen mudará esse cenário. Com a eficiência alcançada com essa tecnologia, espera-se que os veículos, principalmente os pesados, possam aderir ao hidrogênio. Com uma patente de célula a combustível atualmente pendente, novo design e testes serão concluídos até o final do primeiro trimestre de 2022. (H2 View – 16.06.2021) <topo> 2 BMW inicia testes de rodagem com o X5 movido a hidrogênio Dois anos após o anúncio da BMW da intenção de lançar um veículo a hidrogênio, o chamado i Hydrogen NEXT, baseado no SUV BMW X5, acaba de sair em sua versão de teste. A marca premium alemã acaba de anunciar que uma frota de testes que irá rodar por toda a Europa. Nas próximas semanas, engenheiros e pilotos de testes irão avaliar o desempenho do trem de força elétrico, chassis e sistemas eletrônicos. Esse programa deve lançar as bases para a produção do i Hydrogen NEXT em pequena escala, prevista para o final de 2022. O sistema propulsor do i Hydrogen NEXT será baseado na solução usada pelo iX3. A potência combinada será de 275 kW (374 cv), o que corresponde à força do atual turbo seis cilindros do X5. (Inside EVs – 16.06.2021) <topo> Eventos 1 A transição energética em 2021: entrando em uma nova era A Delta-EE, uma empresa especializada em pesquisa e consultoria em novas energias, está realizando um evento abordando a transição energética. A equipe da empresa irá apresentar suas análises sobre como anda a transição de energia após os seis primeiros meses de 2021, discutindo as últimas notícias, cobrindo tópicos como investimento em energia, situação das empresas de petróleo no contexto da transição energética, surgimento de novas empresas de energias renováveis, recuperação verde e inovações tecnológicas no setor de energia. O evento acontecerá no formato online no dia 1 de julho a partir das 6h (horário de Brasília). Inscreva-se aqui. (Delta-EE – 16.06.2021) <topo> 2 Brasil: País participou de cúpula sobre o hidrogênio verde com as nações do BRICS A Índia realizou uma cúpula de dois dias a partir de 22 de junho que teve como foco iniciativas de hidrogênio verde envolvendo os países do BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Realizada virtualmente, a cúpula trouxe alguns dos melhores especialistas do país, formuladores de políticas e principais interessados para deliberar e discutir o futuro do hidrogênio a longo prazo, na matriz energética. Os palestrantes também compartilharam a relevância de tecnologias desenvolvidas para o hidrogênio e as prioridades para seus respectivos países. As discussões envolveram opções de financiamento para as tecnologias emergentes de hidrogênio verde, além do apoio institucional necessário para criar o ecossistema adequado para que a tecnologia floresça. Apesar disso, a cúpula teve como objetivo abordar os desafios em termos de tecnologia, eficiência, viabilidade financeira e aumento de escala. O evento online foi realizado por meio de videoconferência e encerrou-se no dia 23 de junho. (H2 View – 21.06.2021) <topo> 3 Conferência Mundial de Política de Hidrogênio O evento discutirá os avanços nacionais e internacionais em direção à adoção de estruturas de políticas públicas e financiamentos que permitirão a implantação de hidrogênio limpo e, aprofundará nas ferramentas que estão sendo usadas e propostas por diferentes governos em todo o mundo. Os participantes do evento poderão participar de discussões sobre como a política continuará a evoluir em 2021, levando em conta condições econômicas desafiadoras, a pressão política para a criação de empregos e o desenvolvimento do PIB interno. O evento acontece de forma online no dia 28 de julho. (World Hydrogen Leaders – junho de 2021) <topo> 4 Diálogo em Alto Nível: Brazilian Hydrogen Energy Compact Side Event Com a finalidade de acelerar as ações para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, principalmente o ODS7, e garantir que os países alcancem suas metas em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, as Nações Unidas convocaram o Diálogo de Alto Nível sobre Energia 2021. Durante o evento, foram realizados Fóruns Temáticos de Nível Ministerial, através dos quais ministros de governos nacionais e líderes de empresas, cidades, sociedade civil, organizações de jovens e outras partes interessadas tiveram, a oportunidade de apresentar seus Pactos de Energia, estabelecendo seus compromissos e ações voluntárias. No dia 24 de junho ocorreu o Brazilian Hydrogen Energy Compact Side Event com a intenção de proporcionar uma oportunidade de ouvir diferentes convidados e autoridades sobre suas perspectivas sobre o papel do desenvolvimento da economia do hidrogênio no caminho do Brasil para a transição e descarbonização de energia. O evento ocorreu de forma online às 16h15 (horário de Brasília) e foi transmitido através do canal do Ministério de Minas e Energia no YouTube. (MME – junho de 2021) <topo> 5 Evento: Estratégia nacional de hidrogênio da Alemanha A Estratégia Nacional de Hidrogênio do Governo Federal (NWS) visa tornar a Alemanha uma pioneira global. Depois que o governo federal aprovou a Estratégia Nacional de Hidrogênio em 10 de junho de 2020, um grande financiamento para P&D e inovação foi lançado. Isso deve permitir o desenvolvimento e o ramp-up do mercado no setor de hidrogênio. Nesse contexto, o evento tem como objetivo discutir a situação atual da estratégia e quais serão os próximos passos para atingir as metas estabelecidas. O evento acontece no dia 28 de junho e será conduzido em alemão, no entanto, a organização do evento irá compartilhar a gravação com legenda em inglês após o webinar. (Mission Hydrogen – junho de 2021) <topo> 6 YES-EUROPE Energy Apéro: Hydrogen: Hype or Hope? O evento contará com a participação de dois debatedores que discutirão sobre o melhor design para as políticas voltadas para o desenvolvimento da economia do hidrogênio, dando foco para as barreiras e oportunidades no contexto das metas climáticas da União Europeia para 2030 e 2050. O evento acontece no dia 28 de junho das 14h às 15h (horário de Brasília). Inscreva-se aqui. (YES-Europe (Young leaders in Energy and Sustainability)– junho de 2021) <topo> Artigos e Estudos 1 Alemanha: relatório afirma aumento na demanda alemã por hidrogênio até 2032 Os operadores de redes de transmissão alemães (OST) prevêem um forte aumento na demanda por hidrogênio e gases verdes até 2032. O cenário estrutural é detalhado no Plano de Desenvolvimento da Rede de Gás (NDP) 2022-2032. O documento descreve o desenvolvimento da demanda de gás e hidrogênio até 2032, ao mesmo tempo que fornece uma perspectiva até 2050. Para o Plano de Desenvolvimento da Rede de Gás 2022-2032, os operadores do sistema de transmissão realizaram pela segunda vez sua pesquisa de mercado de Geração e Demanda de Hidrogênio e relataram 500 projetos de hidrogênio, um número muito maior que há dois anos atrás. Dr. Thomas Gößmann, Presidente da FNB Gas, afirmou que é necessário estabelecer uma infraestrutura de hidrogênio nos próximos anos através de projetos, que pode ser construída a partir da rede de gás natural existente. Já Inga Posch, Diretora Geral da FNB Gas, por sua vez, declarou que sem o hidrogênio e os gases verdes, a descarbonização da indústria, dos transportes e da construção é simplesmente inconcebível. Você pode encontrar o documento aqui. (H2 View – 22.06.2021) <topo> 2 Artigo “Brasil pode largar na frente na corrida pelo hidrogênio” No artigo publicado pela MegaWhat, Danielle Valois e Gabriela Fischer, analisam como o mercado de hidrogênio abre a oportunidade para que o Brasil se torne um importante player no mercado internacional de hidrogênio verde. A posição geográfica e matriz elétrica majoritariamente renovável, segundo as autoras, seriam dois fatores que podem contribuir para o país liderar a corrida pelo hidrogênio. Também são apresentadas algumas das iniciativas mais recentes que têm sido desenvolvidas pelo país. Segundo as autoras, “o Brasil possui os recursos necessários para se tornar um importante player no mercado internacional de hidrogênio verde. Sua posição na produção de renováveis é uma vantagem competitiva importante.” (MegaWhat – 11.06.2021) <topo> 3 Artigo: Is direct seawater splitting economically meaningful? Para produzir o hidrogênio por eletrólise o processo de purificação da água é necessário. Como opção alternativa, é possível realizar a divisão direta da água do mar ou DSS. A tecnologia DSS ocorre em um cenário de duas etapas, onde a água do mar é primeiro dessalinizada por osmose reversa e, em seguida, é realizada a divisão da água. Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Technische Universität Berlin (TUB) e Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft tenta analisar se o processo é competitivo e revela que a separação direta da água do mar tem desvantagens substanciais em comparação com a separação convencional da água, que quase não oferece nenhuma vantagem.”Descobrimos que os custos para a purificação da água do mar são insignificantes em comparação com aqueles necessários para dividir a água. Além disso, o uso direto da água do mar implica grandes desafios. No entanto, nossas pesquisas levam a outra questão que discutimos brevemente: qual pureza da água é economicamente mais adequada para alimentar os eletrolisadores?”. Para acessar o estudo na íntegra, clique aqui. (Green Car Congress – 16.06.2021) <topo> 4 Relatório: Analysing future demand, supply, and transport of hydrogen A iniciativa European Backblone conduziu um estudo que identificou o hidrogênio como uma fonte de combustível crucial para descarbonizar grande parte da indústria europeia. O estudo estimou que a UE e o Reino Unido têm potencial suficiente para atingir sua demanda de 2.300 TWh de hidrogênio até 2050, de forma viável através do hidrogênio verde. No entanto, seria necessária uma abordagem acelerada que necessitaria de aceitação pública. Dentro desse contexto, o hidrogênio azul foi identificado como a principal fonte de combustível para apoiar a atual transição para o hidrogênio verde de emissão zero – uma commodity que é muito cara de se fabricar atualmente. A infraestrutura de gás existente reaproveitada desempenha um papel crucial na conexão de locais de suprimento e demanda de hidrogênio. Os dutos de hidrogênio são alguns dos métodos mais eficientes em termos de custo para transporte de longa distância e alto volume de hidrogênio. Você pode ler o relatório aqui. (H2 View – 18.06.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |