l IFE: nº 46 – 02 de março de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Regulatórias 1 Artigo: “Como o Brasil pode acelerar a migração para o carro elétrico?” 2 Brasil: limitações para a difusão de VEs 3 Brasil: governo precisa incentivar aquisição de VEs 4 UE: 1 milhão de postos de carregamento públicos em 2024 5 Transição para a mobilidade elétrica ainda é um grande desafio 6 UE: novas metas de CO2 irão gerar grande pressão competitiva 7 Portugal: incentivos a VEs podem estar em risco 8 EUA: governo dará R$ 38 mil de bônus a VEs 9 EUA: Ford pede suporte do governo para impulsionar VEs Inovação e Tecnologia 1 Nissan aposta em células de combustível com etanol 2 Recarga em tempo recorde: VE com bateria de grafeno 3 Brasil: é necessário dar atenção às baterias de VE 4 China: troca de baterias EV pode ser um novo negócio Indústria Automobilística 1 Artigo: “O carro elétrico, mais um desafio para a indústria” 2 VEs dominarão o mercado em breve, afirma Bill Gates 3 Brasil: o que o país precisa para aumentar a demanda por VEs 4 Brasil: etanol pode retardar difusão de VEs 5 Empresa nacional de VEs inicia produção no Paraná 6 Startup espanhola anuncia fábrica de VEs no Mercosul 7 SP: perspectiva de 2 mil ônibus elétricos nos próximos 2 anos 8 Empresa paulista anuncia sistema de entregas com VEs 9 Mercado Livre vai financiar compra de VEs 10 Ford venderá só VEs na Europa a partir de 2030 11 Jaguar: meta de ser livre de CO2 até 2039 12 Honda: novo presidente dará prioridade a VEs 13 Daimler Trucks foca na neutralidade carbônica 14 Audi: VEs serão feitos sob medida Meio Ambiente 1 Eletrificação e combustível alternativo ajudam a reduzir emissões de veículos 2 Petroleiras aumentam investimentos em combustíveis verdes 3 VEs são ambientalmente e economicamente mais vantajosos Outros Artigos e Estudos 1 VEs terão autonomia mais baixa no futuro, diz CEO da Audi
Políticas Públicas e Regulatórias 1 Artigo: “Como o Brasil pode acelerar a migração para o carro elétrico?” Em artigo publicado pelo site de notícias Tecmundo, Beto Marcelino, Fundador da iCities Smart Cities Solutions, empresa que desenvolve soluções para a criação de Cidades Inteligentes, lembra que mesmo 2020 tendo sido o melhor ano de vendas de VEs da série histórica iniciada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) em 2012, a frota elétrica corresponde a apenas 1% do mercado total de veículos no país. Nesse cenário, Marcelino analisa o que o Brasil pode fazer para acelerar a migração para o carro elétrico. Para ele, é essencial uma política nacional de incentivo aos modelos elétricos e, avançando nessa importante frente tributária, é preciso a união das associações e entidades que representam tanto a frota elétrica, quanto a de energias renováveis. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.02.2021) <topo> 2 Brasil: limitações para a difusão de VEs A regulamentação de fatores envolvidos na disseminação de VEs no Brasil é complexa, pois há um elevado número de instituições envolvidas com projetos de pesquisa, políticas públicas, tributação, regulação e o nível de coordenação entre elas é baixo. A infraestrutura de carregamento também é um dos maiores problemas no Brasil. Ações de pesquisa e desenvolvimento e algumas iniciativas particulares já possibilitaram algumas estruturas de recarga, porém elas ainda estão em fase inicial de desenvolvimento. Pela importância local da indústria de biocombustíveis, o Brasil pode se tornar um caso atípico de eletromobilidade. A EPE avalia que em um cenário (para veículos leves) de longa transição, 28% da frota será a combustão, 61% de híbridos e apenas 11% puramente elétricos até 2050. Se a transição for acelerada, veículos a combustão podem ser eliminados até 2045, mas a frota de 2050 ainda seria principalmente híbrida (85%). (RadioagênciaNacional – 22.07.2020) <topo> 3 Brasil: governo precisa incentivar aquisição de VEs Para o Brasil acelerar a eletrificação de veículos é essencial uma política nacional de incentivo aos modelos elétricos, a exemplo do que estados como o Paraná já vêm fazendo, com a isenção de cobrança de IPVA. Para isso, tramita desde outubro na Câmara Federal o Projeto de Lei 3174/20, que prevê corte de impostos, troca da frota do governo federal e criação de linhas de crédito prioritárias para a produção de VEs no país. Conforme a proposta, os VEs puros passarão a contar com isenção total de IPI. Já os modelos híbridos terão redução de 50% no tributo. Avançando nessa importante frente tributária, é preciso a união das associações e entidades que representam tanto a frota elétrica, quanto a de energias renováveis. (Tecmundo – 21.02.2021) <topo> 4 UE: 1 milhão de postos de carregamento públicos em 2024 O principal objetivo que os fabricantes automóveis, os ambientalistas e as organizações de defesa dos consumidores esperam ver cumprido pela UE é a instalação de um milhão de postos de carregamento elétrico na região em 2024 e um total de três milhões de postos em 2029. A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), a Federação Europeia dos Transportes e do Ambiente (T&E) e a Organização Europeia dos Consumidores (BEUC) enviaram uma carta aos decisores europeus no sentido de estabelecerem objetivos para o desenvolvimento das infraestruturas de carregamento. Estabelecer metas ambiciosas envia uma mensagem aos consumidores de que o número de estações públicas de recarga conseguirá acompanhar a crescente procura por VE na Europa. Mas não seriam apenas os consumidores os principais beneficiados. Também os operadores de rede, os operadores de infraestruturas de carregamento e empresas de transportes. Adicionalmente, o estabelecimento destas metas levaria à criação de um milhão de empregos no continente europeu. (Fleet Magazine – 17.02.2021) <topo> 5 Transição para a mobilidade elétrica ainda é um grande desafio Pesquisas mostram que as vendas de VEs aumentaram ano passado na UE mesmo com o Covid-19. O aumento em subsídios e concessões parece estar impulsionando a adoção de VEs. Porém, ainda existem muitos obstáculos. A infraestrutura de carregamento necessária ainda não está disponível, além da energia adicional necessária para viabilizar a transição para VEs. Em 2020, foi anunciado o investimento de £ 1,3 bilhão na Inglaterra dedicado à infraestrutura para VEs. O presidente Biden (EUA) se comprometeu a financiar 500.000 novas tomadas de carregamento até 2030. Muitos países estão lutando para lidar com o crescimento populacional e o aumento de tecnologias 5G que consomem muita energia. Solucionar o problema energético exigirá um investimento significativo, porém necessário para a transição da mobilidade. (Forbes – 25.02.2021) <topo> 6 UE: novas metas de CO2 irão gerar grande pressão competitiva A transição para VEs está demorando mais do que o previsto. Ainda há uma grande divisão entre consumidores que acreditam na necessidade de mudar para VEs, e a população em geral que é muito cautelosa. Mesmo com subsídios para reduzir o custo dos VEs, o motorista comum nos EUA ou na Europa não trocam seus veículos a combustão. Porém, com as novas metas de CO2 da UE de 2021, as montadoras terão que dobrar a produção de VEs e híbridos o que deve representar cerca de 30% do market share europeu em 2022. Isto significa que as montadoras irão vivenciar uma grande pressão competitiva ou irão receber multas generalizadas por não cumprimento das metas de CO2. (Citi – 02.2021) <topo> 7 Portugal: incentivos a VEs podem estar em risco A imprevisibilidade fiscal é um dos principais problemas da economia portuguesa. O recente episódio do fim abrupto dos incentivos fiscais aos veículos híbridos é a prova disso. Um fim que se traduziu, em alguns casos, num aumento da tributação para o dobro, colocando em questão as decisões de milhares de empresas que optaram por veículos com tecnologia híbrida e híbrida plug-in. Nesse cenário, em que a receita fiscal se sobrepõe à preocupação ambiental, coloca-se a seguinte questão: o que acontecerá em matéria de política fiscal quando os veículos 100% elétricos representarem uma fatia ainda mais significativa do mercado automóvel? Perante a pressão das contas públicas, o que aconteceu com os híbridos em 2021 pod de repetir cos elétricos em 2022, e é por isso que o setor automóvel e o poder político têm de começar a se preparar. Mais do que isso, têm de preparar os próximos 10 anos. (Razão Automóvel – 22.02.2021) <topo> 8 EUA: governo dará R$ 38 mil de bônus a VEs O governo dos EUA pretende facilitar a compra de modelos novos a eletricidade por meio de um bônus de US$ 7 mil (cerca de R$ 38 mil, na conversão direta). Por trás dessa mudança, está o projeto de lei chamado GREEN. Desenvolvido pelo partido democrata, as regras preveêm, entre outras medidas, um aumento do limite de créditos fiscais para montadoras que atingirem a meta de entregar 600 mil VEs. Nesse sentido, os primeiros 200 mil VEs vendidos por uma fabricante têm direito à isenção de até US$ 7.500 (uns R$ 40 mil). Depois disso, que ultrapassarem essa marca, o crédito cai para US$ 7 mil até a montadora chegar às 600 mil unidades vendidas. Entretanto, a medida gerou duras críticas ao democrata. Especialistas acreditam que a iniciativa fará com que potenciais compradores esperem à aprovação da lei para comprar o veículo. (O Estado de São Paulo – 16.02.2021) <topo>
9 EUA: Ford pede suporte do governo para impulsionar VEs Jim Farley, CEO da Ford, pede ao governo americano que dê suporte à produção de baterias e ao desenvolvimento da infraestrutura de carregamento de VEs nos EUA, sublinhando o plano da marca de desenvolver plataformas elétricas para as suas pickups e SUV mais vendidas. Segundo Farley, este apoio do governo é essencial para ajudar a aumentar a procura por este tipo de veículos no país. (Multi News– 25.02.2021) <topo> Inovação e Tecnologia 1 Nissan aposta em células de combustível com etanol A Nissan é a primeira fabricante a desenvolver um protótipo movido pelo sistema SOFC – Solid Oxide Fuel Cell (célula de combustível de óxido sólido). Ele funciona a partir da energia elétrica gerada pela utilização do etanol. Esse sistema dá aos furgões uma autonomia acima dos 600 km com apenas 30 litros de etanol. O Brasil tem o pioneirismo com programas energéticos que incentivam o uso do etanol e por isso é uma peça-chave neste tipo de estudo. Não à toa, ainda em 2019, a Nissan assinou um acordo com a Unicamp para estudar as tendências e o uso do combustível na mobilidade elétrica. Além de ser uma tecnologia com praticamente zero emissão de poluentes pelos veículos, ela é mais fácil de ser adotada. Isso porque o País já dispõe de ampla rede de postos de combustíveis. Por outro lado, o sistema de carregadores de baterias ainda não está disponível em larga escala. (O Estado de São Paulo – 25.02.2021) <topo> 2 Recarga em tempo recorde: VE com bateria de grafeno O uso do grafeno para baterias de VEs é algo que se fala há algum tempo. No entanto, o grupo chinês GAC agora anuncia o primeiro carro a usar esta bateria inovadora, um crossover elétrico produzido pela Aion, uma empresa que integra a GAC. Melhor condutor de eletricidade do que o cobre, o grafeno é 200 vezes mais resistente que o aço e 6 vezes mais leve, e possui grandes qualidades em termos de armazenamento de energia. De acordo com o GAC, a nova bateria pode usar um carregador de alta potência de 600 A e pode carregar a um nível de 80% em apenas 8 minutos. O principal problema do grafeno está relacionado ao seu custo, mas o GAC desenvolveu uma forma de produção que diminui significativamente os custos da solução. A GAC não é a única empresa que trabalha com baterias de grafeno, a Tesla e a Samsung já demonstraram interesse na tecnologia. (Inside EVs – 24.02.2021) <topo> 3 Brasil: é necessário dar atenção às baterias de VE A questão mais importante para desenvolver a produção de VEs no Brasil está em saber se o país tem condições de desenvolver uma bateria, o item mais caro e mais pesado desses carros, ou terá de depender de importações. As baterias de íons de lítio são hoje as mais usadas nos VEs. Mas esse é um componente sujeito a grandes mudanças tecnológicas. EUA e China trabalham em novas soluções destinadas a aumentar a capacidade energética, a durabilidade, a redução do tempo de recarga e a segurança das baterias. O Brasil não está inteiramente a zero nesse segmento. Acordo assinado, no fim de 2020, entre o governo de Minas Gerais e uma joint venture formada por oito empresas norte-americanas do Vale do Silício prevê a construção de um polo produtor de baterias e componentes elétricos próximo ao Aeroporto de Confins. A inauguração da planta está prevista para o ano de 2023. (O Estado de São Paulo – 13.02.2021)</font <topo> 4 China: troca de baterias EV pode ser um novo negócio A troca rápida da bateria de um VE, é algo em que muitos estão trabalhando, começando com a startup chinesa NIO, que acaba de apresentar uma versão particularmente avançada. Na prática você chega a um determinado local e em poucos minutos substitui a bateria descarregada do seu carro por uma carregada. Na China, isso parece funcionar, embora com bicicletas elétricas e pequenos ciclomotores. A maioria das motos e scooters elétricos no mercado chinês usa apenas um tipo de bateria e que a mesma, compatível e intercambiável entre várias marcas, é efetivamente um padrão. Desta forma, muitos ciclistas chineses puderam comprar uma bicicleta elétrica sem bateria e assinar o serviço para ter sempre uma carga disponível. Enquanto isso, a NIO declarou que está pronta para colaborar com outros fabricantes para expandir o uso dessa tecnologia e torná-la comum a mais de uma marca. (Inside EVs – 19.02.2021) <topo> Indústria Automobilística 1 Artigo: “O carro elétrico, mais um desafio para a indústria” Em artigo publicado no Jornal Estado de São Paulo, Celso Ming destaca que o anúncio da General Motors dos EUA de que deixará de vender carros a gasolina ou diesel em 2035 é uma tendência geral. O jornalista acredita que o Brasil, embora tenha a opção do carro a álcool, não pode se fiar inteiramente nele, porque precisa exportar. O artigo analisa alguns limitadores para o desenvolvimento da produção de uma frota elétrica no país e possíveis caminhos para superá-los. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.02.2021) <topo> 2 VEs dominarão o mercado em breve, afirma Bill Gates Bill Gates citou a revolução “verde” que está animando o mundo automotivo como um exemplo a seguir em todos os outros setores industriais. Ele também previu que em 10 ou 15 anos os VEs vão dominar o mercado. Haverá muito mais modelos para escolher, as estações de carregamento serão mais difundidas e mais acessíveis e os custos cairão ainda mais. O fundador da Microsoft também acredita que os VEs serão mais baratos do que carros a gasolina. Além disso, para a Microsoft, há sinais importantes de uma mudança na consciência do consumidor. Assim, a abordagem ecológica começa a ser lucrativa porque é reconhecida como um valor agregado. Olhando para as baterias, para Gates é provável que em um futuro não muito distante seja possível produzir acumuladores com desempenho que permitirão até voos de longo alcance com aeronaves elétricas. Sem esquecer outras tecnologias de emissão zero, como hidrogênio e combustíveis sintéticos. (Inside EVs – 22.02.2021) <topo> 3 Brasil: o que o país precisa para aumentar a demanda por VEs A maior demanda por VEs no Brasil depende da criação de uma rede de suporte de serviços e investimentos públicos em infraestrutura que proporcionem uma malha viária adequada para esse tipo de veículo. O coordenador do Observatório de Inovação da USP, Glauco Arbix, argumenta que a falta de uma política industrial eficiente tende a deixar a indústria brasileira ainda mais para trás, caso os avanços dos VEs se consolidem nos próximos anos. Principal razão: o Brasil não avançou na criação de relações comerciais fortes que alavanquem as exportações. Ricardo Bacellar, sócio líder de Industrial Markets e Automotivo da KPMG no Brasil, adverte que a indústria nacional de veículos tem de pensar em soluções mais próximas do perfil de renda do brasileiro. Sem isso, não haverá massificação que justifique os investimentos em sua produção. Ele sugere a adoção do modelo de carro por assinatura. Nele, em vez de pagar por um carro de sua propriedade, o consumidor paga um aluguel para usar o veículo por tempo determinado. (O Estado de São Paulo – 13.02.2021)</font <topo> 4 Brasil: etanol pode retardar difusão de VEs A eletrificação da mobilidade vem superando com sucesso seus principais desafios em muitos países. No entanto, no caso brasileiro os VEs precisam se desenvolver em um contexto peculiar, pois “competem” com alternativas mais limpas (etanol puro ou gasolina com alto percentual de etanol) do que os derivados de petróleo, o que diminui a atratividade geral para o consumidor e formuladores de políticas. O etanol é amplamente utilizado no Brasil, principalmente em veículos leves nos motores flex. Dados da Anfavea de 2020 mostram que cerca de 85% dos veículos leves e comerciais são do modelo flex. Apesar deste contexto, houve uma crescente nas vendas de VEs e híbridos no país, que mesmo afetado em 2020 pelas medidas adotadas em decorrência do COVID-19, prosseguiu com este mercado estável em cerca de 1% das vendas totais de veículos. (RadioagênciaNacional – 22.07.2020)
<topo> 5 Empresa nacional de VEs inicia produção no Paraná Ainda iniciante, a mobilidade elétrica no Brasil vai dar um passo importante nesta semana com a inauguração da linha de montagem de VEs da empresa Movi Electric no Biopark, um parque tecnológico situado no município de Toledo, localizado no oeste do Paraná. Durante a inauguração, serão revelados os três modelos de micro carros 100% elétricos da empresa que passarão a ter montagem nacional (até o momento eram montados na Argentina). O primeiro é um compacto e os outros dois modelos utilitários, sendo um com caçamba e outro com baú com até 500 kg de capacidade de carga. Usufruindo das vantagens comuns a outros VEs, os modelos montados no Paraná terão como principais atrativos a autonomia de até 150 km com uma única carga e carregamento em tomadas convencionais de 110V ou 220V. Voltados principalmente para o público corporativo e órgãos públicos, os veículos contarão com gestão de frota inteligente por meio de aplicativo. (Inside EVs – 23.02.2021) <topo> 6 Startup espanhola anuncia fábrica de VEs no Mercosul Conforme antecipado, a startup espanhola Lupa Motors anunciou a construção de uma nova fábrica de VEs no Uruguai. Ao todo, serão produzidos três novos modelos zero emissões para atender ao mercado latino-americano, especialmente o Mercosul. Inicialmente, a Lupa irá produzir um VE compacto de cinco portas e uma van elétrica destinada a entregas urbanas (última milha). Posteriormente, será introduzido um SUV elétrico. Todos os modelos usarão baterias de íon-lítio com capacidades entre 42 e 64 kWh, potência de até 140 cv, velocidade máxima de 150 km/h e autonomia de “mais de 350 km”. De acordo com o comunicado da empresa, a nova fábrica uruguaia irá atender a todo o mercado latino-americano, com foco nos países do Mercosul. O cronograma da Lupa prevê que a fábrica, que terá capacidade máxima de 20.000 veículos por ano, começará a montar os VEs em 2024 – será uma planta flexível, conectada e neutra em carbono desde o início da produção. (Inside EVs – 25.02.2021) <topo> 7 SP: perspectiva de 2 mil ônibus elétricos nos próximos 2 anos Dos 14 mil ônibus para transporte coletivo em SP, apenas 15 são elétricos, mas essa ainda é a maior frota do gênero no país. Com o acordo firmado entre investidores e fabricantes da América Latina, a capital paulista deve ter cerca de 2 mil ônibus elétricos nos próximos dois anos. Com a transição para o modelo de ônibus elétrico, as cidades teriam uma mobilidade coletiva limpa, com zero emissão de poluentes. A vida útil prevista das baterias é de 8 anos sendo possivelmente recicladas para evitar o descarte no meio ambiente. Além de SP, os investidores pretendem ampliar as frotas de ônibus elétricos na Cidade do México, em Medellín na Colômbia e em Santiago no Chile. (RadioagênciaNacional – 02.01.2021) <topo> 8 Empresa paulista anuncia sistema de entregas com VEs A Telhanorte anunciou que utilizará um veículo totalmente elétrico para a entrega de produtos de uma das lojas da rede. O veículo estará disponível apenas na unidade da Telhanorte Marginal, na zona norte da cidade de São Paulo. A ação é parte do compromisso ambiental do grupo controlador Saint-Gobain de reduzir as emissões de carbono em 20% até 2025 e atingir a neutralidade até 2050 globalmente. Além do benefício ambiental, o carro elétrico tem a liberação do rodízio de veículos e tem eficiência tecnológica que permite o acompanhamento e controle digital de consumo e autonomia, além de mapear pontos de recarga por meio de um aplicativo. Segundo a empresa, a ideia é expandir o projeto para outras lojas da rede em um futuro próximo. (Exame.Invest – 21.02.2021) <topo> 9 Mercado Livre vai financiar compra de VEs Após o Mercado Livre ter recebido mais de 1 bilhão de dólares em bônus, sendo 400 milhões atrelados a iniciativas de boas práticas socioambientais, veio a público que haverá investimento para a expansão da frota elétrica dos entregadores no Brasil. A companhia já possui cerca de 50 vans próprias movidas a eletricidade no país e quer reproduzir aqui o que já está sendo feito nas sedes do México, onde financia a compra de veículos das montadoras Renault e Mercedes Segundo o vice-presidente de estratégia, André Chaves, a iniciativa segue o esforço global para reduzir emissões de carbono, mas também reduz seus custos no médio prazo, pois as despesas de manutenção são menores nos carros elétricos. O projeto envolverá a instalação de pontos de recarga em centros da empresa. (Exame.Invest – 15.01.2021) <topo> 10 Ford venderá só VEs na Europa a partir de 2030 Após a Volkswagen, Nissan e General Motors, mais uma tradicional montadora define um prazo de validade para os carros a combustão. A Ford anunciou nesta semana que a partir de 2030, todo o seu portfólio no mercado europeu será formado apenas por VEs. O anúncio da montadora americana também adianta que já a partir de 2026, todos os modelos serão ao menos híbridos plug-in ou elétricos. A decisão inclui também a divisão comercial da Ford. No entanto, esta já terá somente modelos híbridos ou elétricos a partir de 2024. Para 2030, no entanto, a expectativa é de que dois terços do total das vendas comerciais sejam de veículos comerciais híbridos plug-in ou elétricos. (Terra – 20.02.2021) <topo> 11 Jaguar: meta de ser livre de CO2 até 2039 A Jaguar Land Rover, da gigante automotiva indiana Tata Motors, no Reino Unido, afirmou hoje que pretende se tornar um negócio de carbono zero até 2039 como parte de sua nova estratégia empresarial. A montadora disse que está se preparando para adotar energia limpa de células de combustível para impulsionar sua transição verde, com inovações em materialidade, engenharia, fabricação, serviços e investimentos em economia circular. Isto tudo a um custo anual agregado de 2,5 bilhões de libras. A empresa afirmou que a Jaguar se tornará uma marca de luxo totalmente elétrica a partir de 2025 e que a Land Rover começará a oferecer seis variantes totalmente elétricas de seus veículos utilitários esportivos nos próximos cinco anos. (Valor Econômico – 15.02.2021) <topo> 12 Honda: novo presidente dará prioridade a VEs A Honda Motor nomeou o chefe de seu braço de P&D como seu novo presidente, sinalizando que a montadora japonesa mudará ainda mais para VEs e produção neutra em carbono. Toshihiro Mibe, que há muito trabalha no desenvolvimento de motores e em iniciativas ambientais, assumirá seu novo cargo em abril. Ele disse a repórteres que tornará a Honda a segunda maior montadora do Japão “mais resiliente”. Enfatizando a meta da Honda de atingir a neutralidade em carbono até 2050, Mibe deverá expandir a mudança da empresa para VEs. E para ele, não é suficiente desenvolver um veículo, mas olhar cuidadosamente a aquisição, produção e vendas. Ter a infraestrutura certa, incluindo estações de recarga de veículos, também definirá o destino do negócio, disse o executivo. (Valor Econômico – 23.02.2021) <topo> 13 Daimler Trucks foca na neutralidade carbônica A fabricante alemã Daimler afirmou esta quarta-feira que a sua unidade Daimler Trucks irá focar-se mais no desenvolvimento de tecnologias para reduzir as emissões de carbono. O plano estratégico da empresa para a unidade de veículos pesados deverá tornar a Daimler Trucks mais ágil, lucrativa e capaz de desenvolver novas tecnologias de neutralidade carbônica para caminhões e ônibus. A Daimler acrescentou que o negócio dos caminhões teve uma recuperação no último trimestre de 2020, principalmente na América do Norte e na Europa, o que permitiu vendas de 121.000 unidades, quase o dobro das registadas no segundo trimestre. (Multi News– 25.02.2021) <topo> 14 Audi: VEs serão feitos sob medida Com tantos projetos na mesa, é seguro presumir que a Audi está investindo muito dinheiro no desenvolvimento de futuros VEs. Isso também inclui conjuntos de propulsão e baterias novas e mais eficientes, proporcionando uma autonomia maior com uma única carga. O CEO da Audi, Markus Duesmann, prometeu que os futuros carros movidos a bateria da Audi serão “feitos sob medida”. Basicamente, isso significa que você não verá um Audi movido a combustão adaptado com baterias e motores elétricos para se tornar um elétrico. Além disso, baterias menores e mais baratas tendem a reduzir o custo final, permitindo uma popularização maior dos carros elétricos. (Inside EVs – 18.02.2021) <topo> Meio Ambiente 1 Eletrificação e combustível alternativo ajudam a reduzir emissões de veículos Embora esteja longe de assumir compromissos como a União Europeia, que promete abolir os combustíveis fósseis de seus caminhões até 2040, o Brasil conta com recursos estratégicos para reduzir o CO2 lançado pelos veículos. O país tem, por exemplo, potencial para substituir por gás biometano até 70% do diesel que consome, conforme estudo da Abiogás. De modo complementar, os veículos elétricos, uma das grandes apostas no mundo para a contenção de emissões, começam a ampliar seu espaço no país. As vendas em 2020 cresceram 66,5% em relação a 2019, chegando a 19.745 unidades, segundo a Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE). Com esse resultado, a frota elétrica chega a 42.269 unidades. (Valor Econômico – 18.02.2021) <topo> 2 Petroleiras aumentam investimentos em combustíveis verdes O crescente cerco às emissões de carbono dos automóveis tradicionais tem levado petroleiras a aumentarem os investimentos em combustíveis verdes. O movimento ocorre ao mesmo tempo em que diversos países desenvolvem políticas para eliminar carros movidos a gasolina e diesel ao longo desta década. No Brasil, a Petrobras está à frente dessa tendência. A companhia pretende investir US$ 1 bilhão, nos próximos anos, em uma área de combustíveis verdes. Para Márcio Felix, presidente da EnP Energy, os combustíveis verdes podem ajudar no processo de transição dos carros com motor a combustão para VEs. Os combustíveis verdes podem ser, para o Brasil, uma oportunidade em uma área na qual já tem experiência e competitividade. (O Globo – 25.02.2021) <topo> 3 VEs são ambientalmente e economicamente mais vantajosos É inegável a vantagem econômica e sustentável do VE em comparação ao convencional. Se aliada à geração distribuída de energia solar, ou mesmo a eletropostos com essa tecnologia, a economia é ainda maior. Tudo depende de uma mudança cultural gradual, principalmente quando os usuários descobrem que o modelo elétrico gera bem menos despesas de manutenção, motor, peças e revisão. Além disso, empresas nos EUA têm ampliado a adaptação de motores elétricos em veículos tradicionais, com uma tecnologia que não requer grandes investimentos e pode ser implementada no Brasil. (Tecmundo – 21.02.2021) <topo> Outros Artigos e Estudos 1 VEs terão autonomia mais baixa no futuro, diz CEO da Audi O CEO da Audi, Markus Duesmann, previu recentemente que os futuros VEs terão autonomia menor. Para ele, as baterias enormes vão perder apelo porque a infraestrutura de carregamento será mais densa e o hábito dos clientes vai se tornar mais comum. Se a infraestrutura melhorar e permitir recargas significativamente mais rápidas, a ideia de carros com autonomia menor faz todo o sentido. Duesmann diz que com os VEs não é tão natural o processo de abastecimento energético, é necessário ajustar um pouco o comportamento do usuário. Mas quando os usuários acostumarem com isso, o executivo acredita que o tamanho das baterias diminuirá novamente, porque elas tornam os carros desnecessariamente pesados e desnecessariamente caros. E desnecessariamente grandes também. (Inside EVs – 18.02.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno Pesquisadores: Lara Moscon, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ. Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |