l IFE: nº 19 – 06 de outubro de 2020 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Transição Energética 1 Clima está no centro do planejamento energético, diz EPE 2 Irena: Brasil segue na ponta dos empregos em renováveis 3 Pepsi anuncia meta de só consumir energia de fontes renováveis a partir de 2030 em todo o mundo 4 Siemens construirá uma das maiores fábricas de hidrogênio do mundo 5 Europa não deve repetir os erros cometidos com energia solar com hidrogênio, adverte diretor da AIE 6 Concessionária da Califórnia mede “carbono evitado” em construções Geração Distribuída 1 CGC Energia e Bloxs buscam investidores para GD em SP 2 EPE: Brasil terá entre 2 e 3 milhões de consumidores de GD até 2030 3 Alsol inaugura usina solar para GD em MG 4 Aneel nega suspensão de exigências para conexão de sistemas de GD 5 Banco do Brasil quer ampliar investimento em solar Armazenamento de Eletricidade 1 Evento internacional da ARIAE e BID debate armazenamento de energia 2 Wood Mackenzie: Expansão de armazenamento pode chegar a 741 GWh até 2030 Mobilidade Elétrica 1 Centro Aeroespacial Alemão cria veículo autônomo e elétrico 2 Universidade Stanford: cientistas identificam novos materiais de eletrólito sólido 3 Bateria de grafeno e nióbio revolucionará a indústria automobilística, diz Bolsonaro 4 Honda deixa a F1 para focar na tecnologia de emissões zero 5 Tesla: meta de 500.000 veículos entregues em 2020 6 Anfavea: vendas de VEs disparam 221% no Brasil 7 CEEE destina R$ 17,95 mi para P&D sobre mobilidade elétrica 8 Holanda: recarga inteligente com base em aprendizado de máquina 9 Novo CEO da Ford é sinal de mudança no paradigma da empresa em direção a inovações tecnológicas 10 Reino Unido precisa de um impulso na indústria de baterias nos ‘próximos um ou dois anos’ Digitalização do Setor Elétrico 1 Agência participa do lançamento de plataforma digital do BID 2 Landis+Gyr lança novas versões de medidores inteligentes 3 ONS conclui Datathons querendo mais desafios para inovação 4 CEOs querem modernização holística e com tecnologia 5 P&D avança com plataforma colaborativa de dados entre agentes e ONS 6 Copel usa inteligência artificial na gestão de parques eólicos Eventos 1 Webinar GESEL “Perspectivas Empresariais de Mobilidade Elétrica no Brasil” Artigos e Estudos 1 Artigo sobre eletrificação da economia e metas de redução de emissão 2 Artigo de Jerson Kelman: “A onda ESG”. 3 Artigo da BloombergNEF: “O longo caminho da China para a neutralidade de carbono irá remodelar a economia mundial”. 4 Oliver Hata: “Boicote a empresas “não sustentáveis” nem sempre gera benefícios sociais”.
Transição Energética 1 Clima está no centro do planejamento energético, diz EPE A mudança climática não é uma questão centrada apenas em evitar emissões de gases poluentes na atmosfera por conta do risco de aquecimento global. O tema afeta diversos setores econômicos e por isso a importância de considerar os possíveis impactos desses fenômenos climáticos sobre a segurança do suprimento energético do planeta. Durante a primeira edição virtual do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (ENASE), o presidente da EPE, Thiago Barral, foi claro ao dizer que o tema da mudança climática “toca todos os aspectos do planejamento energético nacional”, e citou a importância de definir um plano de gestão abrangente desses impactos, bem como evitar decisões que limitem a penetração de novas tecnologia. (Agência CanalEnergia – 29.09.2020) <topo> 2 Irena: Brasil segue na ponta dos empregos em renováveis O Brasil segue como o segundo país que mais emprega em energias renováveis. Se os números de todos os países do bloco europeu forem somados, ainda assim o Brasil se mantém na liderança global, ocupando o terceiro lugar. São 1,158 milhão de pessoas atuando em alguma modalidade de energia verde no Brasil em 2019 – ou 10% da força de trabalho global empregada em renováveis. Os dados são do mais recente relatório da Agência Internacional de Energia Renovável. Dos 11,5 milhões de empregos desse tipo no mundo, valor acima dos 11 milhões de 2018, 4,3 milhões estão na China, 1,316 milhões na União Europeia, 833 mil na Índia e 756 mil nos EUA, totalizando os cinco maiores empregadores globais do setor. No grupo, apenas os Estados Unidos perderam postos de trabalho – quase 100 mil empregos foram suprimidos lá entre 2018 e 2019. O Brasil acrescentou cerca de 30 mil no mesmo período. (Agência CanalEnergia – 02.10.2020) <topo> 3 Pepsi anuncia meta de só consumir energia de fontes renováveis a partir de 2030 em todo o mundo A PepsiCo Inc, multinacional americana dona da marca Pepsi e uma das maiores fabricantes de alimentos e bebidas do mundo, anunciou que estabeleceu a meta de consumir 100% de energia elétrica de fontes renováveis em todas as suas operações diretas no mundo até 2030. Nas instalações de franquias e de terceiros, o prazo será de até 2040. A companhia informou em comunicado que essas metas fazem parte de seus esforços globais “para aumentar seu uso de fontes de energia renováveis e na sua transição para a eletricidade renovável nos Estados Unidos, seu principal mercado, já anunciada no início deste ano.” (O Globo – 29.09.2020) <topo> 4 Siemens construirá uma das maiores fábricas de hidrogênio do mundo A Siemens Smart Infrastructure e a WUN H2 GmbH assinaram um contrato para construir uma das maiores instalações de produção de hidrogênio do mundo na Alemanha. Ela será construída em Wunsiedel, no norte da Baviera. Com uma entrada de energia de seis MW na fase inicial de desenvolvimento, a instalação funcionará exclusivamente com energia renovável e será livre de CO2. A instalação de eletrólise terá capacidade para produzir mais de 900 toneladas de hidrogênio por ano nesta primeira fase. Quando totalmente expandida, terá capacidade para fornecer até 2.000 toneladas. A inauguração está prevista para o final deste ano e o comissionamento no final de 2021. (Petronotícias – 30.09.2020) <topo> 5 Europa não deve repetir os erros cometidos com energia solar com hidrogênio, adverte diretor da AIE A Europa não deve repetir os mesmos erros que cometeu com a fabricação de energia solar no emergente setor de hidrogênio, advertiu o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE). Uma série de institutos de pesquisa europeus e empresas pioneiras desenvolveram grande parte da tecnologia ainda em uso em painéis fotovoltaicos hoje. Mas, à medida que a energia solar começou a crescer em vários mercados internacionais, o apoio nacional e regional coordenado permitiu que os fabricantes chineses levassem a melhor sobre seus rivais. O suporte nas formas de terrenos baratos e instalações de depósito, bem como tarifas de aquisição, ajudou empresas como a Suntech e a Trina Solar a aumentar a escala e reduzir custos. Hoje, a Europa parece estar na vanguarda da economia do hidrogênio. Falando na cúpula do organismo comercial SolarPower Europe, Fatih Birol alertou contra permitir que a história se repita. “A Europa não deve repetir os erros do passado que vimos na fabricação de energia solar”, advertiu Birol. “Ao reduzir os custos dos eletrolisadores e fabricar eletrolisadores, a Europa também pode reduzir o custo do hidrogênio”, o que, por sua vez, pode abrir novas oportunidades para energias renováveis. (Greentech Media – 29.09.2020) <topo> 6 Concessionária da Califórnia mede “carbono evitado” em construções A Sacramento Municipal Utility District, serviço público da capital da Califórnia, mudou sua métrica de eficiência energética de consumo evitado de eletricidade para emissões evitadas de dióxido de carbono. A SMUD é a primeira empresa de serviços públicos no país a contar as emissões de carbono evitadas do estoque de edifícios existentes como parte de seu progresso em eficiência energética. Isso torna a eletrificação do edifício central para os esforços de eficiência energética do SMUD. A mudança para o “carbono evitado” é parte do esforço ambicioso da SMUD para acelerar a descarbonização de seu estoque de construção existente. Medir a eficiência energética em termos de emissões evitadas de CO2 pode ser uma forma eficaz de incentivar as concessionárias com metas de descarbonização a adotar a eletrificação de edifícios, desde que essas concessionárias também estejam tornando seu fornecimento de energia mais ecológico, de acordo com um novo estudo de caso da Wood Mackenzie com foco no esforço. (Greentech Media – 06.10.2020) <topo> Geração Distribuída 1 CGC Energia e Bloxs buscam investidores para GD em SP A Bloxs Investimentos, plataforma online de investimentos alternativos com regulamentação da CVM, e a CGC Energia, empresa que projeta, financia, constrói e aluga usinas fotovoltaicas de geração distribuída para empresas, vão abrir na quarta-feira (30/9) uma oferta pública para captação de investimentos destinados a recursos de cinco usinas. Cada uma das plantas tem capacidade de 105 kWp, totalizando 525 kWp, localizadas em São José do Rio Preto (SP). O valor-alvo da captação é de R$ 2 milhões. (Brasil Energia – 29.09.2020) <topo> 2 EPE: Brasil terá entre 2 e 3 milhões de consumidores de GD até 2030 O Brasil pode ter de 2 milhões a 3 milhões de consumidores de micro e mini geração distribuída de energia elétrica até 2030, dependendo da evolução das regras, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, ao apresentar uma prévia do Plano Decenal de Energia durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase) nesta quarta-feira. “Diante das incertezas que temos hoje sobre como vão evoluir as regras para expansão da micro e mini geração, nós optamos por trazer dois cenários de expansão”, explicou. No primeiro cenário, apelidado “cenário verão”, o setor chega a 3 milhões de consumidores até o final da década, com investimentos estimados em R$ 70 bilhões. No “cenário primavera”, investimentos de R$ 50 bilhões levariam a 2 milhões de consumidores. (Valor Econômico – 30.09.2020) <topo> 3 Alsol inaugura usina solar para GD em MG A Alsol inaugurou na semana passada a usina solar fotovoltaica Granja Marileusa I, em Uberlândia (MG) – sua quarta planta própria no estado concluída este ano. A unidade, que possui 20 mil placas fotovoltaicas e gera energia suficiente para abastecer 6 mil residências, servirá como ponto de recarga de veículos elétricos do MoovAlsol, projeto de P&D relacionado à mobilidade elétrica que implementou na cidade o primeiro sistema de recarga de carros com fonte totalmente solar do Brasil. Até o fim do ano, mais duas fazendas solares serão conectadas em Minas Gerais, nos municípios de Iraí de Minas e Piumhi, totalizando investimentos de R$ 100 milhões em 2020. (Agência CanalEnergia – 30.09.2020) <topo> 4 Aneel nega suspensão de exigências para conexão de sistemas de GD A Aneel manteve a decisão de não conceder medida cautelar à Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, que solicitou a suspensão de exigências técnicas para conexão de micro e minigeração distribuída. A Absolar questiona normas editadas por distribuidoras, com requisitos adicionais de proteção para o acesso de centrais geradoras fotovoltaicas ao sistema elétrico. A associação argumentou no pedido que o estabelecimento de novas condições visando à proteção da rede deveria ocorrer apenas após a análise de situações concretas de acesso em que exista justificativa técnica, em função das características específicas do local a ser acessado. (Agência CanalEnergia – 01.10.2020) <topo> 5 Banco do Brasil quer ampliar investimento em solar Em meio à busca por redução de custos no contexto da crescente digitalização bancária, o Banco do Brasil (BB) estuda lançar novas licitações para contratar usinas de energia solar em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. O banco também tem interesse em levar a geração solar para suas agências em diferentes estados. Os projetos, no entanto, dependem das discussões sobre as novas regras para geração distribuída. No momento, a Aneel debate o aperfeiçoamento das regras atuais. “Nós, como investidores, queremos o mercado estável e com custos transparentes e eficientes. Temos a predisposição para investir e estamos focados em tornar nossa matriz mais limpa, mas a questão econômica pesa. Se a alteração regulatória for impor um custo isso vai, no mínimo, diminuir nosso apetite”, diz José Ricardo Forni, diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do BB. (Valor Econômico – 05.10.2020) <topo> Armazenamento de Eletricidade 1 Evento internacional da ARIAE e BID debate armazenamento de energia O presidente da Associação Ibero-americana de Entidades Reguladoras de Energia (ARIAE), André Pepitone, diretor-geral da ANEEL participou nesta quarta-feira (30/9) do evento virtual internacional “Regulación del almacenamiento de energía: mejores prácticas y desafíos en América Latina y el Caribe”. Promovido pela ARIAE em parceria com o BID e a International Finance Corporation (IFC),debate a regulamentação dos serviços de armazenamento de energia, com foco nas melhores práticas e nos principais desafios enfrentados na América Latina e Caribe. (Aneel – 30.09.2020) <topo> 2 Wood Mackenzie: Expansão de armazenamento pode chegar a 741 GWh até 2030 A capacidade global de armazenamento de energia pode crescer a uma taxa anual de 31%, registrando 741 GWh de capacidade cumulativa até 2030. É o que aponta um relatório da consultoria Wood Mackenzie. Segundo a empresa, a modalidade front-of-the-meter continuará a dominar as implantações anuais e será responsável por até 70% das adições de capacidade total anual até o final da década. De acordo com a Wood Mackenzie, foi observada uma redução de 17% nas implantações em 2020, 2 GWh a menos do que perspectiva pré-coronavírus. E a expectativa é de um crescimento oscilante no início da década, mas o crescimento provavelmente acelerará no final desse período para permitir o aumento da penetração de renováveis variáveis e a transição do mercado de energia. A consultoria avalia que as decisões de investimento provavelmente serão adiadas em alguns casos, mas a trajetória geral da transição do mercado de energia e a necessidade de armazenamento de energia para permitir isso não mudou. Os governos podem ter um papel importante nesse processo ao passo que incentivem a recuperação da economia de forma mais sustentável do que no passado, com vantagens para a indústria de armazenamento de energia. (Agência CanalEnergia – 02.10.2020) <topo> Mobilidade Elétrica 1 Centro Aeroespacial Alemão cria veículo autônomo e elétrico Chamado de U-Shift, o protótipo de um veículo elétrico e autônomo multifuncional foi desenvolvido pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR). O modelo de aparência, digamos, inusitada, é de montagem simples. A novidade está na cápsula, na parte de cima, que pode ser trocada de acordo com o uso do veículo. Assim é possível ter um módulo de cargas ou de passageiros, conforme necessário. As baterias, sistema de tração e rodas estão em alocadas na base, o que permite alterar a composição de cima. O conceito, financiado pelo Ministério de Assuntos Econômicos, Trabalho e Habitação do Estado de Baden-Württemberg, custou cerca de R$ 77 milhões, na conversão direta. A intenção é criar um veículo versátil para ser usado conforme a necessidade. Por enquanto, o modelo está em fase de testes. (O Estado de São Paulo – 28.09.2020) <topo> 2 Universidade Stanford: cientistas identificam novos materiais de eletrólito sólido Os cientistas da Universidade de Stanford identificaram um novo eletrólito de íon-lítio de estado sólido previsto para exibir simultaneamente condutividade iônica rápida, ampla estabilidade eletroquímica, baixo custo e baixa densidade de massa. Os materiais de baixo custo – feitos de lítio, boro e enxofre – podem melhorar a segurança e o desempenho de carros elétricos e outros dispositivos movidos a bateria, de acordo com os cientistas. Suas descobertas foram publicadas em um estudo na revista ACS Applied Materials & Interfaces. (Green Car Congress – 28.09.2020) <topo> 3 Bateria de grafeno e nióbio revolucionará a indústria automobilística, diz Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje, durante lançamento do Programa Mineração e Desenvolvimento (PMD), que se orgulha do desenvolvimento de uma superbateria de grafeno e nióbio, produtos que o Brasil tem “em abundância”. Segundo Bolsonaro, o produto “revolucionará a indústria automobilística do mundo”. “O nióbio é um minério que, juntamente com o grafeno, é capaz de produzir maravilhas para o mundo em todos os setores, até mesmo no tocante a quinquilharias. O que está saindo da prancheta não tem participação nossa, mas nos orgulha muito. É a superbateria de grafeno e nióbio, que revolucionará a indústria automobilista no mundo certamente. E nós temos isso em abundância”, destacou, após receber das mãos do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, uma moeda feita de nióbio. (Valor Econômico – 29.09.2020) <topo> 4 Honda deixa a F1 para focar na tecnologia de emissões zero A Honda encerrará sua participação como fornecedora de motores no Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA no final da temporada de 2021 para se concentrar na tecnologia de emissão zero, disse o CEO Takahiro Hachigo na sexta-feira. A decisão foi tomada no final de setembro e a empresa não pretende retornar à F1. Hachigo afirma que a escolha não é resultado da pandemia de coronavírus, mas sim devido à meta de eliminação de carbono de longo prazo. (Automotive News Europe – 02.10.2020) <topo> 5 Tesla: meta de 500.000 veículos entregues em 2020 No evento Battery Day da Tesla no mês passado, apresentando sua tecnologia, Elon Musk, CEO da empresa, reafirmou a meta de 500.000 para 2020, dizendo que esperava algo entre 30-40 por cento de crescimento em comparação com o ano passado. A Tesla não disse se ainda espera atingir essa meta, o que seria um ganho de 36 por cento em relação a 2019. A empresa entregou 318.350 carros a clientes até 30 de setembro. Será necessária uma explosão no quarto trimestre de cerca de 181.650 entregas globais para atingir sua meta. (Automotive News Europe – 02.10.2020) <topo> 6 Anfavea: vendas de VEs disparam 221% no Brasil O número de vendas de VEs no Brasil disparou no primeiro semestre deste ano, na contramão da tendência da indústria no geral, que recuou. No período entre os meses de janeiro e junho de 2020, as vendas de VEs (incluindo híbridos) tiveram aumentos de 221% em relação ao mesmo período do ano passado, e chegaram a 7.568 unidades. As informações são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na contramão, a produção de veículos movidos a combustão caiu impressionantes 50,5%, enquanto as vendas despencaram 38,2%, de novo de acordo com a Anfavea, que projeta uma perspectiva ainda pior nas vendas para o ano, de queda de 40%. (Yahoo Finanças – 02.10.2020) <topo> 7 CEEE destina R$ 17,95 mi para P&D sobre mobilidade elétrica A CEEE-D autorizou a Universidade Federal da Santa Maria (UFSM) a iniciar o projeto “Rota Elétrica Mercosul – Suporte ao Desenvolvimento e Gerenciamento para Mobilidade”, com investimento total de R$ 17,95 milhões, para fomentar o desenvolvimento de soluções em mobilidade elétrica eficiente. A aprovação consta de comunicado ao mercado na quinta-feira (1/10). O orçamento é composto da seguinte forma: R$ 13,77 milhões de responsabilidade da própria CEEE e R$ 4,17 milhões serão investidos por entidades parceiras. O projeto foi aprovado para execução no âmbito da chamada de projeto de P&D (pesquisa e desenvolvimento) estratégico nº 22/2018 da Aneel. (Brasil Energia – 02.10.2020) <topo> 8 Holanda: recarga inteligente com base em aprendizado de máquina Um escritório na cidade de Amersfoort, na Holanda, é o primeiro local no mundo onde os VEs são carregados de forma inteligente usando aprendizado de máquina. As estações de carregamento são geridas pelo operador do ponto de carregamento Eneco eMobility, com tecnologia de carregamento inteligente fornecida pela plataforma GreenFlux. A novidade nessa solução é que o aprendizado de máquina é usado para determinar ou estimar como os locais de estação de carga são conectados fisicamente – dados que geralmente são incompletos e não confiáveis. No escritório, o algoritmo determina ao longo do tempo a topologia de como todos os cabos elétricos trifásicos são conectados a cada estação de carga individual. Assim, o algoritmo pode otimizar entre VEs de carregamento monofásico e trifásico. Embora isso possa parecer um detalhe técnico, ele permite que até três vezes mais estações de carregamento sejam instaladas na mesma infraestrutura elétrica. (Green Car Congress – 04.10.2020) <topo> 9 Novo CEO da Ford é sinal de mudança no paradigma da empresa em direção a inovações tecnológicas Os lucros da Ford caíram nos últimos três anos e neste ano a companhia deve contabilizar seu primeiro prejuízo anual em uma década. A Tesla, líder dos carros elétricos, e a Waymo, unidade de carros autônomos da Alphabet Inc., ficaram mais competitivas do que as montadoras estabelecidas. A nomeação do novo CEO da Ford, Jim Farley, no dia 1º de outubro, é um reconhecimento de que a companhia necessita mudar para sobreviver às mudanças sísmicas que se verificam no setor automotivo. Bem antes de a covid-19 derrubar as vendas de carros, a Ford já vinha sofrendo uma crise de identidade. A empresa poderia continuar sendo apenas uma montadora antiga fabricando quase um milhão de caminhões por ano ou poderia se tornar uma fornecedora de transporte conectado inteligente, vendendo o metal e a noção de um automóvel rodando com baterias e não com robustos motores de combustão. (O Estado de São Paulo – 02.10.2020) <topo> 10 Reino Unido precisa de um impulso na indústria de baterias nos ‘próximos um ou dois anos’ O governo do Reino Unido pode ter apenas 48 meses para apoiar as ambições de fabricação de veículos elétricos britânicos com a criação de gigafábricas de baterias, acreditam os especialistas. “É necessário que o governo aja nos próximos um ou dois anos”, disse Stephen Gifford, economista-chefe do órgão de pesquisa de baterias do Reino Unido, Faraday Institution, em uma entrevista. “Pelo que tenho visto, eles estão cientes da urgência.” A fabricação automotiva é um dos pilares da economia do Reino Unido, respondendo por £ 82 bilhões (US $ 105 bilhões nas taxas de hoje) em faturamento em 2018 e mais de 14 por cento das exportações, de acordo com a Society of Motor Manufacturers and Traders, um órgão da indústria. Nissan, Toyota e Jaguar Land Rover estão entre os maiores produtores. A expectativa da Instituição Faraday é que essa importância cresça nas próximas duas décadas. Em um relatório de março de 2020, previu um crescimento médio anual de 1,4 por cento para o setor, impulsionado principalmente por um aumento na produção de veículos elétricos. (Greentech Media – 06.10.2020) <topo> Digitalização do Setor Elétrico 1 Agência participa do lançamento de plataforma digital do BID O diretor-geral da Aneel, e atual presidente da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (ARIAE), André Pepitone, participou nesta segunda-feira (28/9), do lançamento virtual do Hub de Energia – América Latina e Caribe, plataforma desenvolvida pelo BID, ARIAE, e outros parceiros. Trata-se de uma plataforma digital que concentra dados e informações sobre energia na América Latina e no Caribe, com objetivo de proporcionar suporte aos tomadores de decisão, incentivar a colaboração entre setores, e as pesquisas regionais. (Aneel – 28.09.2020) <topo> 2 Landis+Gyr lança novas versões de medidores inteligentes A fabricante Landis+Gyr anunciou que ampliará sua oferta de medidores inteligentes para os segmentos comercial e industrial a partir de outubro, com o lançamento de três novas variantes do medidor série E650 de segunda geração. Segundo a companhia, a atual versão do produto já tem mais de 10 mil unidades instaladas no país. A empresa indica que esses medidores são projetados para cobrir uma ampla gama de requisitos e aplicações. As novas versões Trend, Select e Prime substituirão a linha anterior, conforme as necessidades de uso. O primeiro é destinado a pequenos comércios e indústrias, micro e mini sistemas de geração distribuída, balanço energético e tarifa branca. Já o E650 Select é indicado para médias indústrias e comércios, com foco no controle da demanda. Por sua vez, a versão E650 Prime é a mais completa, agregando todas as tecnologias e abrangendo todos os públicos das versões anteriores. (Agência CanalEnergia – 28.09.2020) <topo> 3 ONS conclui Datathons querendo mais desafios para inovação O Operador Nacional do Sistema Elétrico concluiu na última sexta-feira, 25 de setembro, a primeira edição do seu hackaton. Em primeiro lugar ficou a equipe Data Science for Social Welfare (DBEM), da UniRio; sendo seguida pela Hard2Bit, da UFRJ, em segundo e a equipe Sask, da UFPB, que ficou em terceiro. De acordo com Carlos Alexandre da Silva Prado, assistente da diretoria de T do ONS, o saldo da experiência é considerado exitoso e já se pensa uma segunda rodada, atingindo outros tipos de grupos, como aceleradoras e start ups. “O datathons não era um fim, mas sim o ponto de partida para essa jornada de fazer que o ONS se percebesse um ator ativo de inovação e expusesse essa imagem para o público de interesse”, explica. O desafio tecnológico para os participantes era trabalhar em soluções de inteligência artificial envolvendo Data Science. No caso, que pudessem identificar no Diário Oficial itens de interesse em potencial do ONS, executando comportamento similar ao de uma analista de negócios, se aproximando do executado por um ser humano. (Agência CanalEnergia – 29.09.2020) <topo> 4 CEOs querem modernização holística e com tecnologia Coordenada e holística, é assim que deve caminhar a modernização do setor elétrico. No Fórum de CEOs do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico realizado nesta quinta-feira, 1º de outubro, Miguel Setas, CEO da EDP no Brasil, classificou a abertura de mercado como um dos pilares dessa modernização e que ela também será forçada pela tecnologia, com o modelo das distribuidoras tendo que ser redesenhado. “Essa distribuidora vai ser alguém que vai operar localmente sistemas de forma articulada, ela tem que ter uma quadro regulatório diferente”, afirma. Mario Ruiz-Tagle, CEO da Neoenergia, também quer uma abertura holística e reforçou a necessidade da separação da distribuição e da comercialização de energia. Para ele, os investimentos em tecnologia deverão ser vultosos na modernização, principalmente na medição em um mercado liberalizado para o cliente residencial. (Agência CanalEnergia – 01.10.2020) <topo> 5 P&D avança com plataforma colaborativa de dados entre agentes e ONS A ISA Cteep apresentou ao mercado nessa sexta-feira, 2 de outubro, o resultado piloto de um projeto de P&D envolvendo a implementação de um novo sistema de comunicação colaborativo entre Centros de Operação e o ONS, um dos parceiros na iniciativa, que está sendo desenvolvida pelas empresas InForma e Smartiks. Chamado de Zap Cot, a plataforma usa recursos de voz integrados a telecomandos criptografados e outras tecnologias disruptivas com o objetivo de transformar a interação e a troca de dados entre os agentes e o Operador, facilitando processos e atuando na gestão das salas de controle em tempo real. Para o diretor de Operações do ONS, Sinval Gama, “a solução visa responder a uma questão básica do setor: como transacionar dados e informações para as etapas subsequentes da automatização dos processos, formando uma base informacional para uma auditoria mais qualificada aos resultados existentes”. Ele afirma que a força de trabalho humana deixará de fazer transações de dados para analisar e verificar as informações, deslocando esses profissionais para onde seus atributos possam ser mais úteis. (Agência CanalEnergia – 02.10.2020) <topo> 6 Copel usa inteligência artificial na gestão de parques eólicos A Copel concluiu em setembro a implantação do software WindFor para previsão de geração eólica. Usando inteligência artificial, a ferramenta vai indicar com antecedência de até 12 dias quanta energia poderá ser produzida pelos 264 aerogeradores que somam 590,5 MW de potência instalada nos quatro complexos que a empresa opera no Rio Grande do Norte. A iniciativa faz parte de projeto com investimentos de R$ 2,2 milhões. As previsões precisas e antecipadas ajudam no planejamento da operação, para aumentar os ganhos com a fonte e subsidiar a programação de paradas de máquinas para manutenção em períodos menos favoráveis para a geração. (Brasil Energia – 30.09.2020) <topo> Eventos 1 Webinar GESEL “Perspectivas Empresariais de Mobilidade Elétrica no Brasil” Acontece no próximo dia 08/10, às 10:30h, o seminário GESEL “Perspectivas empresariais de mobilidade elétrica no Brasil”. O objetivo é abordar a visão de algumas das lideranças de grandes empresas envolvidas no tema e tratar do potencial da Mobilidade Elétrica no Brasil. Tendo em vista a tendência de aumento da importância da eletrificação no setor de transporte, em um contexto de transição energética, convidamos a todos para este debate que terá a presença de André Clark (General Manager da Siemens Energy Brasil); Francisco Scroffa (Country Manager da Enel X); e Carlos Alexandre Príncipe Pires (Diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME). Inscreva-se: https://forms.gle/Mhg9xqavD31ZcHRa9. (GESEL-IE-UFRJ – 02.10.2020) <topo> Artigos e Estudos 1 Artigo sobre eletrificação da economia e metas de redução de emissão Em artigo no jornal O Globo, Tasso Azevedo, engenheiro florestal, fala da necessidade de se eletrificar a economia para alcançar-se as metas mundiais de redução de emissão de combustíveis fósseis. Segundo o autor, “hoje, apenas 20% da demanda energética do mundo se dão por meio de eletricidade. Esse número precisaria duplicar ou triplicar em três décadas. Para atingir esta meta, será necessário converter quase toda a frota de transporte do mundo, hoje baseada em motores a combustão, para veículos elétricos (VEs)”. Ele conclui que “para se atingir este limite, será necessário dar um ganho de escala da produção — saindo do nível de GW para TW de produção anual com transformações disruptivas em toda a cadeia”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.09.2020) <topo> 2 Artigo de Jerson Kelman: “A onda ESG” Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Jerson Kelman, professor da COPPE-UFRJ, ex-presidente da ANA e ex-diretor-geral da ANEEL, fala sobre o movimento de investidores de avaliar empresas através dos critérios ESG (as letras iniciais das palavras ambiente, social e governança na língua inglesa). Segundo o autor, “há pelo menos três explicações para essa nova tendência. Primeira, a geração que chega a postos de comando teve educação mais voltada para as questões ambientais do que a que sai de cena. Segunda, a pandemia disseminou a percepção de vulnerabilidade coletiva para a condição humana. Terceira, nos países desenvolvidos propõe-se o Green Deal como uma das locomotivas para puxar a atividade econômica pós-pandemia”. Ele conclui citando o caso brasileiro e os conflitos do países em relação à preservação ambiental: “uma empresa brasileira pode merecer nota dez em ESG mas será vista com desconfiança enquanto o Brasil continuar a ser percebido internacionalmente como o país irresponsável que queima a Floresta Amazônica. “Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 01.10.2020) <topo> 3 Artigo da BloombergNEF: “O longo caminho da China para a neutralidade de carbono irá remodelar a economia mundial” A recente promessa da China de atingir a neutralidade de carbono antes de 2060 surpreendeu o mundo. Como o maior emissor de carbono e consumidor de energia do mundo, o caminho ainda desconhecido da China para a neutralidade de carbono com certeza perturbará a economia de energia do globo. A empresa de consultoria BloombergNEF examinou o árduo caminho à frente da China e as implicações para o resto do mundo em uma nota de pesquisa recente. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.10.2020) <topo> 4 Oliver Hata: “Boicote a empresas “não sustentáveis” nem sempre gera benefícios sociais” Qual é a forma mais eficaz de pressionar uma empresa para que ela atue de maneira socialmente responsável? Considere duas possibilidades. A primeira delas toma como princípio a intimidação, o confronto. Nesse caso, as armas empregadas são o boicote e o desinvestimento. A ideia, aqui, é punir a companhia tida como “desairosa”. A segunda opção é mais suave. Em vez do embate, busca-se o engajamento. Para essa alternativa, o principal instrumento é a conversa e o alvo perseguido, o convencimento. Pois foi a partir dessa dúvida que três nomes da academia se debruçaram sobre a questão da responsabilidade social. Oliver Hart, professor de Harvard e Prêmio Nobel de Economia em 2016; Luigi Zingales, da Universidade de Chicago e coautor de best-sellers como “Salvando o Capitalismo dos Capitalistas” (Campus); e Eleonora Broccardo, da Universidade de Trento, na Itália, lançaram um estudo inédito em torno do assunto. No trabalho, o trio concluiu, para a surpresa de muitos analistas, que engajar é melhor do que brigar na maioria das situações. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.10.2020) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara Pesquisador: Mateus Amâncio Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ. Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |