Informativo Eletrônico – Mobilidade Elétrica nº 25 – publicado em 08 de setembro de 2020.


IFE: Informativo Eletrônico de Mobilidade Elétrica
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 25 – 08 de setembro de 2020
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

GESEL: Webinar “Mobilidade elétrica na América Latina” no próximo dia 10/09

Políticas Públicas e Regulatórias
1 Ansys: Maior probabilidade de comprar um VE se o governo oferecer um crédito de imposto
2 Vendas de VEs são impulsionadas por incentivo dos governos ao redor do mundo
3 ANFAC: Bônus para compra de veículos com maior eficiência energética faz segmento crescer na Espanha
4 Paraná recebe carros elétricos para utilização na frota pública
5 MPCA: Financiamento da rede de carregamento de VE na Grande Minnesota
6 DOE: Concessão de prêmio de $ 3,96 mi
7 Califórnia: Ônibus elétricos BYD disponíveis para entidades governamentais fora do estado

Inovação e Tecnologia
1
MAN apresenta Veículo Especial de Transporte de Valores elétrico

2 VEs recebem som artificial de motor das mais variadas formas

Indústria Automobilística
1
Wood Mackenzie: Mundo terá 323 milhões de VEs em circulação em 2040

2 Reino Unido: vendas de veículos totalmente elétrico crescem 77% em agosto
3 Infraestrutura de recarga e queda nos custos de VEs os tornarão cada vez mais atraentes

4 Brasil: vendas de veículos com emissões zero tiveram aumento expressivo no último ano

5 Ansys: Americanos mostram resistência para a aquisição de VE

6 Inovasia Consulting: Classe média chinesa passa a preferir VEs

7 Nissan e BMW esperam evolução mais rápida de VEs nos próximos anos

8 McLaren: Em 2030 todos os carros da marca serão 100% elétricos
9 Espanha registra aumento nas vendas de VEs e queda nas vendas de veículos a combustão
10 Vale busca parceiros para o desenvolvimento de baterias de VEs

11 Investidores veem com entusiasmo investimento em produção de baterias para VEs
12 Ford não vê vantagem em ter planta para produção de baterias
13 Grupo PSA e Total: parceria para a fabricação de baterias para VEs

Meio Ambiente
1
Ricardo: Relatório LCA confirma os benefícios ambientais dos trens de força eletrificados

2 Universidade de Eindhoven: VEs emitem muito menos CO2 indireto do que o relatado
3 Especialistas defendem Retomada Verde e introdução de VEs
4 Espanhóis optam por carros mais velhos e mais poluentes em meio à recessão

Outros Artigos e Estudos
1
Benedito Antonio Luciano: Mobilidade elétrica – passado, presente e perspectivas

2 IDTechEx: Materiais para Veículos Elétricos 2020-2030
3 Aumento da demanda por níquel pode ser oportunidade para o Brasil
4 Difusão de VEs pode aumentar demanda por prata


 

 

 

GESEL: Webinar “Mobilidade elétrica na América Latina” no próximo dia 10/09

No próximo dia 10/09, às 10h30, o GESEL irá realizar o Webinar “Mobilidade elétrica na América Latina”. O evento busca compartilhar as experiências de mobilidade elétrica no continente, como forma de ilustrar as principais práticas e iniciativas capazes de estabelecer um mercado sustentável para este segmento no Brasil. A moderação do webinar será feita pelo Prof. Nivalde de Castro (coordenador geral do GESEL) e o evento terá os seguintes debatedores: Ricardo Gorini (Agência Internacional de Energias Renováveis – IRENA) ; Virginia Echinope (Diretora da área de Energia Elétrica do Ministério de Indústria, Minas e Energia do Uruguai) e Jean Paul Zalaquett (Enel-X – Head of e-mobility para a América Latina). Inscrições: https://forms.gle/Xtg4GijsDSQUxgTM6.

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Políticas Públicas e Regulatórias

1 Ansys: Maior probabilidade de comprar um VE se o governo oferecer um crédito de imposto

A Ansys recrutou a Atomik Research para conduzir uma pesquisa online em março de 2020 com 16.037 adultos a respeito do uso de VEs. Os resultados mostram que consumidores nos EUA têm maior probabilidade de comprar um VE se o governo oferecer um crédito de imposto. Os participantes do Japão e do Reino Unido exibem a mesma crença, enquanto o resto das regiões pesquisadas estão mais preocupadas com a redução da pegada de carbono. A maioria dos outros países também foi dividida, com exceção da China e da Índia, onde 65% e 77% dos respectivos entrevistados ainda comprariam um VE sem crédito de imposto. Nos EUA, 34% comprariam um VE sem crédito fiscal; 38% não comprariam um VE sem um crédito fiscal; e 28% disseram que um crédito tributário não influenciaria a decisão. Mais da metade dos entrevistados da Geração Z (55%) e da Geração Y (59%) comprariam um veículo elétrico se não recebessem um crédito fiscal, enquanto apenas 36% dos entrevistados da Geração X e 27% dos Boomers optariam por fazer tão. (Green Car Congress – 01.09.2020)

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2 Vendas de VEs são impulsionadas por incentivo dos governos ao redor do mundo

Sinais dos três principais mercados – China, Europa e EUA – voltaram a ser animadores. Todos os três já começaram a crescer novamente e em dois desses três mercados os carros elétricos estão reforçando sua presença. A Wood Mackenzie estima que 2020 fechará com 45 milhões de VEs vendidos em todo o mundo. Este é um resultado que também será alcançado graças ao empenho das instituições no que diz respeito a incentivos. Na China, decidiu-se continuar com a política de incentivos até o final de 2022 para reduzir a dependência do petróleo. Na Europa, principalmente n a França, Alemanha e Itália, existem muitas iniciativas para estimular as vendas de carros com emissão zero, como bônus e subsídios. Nos Estados Unidos, a situação é um pouco mais complexa. O mercado de eletricidade está em contração desde janeiro. O resultado das eleições em novembro, caso os democratas ganhem, entretanto, pode marcar uma mudança drástica de curso em favor dos veículos verdes. (Inside EVs – 31.08.2020)

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3 ANFAC: Bônus para compra de veículos com maior eficiência energética faz segmento crescer na Espanha

Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Automóveis (ANFAC) da Espanha mostraram que os registros de carros novos no país caíram 10%. O governo espanhol divulgou um programa de estímulo de 3,75 bilhões de euros (US $ 4,2 bilhões) a partir de 15 de junho. O programa inclui 250 milhões de euros para incentivar os consumidores a substituir os carros com mais de 10 anos por modelos mais novos e com maior eficiência energética. Os bônus variam de 800 euros para veículos a gasolina e diesel a 4.000 euros para veículos com emissões zero. Como consequência, a demanda por todos os veículos de combustível alternativo, incluindo modelos totalmente elétricos e híbridos plug-in, além de veículos movidos a gás liquefeito de petróleo e gás natural comprimido, aumentou 36% para uma participação de mercado de 20,7%, ante 13,7%em agosto de 2019. (Automotive News Europe – 02.09.2020)

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4 Paraná recebe carros elétricos para utilização na frota pública

O governo do Paraná recebeu nesta quarta-feira (2/9) dez carros elétricos modelo Zoe, da Renault, como parte do projeto VEM PR, que visa o desenvolvimento de soluções tecnológicas em mobilidade. O projeto é resultado de uma parceria entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). Os carros serão incorporados à frota do estado em regime de comodato e serão utilizados prioritariamente para as demandas da Secretaria de Estado da Saúde durante a pandemia. A iniciativa prevê a instalação de dez eletropostos de carregamento em Curitiba e Região Metropolitana. O objetivo principal é o compartilhamento dos carros. Os veículos do VEM PR estão equipados com o aplicativo MoVe, desenvolvido pelo PTI, que permite reservar os veículos disponíveis. Foram investidos R$ 2 milhões no projeto. (Brasil Energia – 03.09.2020)

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5 MPCA: Financiamento da rede de carregamento de VE na Grande Minnesota

Como o mercado de VEs continua a se expandir em todo o estado, a Minnesota Pollution Control Agency (MPCA) anunciou que financiará a instalação de até 38 estações de carregamento rápido adicionais na Grande Minnesota, estendendo a rede de corredores rodoviários de VE existentes em mais de 2.500 milhas. Os carregadores rápidos podem recarregar totalmente um VE com alcance de 160 km em apenas 20 minutos, dependendo da bateria do carro. Os carregadores serão colocados 30 a 70 milhas de distância ao longo de sete corredores propostos. O Departamento de Transporte de Minnesota relata que existem atualmente 12.957 VEs nas estradas de Minnesota. (Green Car Congress – 02.09.2020)

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6 DOE: Concessão de prêmio de $ 3,96 mi

O Vehicle Technologies Office do Departamento de Energia dos EUA lançou o chamado Grande Desafio de Armazenamento de Energia, com intuito de acelerar soluções escalonáveis para atender às demandas de armazenamento baseado em íons de lítio. A Group14, fornecedora de materiais compostos de silício-carbono para os mercados globais de íons de lítio, junto com seus parceiros de projeto, foi selecionado por sua abordagem inovadora, projetada para oferecer eficiência econômica para diversos mercados, incluindo VEs. A empresa receberá um prêmio de US $ 3,96 milhões. (Green Car Congress – 02.09.2020)

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7 Califórnia: Ônibus elétricos BYD disponíveis para entidades governamentais fora do estado

A BYD anunciou que sua participação em um contrato de compra para toda a Califórnia também permitirá que as agências de trânsito dos EUA aproveitem o poder de compra do estado para comprar ônibus elétricos a bateria da BYD construídos nos EUA, feitos por funcionários sindicalizados em Lancaster, Califórnia. Esta é uma grande vitória para agências e operadoras de trânsito nos EUA. Ao aproveitar o contrato de compra da Califórnia, as agências de transporte público se beneficiam da conveniência de um contrato existente e de preços competitivos. (Green Car Congress – 03.09.2020)

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Inovação e Tecnologia

1 MAN apresenta Veículo Especial de Transporte de Valores elétrico

A MAN SE, uma das principais fornecedoras internacionais de veículos comerciais, entregou o primeiro Veículo Especial de Transporte de Valores movido a eletricidade do mundo para o provedor de serviços de segurança internacional Prosegur no início de agosto. A van elétrica MAN eTGE, que foi convertida em um transportador de dinheiro pela STOOF, será testada durante as operações diárias de transporte de dinheiro da Prosegur. Com um alcance de 120 a 130 km (115 km de acordo com o ciclo WLTP atual) em um cenário urbano, o alcance do eTGE é mais do que adequado. (Green Car Congress ? 31.08.2020)

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2 VEs recebem som artificial de motor das mais variadas formas

Em automóveis, o som artificial veio para suprir a diminuição de ruído natural. Normas mais severas em relação a emissões, consumo e ruídos resultaram em diminuição de tamanho de motores. Esse processo é conhecido como downsizing. Por isso, a engenharia criou soluções que compensassem os ouvidos. Alguns automóveis reforçam o som do motor pelos alto-falantes. Nesse caso, quando o motorista pisa mais fundo no acelerador, o som interno aumenta. Carros como Polo e Virtus GTS dispõem de um sistema que emula o som do motor por meio de uma caixa de ressonância localizada na base do para-brisa. Em função de dados como velocidade, rotação e carga do motor, ela gera uma frequência que faz o vidro vibrar como se fosse uma membrana. A Audi, que pertence ao Grupo Volkswagen, adota a mesma tecnologia em alguns de seus carros, mas também dispõe de outros sistemas: alguns esportivos adotam sons reforçados por meio de válvulas instaladas na ponta do escape. Elas abrem e fecham conforme a carga e rotação do motor. O som pode ser controlado por um botão no console ou no volante. (O Estado de São Paulo – 28.08.2020)

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Indústria Automobilística

1 Wood Mackenzie: Mundo terá 323 milhões de VEs em circulação em 2040

Durante os meses de isolamento social as vendas de automóveis despencaram globalmente, restando apenas o segmento de carros elétricos com resultados positivos. A contrapartida financeira também terá consequências no médio prazo, mas para os analistas terá um impacto limitado sobre a eletrificação. Comparado aos valores pré-Covid-19, a consultoria Wood Mackenzie calculou uma queda de 2%. Nos próximos 20 anos, espera-se que 323 milhões de veículos elétricos e híbridos plug-in estejam em circulação, um aumento de 30 vezes em relação ao nível atual. E as baterias serão protagonistas nesse cenário. (Inside EVs – 31.08.2020)

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2 Reino Unido: vendas de veículos totalmente elétrico crescem 77% em agosto

Dados divulgados pela Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Automóveis do Reino Unido mostram que os registros de veículos totalmente elétricos aumentaram 77% no mês passado, quase dobrando a participação de mercado, enquanto as vendas de híbridos plug-in aumentaram 221%, mais do que triplicando a participação de mercado no mesmo mês em 2019 para 3,3%. As vendas de diesel, por sua vez, caíram 40% no mês passado para uma participação de mercado de 16,4%, enquanto os registros de gasolina caíram 15% para dar ao trem de força uma participação de 56,6%. (Automotive News Europe – 04.09.2020)

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3 Infraestrutura de recarga e queda nos custos de VEs os tornarão cada vez mais atraentes

Os entraves relacionados ao tempo de recarga e autonomia dos VEs são cada vez mais percebidos como superáveis e a presença crescente de estações de carregamento públicas e privadas, sendo as primeiras de 1 para 5,4 milhões e as segundas de 3,5 para 32,5 milhões em 10 anos, ajudarão a aumentar a confiança do consumidor. Além disso, o preço dos VEs está destinado a ficar cada vez mais baixo, principalmente porque à medida que os volumes aumentam, melhores economias de escala serão exploradas e também porque as baterias continuarão a custar cada vez menos caindo abaixo do limite de 100 dólares por kWh já em 2024. Tudo isso, junto com os custos operacionais mais baixos em comparação com as alternativas de combustão, tornará os carros elétricos cada vez mais atraentes. (Inside EVs – 31.08.2020)

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4 Brasil: vendas de veículos com emissões zero tiveram aumento expressivo no último ano

No caso brasileiro, o VE se apoia em poucos incentivos como imposto de importação zero e alíquota de IPI reduzida para 7%. Aliado a falta de subsídios também pesa a recente e abrupta alta do dólar, que encareceu os veículos importados e ao mesmo tempo os custos de insumos para a produção nacional. No entanto, mesmo com o cenário adverso e os incentivos ainda tímidos, as vendas de veículos com emissões zero tiveram um aumento expressivo no último ano (320% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2019), deixando de ser carros “exóticos” e pouco a pouco ocupando seu espaço nas ruas. Alguns dados preliminares de vendas de veículos elétricos no primeiro semestre de 2020 indicam que esse crescimento será ainda maior neste ano, apesar da pandemia e da crise que atinge o setor automotivo. O Brasil ainda tem poucas opções de modelos, mas esse número deve crescer em um ritmo mais acelerado a partir de 2021/2022. (Inside EVs – 23.08.2020)

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5 Ansys: Americanos mostram resistência para a aquisição de VE

Antes dos bloqueios da pandemia de COVID-19, a empresa de software de simulação de engenharia Ansys contratou a Atomik Research para realizar uma pesquisa global com 16.037 adultos, resultando em alguns insights sobre as atitudes dos consumidores em relação aos VEs. Menos da metade dos americanos (39%) consideram as emissões relacionadas quando viajam. Em contraste, 66% em todo o mundo consideram essas emissões relacionadas a viagens. Quase um terço dos pesquisados já possui um VE ou planeja comprar um dentro de cinco anos. Por outro lado, 39% dos entrevistados só comprariam um VE se os veículos movidos a gasolina não estivessem mais disponíveis. Os resultados globais revelam mais otimismo para VEs – apenas 6% dos entrevistados chineses e 4% dos entrevistados indianos vão esperar para comprar um VE até que os veículos movidos a gás parem de produzir. Os americanos citam poucos pontos de recarga e custo inicial muito alto como as principais barreiras para a compra de um VE. (Green Car Congress – 01.09.2020)

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6 Inovasia Consulting: Classe média chinesa passa a preferir VEs

Os chineses já vivem 100 dias pós-pandemia, tempo suficiente para ver quais foram as principais tendências da reabertura da economia. Esse foi o ponto de partida da pesquisa “10 tendências no ‘novo mundo’”, realizada pela Inovasia Consulting, especializada no país asiático. O resultado mostra que a China vive uma ascensão da classe média, que passou a preferir veículos elétricos e menores pela menor chance de contaminação ao invés da utilização do transporte coletivo. Essa alta, segundo a pesquisa, contribui para uma expansão da indústria automobilística. A venda de veículos registrou queda de aproximadamente 90% durante a quarentena, segundo a associação chinesa de indústrias do setor, contudo, o consumo foi rapidamente retomado após a reabertura. (O Estado de São Paulo – 03.09.2020)

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7 Nissan e BMW esperam evolução mais rápida de VEs nos próximos anos

Tanto Nissan quanto BMW têm investido na oferta de veículos elétricos e híbridos no mercado brasileiro, ainda que para uma demanda ainda incipiente. Em um evento on-line realizado pela Automotive Business na última sexta-feira, Marco Silva, CEO da Nissan Brasil, que tem no portfólio local o importado elétrico Leaf, concorda integralmente com Aksel Krieger, CEO do Grupo BMW Brasil, sobre a evolução mais rápida da eletrificação nos próximos anos. Mas bem antes disso a Nissan quer se preparar para a recuperação do mercado que espera seja concretizada em 2022 e que, dentro da marca, será alavancada já até o fim deste ano com a chegada do Novo Versa e da nova geração Kicks, que ganhará as ruas em 2021. (Automotive Business – 28.08.2020)

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8 McLaren: Em 2030 todos os carros da marca serão 100% elétricos

Em entrevista ao Financial Times, o número um da McLaren, Mike Flewitt, anunciou que a empresa, a partir de 2030, passará a produzir apenas carros equipados com motorização 100% elétrica. Ele firma que a marca continuará a a produzir motores híbridos, a gasolina e elétricos e continuará a vendê-los nos próximos 10 anos, mas em 2030 passarão a produzir apenas carros elétricos e estão convencidos de que em 2035 a maior parte do mundo terá tomado o mesmo lado: a favor da mobilidade com emissões zero. (Inside EVs – 29.08.20202)

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9 Espanha registra aumento nas vendas de VEs e queda nas vendas de veículos a combustão

Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Automóveis (ANFAC) da Espanha mostraram que os veículos eletrificados continuaram a ter grandes ganhos em agosto, com vendas de carros totalmente elétricos aumentando 15%, para 1.201, em comparação com o mesmo período em 2019. Os registros de híbridos plug-in aumentaram 201%, para 2.396 unidades, e as vendas de híbridos completos aumentaram 47%. Os registros de veículos movidos a diesel caíram 9%. As vendas de carros movidos a gasolina caíram 21%. (Automotive News Europe – 02.09.2020)

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10 Vale busca parceiros para o desenvolvimento de baterias de VEs

A produção de VEs desencadeou uma verdadeira corrida ao níquel, metal essencial para a produção de baterias para os automóveis. A Vale, maior produtora global de níquel, já busca parceiros para o desenvolvimento de baterias com o objetivo de pegar carona na expansão do segmento. A Tesla acenou recentemente com a possibilidade de um “contrato gigante” com a mineradora. Além da Vale, o mercado é disputado por mineradoras como a australiana BHP e a russa Norilsk Nickel. Segundo o diretor executivo de Metais Básicos da Vale, Mark Travers, a capacidade de níquel da empresa hoje é de aproximadamente 200 mil toneladas, mas o plano é expandir. Um dos principais trunfos da mineradora é concentrar cerca de 40% da oferta do níquel Classe 1, que conta com menos impurezas e aumenta a eficiência das baterias. (O Globo – 30.08.2020)

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11 Investidores veem com entusiasmo investimento em produção de baterias para VEs

As ações da Tesla dispararam na semana passada depois que o CEO Musk deu a entender que a montadora revelaria uma capacidade aprimorada da bateria em setembro. Os analistas de Wall Street falaram com entusiasmo sobre a tecnologia Ultium da GM e seu potencial para apoiar um negócio de EV spin-off. Uma análise da Trefis de janeiro concluiu que a Gigafactory da Tesla está pagando dividendos. O estudo, publicado na Forbes, estimou que os custos da bateria da montadora caíram 45 por cento de 2016 a 2019, uma queda média de US $ 7.000 por veículo. (Automotive News Europe – 31.08.2020)

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12 Ford não vê vantagem em ter planta para produção de baterias

O amplo investimento da Ford em eletrificação não inclui uma área onde seus maiores rivais estão gastando bilhões: a produção de baterias. A Tesla despejou US $ 5 bilhões na Gigafactory de Nevada, que produz baterias de íon de lítio para toda a sua linha em parceria com a Panasonic. A General Motors iniciou neste ano a construção de uma fábrica em Ohio para fazer suas células de bateria Ultium por meio de uma joint venture de US $ 2,3 bilhões com a LG Chem. A Volkswagen e a Daimler também estão investindo em instalações de baterias. Os executivos da Ford insistem que seu plano permite mais flexibilidade se a demanda por VE cair ou se uma descoberta química tornar obsoleta a tecnologia de baterias de hoje. A Ford argumenta que sua dependência de fornecedores também pode reduzir os preços ao dar a capacidade de acessar as tecnologias e inovações mais recentes. (Automotive News Europe – 31.08.2020)

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13 Grupo PSA e Total: parceria para a fabricação de baterias para VEs

O Grupo PSA e a Total uniram-se para criar a Automotive Cells Company (ACC), uma joint-venture dedicada à fabricação de baterias na Europa. A ACC tem como principal objetivo ser referência no desenvolvimento e fabricação de baterias para a indústria automóvel, estando previsto o início da sua atividade em 2023. O projeto do Grupo PSA e Total tem como objetivo responder aos desafios da transição energética, assegurar independência industrial europeia, desenvolver capacidade de produção, se posicionar como um protagonista competitivo no mercado, dentre outras. A ACC recebeu o apoio financeiro dos governos francês e alemão, totalizando os 1,3 mil milhões de euros, além de ter recebido o aval das instituições europeias através de um projeto IPCEI. (Fleet Magazine – 04.09.2020)

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Meio Ambiente

1 Ricardo: Relatório LCA confirma os benefícios ambientais dos trens de força eletrificados

Os especialistas em transporte sustentável da Ricardo, consultoria estratégica global em engenharia e meio ambiente, com colegas da E4tech e do Instituto de Pesquisa Energética e Ambiental de Heidelberg (ifeu), produziram uma avaliação abrangente do ciclo de vida (LCA) de veículos rodoviários em nome da Comissão Europeia. Os resultados deste estudo LCA de veículos confirmam os benefícios ambientais significativos dos trens de força eletrificados (particularmente de veículos elétricos a bateria) para todos os tipos de veículos rodoviários avaliados. Espera-se ainda que os novos VEs tenham impactos significativamente mais baixos no clima em comparação com os veículos convencionais com motor de combustão. (Green Car Congress – 02.09.2020)

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2 Universidade de Eindhoven: VEs emitem muito menos CO2 indireto do que o relatado

Um estudo holandês da Universidade de Tecnologia de Eindhoven afirma que os VEs iriam indiretamente emitir muito menos carbono e outros gases do que estudos anteriores com base em alguns erros principais que eles cometeram ao longo desse tempo. O primeiro é um exagero ao estimar a quantidade de carbono liberada na produção de baterias. De acordo com os pesquisadores holandeses, as referências mais aceitas assumem que o processo emite 175 kg de CO2 por kWh de bateria. Em 2019, esse estudo foi atualizado e reduziu sua estimativa para para 87 kg/kWh. O segundo erro é uma subestimação da vida útil das baterias. Os mesmos estudos que mencionamos antes acreditam que os VEs têm uma vida útil média de 150.000 km. O novo relatório holandês estima a vida útil atual do VE em 250.000 km. O terceiro erro é presumir que a produção de elétrica será sempre muito poluidora. A verdade é que está ficando mais limpa. A BloombergNEF publicou nesta semana que a energia solar e eólica representaram 67% de toda a nova capacidade de energia adicionada no mundo em 2019. (Inside EVs – 02.09.2020)

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3 Especialistas defendem Retomada Verde e introdução de VEs

As cidades no pós-pandemia e a discussão sobre como reduzir as desigualdades sociais e aumentar a qualidade de vida nas metrópoles brasileiras foram tema do terceiro painel do seminário virtual promovido pelo Estadão sobre Retomada Verde. Segundo os especialistas em urbanismo, a crise global possibilita que as cidades sejam repensadas com foco, por exemplo, na redução da poluição. Cuperstein lembrou que a cidade de São Paulo tem um projeto para que os caminhões de coleta de resíduos sejam elétricos. Ele afirma que é fundamental que o diesel não seja utilizado. Cidades que diminuíram a circulação de veículos a diesel conseguiram melhorar na qualidade do ar. Em termos de transição tecnológica, combater o motor a combustão movido a diesel é necessário. (O Estado de São Paulo – 03.09.2020)

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4 Espanhóis optam por carros mais velhos e mais poluentes em meio à recessão

Com medo de pegar o coronavírus e ao mesmo tempo sentir o aperto da recessão, os espanhóis estão cada vez mais evitando o transporte público e se voltando para carros velhos baratos, mostram os dados da indústria. As vendas de veículos com mais de 20 anos saltaram 31% ano a ano em julho e agosto, para quase 44.000 carros, de acordo com dados do Institute of Automotive Studies. O preço médio dessas compras foi de cerca de 1.400 euros ($ 1.655,36), disse o portal de vendas de veículos Sumauto, com alguns carros saindo por apenas 500 euros. À medida que as vendas de carros antigos aumentaram, as vendas de veículos novos aumentaram modestos 1,1% ano a ano em julho e caíram 10% em agosto. (Automotive News Europe – 04.09.2020)

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Outros Artigos e Estudos

1 Benedito Antonio Luciano: Mobilidade elétrica – passado, presente e perspectivas

Em artigo para o Paraíba Online, Benedito Antonio Luciano, Professor doutor, titular do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), discorre sobre seu primeiro contato com o GESEL e faz uma análise acerca da volta da utilização dos VEs no mundo. Para ele, “o que se tem de novo na realização dos veículos elétricos é a tecnologia empregada com vistas à eficientização energética de suas partes constituintes”. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (Paraíba Online – 03.09.2020)

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2 IDTechEx: Materiais para Veículos Elétricos 2020-2030

Um novo relatório da IDTechEx identifica e analisa as tendências de nível de materiais em baterias de VEs e de motor de tração elétrica. Uma análise granular é usada para prever cada material necessário e seu valor de mercado nos próximos 10 anos. Um material catódico comumente usado, o cobalto, tem práticas de mineração questionáveis. É também um material muito caro, com seu suprimento e mineração restritos na China e na República Democrática do Congo. Como resultado, os OEMs estão tendendo a usar produtos químicos de cátodo de níquel mais elevados, como NMC 622 e até NMC 811. Outra tendência é a eliminação progressiva dos cátodos LFP. O mercado chinês de VEs usava, até 2018, predominantemente essa composição. Em 2019 apenas 3% dos carros novos usavam LFP. No entanto, a introdução do Tesla Model 3 na China usando LFP pode perturbar essa tendência. A pesquisa conclui que o mercado de VEs aumentará significativamente a demanda por cobalto e muitos outros materiais nos próximos 10 anos. (Green Car Congress – 02.09.2020)

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3 Aumento da demanda por níquel pode ser oportunidade para o Brasil

O aumento da demanda por níquel, metal utilizado nas baterias de VEs, pode colocar o Brasil no centro do mapa global dessa indústria, que tem alto potencial de crescimento nos cálculos de investidores e da IEA. Estimativa da Agência Nacional de Mineração (ANM) aponta que a produção de níquel puro deve mais que dobrar no país, pulando das 65.254 toneladas anuais para algo entre 140 mil e 150 mil toneladas em cinco anos. Segundo a ANM, a projeção faz parte de um cenário otimista com a entrada de projetos e a reativação de minas. A produção no Brasil fica atrás de Indonésia, Filipinas, Rússia, Nova Caledônia, Canadá, Austrália e China. (O Globo – 30.08.2020)

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4 Difusão de VEs pode aumentar demanda por prata

Renovando sua cotação máxima histórica em 2020 e ainda com boa perspectiva, o ouro tem atraído a atenção de diversos investidores. Apesar disso, o ativo não é o metal com maior valorização no ano e nem o que deve continuar com o melhor desempenho. Até o fechamento do mercado desta quarta-feira (2), a prata tem valorização de 53,73% 2020, a US$ 27,43 a onça troy, unidade usada para sua comercialização. Já o ouro encerrou o pregão a US$ 1.942,65 a onça troy, com alta de 28,04% no período. Enquanto o ouro não é muito aproveitado, a prata está presente em diferentes produtos que estão em alta no momento, como painéis fotovoltaicos, carros elétricos e produtos tecnológicos. Para Guilherme Giserman, estrategista internacional da XP, a questão tecnológica e da energia limpa aumenta a demanda por estes objetos e também movimenta a prata. (O Estado de São Paulo – 03.09.2020)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles e Fabiano Lacombe
Pesquisadoras: Lara Moscon e Luiza Masseno
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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