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Na avaliação de Roberto Brandão, professor e pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, para os próximos meses, a expectativa é que o parque térmico continue a ser acionado a todo vapor. “Serão meses de custos de energia altos e reservatórios meio vazios. Há possibilidade de problemas de abastecimento, se o pior cenário [hídrico] de todos se concretizar, mas isso não é muito fácil de acontecer.” Brandão explica que o parque termelétrico nacional não foi concebido para suprir a ausência de hidrelétricas. “Sempre teve e sempre vai ter um risco hidrológico [na matriz brasileira]. O sistema não foi feito para o pior das hidrologias, o planejamento não olha o pior cenário, e sim a maior parte dos cenários.” A situação também poderia estar mais confortável se não houvesse atrasos nas obras de algumas termelétricas importantes, que poderiam reforçar a geração de energia ainda neste ano. É o caso da construção da GNA I (1,3 GW), no Porto do Açu (RJ), que sofreu com restrições impostas pela pandemia de covid-19. Apesar do avanço das térmicas e das renováveis, a matriz continuará predominantemente hídrica num horizonte de longo prazo, até 2050. Segundo a EPE, as usinas hidrelétricas ganharão um novo papel na operação do sistema no futuro – a ideia é que as usinas existentes passem por um processo de modernização e “repotenciação”. (GESEL-IE-UFRJ – 01.06.2021)
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