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As mudanças nos leilões de energia elétrica do governo para estimular maior competição das usinas termelétricas a gás natural, propostas pela EPE, são um avanço positivo e darão mais segurança ao SIN, com possibilidade de redução dos preços, avaliaram especialistas. Para estimular o mercado de gás natural no Brasil, a EPE sugere que os leilões de energia elétrica deste ano deem permissão para habilitação de térmicas a gás natural com garantia do insumo ainda no reservatório, ou recursos contingentes (em avaliação), e não mais contratos de compra do insumo. Para o professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Gesel), Nivalde de Castro, as mudanças são “absolutamente pertinentes e coerentes”. Ele explica que no passado, o medo da falta do gás natural para abastecer as térmicas fez com que se incluísse uma “exigência absurda” nos leilões de energia para esses empreendimentos. “O proponente teria que apresentar o contrato de gás pelo período da concessão (15 anos). O problema é que ninguém sabe quanto tempo a termelétrica vai funcionar e quanta demanda de gás vai ter. Consequentemente, a competitividade do leilão ficava comprometida, porque eu estava imputando à usina termelétrica um preço de gás mais caro por causa da incerteza de despacho (pelo ONS)”, explicou. Com a mudança, segundo Castro, o megawatt do leilão de termelétrica vai ser mais barato do que no passado, o que é positivo para os consumidores. Sobre as propostas de reduções de prazo dos contratos, também encaminhadas pela EPE, atrelados a uma venda posterior no ACL, que têm por objetivo tornar os preços mais realistas, Castro avaliou que isso mostra que o setor elétrico brasileiro está se encaminhando gradativamente para um mercado de curto prazo. (Broadcast Energia – 11.05.2021)
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