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Ataques cibernéticos têm se tornado uma dor de cabeça para as empresas do setor de energia, um dos principais na mira dos hackers. As ofensivas dispararam com a pandemia e já fizeram como vítimas grandes elétricas, a exemplo de EDP, Enel, Energisa e Light. Especialistas apontam que o sinal de alerta entre as empresas e órgãos do setor já soou há algum tempo – tanto que a Aneel elencou como prioritária a discussão sobre o tema em sua agenda regulatória de 2021-2022. “Antigamente, a superfície de ataque era muito reduzida, composta pelo centro de operação das empresas e, às vezes, alguns terminais remotos. Com a digitalização do setor elétrico e o espalhamento dos sistemas, nas ruas, casas, empresas, essa superfície aumentou”, aponta Maurício Moszkowicz, pesquisador sênior do Gesel, da UFRJ. “Regulação, capacitação de mão de obra, criação de setores de segurança cibernética dentro das empresas, parâmetros para a comunicação desses ataques ao regulador e ao ONS são frentes que tendem a ter avanços no futuro”, destaca Lorrane Câmara, pesquisadora do Gesel-UFRJ. (Valor Econômico – 08.02.2021)
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