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De acordo com estudo inédito feito pelo Gesel/UFRJ, ao qual o Valor teve acesso (TDSE 81: “O papel dos leilões na expansão do segmento de transmissão do Setor Elétrico Brasileiro: 1999-2017”), o período 2016-2017 registrou o segundo maior deságio médio em leilões de linhas de transmissão (29%) entre os períodos avaliados pela instituição. O período só perde para a janela entre 2003 e 2007 (deságio médio de 45%). A diferença é que, enquanto a competição registrada em 2016-2017 foi marcada pela correção na rentabilidade dos projetos, os deságios em 2003- 2007 foram decorrentes de uma estratégia de governo de impulsionar as estatais elétricas federais e estaduais para participarem dos leilões, aceitando taxas de retorno mais baixas do que as de mercado. Eram as chamadas “taxas patrióticas” de retorno. Essa diferença, como mostra o estudo, fica claro quando se compara a rentabilidade dos projetos nos dois períodos. Considerando a rentabilidade média dos empreendimentos, o período 2016-2017 registra taxa de 20%, enquanto o período 2003-2007 tem rentabilidade média de 18%. O estudo divide o histórico dos leilões de transmissão em cinco períodos: 1999-2002, quando tiveram início os leilões de transmissão; 2003-2007, marcado pela abertura do setor à participação de estatais federais e estaduais; 2008-2012, período da crise financeira internacional, com impacto sobre a economia brasileira; 2013-2015, considerada a etapa mais problemática dos leilões, em função dos impactos da Medida Provisória 579/2012 e baixos retornos dos projetos licitados; e 2016-2017, após ajustes feitos pela Aneel na rentabilidade dos empreendimentos. (Valor Econômico – 27.06.2018)
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