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A retração na demanda por energia no mercado cativo, em parte por causa da migração de consumidores para o ambiente de contratação livre, pressionou os resultados das distribuidoras em 2016 e deve continuar sendo fonte de preocupação neste ano. Um levantamento com os dados operacionais da- Light, Copel, Neoenergia, Energisa, Eletropaulo, EDP Energias do Brasil e Equatorial – mostra que o consumo de energia no mercado cativo caiu, em média, 3,6% no ano passado. No mercado faturado total das distribuidoras, que considera também a receita de distribuição (chamada “receita fio”) e os clientes livres, a queda no consumo foi menos acentuada, de 2%. Segundo o professor Nivalde de Castro, coordenador do Gesel, da UFRJ, o crescimento do consumo no mercado livre reflete a migração de consumidores do mercado cativo para o livre, em função dos preços mais atrativos. “As distribuidoras vêm sofrendo o efeito da retração do mercado devido à crise econômica e também pela migração de consumidores para o mercado livre. Os dois fatores levam a uma sobre-contratação de energia que pode afetar substancialmente o resultado de algumas distribuidoras”, afirmou o professor. Ainda falta a divulgação de dados operacionais de grandes distribuidoras, como CPFL, Cemig e Eletrobras, mas os números que saíram até agora confirmam a tendência apontada pelos dados da EPE do ano passado. Em 2016, o consumo total de energia caiu 0,9% na comparação com 2015. Considerando apenas o mercado cativo, a queda foi de 3,5%, ao mesmo tempo em que o mercado livre teve expansão de 6,8%. Os resultados preliminares da Energisa de janeiro deste ano também indicam esse cenário. As vendas de energia da companhia no mercado cativo tiveram baixa de 0,7% no mês. Considerando o mercado total faturado, incluindo os consumidores livres, porém, houve alta de 4,1% na demanda no primeiro mês do ano. (Valor Econômico – 15.03.2017)
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